sábado, 30 de maio de 2015

O depoimento de Evandro Wirganovicz



EVANDRO WIRGANOVICZ CHORA E DIZ QUE É INOCENTE

Evandro Wirganovicz / Foto: Felipe Truda / G1

Em seu depoimento de 50 minutos prestado à Justiça em 27/05/2015, Evandro Wirganoviz nega envolvimento na morte do menino Bernardo Uglione Boldrini. Ele é acusado de participação no crime, moral e materialmente ( por ter aberto o buraco onde o menino foi enterrado).

Veja trechos do interrogatório de Evandro Wirganovicz:

Sobre o dia em que o acusado abriu o buraco onde o menino foi enterrado:
-"Fui pescar. Peguei oito peixes: três trairinhas para o lado de baixo e acho que uns cinco jundiás para o lado de cima naquele pesqueiro."

Juiz:
- “Vamos falar sobre esse local para a gente entender melhor então. A tua mãe mora perto desse local onde a vítima foi enterrada”?

Interrogando:
- “Mora perto”.

Juiz:
- “Que distância é a casa da tua mãe para esse lugar”?

Interrogando:
- “Um quilômetro e pouco eu acho".

Juiz:
- “Um quilômetro e pouco"?

Interrogando:
- “Por aí".

Juiz:
- “Tem um caminho apenas para ir até lá, ou tem mais de um caminho"?

Interrogando:
- “Para ir até o rio tem esse caminho só que atravessa".

Juiz:
- “Eu digo da casa da sua mãe para ir até esse local onde foi feito a cova, tem mais de um caminho ou tem um caminho apenas”?

Interrogando:
- “Uma estrada que atravessa o rio Excelência, que cruza da banda de Cristal para”...

Juiz:
- “Tem apenas uma estrada”?

Interrogando:
- “ É”.

Juiz:
 - “E ali a distância da casa da sua mãe para esse local é de quanto”?

Interrogando:
- “Um quilômetro e pouco eu acho”.

Juiz:
- “E foi esse o trajeto que o senhor fez naquele dia”?

Interrogando:
- “Naquele dia”.

Juiz:
- “Foi nesse dia mesmo que eu falei, no dia dois”?

Interrogando:
- “No dia dois, na quarta-feira”.

Juiz:
- “O senhor sabe onde foi feito essa cova? Hoje assim, o senhor sabe”?

Interrogando:
- “Não sei, eu só ouvi falar que foi do outro lado do rio Excelência”.

Ministério Público:
- “O senhor pegou peixes”?

Interrogando:
- “Peguei, eu peguei três trairinhas para o lado de baixo e acho que uns cinco jundiás para o lado de cima naquele pesqueiro”.

Ministério Público:
- “Então ao total...”?

Interrogando:
- “Uns oito peixes”.

Ministério Público:
- “O senhor colocou, acondicionou aonde esses peixes”?

Interrogando:
- “Eu botei numa sacolinha e levei para a casa da minha mãe quando fui”.

Ministério Público:
- “Quando o senhor chegou na casa da sua mãe as pessoas que estavam lá viram o senhor chegando”?

Interrogando:
- “A minha esposa já estava dormindo com as crianças, a minha mãe viu”.

Ministério Público:
- “A tua mãe estava ali”?

Interrogando:
- “Estava acordada”.

Ministério Público:
- “E ela viu”?

Interrogando:
- “Viu os peixes”.

Ministério Público:
- “Viu o senhor chegando com os peixes”?

Interrogando:
- “Viu eu chegando com os peixes”.”

Ministério Público:
- “E o que o senhor fez com esses peixes”?

Interrogando:
- “A minha mãe limpou, no outro dia ela limpou os peixes”.

Ministério Público:
- “Mas naquele momento que o senhor chegou em casa com os peixes o que o senhor fez”?

Interrogando:
- “Eu botei dentro da pia e botei água em cima.”

Ministério Público:
- “E daí ficou lá...?”

Interrogando:
- “E daí no outro dia a minha mãe limpou.”

Ministério Público:
- “Até o outro dia”?

Interrogando:
- “No outro dia de manhã”.

Ministério Público:
- “Quando a sua mulher acordou ela viu os peixes na pia”?

Interrogando:
- “Ela viu, no outro dia ela viu os peixes”.


Sobre o local em que Bernardo foi enterrado:
- "Na beira do rio, é terra macia".

Sobre sua participação no crime:
- "Eu não fiz nada. Quem fez tem de pagar. Se ela (Edelvânia) fez, tem que assumir o que fez. Capaz que eu ia fazer isso, com dois inocentes que tenho dentro de casa. Eu quero que Deus tira a vida deles se eu estiver mentindo. Eu não fiz nada."

Sobre a participação de Edelvânia na abertura do buraco:
Evandro acredita que Edelvânia possa ter cavado o buraco, apesar de ela nunca ter confirmado isso para ele. Mas garante que como ela foi criada em fazenda, tem conhecimento sobre o tipo de ferramenta adequada para abrir a "terra macia" do local à beira do rio.

Sobre sua inocência:
- "Eu boto minha cabeça no travesseiro de noite e durmo. Minha consciência está tranquila. Não sou assassino. Se eu ficar na cadeia, vou estar pagando por uma coisa que eu não fiz".

Ao Juiz, na saída da audiência e chorando muito:
- "Deus vai tocar no seu coração e o senhor vai ver que estou falando a verdade."

Evandro Wirganovicz foi o único réu que não portava o colete à prova de balas.

Agora, as contradições do senhor Evandro Wirganovicz:

- "Pesquei duas trairas...e três ou quatro jundiás...peixe pequeno." Disse Evandro no teste do polígrafo em 21/05/2014. 

- O militar aposentado Valdecir Johan, descreveu o local como de terra muito dura e com muitas raízes. Por isso desconfiou que Evandro pode ter ajudado as duas mulheres  pois seu carro estava há 50 metros do buraco, dois dias antes da morte de Bernardo.

3º - A testemunha, o senhor Valdecir Johan afirma que Evandro Wirganovicz sabia das condições inadequadas para peixe naquele dia 02/04/2014, pois o rio estava muito baixo. Ele estranhou o fato de Evandro estar ali de carro, sendo a casa de sua mãe tão perto.

 - É costume as pessoas pescarem no Rio Lajeado, entretanto, a testemunha afirma que Evandro costumava pescar com os irmãos, mas sempre iam a pé.

- Leandro Assis Brondani, da loja de ferragens, conta:
- "Naquele dia, não sei dizer bem quando, Edelvânia perguntou como se fazia para abrir um buraco e o que ela precisaria. Eu respondi e disse o que ela precisaria, as ferramentas. Aí perguntei o motivo do buraco. Ela me disse que seria próximo à casa de sua mãe."

- A mulher de Evandro desconfiou da pescaria. Lembra que ao confrontar o marido, logo após a prisão de Edelvânia, Evandro começou a chorar, mas não disse nada. Ela não lembrava se ele havia chegado com peixe ou se estava sujo de terra.

Conforme testemunhas, na época do desaparecimento de Bernardo, Evandro Wirganovicz começou a quitar dívidas no comércio local.

- No depoimento à Justiça, Evandro disse que levou o pescado para a mãe limpar. Já Luciane Saldanha, sua companheira, na segunda versão dada em 18/09/2014, informa que foi o próprio Evandro quem limpou os peixes:
Luciane Saldanha:
- "Ele limpou os peixes no outro dia. Tinha aqueles com barbinha grande e uns pequeninhos."

- Evandro disse que foi pescar de carro: não tinha como andar a pé, porque o local é cheio de pedregulhos e o nível do rio naquele dia estava baixo, deu para passar com o veículo (corroborando as informações do senhor Valdecir Johan).

10º - Na antevéspera do crime, 02/04/2014, ele foi pescar, mas "do outro lado" do rio.
(Grifo meu: QUE OUTRO LADO DO RIO? De que lado do rio Bernardo foi enterrado? Lado direito ou lado esquerdo? Existe acesso fácil dos dois lados? Como Evandro Wirganovicz sabia de que lado estava a cova do menino? Não me lembro da imprensa, divulgando o mapa do local, a não ser que era um lugar afastado, de denso matagal e à beira de um rio  em Frederico Westphalen).

11º - Atitude diversionista de Evandro: ele ressaltou que não circulava na região onde o corpo de Bernardo foi encontrado em 14/04/2014, havia dois meses. Voltou atrás somente quando testemunhas disseram ter visto seu carro nas imediações. Depois ele alegou que escondeu a verdade por medo, mas quem não deve não teme.

No teste do polígrafo a que Evandro Wirganovicz se submeteu em 21/05/2014, em pelo menos três quesitos, o aparelho detectou estresse, desconforto e possibilidade de mentira:

- Sobre o planejamento da morte do menino Bernardo.

- Quem seriam, efetivamente, os responsáveis pela abertura do buraco.

-  Se Evandro sabia antes de 04/04/2014, que Bernardo seria morto.

OBSERVAÇÃO:  Na minha modesta opinião, se antes já não restava dúvida, agora é concreta a participação do senhor Evandro Wirganovicz no hediondo feito. Ele foi denunciado pelo Ministério Público sob acusação de homicídio triplamente qualificado, juntamente com a irmã Edelvânia Wirganovicz.

Foto de Felipe Schroeder Franke / Terra.

"É uma terra dura, com muitas raízes de árvore. É muito difícil de cavar" - disse um policial militar aposentado que denunciou  a presença do carro de Evandro Wirganovicz, 50 metros onde o menino Bernardo foi enterrado. Edelvânia não daria conta de cavar, ainda mais sozinha.

Evandro Wirganovicz: " Perto do rio, a terra é macia." (Tentando se livrar do feito hediondo.)

P.S.:  A terra perto do rio é macia? Sério? Como você sabe, sr. Evandro Wirganovicz?

Disponível em: <zh.clicrbs.com.br>.Veja o que cada réu falou durante audiência. Acesso em 30/05/2015.
Disponível em:<zh.clicrbs.com.br>. 2014. Detector aponta que Evandro Wirganovicz pode ter mentido. Acesso em 30/05/2015.
Disponível em:<tjrs.jus.br/site/imprensa>. Evandro Wirganovicz encerra interrogatório. Acesso em 29/05/2015.


JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!





quinta-feira, 28 de maio de 2015

Como fica o Processo do Caso Bernardo


APÓS A FASE DOS INTERROGATÓRIOS COMO FICA O PROCESSO DO CASO BERNARDO

Foto: G1

Após o interrogatório dos quatro réus acusados da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, o Juiz Marcos Luís Agostini, da Comarca de Três Passos/RS, determinou um prazo sucessivo de cinco dias úteis para a defesa de cada parte se manifestar. É provável que no início de julho, o Juiz decida o destino de cada culpado nesse crime hediondo.

O que diz a defesa de Leandro Boldrini: não se manifestou.

O que diz a defesa de Graciele Ugulini: não se manifestou.

O que diz a defesa de Edelvânia Wirganovicz:
- "Ela (Edelvânia) está tomando medicação de uso controlado à revelia da defesa. Nem sei o que estão dando a ela. Eu mesmo, na condição de procurador dela, tentei conversar com ela, mas ela não conseguiu se comunicar. Eu disse a ela que, se ela não tem condições de falar, psicológica e psiquiatricamente, ela não deveria falar. O Juiz insistiu, a obrigou a vir, mesmo tendo nas mãos um documento assinado por ela dizendo que ela não poderia falar." - Disse Demetryus Grapiglia.

Ainda conforme o advogado Demetryus Grapiglia, a transferência de presídio de Três Passos para a Penitenciária Feminina de Guaíba, causou prejuízo à saúde de sua cliente Edelvânia Wirganovicz:
- "Ela não recebe visitas, porque a família é muito pobre e não tem condições de visitá-la. Ela está em uma cela isolada e sem TV, o que não seria privilégio algum. Hoje, ela é praticamente uma débil mental." - Concluiu o advogado.

O que diz o advogado de Evandro Wirganovicz: 
O advogado Hélio Sauer afirma que seu cliente está preparado para ir a júri popular, se for o caso:
- "Temos uma denúncia sem qualquer elemento probatório. O meu cliente não teme júri popular e não vai recorrer se pronunciado for para júri."

Marlon Taborda, da acusação e advogado de Jussara Uglione, avó materna de Bernardo, confia que o julgamento dos acusados deva ocorrer ainda neste ano (2015). Ele acrescenta que o silêncio usado como estratégia por Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz poderá ser usado contra elas:
- "O silêncio vai ser usado contra eles. A Constituição garante o direito de ficar em silêncio, mas quem é inocente vai se agarrar a qualquer chance de atestar sua inocência. Foi um dia bom para fechar essa fase do processo. Acredito que os réus serão pronunciado ao júri popular."

O advogado Marlon Taborda se referiu ao comportamento dissimulado do médico Leandro Boldrini:
- "Me chamou a atenção a lembrança exata de atos profissionais e a não lembrança, por exemplo, se passou o dia dos pais com Bernardo."- Completou o magistrado.

Disponível em:<g1.globo.com>. Quarto acusado da morte do menino Bernardo chora em depoimento. Acesso em 28/05/2015.

OBSERVAÇÃO:  os três comparsas confiaram no competente médico Leandro Boldrini de que nada poderia dar errado em matar uma criança inocente. Tudo muito bem planejado, menos num detalhe: Graciele Ugulini esqueceu de seguir à risca as instruções do mentor e comprou um extintor de incêndio para carros em Frederico Westphalen. Aí, o caldo entornou. Agora é choro, é depressão. Ele devia tê-las preparado também para as consequências. No final das contas, não foi Graciele Ugulini quem traiu Leandro Boldrini. Foi o contrário.

O doutor Marlon se refere à ótima memória do doutor Leandro Boldrini para fatos profissionais e menos para fatos pessoais. Acho que eu sei a resposta: Leandro Boldrini contou sua história à defesa  e se ateve à sua vida profissional. De posse dessas informações, os advogados sabiam como orientar seu cliente e o médico na cadeia teve tempo de sobra para assimilar as orientações. Agora, a discrepância: com um milhão de coisas para fazer, esqueceu da vida pessoal.

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!



Estratégias da defesa no Caso Bernardo


COMPORTAMENTO NORMAL DOS RÉUS OU ESTRATÉGIA DA DEFESA?

LEANDRO BOLDRINI

 Foto de Ricardo Duarte /Agência RBS

De acordo com o Psiquiatra Carlos Hecktheuer, o doutor Leandro Boldrini apresenta todas as características de ser de um psicopata. Nada do que foi dito pode ser considerado como arrependimento ou verdade, já que nenhuma lágrima foi vertida em um decurso de mais de três horas, desde sua chegada até a sua saída do Fórum de Três Passos/RS.

Absolutamente em nada, o discurso do médico assemelhou-se a de um graduado em medicina. O Psiquiatra acredita que Leandro Boldrini recebeu orientação da defesa de como proceder perante o Juiz, já que até os termos utilizados por ele não condizem com sua profissão.

 Ele se comportou como qualquer criminoso faria, tentando apenas e a todo custo eximir-se de culpa. Ou então... ousando fingir-se de louco como forma de diminuir sua pena.


GRACIELE UGULINI

 Foto de Felipe Truda / G1

Muito abatida, aparentando debilidade física, com o cabelo descolorido e até a cintura num rabo de cavalo, Graciele Ugulini era a própria figura do desamparo.
Orientada pela defesa, manteve-se calada todo o tempo, apenas dizendo que a filha tinha dois anos, na única pergunta que respondeu ao Juiz, no interrogatório de 27/05/2015. Não quis permanecer no recinto para ouvir os outros depoimentos e foi liberada.


EDELVÂNIA WIRGANOVICZ  

Foto de Felipe Truda / G1

Assim como Graciele, Edelvânia  exerceu o seu direito de ficar calada, mas disse que falará no dia do julgamento e se retirou da audiência antes que Evandro Wirganovicz fosse interrogado. Consequentemente não viu o irmão, já que antes de cada interrogatório os réus são mantidos em salas separadas e só se vêem se optarem por assistir aos depoimentos.
Também pudera! Depois da esparrela em que ela o colocou.

Disponível em: <www.ruirapuru.com.br>. Declarações de Leandro Boldrini são estratégias da defesa. Acesso em 28/05/2015.
Disponível em: <g1.globo.com>. Madrasta e amiga se calam em audiência. Acesso em 28/05/2015.

OBSERVAÇÃO: Nem a chuva constante que caía sobre Três Passos na hora da audiência não foram suficientes para abater os ânimos. Ao som dos apitos, dos gritos da multidão e das gravações de socorro de Bernardo, o Céu chorava por ele.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

O interrogatório de Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz




INTERROGADOS: GRACIELE UGULINI E OS IRMÃOS EDELVÂNIA E EVANDRO WIRGANOVICZ


Graciele na entrada do Fórum /Vídeo de Rodrigo Oliveira incorporado do YouTube

GRACIELE UGULINI

Graciele Ugulini / Foto: Ricardo Duarte / Agência RBS

A madrasta Graciele Ugulini foi a segunda dos réus a ser interrogada. Ela pediu um copo de água sentada em frente do Juiz. Como o seu advogado já havia adiantado, quando o Juiz perguntou se ela queria ficar em silêncio, ela disse que sim. Não respondeu nem mesmo as perguntas de cunho pessoal.

Assinou um documento e  foi dispensada  de ouvir os outros depoimentos.


EDELVÂNIA WIRGANOVICZ

Edelvânia Wirganovicz / Foto de Ricardo Duarte / Agência RBS

Na terceira posição foi a vez de Edelvânia Wirganovicz prestar seu depoimento. Confirmou também que preferia se manter calada, mas que falaria no dia do julgamento:
- "Vim forçada. Me obrigaram. Estou fazendo tratamento, não estou bem. Vou falar no dia do julgamento."

A defesa de Edelvânia apresentou um requerimento solicitando a interceptação de um site que estaria veiculando informações importantes sobre o processo.
Com o pedido indeferido, o advogado Demetryus Grapiglia pediu a suspeição do Juiz:
- "O senhor está cerceando o direito da defesa de ter acesso a esses autos." - Declarou o advogado.

Ao que o Juiz replicou:
- "A análise das alegações da defesa deixa evidente que as causas alegadas não encontram correspondência ao estabelecido nos dispositivos legais. Se assim fosse, restaria inviabilizada a tramitação dos processos penais. Além disso, eventual irresignação da defesa com os direitos do Juiz, podem ser atacados através de Habeas Corpus ou pelos recursos ordinários, não tendo sentido a presente arguição de suspeição." - Afirmou o Juiz.

- "Parece que a defesa da Edelvânia quer somente tumultuar o andamento do presente feito. De qualquer forma consigno que inexiste o tratamento diferenciado entre as partes, com privilégio ao MP, em detrimento da Defesa." - Concluiu o Juiz Marcos Luís Agostini. Fonte:TJRS

Ao pedido de suspeição do Juiz, o advogado Demetryus Grapiglia acrescentou uma reclamação de falta de privacidade para conversar com sua cliente Edelvânia, vigiada constantemente pela SUSEPE.


EVANDRO WIRGANOVICZ

Evandro Wirganovicz / Foto de Felipe Truda /G1

Evandro Wirganovicz foi o 4º acusado a depor. Ele responde por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, juntamente com os outros três réus. Ele contesta a acusação:
- "Sou mais uma vítima desta história. Minha irmã é que fez o buraco, ela disse. Estava de férias na casa da minha mãe e alguém disse que viu meu carro lá." - Explicou referindo-se ao local onde o corpo do menino Bernardo foi encontrado, cerca de um quilômetro de distância da casa de sua mãe, em Frederico Westphalen.

Indagado a respeito dos filhos, ele disse que os vê uma vez por mês e continuou:
- "Eu não fiz nada. Quem fez tem que pagar. Estão fazendo uma injustiça comigo. Não estou defendendo nem minha irmã nem ninguém. Só estou dizendo que não fiz nada."

Somente  Evandro Wirganovicz não usou colete à prova de balas. Ele deixou a sala da audiência aos prantos.

Disponível em:<g1.globo.com>. Madrasta e amiga se calam em audiência / Acusado da morte de Bernardo chora. Acessos em 27/05/2015. 

O depoimento de Leandro Boldrini:sou inocente


O INTERROGATÓRIO DE LEANDRO BOLDRINI

Leandro Boldrini / Foto de Ricardo Duarte / Agência RBS

O doutor Leandro Boldrini foi o primeiro a ser ouvido pelo Juiz Marcos Luís Agostini. Usando colete à provas de balas, negou participação no crime que vitimou o próprio filho, o menino Bernardo Uglione Boldrini;
- "A acusação é falsa, não participei disso." 

Em nenhum momento desde sua chegada ao Fórum de Três Passos, demonstrou emoção: nem quando ouvia a gravação com pedidos de socorro de Bernardo nem  quando falava sobre o filho.Nenhuma lágrima foi derramada em quase três horas de depoimento.

Leandro Boldrini responde por homicídio triplamente qualificado. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele atuou como mentor e patrocinador no crime de homicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
- "Estou com a vida destruída. Perdi meu filho. Cadê o Bernardo? Não pude construir meu luto porque não vi o corpo. Perdi meu filho. Vou usar duas expressões: estou na UTI com tubo , em coma e estou sendo nocauteado na lona e está lá o juiz, contando os momentos para levantar as mãos dos vencedores e me derrotar. Mas não vão conseguir." - Declarou o médico Leandro Boldrini.

Segue abaixo as principais questões respondidas por Leandro Boldrini:

Sobre sua participação no homicídio: 
- Tenho a cristalinidade que a acusação é falsa. Sou inocente.Tem laudos periciais provando que eu não participei. Fizeram a denúncia baseados na intuição, imaginaram que eu tivesse participação."


Sobre a participação de Graciele Ugulini no crime:
- "Perguntei a ela: você tem participação? E ela respondeu: tenho. Eu fiquei indignado. A polícia teve que me segurar quando fiquei sabendo. Ela me traiu."
Ele disse que vai se separar da madrasta.


Sobre agressão ao menino Bernardo: Leandro Boldrini negou agressão ao filho, entretanto acrescentou que Bernardo poderia apresentar "marcas de contenção."
- "Estou aqui para esclarecer a verdade. Não adianta dizer que eles se amavam.Não quero que a senhora tente me manipular." - Falou, dirigindo-se à Promotora Sílvia Jappe.

-"Estou preso por uma questão de integridade física, mas busco a verdade. Me destruíram. Sou inocente. O senhor poderia fazer um despacho de alvará de soltura e eu iria para casa, lamentar os meus erros, como humano. Todo mundo erra como pai e mãe, mas eu quis fazer o melhor. A mídia está me massacrando, me destruindo por sensacionalismo comercial."

Leandro Boldrini apenas se descontrolou ao ser questionado pelo assistente de acusação, o Advogado Marlon Taborda. Com o dedo apontado para o Advogado, acusou-o de subjetivismo e de haver retirado a ação de guarda de Bernardo em Santa Maria.

Sobre os vídeos mostrando o tratamento dispensado a Bernardo: Leandro Boldrini justifica as imagens gravadas e defende a madrasta.
- "O grau de tolerância de Bernardo era zero, ele queria tudo na hora. Jogava óculos no chão, celular no chão, tudo no chão. Foi mostrado ao psiquiatra e até a Polícia."


Sobre Bernardo tomar medicação controlada: 
- "Ele começou tratamento psiquiátrico em 2013 e parou no mesmo ano, mas seguiu tomando Ritalina. Era para melhorar o desempenho escolar."


Sobre a relação de Graciele com Bernardo:
- "A Graciele tinha insatisfação pelo Bernardo ter desempenho escolar insatisfatório"
Leandro afirmou que havia um pacto para que ele (Bernardo) respeitasse "coisas salutares" impostas pela madrasta.

Sobre Graciele e Bernardo se odiarem: Leandro foi lembrado pelo Juiz ter dito em outro momento que Graciele e Bernardo se odiavam.
- "Isso foi em meados de 2013, ela tinha discussões muito agressivas e eu entrava para apaziguar. O Bernardo me obedecia porque eu insistia para ele me obedecer."

Ele acrescenta que tinha boa relação com o filho a ponto de rezarem juntos antes de dormir. Os desentendimentos com Graciele com o menino começaram depois da maternidade.


Sobre o vídeo de Bernardo gritando por socorro: 
- "Disse ao policial que estávamos tendo um problema familiar. O Bernardo apareceu nas grades da escada e gritou três vezes."
Leandro diz ainda que as imagens foram feitas no mesmo dia em que Bernardo aparece com o facão.


Sobre a ida de Bernardo ao Ministério Público: Leandro fala que conversou com Bernardo e Graciele, confirmando que o menino teve que se desculpar com a madrasta.
- "Era para um pedir desculpas ao outro, para harmonizar."  


Sobre Bernardo não ter as chaves da casa: 
- "É um absurdo dizer que a Graciele proibiu. Quem disse isso, mentiu. O Bernardo tinha o controle e a senha do alarme. Uma vez ele perdeu o controle, aí nós abrimos a porta para ele."


Sobre o dia dos pais em 2013: Leandro não soube responder.
- "Não me recordo. Quem sabe eu estava de plantão e não poderia nem almoçar com o meu pai."


Sobre manter distância do filho:
-"Ninguém é perfeito."


Sobre dar comida de cachorro ao menino:
- "Isso foi trezentos mil anos atrás. Ele tinha sete anos. O senhor está lutando por uma causa perdia. Eu sou inocente. Amo meu filho e sempre vou amar." 


Sobre desentendimento com a avó materna:
- Ela disse que se precisasse ficaria com ele. Que isso? O Bernardo é meu filho,era comigo que ele tinha que ficar."


Sobre autoria na receita do Midazolam:
Leandro Boldrini negou autoria na receita do Midazolam e ainda confirmou que somente Andressa Wagner também tinha acesso às receitas controladas em branco.
-"Tenho extrema muita confiança nela."


Sobre o dia do crime: 
- "Não sabia que o Bernardo iria junto. Saí do consultório e tentei ligar para a Graciele, mas vi que o carro dela estava ali na frente. Ela estava carregando o aquário. Recebi uma mensagem, dizendo que uma compra foi feita com meu cartão. A TV estava no banco da frente do carro e ela estava carregando o aquário."

Sobre a decisão de compra da TV em Frederico Westphalen: Leandro Boldrini não soube responder esta pergunta:
- "Eu, com um milhão de coisas a fazer, disse para a Graciele que tudo bem, sobre comprar lá."


Sobre desaparecimento de Bernardo: Lembra que no dia 06/04/2014, foi à casa do amigo de Bernardo, mas ele não estava lá.
- "Às vezes acontecia dele sair e não avisar. Pensei que estivesse na casa de alguém. Fui na Polícia registrar ocorrência e, a partir daí, comecei a ligar, ligar, ligar."

O pedido para que a imprensa não participasse da audiência foi negado e o interrogatório de Leandro Boldrini durou cerca de três horas, terminando a sessão por voltas das 13:50 horas. 

Encerrada a fase dos interrogatórios, será a vez da defesa apresentar seus argumentos. A partir daí, o Juiz tem quatro opções de tratamento aos réus:

a) - Sentença de pronúncia: Os réus serão levados a júri popular.

b) - Sentença de impronúncia: Não havendo provas ou indícios do fato criminoso ou da sua autoria, o processo será arquivado.

c) - Absolvição sumária: Os réus são inocentados.

d) - Desclassificação do crime: Se houver discordância do juiz e da acusação com relação à qualificação do crime,  o caso será julgado pela Vara Criminal.  

Disponível em: <g1.globo.com>. Pai de Bernardo abre depoimento. Acesso em 27/05/2015.
Disponível em: <zh.clicrbs.com.br>. Boldrini nega envolvimento na morte de Bernardo. Acesso em 27/05/2015.


OBSERVAÇÃO: Coitadinho do doutor Leandro Boldrini! Quem não te conhece, que te compre.

Foto de vídeo do SBT







Quem é a amiga de Odilaine Uglione?


REVELAÇÕES SOBRE O CASO ODILAINE UGLIONE


São revelações feitas por uma ex-secretária do médico Leandro Boldrini e que trabalhou com ele por quatro anos. 
Ela se diz amiga de Leandro e Odilaine, tinha intimidade com a família e conhecia Bernardo desde que o menino tinha três meses. Ela não se identifica, mas estava no consultório no dia do suposto suicídio de Odilaine Uglione.

Quando Leandro saiu correndo da sala, a amiga e ex-secretária fala:
- "Ele não voltou para ver o que aconteceu."

Jornalista: 
-"O que que ele dizia?"

Amiga: 
- "Saiam, saiam to...vamos sair, vamos sair, a louca tá aí."

Jornalista:
- " Você acha que a Odilaine teria coragem de se matar?

Amiga:
- "Eu não acredito que ela... tenha coragem.

A amiga conta sobre a carta encontrada na bolsa de Odilaine e fala também sobre a mudança de comportamento de Leandro Boldrini após conhecer Graciele Ugulini.

Leia agora o que diz Leonardo Salgueiro, advogado de Andressa Wagner, a respeito da relação dela com Odilaine:
- "Cometeu sim ato atentatório tipificado como suicídio. Também Andressa Wagner nunca escreveu qualquer carta, a 'suposta carta de suicídio', pois esse fato deu-se em fevereiro de 2010 e  Andressa havia sido contratada por Boldrini há menos de um mês do feito, e nesse interregno, manteve pouquíssimos contatos com a mesma quando Odilaine esteve na clínica, sem qualquer intimidade sobre a vida privada da mesma".

OBSERVAÇÃO:  Andressa Wagner diz que não conhecia Odilaine Uglione. Alguém tem algum palpite de quem é a amiga?

Réus são recepcionados com gravação de Bernardo pedindo socorro

OS RÉUS COMEÇAM A CHEGAR AO FÓRUM E SÃO RECEPCIONADOS COM APITOS, GRITOS DE ASSASSINOS E GRAVAÇÃO DE BERNARDO PEDINDO SOCORRO.

 A chegada de Leandro Boldrini


A chegada de Evandro Wirganovicz / Foto de Débora Ely / Agência RBS

Os réus acusados da morte de Bernardo Uglione Boldrini começaram ao chegar ao Fórum de Três Passos por volta de 9:30 horas.
Evandro Wirganovicz foi o primeiro a chegar, seguido de Leandro Boldrini, algemado e escoltado pela SUSEPE . Graciele Ugulini chegou em terceiro lugar e Edelvânia Wirganovic foi á última a adentrar no local, perto das 10:00 horas.
Todos os acusados foram recepcionados com apitos, gritos de assassino/assassina e gravação do menino Bernardo pedindo socorro.

Nesta audiência, os réus terão a oportunidade de exporem sua próprias versões sobre o crime hediondo praticado contra o menino Bernardo Uglione Boldrini de apenas 11 anos de idade, ocorrido em 04/04/2014.

Na ordem, os participantes da audiência:

- O Juiz Luís Marcos Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos que conduzirá o julgamento.

- A Promotora de Justiça Sílvia Inês Jappe, que deixará o Caso Bernardo, após este interrogatório.

- O Advogado Marlon Taborda, assistente da acusação e representante de Jussara Uglione. avó materna do menino Bernardo.

- Os advogados da defesa na seguinte ordem:

Do médico Leandro Boldrini: Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares.

De Graciele Ugulini: Vanderlei Pompeo de Mattos.

De Edelvânia Wirganovicz: Demetryus Grapiglia.

De Evandro Wirganovicz: Hélio Francisco Sauer.

- E presença da imprensa em geral.

Disponível em:<zh.clicrbs.com.br>. Réus são recepcionados com gravação de Bernardo pedindo socorro. Acesso em 27/05/2015.


ACESSE O LINK aBAIXO PARA ACOMPANHAR SOBRE O QUE ESTÁ OCORRENDO NA AUDIÊNCIA EM TEMPO REAL:


Em seu twitter, Maurício Tonetto@mauríciotonetto está postando informações sobre a audiência. Acesse: http://twitter.com/mauriciotonetto

terça-feira, 26 de maio de 2015

Quarta-feira, 27/05/2015: Interrogatório dos réus do caso Bernardo


TODOS OS RÉUS SERÃO OBRIGADOS A COMPARECER Á AUDIÊNCIA DE INTERROGATÓRIO


Pai Leandro Boldrini, Madrasta Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz

Marcada para hoje, 27/05/2015, a partir das 9:00 hs, a audiência onde os quatros réus acima descritos e acusados da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, serão interrogados pelo Juiz Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos no Fórum local, em ordem a ser definida. A imprensa acompanhará o interrogatório, sem gravação de áudio ou vídeo.

Devido às precárias condições físicas e mentais de Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz, os advogados das duas mulheres solicitaram à Justiça que elas fossem dispensadas da audiência, mas o Juiz rejeitou o pedido e elas serão conduzidas ao Fórum para deporem. A defesa adiantou que as acusadas irão exercer o seu direito ao silêncio, durante a interpelação judicial.

Vanderlei Pompeo de Mattos, teria avisado do seu não comparecimento ao interrogatório e o Juiz informou que caso isso aconteça, será designado um defensor público para acompanhar a madrasta Graciele Ugulini.

Demetryus Grapiglia, advogado de Edelvânia Wirganovicz, confirmou que pretendia recorrer da decisão do Juiz, sendo provável ter ingressado com habeas corpus, em 26/05/2015, no Tribunal de Justiça.

- "Minha cliente está em estado de debilidade mental. Ela não pode falar. Se for obrigada a ir lá (no Fórum) todos poderão ver as condições em que ela se encontra." - Alegou Demetryus Grapigilia, referindo-se à Edelvânia Wirganovicz.

O advogado Ezequiel Vetoretti não definiu a postura que seu cliente Leandro Boldtrini irá adotar durante o interrogatório. Já Hélio Sauer, o defensor de Evandro Wirganovicz ,faz questão da fala do acusado, alegando que o momento do interrogatório é muito importante para a defesa.

Em frente ao Ministério Público cartazes com fotos de Odilaine e Bernardo clamam por justiça. A vigília preparada por amigos do menino Bernardo, será em clima de muita paz:
- "Nós só queremos justiça, mas em paz. Nós não queremos nenhum tipo de violência verbal, nem física. Nada, nada, nada. E a Justiça será feita." - Disse  Carlos Petry, o "Tio Carlinhos" do Bernardo.

O Tribunal de Justiça elaborou forte esquema de segurança que contará com o reforço da Brigada Militar apoiada pelo Pelotão de Operações Especiais (POE). As ruas adjacentes ao Fórum serão fechadas depois das 8:00 horas.

OBSERVAÇÃO: Gravação com pedidos de socorro de Bernardo, acompanhada de centenas de apitos deverão recepcionar os acusados na chegada ao Fórum:
- "É hora de fazer uma pressão psicológica." - diz Tayná Petry, empresária e uma das organizadoras da vigília.
Uma foto de Bernardo e um terço azul será a lembrança para cada pessoa que comparecer à vigília. 

Foto Ricardo Duarte / Agência RBS

Disponível em:<g1.globo.com/rs>. Na vespera de interrogatório, cartazes homenageiam Bernardo. Por Felipe Truda. Acesso em 27/05/2015.
Disponível em:<zh.clicrbs.com.br>. Juiz nega pedido e madrasta e amiga terão que comparecer ao interrogatório. Por Adriana Irion / Réus serão recepcionados com Bernardo pedindo socorro. Acesso em 27/05/2015.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A defesa de Graciele Ugulini não conseguiu afastar Juiz do Caso Bernardo


DEFESA DE GRACIELE UGULINI PEDE AFASTAMENTO DO JUIZ, MAS JUSTIÇA REJEITA PEDIDO

Graciele Ugulini / Depoimento à Polícia Civil - Fantástico / Rede Globo

Na sexta-feira passada, 22/05/2015, a defesa de Graciele Ugulini entrou com pedido de afastamento do Juiz do Caso Bernardo, alegando diferenciação de tratamento em relação a defesa dos quatro réus.
A defesa de Graciele Ugulini se sentiu desprestigiada e prejudicada com a violação dos seus direitos, citando por exemplo, a decisão do Juiz Marcos Luís Agostini de determinar a busca e apreensão do processo do Caso Bernardo que se encontrava no seu escritório.

O advogado que representa a madrasta, além  de classificar o ato como ilegal e arbitrário, ainda alegou que o Juiz estava favorecendo um espetáculo midiático que será realizado dia 27/05/2015, quarta-feira, a partir das 9:00 horas, no Fórum de Três Passos/RS, onde os veículos de comunicação foram convidados a acompanhar o interrogatórios dos quatro acusados da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini.

Analisando o pedido da defesa de Graciele Ugulini, o Juiz Considerou não haver correspondência nas alegações do advogado em relação às causas estabelecidas nos dispositivos para configuração de impedimento ou suspeição:
- "Eventual divergência das partes com as decisões proferidas ou com o procedimento adotado pelo magistrado na condução do processo, pode ser atacada pelos sucedâneos recursais próprios, como habeas corpus, mandado de segurança e, até mesmo correição parcial. E isso inclusive ocorreu no mencionado processo." -  Instruiu o Juiz.

- " Parece que a defesa quer alçar a exceção de suspeição a sucedâneo recursal, o que não tem previsão legal. Não obtido êxito em reformar as decisões proferidas pelo juízo, a excipiente lança mão da presente exceção, buscando afastar o magistrado da condução do feito, sem que exista causa legal para isso." - Complementou o Juiz Marcos Luís Agostini.

O Juiz justificou cada negativa ao pedido da defesa de Graciele  Ugulini:

Quanto ao episódio de busca e apreensão do processo do Caso Bernardo que se encontrava em poder da defesa de Graciele Ugulini:
 O Juiz determinou busca e apreensão do processo do Caso Bernardo no escritório do advogado que representa a madrasta Graciele  Ugulini, visando a  celeridade da ação processual pelo fato dos réus se encontrarem presos:
- "Tenho que o procedimento adotado no feito é absolutamente regular, inexistindo qualquer cerceamento ao direito de defesa e, muito menos, causa de suspeição ou impedimento do juiz." - salientou o Magistrado Marcos Luís Agostini.

Quanto ao tratamento diferenciado alegado pela defesa com privilégios para a acusação em detrimento da defesa dos acusados:
- " Reitero que a defesa da acusada, ora excipiente, não apresenta qualquer recurso da decisão, mas, não obstante, de foram totalmente equivocada vislumbra suspeição do juiz por parcialidade. Apenas para que isso não permaneça sem resposta, os autos estiveram em carga com o Ministério Público, entre os dias 13 e 18/05/2015, para que o órgão acusado se manifestasse nos autos acerca do pedido de esclarecimentos periciais, apresentados pela defesa, inexistindo ilegalidade nesse proceder." - Considerou o Juiz.

Quanto ao acesso da imprensa:
- " Registro que o comportamento deste magistrado, salvo melhor juízo, tem sido discreto na condução de processo de ampla repercussão, a qual advém o fato em si, o contexto que teria sido praticado e os próprios acusados. A autorização da presença da imprensa nas audiências ocorre porque não há segredo de justiça decretado no feito e as solenidades são públicas.

Agora o pedido será encaminhado e apreciado pelo Tribunal de Justiça, que decidirá se acata ou rejeita a decisão de primeiro grau.

Disponível em: <www.ambito-juridico.com.br>. Caso Bernardo: Defesa de Graciele Ugulini pede afastamento do juiz. Acesso em 27/05/2015.

OBSERVAÇÃO: Em 14/04/2014, quando o corpo de Bernardo foi encontrado e o pai e madrasta foram presos, a  principal preocupação deles era se a imprensa seria noticiada. Os algozes de Bernardo continuam com o mesmo pensamento de evitar a imprensa, porque eles próprios reconhecem e lá no fundo de suas consciências talvez se envergonhem do que fizeram ao menino. E eu tenho o maior prazer em lhes informar: aqui se encontra um fiel amigo de Bernardo Uglione Boldrini a postos para tornar conhecido não só no Brasil, como também no Exterior,  o tamanho da atrocidade que Leandro Boldrini, o pai biológico, Graciele Ugulini, a madrasta, Edelvânia Wirganovicz e seu irmão Evandro Wirganovicz, cometeram contra uma criança de apenas 11 anos de idade.

Há poucos dias da audiência de julgamento do Caso Bernardo, por quê o Juiz ainda teve que entrar com recurso de busca e apreensão do Processo do Caso que se encontrava em poder da defesa de Graciele Ugulini? E  a defesa ainda se queixa de tratamento diferenciado...Ah, fala sério!