sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Direito á Justiça: Caso Bernardo


DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À PROPRIEDADE, AO TRABALHO E... À JUSTIÇA.

Foto: Tayná Petry /Arquivo pessoal.
Disponível em :<zh.clickrbs.com.br/rs/notícias/bernardo-e-a-mae>/19/02/15. Acesso: 20/02/15.
<g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul>. Acesso. 20/02/15.

Aproximadamente 30 banners com fotos de Bernardo e Odilaine Uglione Boldrini e com vários dizeres serão espalhados nesta quinta-feira, 19/02/14, pela localidade de Três Passos, Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Vários grupos de apoio à causa de Bernardo foram os responsáveis por mais esta iniciativa: para que a tragédia ocorrida com o menino seja mantida em evidência e o caso não caia no esquecimento.

- "Vamos colocar em frente ao Fórum, na casa (onde Bernardo morava) e em outros lugares da cidade. O caso não pode cair no esquecimento" - conta a comerciante Tayná Petry, irmã do coração de Bernardo.
Tayná é filha de Carlos e Juçara Petry, pais do coração de Bernardo e um dos motivos do menino ter se deslocado sozinho em janeiro de 2014, até o Fórum da cidade e no colo da promotora Dinamárcia expor todo o seu sofrimento na convivência com o pai biológico Leandro Boldrini e a madrasta Graciele Ugulini, principais acusados do covarde e cruel assassinato que o vitimou em 04/04/14:

- "Quero pais com amor". - disse, referindo-se à ótima relação que tinha com o casal Petry.

- "Quando vi, começou a chegar banner de tudo quanto é lado para poder distribuir. A intenção é mobilizar as autoridades" - completa Juçara Petry.

Pessoas de várias regiões do País patrocinaram a confecção dos cartazes, onde se lê, pedidos de Justiça, manifestações de carinho e mais ainda: solicitações de reabertura do inquérito sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo, vítima de um suposto suicídio que nunca convenceu a família. Laudo particular da firma Sewell Perícia Criminal Forense, confirma que ela não cometeu suicídio. Após a análise de todo o processo, o perito criminal chileno Sérgio Saldias elaborou um relatório com 32 páginas onde ele aponta as seguintes discrepâncias:

- Exames importantes não foram realizados.

 - Não houve perícia nas roupas de Odilaine e Leandro para detectar possíveis sinais de luta corporal. Grifo pessoal: Leandro Boldrini apresentava hematomas que não sabia explicar onde as tinha conseguido.

- Não foram feitos exames de resíduos de pólvora nas mãos de Leandro Boldrini, para confirmar uso de arma de fogo.

 - Havia sinais de chumbo somente na mão esquerda de Odilaine, que era destra. Segundo o perito Sérgio Saldias, obrigatoriamente, o resíduo teria que ter apontado nas duas mãos de Odilaine:
- "Não existem fundamentos científicos suficientes no processo para afirmar que odilaine se suicidou". Na hora de proteger ou tentar tirar a arma de quem possivelmente colocou a arma na boca dela e efetuou o disparo, automaticamente ficaram resíduos em uma das mãos dela". conclui o perito Edaurdo Llanos, da Sewell, não descartando a possibilidade de uma terceira pessoa no local em 10/02/2010 (consultório de Leandro Boldrini, na época).

O Juiz Marcos Luís Agostini, da Comarca de Três Passos, em 27/07/14, negou o pedido de desarquivamento do processo, feito por Jussara Uglione, mãe de Odilaine. A defesa de Jussara apontou as lesões no antebraço direito e lábios de Odilaine, bem como vestígios de pólvora somente na sua mão esquerda, ela sendo destra. Além de sua autópsia ter sido realizada por ninguém menos que, conforme afirma a defesa, sogro de um dos primos de Leandro Boldrini.

- "A mãe de Bernardo teria utilizado as duas mãos para fazer o disparo. As lesões são resultado de punções realizadas no hospital quando enfermeiros e médicos lutavam para salvar-lhe a vida". - é o parecer final do Ministério Público, que também foi contra a reabertura do processo.

O Juiz e o Ministério Público entenderam ainda não haver prova de qualquer vínculo entre Leandro e o perito Douglas Pierola, autor da necropsia feita em Odilaine e como a solicitação de desarquivamento do inquérito foi baseado em alegações e não houvesse uma prova substancial que refutasse a conclusão de suicídio, o pedido foi negado.

- "Todas as provas levaram a crer que ela se matou. Ela (Odilaine) falou no dia anterior para umas testemunhas, em um certo centro espírita, que ia se  se matar. Ela falou para a empregada dela no dia que ela ia se matar". - conta a delegada Caroline Bamberg, responsável também pelo inquérito que apurou a morte de Odilaine.

Em maio de 2014, o perito Douglas Pierola, autor do laudo oficial de Odilaine, explicou-se ao Ministério Público:
Em sua análise: "a mão direita de Odilaine segurava o revólver. (?). Para ter firmeza no tiro, ela teria usado a mão esquerda como apoio e assim acabou cobrindo a mão direita. Esse foi o motivo de se ter encontrado vestígios de chumbo somente na sua mão esquerda. O perito não quis se manifestar para a imprensa.

Para tentar dirimir dúvidas, o Fantástico da Rede Globo, providenciou um teste em um estande de tiros e sob orientação de um professor da USP, a instrutora efetuou os disparos com um revólver 38 (o mesmo que se supõe, tenha sido usado por Odilaine) e usando luvas nas duas mãos.Após o teste, as luvas foram disponibilizadas para análise no Instituto de Física da USP:
- "Temos chumbo na mão direita e na mão esquerda. Espalhou-se. Essa é uma análise muito sensível, uma análise atômico-nuclear, bastante indicada para esse tipo de análise" - esclareceu Manfredo Tabacniks, coordenador do Laborátorio de Análise de Materiais da USP.

A delegada Caroline Bamberg discorda:
 - "Análise nova é uma coisa. Agora, fatos novos não tem. Eu não vou reabrir, porque eu entendo que o inquérito está concluso: que realmente ela se matou. Eu não posso ser movida por um clamor social, que quer que ele (Leandro Boldrini) fique preso por mais tempo por uma coisa que ele não cometeu".

- "Tem que investigar. Eu não posso morrer com essa dúvida também. Nós perdemos as duas últimas jóias da família, que era o Bernardo e a Odilaine" - diz Jussara Uglione.

OBSERVAÇÃO:  Torno a repetir: será que o fato de Leandro Boldrini ser um médico conceituado na cidade possa ter contribuído para um relaxamento na coleta de provas no caso de Odilaine? Todos os detalhes, indícios, provas que deveriam ter sido colhidos em tempo hábil, foram subestimados. Afora o  medo das pessoas de se envolveram em uma questão tão delicada:
- "Quem falar mal de nós, a gente paga para matar". - Leandro Boldrini e Graciele Ugulini.
A não ser que alguém se disponha a falar ou apresentar algum fato relevante, acho o caso não impossível, mas de difícil solução. E não há que se falar em crime para os casos de omissão, quando não existe a obrigação legal do cuidado, proteção ou vigilância a outrem.

PARA SABER: Estudos feitos no Brasil e no exterior, dão conta de que 90% das violências cometidas contra as mulheres, ocorre no ambiente familiar e onde frequentemente o agressor é o homem. Não cabe comparações mulher-homem, pois a maioria dos homens agredidos, geralmente o são por outros homens e quase sempre em lugares públicos.
Em briga de marido e mulher se mete a colher, sim. De acordo com Júlio Jacob Wiaselfisz, autor dessa pesquisa, mulheres são menos vítimas de assassinatos do que os homens. Entretanto, o grau de feminicídio  no Brasil fica acima do padrão internacional: Enquanto aqui  ocorrem 4,2 assassinatos de mulheres por 100 mil habitantes, na maior parte dos países europeus, este índice não chega a 0,5 a cada 100 mil.

Os principais responsáveis pelos assassinatos de mulheres quase sempre são os antigos e os atuais maridos, namorados e companheiros, autores dos mais variados tipos de violência: física, psicológica, moral, patrimonial, sexual, cárcere privado, entre tantas.
Levando-se em conta estas estatísticas, há que ser ter um nível elevado de comprometimento, empatia e até mesmo uma relação de amor quando o foco for a criança, mulher ou idoso. Muitas vezes, o que parece ser é o que amoralmente, desejam que pareça.
Disponível em: <www.viomundo.com.br/blog-da-saúde>. Acesso em 20/02/15. 


GOTAS DE ESPERANÇA.

"O que é impossível para o homem, é muito fácil para DEUS. A verdade virá à tona".

"Desistir é para os fracos, insistir é caminho somente para os fortes".

"Água mole em pedra dura tanto bate até que fura".

"A união faz a força".

GABRIELLE ANDERSEN-SCHIESS

Gabrielle Andersen-Schiess é uma ex-maratonista suiça, nascida em 20/03/1945. Em Los Angeles, EUA, nos Jogos Olímpicos de verão de 1984, durante a maratona feminina, conquistada pela americana Joan Benoit, Gabrielle emocionou o mundo. Completamente desidratada e desorientada pelo intenso calor da estação e ainda com fortes cãibras na perna esquerda, ela mal conseguia se manter de pé e com o corpo parcialmente paralisado,  cambaleou nos últimos 200 metros da corrida. Recusando a ajuda médica, ela levou cerca de 10 minutos (15 vezes mais que o normal) para completar o trajeto, até cair desacordada nos braços da equipe médica que a esperavam sobre a linha de chegada. Após a prova, Gabrielle falou aos jornalistas que queria muito terminar o percurso. Ela sabia que se tivesse aceitado a ajuda dos médicos,  os organizadores a teriam desclassificado e aquela talvez fosse sua última oportunidade olímpica , devido aos seus trinta e nove anos, oportunidade esta que ela não desperdiçou. Ela queria simplesmente completar a prova e conseguiu.  

Disponível em: <mulheres-incriveis.blogspot.com/2013/09-gabrielle-andersen-schiess. Acesso em 20/02/15 / <www.wikipedia.org/wiki/gabrielle-andersen>. Acesso em 20/02/15.

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