sábado, 30 de julho de 2016

Para os fortes, assim como o menino Bernardo Uglione Boldrini


OS MENINOS DE LUZ, CEIFADOS PELA BÁRBARIE
(Escrevia Luis Nassif, em 18/04/2014)


Fotos de arquivo pessoal


Os mais espiritualizados diriam que a humanidade é composta pela massa informe dos que vieram de passagem pela vida, buscaram promoção pessoal ou não, acomodaram-se na carreira profissional ou não, mas fecharam-se em seu mundinho murado, não se expondo aos desafios da vida nem à luz dos sentimentos maiores, incapazes de celebrar a beleza ou se indignar com os absurdos da vida.

Sobem quando encontram espaço; resignam-se, quando expostos a obstáculos.

Mas há as crianças de luz, aquelas que nasceram com a garra dos predestinados, com a indignação dos que jamais se curvariam às vicissitudes da vida. E aquelas que, dotadas da força interna dos iluminados, foram ceifadas pela força bruta dos bárbaros.


ALEX MORAIS SOEIRO


Com 8 anos de idade, morador da Vila Kennedy, na zona Oeste do Rio, o menino Alex Moraes Soeiro era um deles. Morava com a mãe em Mossoró, Rio Grande do Norte. Ameaçada de perder a guarda do filho, por não levá-lo à escola, despachou-o para morar com o pai no Rio de Janeiro. 

Ex-presidiário, traficante, desempregado, o bárbaro acolheu a luz. Alex foi matriculado na Escola Municipal Coronel José Gomes Moreira. No primeiro bimestre tirou nota 88, no segundo, nota 100 e no terceiro, nota 90.

Segundo os colegas, era um menino afetuoso, que se dava bem com todos. Sensível, gostava de dança do ventre e de lavar louças, de forró e de brincar de carrinhos. E tinha uma força interna de tal ordem que escondia dos colegas os hematomas resultantes dos frequentes espancamentos a que era submetido pelo pai: “Para ensiná-lo a andar como homem”.

 De frente com a besta, o menino não cedia, não chorava, não gritava. Foi assim quando recusou-se a cortar o cabelo e foi espancado e não cedeu e continuou sendo espancado até que a pancadaria feroz dilacerou o fígado, provocando uma hemorragia interna. 

Com 8 anos morreu, sem se curvar  à bestialidade. No laudo final, os legistas encontraram escoriações nos joelhos, cotovelos, ouvido esquerdo, no tórax, na região cervical, equimoses no rosto, no tórax, no supercílio direito, no punho esquerdo, no braço e antebraços.

Se a besta não tivesse ceifado sua vida, seria um dos futuros meninos de luz a iluminar a construção de um país desigual, talvez um grande líder político ou comunitário, talvez um empreendedor destemido, talvez um artista consagrado.


BERNARDO UGLIONE BOLDRINI


Bernardo Boldrini, de 11 anos, morava no município de Três Passos, perto de Santa Maria, Rio Grande do Sul.  Órfão da mãe, que supostamente se suicidou logo após se separar do marido, foi morar com o pai, médico cirurgião bem sucedido e a nova esposa.

Pelos amigos, era considerado dócil, obediente e carente, especialmente devido ao abandono a que foi relegado pelo pai. Muitas vezes refugiava-se em casa de amigos, sem jamais criticar o pai ou mencionar os problemas em casa.

Em um dia em que o pai prometeu mais atenção, comentou com os colegas sua felicidade, por poder brincar com a “mana”, a irmã de um ano e três meses do novo casamento.

Quando a vida tornou-se insuportável, não cedeu.

Com 11 anos, procurou o Conselho Tutelar da cidade para denunciar os maus tratos e o abandono pelo pai e propor ser criado pela avó. 

No último dia 4 foi morto com uma injeção letal, aplicada provavelmente pelo pai e pela madrasta. 

Aos que desanimam com os problemas da vida real, que se abatem com os trancos do destino, iluminem-se com a luz desses meninos que não cederam.

Disponível em:


JUSTIÇA IMPARCIAL E TOTAL PARA TODAS AS CRIANÇAS, VÍTIMAS DE VIOLÊNCIAS EM TODOS OS ASPECTOS, COMETIDAS  POR AQUELES QUE MAIS RESPONSABILIDADE DEVERIAM TER SOBRE ELAS!


sexta-feira, 22 de julho de 2016

Cara a cara com Evandro Wirganovicz dois anos depois da morte do menino Bernardo



ENTREVISTA EXCLUSIVA DO RÉU EVANDRO WIRGANOVICZ PARA O JORNAL O ALTO URUGUAI, DENTRO DO PRESÍDIO ESTADUAL DE TRÊS PASSOS/RS 





Desde que foi preso em maio de 2014, acusado de cumplicidade na morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos de idade, o réu Evandro Wirganovicz relata pela primeira vez à imprensa como é sua vida dentro do Presídio Estadual em Três Passos/RS.

Passava das 8:30 hs. da segunda feira, 11/07/2016, quando Evandro, trajando calça jeans e moleton vermelho e calçando sapatênis, cruzou uma das alas do presídio e chegou até a recepção para ser entrevistado pelo Jornalista Fábio Pelinson, do Jornal O Alto Uruguai.

Todo o tempo que durou a entrevista, ele negou que tenha tido envolvimento na morte de Bernardo, mas em nenhum momento ele fala o nome do garoto, referindo-se apenas como o "inocente".
Ele parece mais preocupado em chorar e se defender (não sem razão), reiterando o fato de não ter feito nada e que está pagando por algo que não fez.

Evandro Wirganovicz:
- "Desde o começo eu disse que não fiz. Eu sempre fui um homem sossegado, sem maldade e agora as pessoas me chamam de assassino.

Se alguém acha que sou culpado que tire da cabeça. É uma injustiça o que estão fazendo comigo e um dia eu vou provar que eu não sou um assassino. De noite eu coloco a cabeça no travesseiro e durmo, minha consciência não pesa.

Se eu tivesse feito o buraco, eu ia falar, eu não ia enganar a Justiça. Eles tem que levar ela (Edelvânia) fazer de novo, se eles acham que uma mulher não faz o buraco e me mandar pescar de novo se acham que naquele dia não tinha peixe."


Acusação contra Evandro Wirganovicz


Segundo a denúncia do Ministério Público, aceita pela Justiça, Evandro “concorreu para a prática do crime ao fazer a cova vertical destinada à deposição do corpo do menino, além de limpar o entorno do local, tudo dois dias antes, para facilitar a ação criminosa dos demais acusados” (...) “auxiliando material e moralmente, na medida em que, no dia 2 de abril de 2014, entre as 18h30min e 21 horas, abriu a cova, sabendo que lá seria enterrado o corpo da vítima”. 

Assim, Evandro responde por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. A defesa de Evandro recorreu da decisão, “alegando a inexistência nos autos de indícios de autoria ou participação do acusado nos fatos imputados na denúncia”, solicitando que ele não fosse a Júri Popular. Porém, a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul indeferiu o pedido, confirmando que os quatro réus vão a Júri Popular, onde os jurados decidirão se são culpados ou inocentes.

Thiago Henrique.


Disponível em:


OBSERVAÇÃO: o senhor Evandro Wirganovicz alega que não teve nenhum envolvimento no caso do assassinato de Bernardo, não abriu buraco nenhum e apesar de chorar durante toda a entrevista, ele revela que à noite não tem nenhuma dificuldade em conciliar o sono, pois sua consciência está tranquila.

Se ele é inocente, então ele foi muito incauto e sem sorte ao transmitir para a Justiça tantas falsas provas que o incriminaram. Será que agora teremos que pedir Justiça também para ele?

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

sábado, 16 de julho de 2016

Vislumbrando a eternidade antes de nós


MATHEUS, FILHO DA CANTORA EYSHILA, FALECEU EM 14/06/2016, COM 17 ANOS DE IDADE, VÍTIMA DE GRAVE MENINGITE


Vídeo incorporado do YouTube /Web Evangelista Wagner Jr.
(Programa exibido em 13/07/2016 pela TV Record)

Viver num lugar que é difícil explicar,
Não vai haver dor nem por que chorar,
Memórias ruins vão se apagar,
Com nosso DEUS vamos morar!
(Música de Lucas, filho de Eyshila, em memória do irmão Matheus.)

OBSERVAÇÃO: todos os dias também sentimos muitas saudades de Bernardo Uglione Boldrini, apesar de sabermos com certeza, que hoje ele mora na casa do Pai Eterno, junto com Jesus e com Matheus. Mas ao mesmo tempo, de vez em quando, as lágrimas teimam em querer rolar. 
O natural seria os pais morrerem antes dos filhos, no entanto, na nossa vida terrena, não raras vezes, temos que aprender a conviver com essa dor.
Nossos abraços e condolências à Cantora Eyshila, apesar da sua demonstração de grande fé. 

sábado, 9 de julho de 2016

Bernardo Uglione Boldrini em nome dos que silenciam


A VIOLÊNCIA É DEMOCRÁTICA: NÃO ESCOLHE SEXO, IDADE OU RAÇA E ACONTECE COM EXCESSIVA FREQUÊNCIA DENTRO DAS PRÓPRIAS FAMÍLIAS


Foto reprodução RBS TV



Quando o menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, “chegou a procurar o Ministério Público, por conta própria, pedindo para não morar mais com o pai e a madrasta, indicando duas famílias com as quais gostaria de ficar” e expondo o cotidiano de omissões e carências, quatro meses antes de ser assassinado, sua denúncia operou um ato decente de recusa motivada de submissão ao poder familiar de ambos. A sua morte repercutiu nacionalmente.
O trágico familiar igualmente sucede, dia a dia, quando a mulher aprisionada em seu íntimo, por sucessivas violações silenciosas na indústria do tratamento algoz imposto pelo parceiro, coloca-se desumanizada por desconstruções verbais e por violências físicas e psicológicas praticadas contra si. À falta de uma denúncia imediata, nada repercute — salvo no largo espectro da violência doméstica que a degrada e a submete a danos existenciais.
Continua...
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OBERVAÇÃO: com excessiva frequência dentro de quatro paredes, no seio da própria família é que acontecem as piores atrocidades e todo tipo de violência. Ao contrário do que muitos pensam, a violência entre familiares e parentes é muito comum e por isso mesmo motivo de suspeita, passível de averiguação, SEMPRE, que ocorrer uma denúncia. 

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!




Pai do menino Bernardo Uglione Boldrini comparece a velório


LEANDRO BOLDRINI OBTEVE PERMISSÃO DA JUSTIÇA PARA COMPARECER AO VELÓRIO DO PAI EM CAMPO NOVO/RS

Foto Três Passos News


O médico Leandro Boldrini, acusado da morte do filho Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, teve a escolta de policiais do POE (Pelotão de Operações Especiais da Brigada Militar) e por agentes da SUSEPE (Superintendência dos Serviços Penitenciários) para que pudesse comparecer ao velório do pai, o senhor Irildo Boldrini, de 79 anos, que estava internado no Hospital da Caridade em Três Passos/RS, por doenças do coração.

O avô paterno do menino Bernardo faleceu na noite de 04/07/2016 e o seu velório aconteceu na tarde de 05/07/2016, na cidade gaúcha de Campo Novo, onde ele residia. O CTG Sentinela das Coxilhas foi evacuado a fim de que Leandro Boldrini de despedisse de seu genitor pela última vez. No velório, ele estava acompanhado dos familiares e permaneceu no local por cerca de 25 minutos.

Diferente das vezes em que esteve em Três Passos e foi vaiado por populares, em frente ao Fórum e em Frente à Clínica São Mateus, dessa vez, o médico Leandro Boldrini foi aplaudido em Campo Novo na tarde do dia 05/07/2016. Segundo uma moradora presente no velório, um dos clientes de Leandro, chegou a gritar, enquanto o médico deixava o local:  “Leandro, obrigado por ter salvo a minha vida! Leandro, obrigado!” 
O médico também foi aplaudido por outros moradores, informação que foi confirmada pela Brigada Militar em Campo Novo.
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A premeditação no crime contra Bernardo Uglione Boldrini


ALGUÉM AINDA TEM DÚVIDAS QUANTO À PREMEDITAÇÃO NO CRIME CONTRA O MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI?






Fotos de vídeo

Veja abaixo os novos detalhes a respeito da premeditação da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, derrubando mais uma vez, a última versão mentirosa de Edelvânia Wirganovicz.

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Reprodução RBS TV


A câmera de segurança, existente na propriedade da agricultora Rosângela Maltauro, ajudou a Polícia Civil a desvendar a morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, em 04/04/2014, ligando o seu assassinato ao pai biológico, o médico Leandro Boldrini, à madrasta do menino, a enfermeira Graciele Ugulini e aos cúmplices Edelvânia Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Rosângela contou como as imagens foram recolhidas pela Polícia Civil, durante a investigação do fato.

Rosângela Maltauro:
- "Veio o pessoal de lá com um policial daqui, que tinha conhecimento. Eles baixaram para um pendrive, levaram todas as imagens. Essas imagens, na verdade, ficaram no meu computador. Eu nunca tinha aberto essas imagens, nunca tinha me interessado, porque por mim elas estavam no processo mesmo".

De acordo com o Doutor Marlon Taborda, advogado da Família Uglione, a caminhonete preta que aparece no vídeo era de Leandro Boldrini, utilizada frequentemente pela madrasta Graciele Ugulini. Entre ida e vinda do veículo da madrasta, o tempo é de cerca de uma hora.O vídeo também mostra o carro de Edelvânia circulando naquele local.

O perito criminal Marco Baptista, que já atuou anteriormente, analisando e atribuindo à secretária Andressa Wagner, a carta encontrada na bolsa de Odilaine Uglione (Andressa, naquela época, já trabalhava como secretária de Leandro Boldrini), determinou agora que os dois carros que aparecem nas imagens são os mesmos do posto de gasolina (mostrando Graciele e Bernardo entrando no carro de Edelvânia em 04/04/2014, quando o menino desapareceu). 

As últimas investigações da Polícia Civil em Três Passos/RS, concluíram que a mãe de Bernardo, de fato, cometeu suicídio em 10/02/2010, dentro do consultório e na frente do marido (que nada fez para impedir o ato).

Doutor Marlon Taborda:
- "Mandamos fazer uma análise pericial para a constatação, e isso significa cabal e fielmente ser a caminhonete de Leandro Boldrini. Isso demonstra a premeditação. Fica bem provada a prática dos atos preparatórios que culminaram com a prática do delito no dia da morte do Bernardo. Faz prova de que houve planejamento e houve a execução. "Ela  (Edelvânia) disse que elas foram verificar o local antes".

Até hoje, Rosângela conta das iniciativas realizadas para relembrar e homenagear o menino. 

Rosângela Maltauro:
- "Pessoas das proximidades vão seguido, levam flores, oram. No dia 12 de outubro, o Dia da Criança, os cavalarianos descem, tem uma missa muita bonita, e a gente vai lá rezar, homenagear ele. Já que a gente não conseguiu fazer em vida, pelo menos a memória dele é lembrada".





Vídeo incorporado do YouTube / Band Cidade RS

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!