Muito que aprender com crianças e cachorros

MORRE CACHORRO DEPRESSIVO APÓS MORTE DO DONO

Sombra - Sena/Jornal A tribuna de Santos

http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2015/06/cao-que-ficou-depressivo-apos-morte-do-dono-morre-no-litoral-de-sao-paulo.html

Sombra, um cachorro da raça Boxer, que após o  falecimento do seu dono Gil D. F. Souza de 49 anos, entrou em depressão, acabou não resistindo e falecendo.

Os dois amigos eram inseparáveis e depois da morte de seu dono há quatro meses, o cachorro parou de se alimentar.

Segundo informação da Coordenadoria de Proteção à Vida Animal (Codevida), localizada na cidade de Santos, apesar de não existir um quadro veterinário confirmado de depressão em animais, os sintomas apresentados por Sombra eram característicos da doença.

Leila Abreu (Codevida):

- "É a maior prova que eu já tive na vida do amor de um animal pelo seu tutor. Ficamos até as 23 horas do dia anterior conversando com ele. Foi uma opção dele. Ele quis ir embora. Tenho certeza que seu tutor veio buscá-lo. Muito triste"!

Sombra / Foto Codevida

Letícia Souza, filha de Gil:

- "A morte do meu pai foi inesperada e o Sombra também sentiu muito. Fazia quatro meses e ele nunca havia ficado tanto tempo sem ver o meu pai. Ele estava triste, abatido e nem a presença do meu avô o alegrava".

Com 15 quilos de peso, pele sobre os ossos e com dificuldades de locomoção, o cachorro tinha deixado de se alimentar, só ingerindo água. Quando tentava comer, vomitava. 

Letícia Souza:

- "Meu avô levava comida para ele, já que ele não comia somente ração".

Sombra chegou a conviver com sua família quase quatorze anos. Ele, quando pequeno gostava de se esconder atrás dos móveis e da máquina de lavar roupa e depois de adulto, sem ter a noção de tamanho, tentava fazer o mesmo.

Letícia Souza:

- " Ele tentava fazer as mesmas coisas de antes. Meu pai já trabalhava na transportadora do meu avô e levou ele para ver se acostumava e não deu outra. Ele foi adotado pelo meu pai, pelo meu avô, pelos funcionários e pela rua inteira. No começo só comia ração, mas como andava pela rua toda, os donos dos bares davam salsicha para ele e com isso ele ficou mal acostumado. Só comia ração misturada com comida e vivia seguindo meu pai e meu avô quando os dois tomavam café".

No início de 2014, Sombra sentiu pela primeira vez o que era ter saudades do Gil. Por conta de uma doença do seu dono, eles tiveram que se separar por quase um mês. Mesmo afastado do trabalho na transportadora, algumas vezes Gil vinha ver seu cachorro e quando isso acontecia era a maior festa, conta Letícia.

O cachorro Sombra filhote/Arquivo pessoal

BOXER: raça canina muito feliz, alto astral, brincalhona, enérgica e curiosa. Dotada de grande inteligência, é um cachorro ansioso que retém informações como nenhum outro. O Boxer é, sem "Sombra " de duvidas, o cachorro certo para quem deseja participar de competições de obediência junto com seu amigo canino. Ele está sempre a se movimentar e ama interagir com seus entes queridos. O Boxer é um cachorro extremamente fiel e carinhoso, esta é uma raça apaixonada por crianças e interagem com elas como se falassem a mesma língua. Um cachorro dessa raça, bem educado e socializado poderá conviver tranquilamente com outros cachorros e também com outros animais domésticos como gatos, por exemplo. Dizem que o nome Boxer deriva deles utilizarem as suas patas de forma incomum: em suas brincadeiras ou diante da vasilha de comida, suas maneiras se assemelharem a de um gatinho quando brinca. É um cachorro ideal para companhia.

Hilda Drumond que criou Boxers por 45 anos: 

- "Minha filha aprendeu a andar agarrando um Boxer, mas ele nem se mexia para não machucá-la".

Disponível em: <www.blogdocachorro.com.br>. Acesso em 01/07/2015.

OBSERVAÇÃO: que bom que temos crianças e cachorros. Tão mais simples viver como eles.