quarta-feira, 20 de maio de 2015

Justiça desarquiva inquérito de Odilaine Uglione


DETERMINADO PELA JUSTIÇA DESARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO DA MORTE DE ODILAINE UGLIONE
Odilaine e Bernardo Uglione / Arquivo pessoal

Nesta quarta-feira, 20/05/2015, o Juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, acatou o pedido do Ministério Público e decidiu pelo desarquivamento do inquérito de Odilaine Uglione, 

Portanto, as investigações sobre o suposto suicídio da mãe do menino Bernardo Uglione Boldrini voltam à estaca zero e serão reiniciadas com forte impacto sobre o caso Bernardo.

- "Verifica-se que merece deferimento o pedido de desarquivamento do inquérito policial apresentado. Os elementos e fundamentos apresentados são suficientes para a reabertura das investigações acerca da morte de Odilaine Uglione." - Confirmou o Juiz em despacho.

Jussara Uglione solicitou que a realização das investigações fossem realizadas pelo delegado e equipe da Região Metropolitana de Porto Alegre, mas o Juiz concluiu  esta ser atribuição da Polícia Civil: 

- "Não sendo esse juízo quem define a autoridade policial e os servidores que devem atuar no inquérito". - Ponderou o Juiz.

- "Nós sempre vimos que há uma relação entre os dois fatos. Agora, com os órgãos públicos efetivamente investigando, é possível achar elementos relacionados. Mas depende de uma investigação ampla, e não apenas pinças de requisições. A Polícia tem que investigar. Eu temo que seja superficial." - Comemora o dr. Marlon Taborda, não sem uma ponta de receio.

A promotora de Justiça Sílvia Jappe, considerou fatos novos, os laudos periciais particulares elaborados a pedido de Jussara Uglione, inclusive imputando à Andressa Wagner, secretária de Leandro Boldrini, a autoria da carta anteriormente atribuída à Odilaine Uglione. Além do mais, coloca uma terceira pessoa dentro da sala onde deveriam estar somente Odilaine e Leandro.

Os aspectos a serem investigados: ausência de pólvora na mão direita de Odilaine Uglione, ela sendo destra; sinais de luta corporal dentro da sala onde estavam Odilaine e Leandro Boldrini, descritas no laudo da autópsia. Com um agravante: a compra da arma por Odilaine.

No inquérito de suicídio, existe uma denúncia de que Odilaine teria conseguido a arma, um revólver calibre 38 do marido de uma de suas faxineiras, de nome Loitamar Silveira, em um local chamado "Toca da Onça". Essa informação chegou aos ouvidos do Dr. Marlon Taborda, de que teria sido obtida, de forma anônima.

Decorridos 4 anos do acontecido eis que, em uma escuta telefônica autorizada de Graciele Ugulini com uma amiga de nome Fabi, a madrasta confessa que foi o próprio Leandro, o autor da denúncia anônima de que a arma foi comprada por Odilaine do citado Loitamar, para cometer suicídio. Essa conversa foi gravada durante o período em que Bernardo estava desaparecido.

Indagado a respeito, Loitamar revelou nunca haver tido contato com Odilaine, inclusive nessa data, ele estava acompanhando a mãe em consulta médica na cidade de Passo Fundo e apontou como álibi os prontuários médicos.

Apesar de não comprovada a participação de Loitamar, ainda assim a denúncia anônima foi anexada ao inquérito policial e encerrado como suicídio. De acordo com a família de Odilaine Uglione, a motivação foi financeira, exatamente como no caso do menino Bernardo.
Disponível em: noticias.band.uol.com.br. PC abre investigação da morte de odilaine Uglione. Acesso em 20/05/2015.

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário