quarta-feira, 19 de novembro de 2014

À espera de Justiça


À ESPERA DE JUSTIÇA


30/10/14: recém saída de uma internação, devido a agravamento de problemas cardíacos, a avó materna de Bernardo, Jussara Uglione, compareceu à Justiça da comarca de Santa Maria, acompanhada de uma amiga. Portava ao pescoço uma correntinha com a foto do neto e aparentemente, bastante fragilizada, ela relatou sobre o comportamento do ex-genro, durante todo o decorrer dos fatos desde a morte de Odilaine Uglione, sua filha, que supostamente teria cometido suicídio no consultório do marido Leandro Boldrini, até o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, pelo pai biológico Leandro Boldrini e pela madrasta Graciele Ugulini.

Entre os acontecimentos, ela revela que na noite do velório da esposa Odilaine, Leandro foi a motel com a amante e agora esposa Graciele. Isso remete a um fato bastante semelhante em que ele, acompanhado da mesma, foi a uma festa noturna em Três Rios, um dia após o desaparecimento e morte do filho Bernardo, para uma comemoração, em que até fumou charuto, além de conflitar com os seguranças da casa.

Entre denúncias de maus tratos ao menino, por parte do pai ainda em vida da mãe biológica, passando pelo impedimento de ter contato com o neto, chute desferido pelo ex-genro no consultório dele, as judiações de Graciele Ugulini em relação a Bernardo até os contatos com o Conselho Tutelar para a guarda do menino, em que nada foi feito. Afinal, o médico gozava de grande prestígio na cidade e as pessoas que sabiam do que ocorria com Bernardo ficavam intimidados em se envolver na história, podiam precisar dele. Sobre a perícia realizada no caso de Odilaine, ela respondeu ao advogado de defesa de Leandro Boldrini, que não pagou pelos serviços do perito, foram realizados gratuitamente. O advogado de Edelvânia Wirganovicz, Demétrius Grapiglia perguntou à avó, se Bernardo conhecia sua cliente. Na minha modesta opinião, acredito que essa pergunta viria a calhar melhor se feita a Andressa Wagner, ex-secretária de Leandro Boldrini.

Narrou ainda que no velório da filha Odilaine, Leandro Boldrini apareceu de jaqueta, colete à prova de bala e seguranças e trazendo a tiracolo uma filmadora, o que chamou muito a atenção das pessoas. Segundo ela, era costume dele filmar os eventos.  Quanta insensibilidade! Filmar um velório! Jussara Uglione nunca chegou a conversar com Graciele Ugulini, mas relembra que a madrasta costumava desfilar num Vectra branco que fora de Odilaine. Ela acredita que a filha não cometeu suicídio e que Leandro Boldrini teria sido capaz de planejar a morte de Bernardo: "- Ele é muito frio e calculista."
Marlon Taborda conclui que os relatos de Jussara Uglione ficaram bastante prejudicados, pois ela havia acabado de sair do hospital e ainda se encontrava debilitada. Ela é uma das 25 testemunhas de acusação, convocadas pelo Ministério Público e até 26/11/14, começarão a ser ouvidas as testemunhas de defesa, em seguida os peritos e por último os quatro acusados do homicídio. 

OBSERVAÇÃO: Doutor Marlon, não se preocupe, para bom entendedor, um pingo é letra! Nossa Justiça consegue ser bastante eficiente, veja caso Isabela Nardoni. O fato de Jussara Uglione se encontrar muito doente corrobora em muito a necessidade de uma decisão judicial bem feita em favor de uma mãe em sofrimento, padecimento este, acrescido, agravado  e duplicado pelas perdas de dois entes queridos. Angústia, amargura e desconsolo que muitos de nós, sequer o podemos conceber.

Disponível em: g1.globo e jus.estadual. acesso em 19/11/14.

Um comentário:

  1. Dona Jussara é uma guerreira. Está em minhas orações. Peço a Deus que te dê força, coragem, aumente sua fé, fortifique sua saúde
    O Brasil está do seu lado.
    Deus fará justiça.

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