quarta-feira, 1 de abril de 2015

Missa, procissão e vigília para Bernardo Uglione Boldrini


HOMENAGEM A BERNARDO NESTE DOMINGO, 05/04/2015,  COM PROCISSÃO, MISSA E VIGÍLIA.

Bernardo Uglione Boldrini / Arquivo Pessoal.

Disponível m: <g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/caso-bernardo>. Acesso em 01/04/2015.

Sempre nos lembraremos de Bernardo como o menino que só queria o amor de uma família, simples assim. Quase um ano de sua morte (que completará em 04/04/2014), a cidade de Três Passos na Região Noroeste do Rio Grande do Sul é só adesivos, banners, cartazes e outdoors, reverenciando o garoto e também sua mãe Odilaine Uglione, vítima da atrocidade do pai biológico Leandro Boldrini e da madrasta Graciele Ugulini que estão presos aguardando julgamento desde 19/04/2014. Ambos vão responder por homicídio triplamente qualificado e a Leandro Boldrini ainda caberá outro crime: falsidade ideológica.

No dia 04/04/2015 (sábado), em frente à casa onde o menino Bernardo morou com o pai, a madrasta e a meia-irmã, haverá uma vigília com início previsto para o final da manhã, por volta das 10:00 hs  e término no início da tarde. A exemplo do que ocorreu em 20/04/2014, quando cerca de mil pessoas lotaram a Igreja, uma missa foi marcada para domingo, 05/04/15, 19:00 hs, em sua homenagem na mesma Igreja Matriz Santa Inês em Três Passos e de onde no início da noite, sairá uma procissão em direção à residência.

- "Estamos nos organizando para algumas atividades e lembrar esse momento que foi tão doloroso para nós, para a cidade toda". - conta Tainá Petry, a filha de Juçara Petry, a Tia Ju do coração de Bernardo e com quem ele muito desejava morar.

- "A população nãso se conformou. Acho que só vai passar mesmo depois do julgamento, quando os responsáveis pela morte do Bê forem condenados". - conclui Juçara Petry.

As opiniões na cidade se dividem entre aqueles que se desdobram em manifestações clamando por justiça e o outros que se sentem incomodados e preferem o esquecimento, passar uma borracha no assunto: é o caso da aposentada Gleci Ulmam:
- "Claro que a gente entende tudo o que aconteceu e toda a crueldade que envolveu a morte do Bernardo, mas acho que já passou. Chega. Precisamos deixar a Justiça fazer a parte dela. A gente não pode ser obrigada a ver todo dia esses cartazes, todas essas mensagens. É um sofrimento sem fim". - desabafa a aposentada.

Na luta incessante em prol de justiça para Bernardo, a família Petry também se depara com o problema do sumiço dos cartazes:
- " Às vezes somem vários cartazes. Alguém vaia lá e arranca. E aí a gente tem todo o trabalho de ir lá e colocar de novo. Não sei quem faz isso, mas a maioria das pessoas está do nosso lado na busca por justiça". - afirma Juçara Petry.

Foto: Caetanno Freitas G1/RS.

De fato:

- " Sinceramente eu não esperava que fosse ter uma repercussão tão grande. O País inteiro olhou para Três Passos. Quem não conhecia a cidade, passou a conhecer por causa da tragédia, infelizmente. Não sei se um dia essa ferida vai cicatrizar" - lamenta Talitha Wolffman, vendedora.

A casa da Rua 7 de Setembro, nº 195, Centro de Três Paasos/RS, transformou-se em ponto de visitação de pessoas de todas as partes do País e fora dele:
- "Vem bastante gente de fora, principalmente onde eu trabalho. Vem pedir onde é a casa do Bernardo, querem visitar, fazer oração, levar flores" - Diz a atendente Rosângela Carls.

Foto Band

- "Já fiz tantas corridas para lá que tu não faz ideia. Posso ir de olhos fechados. Já levei gente de São Paulo, do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Rio Grande do Norte. Teve um casal de argentinos que veio visitar. Todos só para passar ali, deixar flores, rezar. É uma coisa impressionante a proporção que esse caso tomou". - Declara o taxista Valdermar Wermuth.

- "Isso não é normal, fazer uma coisa dessas, né. Porque até tem gente que abandona os filhos, ms matar, eu acho que isso não existe". - Comenta a agricultora Traudi Henika.

De acordo com o Delegado da Polícia Civil de Três Passos, Marion Volino, o caso de Bernardo foi o mais complexo da história da Delegacia de Três Passos:
- "Conseguimos vídeos e áudios que provaram que o menino era maltratado. Acrescentando a tudo isso, o material comprado em Frederico Westphalen pela Keli (Graciele Ugulini) e Edelvânia, a pá, o Midazolam em comprimido retirado do consultório do doutro Leandro Boldrini. Isso tudo prova que os quatro participaram" - Recapitula o Delegado. E ele prossegue:
- " Quem diz que vão ser punidos ou não,  são os elementos, as provas que estão no processo e os jurados vão dizer se eles são culpados ou não com as provas que eles vão analisar, mas se eles cometeram o crime e para nós da Polícia Civil, eles cometeram, que eles sejam punidos". - Arremata o Delegado Volino.


JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

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