segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Uma luz no fundo do túnel



UMA LUZ NO FUNDO DO TÚNEL



Eduardo Llanos, contratado por Jussara Uglione, pode finalmente colocar luz sobre a morte de sua filha, Odilaine Uglione, ocorrida em 10 fevereiro de 2010, no consultório do marido, Leandro Boldrini. A mãe nunca se conformou com a versão de que a filha havia se suicidado, mas resultados de perícias e depoimentos de testemunhas na época, levaram a Polícia a concluir por suicídio, apesar de fortes indícios apontarem o contrário. Os resíduos de chumbo provenientes da deflagração da pólvora, foram detectados na mão esquerda de Odilaine, sendo que ela era destra. Jussara Uglione acredita no assassinato da filha, fato corroborado pelas gravações de vídeos apreendidas do celular de Leandro Boldrini, onde ele e Gracielie Ugulini registravam cenas de maus tratos a Bernardo.

Odilaine Uglione havia dito à mãe , cinco horas antes de morrer, que estava feliz de se separar de Leandro Boldrini, colocando um ponto final nas suas traições e falando do dinheiro que iria receber pelo divórcio. Andressa Wagner, secretária do médico é uma mulher muito corajosa. Quando Leandro saiu gritando que havia ocorrido um homicídio, um suicídio e que deviam chamar a Polícia, ela entrou na sala e deparou com Odilaine, já caída ao chão. Caroline Bamberg, a mesma Delegada que investigou a morte de Bernardo, foi a responsável também pelo caso de Odilaine. Ela diz que todas as provas colhidas indicavam um provável suicídio, pois a vítima havia comentado com testemunhas num centro espírita e também com a empregada sobre suas intenções de se matar. (?)

Para dirimir quaisquer dúvidas, Jussara Uglione contratou uma empresa particular de investigações criminais e o perito Sérgio Saldias, após análise do processo deu  parecer final num relatório de 32 páginas. O fato de provas importantes terem sido descartadas na época, como por exemplo: perícias em roupas da vítima e do médico, resíduos de pólvora nas mãos também de Leandro e que não foram levadas em consideração, suscitaram críticas por parte de Eduardo Llanos, diretor da empresa que realizou a última perícia. Ele ainda acha que uma terceira pessoa possa ter estado dentro do consultório, no dia do acidente. Já o perito Sérgio Saldias, da mesma empresa, conclui pelas suas averiguações que não existe fundamentos científicos de que Odilaine se matou.

Em maio de 2014, o perito Douglas Piérola, autor do  laudo oficial que investigou a morte de Odilaine, disse que deu explicações ao Ministério Público, informando que a mão direita da vítima segurava o revólver. Para ele, Odilaine teria usado a mão esquerda como apoio e assim acabou cobrindo a mão direita, explicando o motivo de se ter encontrado resíduos de chumbo na sua mão esquerda. Procurado pela imprensa, ele não quis se pronunciar.

Odilaine segurou o revólver com a mão direita e não apresentou resíduos de chumbo nessa mão? (?) A mão esquerda serviu de apoio e cobriu a mão direita? (?). Por favor, respeitem a nossa modesta inteligência. O Fantástico realizou um teste em um estande de tiro, com uma instrutora usando luvas e atirando com um revólver calibre 38, o mesmo usado que teria sido usado por Odilaine. Após o teste, as luvas foram colocadas para análise no Instituto de Física da USP. A constatação feita por Manfredo Tabacniks, coordenador do Laboratório de Materiais da USP, em "contradição" com a alegação do perito oficial Douglas Pierola: "Temos chumbo na mão direita e na mão esquerda".Espalhou. Essa é uma análise muito sensível, uma análise atômico-nuclear, bastante indicada para esse tipo de análise". Ainda tem  alguém que acredita que o resultado seria diferente?

Entretanto, a Delegada Caroline Bamberg afirma que não vai reabrir este caso, pois acredita na inocência de Leandro Boldrini. Infelizmente, depois de quase cinco anos do ocorrido, quando todas as provas se perderam, o que fazer? Esperar que alguém saiba algo a respeito e se manifeste? Em 30 dias, a Justiça deve decidir sobre a reabertura do processo sobre o suposto suicídio de Odilaine Uglione, a mãe de Bernardo Uglione, morto pela madrasta Graciele Ugulini com a conivência do pai biológico Leandro Boldrini. Jussara Uglione, doente e com graves complicações cardíacas ressalta:
- "Tem que investigar. Eu não posso morrer com essa dúvida também. Nós perdemos as duas últimas jóias da família, que era o Bernardo e a Odilaine.


Mais de 100 pessoas se reuniram na praça em Três Passos para homenagear Bernardo, que em 06/10/14 completaria 12 anos. Seus amigos e colegas de escola levaram pombas, simbolizando desejos de paz, além de balões coloridos. Ao som de uma música feita exclusivamente para Bernardo, eles se dirigiram até a porta da casa onde o menino morava, quando rezaram e depositaram flores.
Em Santa Maria, no cemitério ecumênico onde o menino foi enterrado, amigos e familiares visitaram seu túmulo e também lhe prestaram honras e à tarde , a igreja de Nossa Senhora de Fátima, lotada, rezou uma missa em sua memória.
BERNARDO UGLIONE BOLDRINI não vai ser um médico psiquiatra famoso, não vai se casar e não vai ter filhos para fazer diferente do que viveu. Que Pena!
Disponível em: g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/caso-bernardo-boldrini/. Acesso em 20/10/14

NEGATIVA DE REABERTURA DE INQUÉRITO.

Baseado no Artigo 18 do Código de Processo Penal que estabelece o surgimento de um fato novo para desarquivamento de um inquérito (processo nº 21000027793), o que não foi apontado no caso de Odilaine Uglione, o Juiz Marcos Luís Agostini, em 28/07/14, negou provimento ao pedido feito pela família.

O magistrado registrou que a presença de pólvora na mão esquerda da vítima foi esclarecida pelo perito, pois a mão direita que segurava o revólver foi auxiliada pela mão esquerda, estando a esquerda sobre a primeira. Assim, como as duas equimoses arroxeadas verificadas no antebraço de Odilaine, que foi o resultado das punções venosas realizadas no hospital, no intuito de salvar-lhe a vida. Ainda, inferiu o Juiz, não haver prova de vínculo familiar entre Leandro Boldrini e o perito, responsável pela necrópsia do corpo de Odilaine.

- "Sem qualquer prova nesse sentido, o suscitado fica no terreno das meras alegações e não pode ser acolhido" - sustentou o magistrado.
Disponível em: www.tjrs.jus.br/site/imprensa/notícias de 28/07/14. Acesso: 27/01/15.

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