quinta-feira, 16 de abril de 2015

Negada a liberdade para Evandro Wirganovicz


JUSTICA NEGA A EVANDRO WIRGANOVICZ: LIBERDADE E CISÃO DE PROCESSO.


Evandro Wirganovicz / Foto G1 

Em 15/04/2015, o Juiz de Direito Marcos Luís Agostini, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, opôs-se ao pedido de liberdade de Evandro Wirganovicz, o 4º acusado da morte de Bernardo Uglione Boldrini, ocorrida em 04/04/2014. Evandro é acusado de ter cavado o buraco onde enterraram Bernardo. A defesa do réu argumentou excesso de prazo no encerramento da fase de instrução e também requereu o desmembramento do processo n° 2140000704-8 (Comarca de Três Passos/RS).

As duas petições foram negadas pelo Juiz Marcos Luís Agostini:

- "Não vislumbro alteração do panorama identificado no momento em que proferida a mencionada decisão, a qual deve ser mantida." - Afirmou o Juiz.

O magistrado citou inclusive, decisões precedentes das Câmaras do TJRS, que tiveram como resultado a manutenção das prisões de todos os acusados, com o objetivo de garantir a ordem pública, bem como para conveniência da instrução processual:

- "Com efeito, deve ser considerado para afastar a alegação de excesso de prazo, a complexidade da ação penal, o número de acusados, a quantidade significativa de testemunhas arroladas e inquiridas, o grande volume de documentos acostados (33 volumes) e, também, as diversas postulações das defesas." - declarou o Juiz.

O Meritíssimo ressaltou que a alegação da defesa não procede, referindo-se à demora nas diligências e perícias para finalizar a instrução:

- "Para realização dos interrogatórios dos réus e encerramento da instruções restam somente duas pendências, ambas postuladas pela defesa, quais sejam, os esclarecimentos a serem prestados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) em relação à perícia grafotécnica realizada e a inquirição da última testemunha dentre as inúmeras arroladas, que está com audiência aprazada para o próximo dia 11/05/2015, na Comarca de Boa Vista, Roraima.

Disponível em:<http://www.tjrs.jus.br/casobernardo>. Acesso em 16/04/2015.

OBSERVAÇÃO: Não tenho dúvida nenhuma, que o sr. Evandro Wirganovicz está atolado até o pescoço nessa lama. Vou ficar deveras surpreso, se ele conseguir se safar dessa: afinal, trata-se da morte de forma covarde e desnecessária, perpetrada por quatro adultos a uma criança de apenas onze anos de idade. A ganância impede a visão, planta-se às cegas e o produto final é a colheita de frutos amargos... e nada desejáveis.

PARA LEMBRAR: Graciele Ugulini, por volta de 12:30 hs de 04/04/2014, ligou para Edelvânia Wirganovicz, avisando que seguia rumo Frederico Westphalen acompanhada de Bernardo. Edelvânia em depoimento à Polícia em 14/04/2014, confirma:
 - "Fomos lá naquele dia, fazer o buraco, mas com a enxada não dava. Aí, fomos comprar as coisas. A pá, a cavadeira. E a enxada foi jogada fora. Foi jogada no mato". Ela (Graciele) se lavou na minha casa. As mãos e os pés. Eu fiquei em casa. Depois desci para pegar minha sobrinha e fomos dar uma volta. Peguei um sorvete e um picolé e fomos dormir".
Disponível em <g1.globo.com/rs/ré-caso-bernardo>. Acesso em 16/04/2015.

PS: Que dia mais triste! Como Edelvânia conseguiu dormir depois de um ato desse? Observe que ela diz que Graciele se lavou, mas ela não diz ter se lavado também, após ter cavado o buraco, nem mesmo as mãos. Ela jogou a enxada no mato: por quê, se as outras ferramentas ela levou para a casa da mãe? Será que ela indicou à Polícia onde jogou a enxada? E onde estavam a pá e a cavadeira que ela alegou estar no carro, mas o vídeo não mostrou? Tinha certamente outra pessoa envolvida na história e essa pessoa é seguramente Evandro Wirganovicz. Da hora que as duas mulheres saem com Bernardo e depois retornam sem ele, decorre exatamente 1 hora e 33 minutos: é muito pouco tempo para o que ela alega ter feito (deslocamentos, compras, procedimento criminoso, abertura e fechamento da cova). Sabe o que é cavar um buraco no início de abril? Você fica inteiramente sujo e coberto de suor. Edelvânia  só trocou de roupa depois que Graciele se lavou e foi embora. 

Outro detalhe: Leandro Assis Brondani diz em depoimento que Edelvânia e Graciele compareceram à sua loja entre 1 e 4 de abril de 2014, perguntando como fariam para abrir um buraco. Ele explicou que era com uma pá e uma cavadeira, mas como ele não possuía esse tipo de ferramente, recomendou outras duas lojas. Perguntada sobre o motivo da abertura do buraco, Edelvânia apenas respondeu que era em local próximo à casa de sua mãe.

Por sua vez, Hermes Vendrusculo Scapin, sócia da loja de ferragens, onde Edelvânia comprou as ferramentas, revelou que ela não quis o registro das compras:

- "Não sei quem era a outra pessoa, mas quem comprou foi a Edelvânia. Ela só pediu uma pá e uma cavadeira. Essa outra pessoa não entrou, ficou na porta." - Disse Scapin. 

A certeza é que Edelvânia não comprou as ferramentas no mesmo dia da morte de Bernardo, o que se deduz apenas é que ela estava acompanhada de Graciele Ugulini, nos preparativos anteriores para a empreitada criminosa. Conforme a Delegada Caroline Bamberg ela apresentava calosidades na mão. Fica a indagação: por quê calosidades? A mãos de uma "assistente social", não estaria jamais com calos e sim com bolhas arrebentadas e pele arrancada. Calos ou calosidades nas mãos decorre de trabalho repetitivo e por um longo período de tempo. Em "Graciele Ugulini - A Farsa", no vídeo gravado pela Polícia, Edelvânia diz que Graciele lhe entregou dinheiro na quarta-feira, 02/04/2014 e na quinta-feira de manhã, 03/04/2014,  ela abriu a cova. No seu depoimento, Edelvânia tem uma dificuldade enorme para falar da cavadeira e da pá, como se temesse ser pega em contradição e aí a Delegada Cristiane chega a colocar palavras na sua boca. É...O sr. Evandro Wirganovicz tem muito o que explicar à Justiça.


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