APÓS A FASE DOS INTERROGATÓRIOS COMO FICA O PROCESSO DO CASO BERNARDO
Foto: G1
Após o interrogatório dos quatro réus acusados da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, o Juiz Marcos Luís Agostini, da Comarca de Três Passos/RS, determinou um prazo sucessivo de cinco dias úteis para a defesa de cada parte se manifestar. É provável que no início de julho, o Juiz decida o destino de cada culpado nesse crime hediondo.
O que diz a defesa de Leandro Boldrini: não se manifestou.
O que diz a defesa de Graciele Ugulini: não se manifestou.
O que diz a defesa de Edelvânia Wirganovicz:
- "Ela (Edelvânia) está tomando medicação de uso controlado à revelia da defesa. Nem sei o que estão dando a ela. Eu mesmo, na condição de procurador dela, tentei conversar com ela, mas ela não conseguiu se comunicar. Eu disse a ela que, se ela não tem condições de falar, psicológica e psiquiatricamente, ela não deveria falar. O Juiz insistiu, a obrigou a vir, mesmo tendo nas mãos um documento assinado por ela dizendo que ela não poderia falar." - Disse Demetryus Grapiglia.
Ainda conforme o advogado Demetryus Grapiglia, a transferência de presídio de Três Passos para a Penitenciária Feminina de Guaíba, causou prejuízo à saúde de sua cliente Edelvânia Wirganovicz:
- "Ela não recebe visitas, porque a família é muito pobre e não tem condições de visitá-la. Ela está em uma cela isolada e sem TV, o que não seria privilégio algum. Hoje, ela é praticamente uma débil mental." - Concluiu o advogado.
O que diz o advogado de Evandro Wirganovicz:
O advogado Hélio Sauer afirma que seu cliente está preparado para ir a júri popular, se for o caso:
- "Temos uma denúncia sem qualquer elemento probatório. O meu cliente não teme júri popular e não vai recorrer se pronunciado for para júri."
Marlon Taborda, da acusação e advogado de Jussara Uglione, avó materna de Bernardo, confia que o julgamento dos acusados deva ocorrer ainda neste ano (2015). Ele acrescenta que o silêncio usado como estratégia por Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz poderá ser usado contra elas:
- "O silêncio vai ser usado contra eles. A Constituição garante o direito de ficar em silêncio, mas quem é inocente vai se agarrar a qualquer chance de atestar sua inocência. Foi um dia bom para fechar essa fase do processo. Acredito que os réus serão pronunciado ao júri popular."
O advogado Marlon Taborda se referiu ao comportamento dissimulado do médico Leandro Boldrini:
- "Me chamou a atenção a lembrança exata de atos profissionais e a não lembrança, por exemplo, se passou o dia dos pais com Bernardo."- Completou o magistrado.
Disponível em:<g1.globo.com>. Quarto acusado da morte do menino Bernardo chora em depoimento. Acesso em 28/05/2015.
OBSERVAÇÃO: os três comparsas confiaram no competente médico Leandro Boldrini de que nada poderia dar errado em matar uma criança inocente. Tudo muito bem planejado, menos num detalhe: Graciele Ugulini esqueceu de seguir à risca as instruções do mentor e comprou um extintor de incêndio para carros em Frederico Westphalen. Aí, o caldo entornou. Agora é choro, é depressão. Ele devia tê-las preparado também para as consequências. No final das contas, não foi Graciele Ugulini quem traiu Leandro Boldrini. Foi o contrário.
O doutor Marlon se refere à ótima memória do doutor Leandro Boldrini para fatos profissionais e menos para fatos pessoais. Acho que eu sei a resposta: Leandro Boldrini contou sua história à defesa e se ateve à sua vida profissional. De posse dessas informações, os advogados sabiam como orientar seu cliente e o médico na cadeia teve tempo de sobra para assimilar as orientações. Agora, a discrepância: com um milhão de coisas para fazer, esqueceu da vida pessoal.
JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!
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