quinta-feira, 30 de julho de 2015

O que mais te tocou no Caso Bernardo?


CASO BERNARDO: QUAL PECULIARIDADE MAIS TE TOCOU?

Vídeo por Paula Branco
(Bernardo era uma criança com toda a fantasia de seus 11 anos de idade, reparem no seu arco e flecha).


O falecimento do menino Bernardo é estarrecedor por algumas peculiaridades. A enorme comoção nacional não resultou da morte violenta da criança. De acordo com o último Mapa da Violência , em 2010 foram assassinados no Brasil, em média 24 crianças por dia, todas tão indefesas quanto Bernardo. Então, talvez a revolta seja decorrente das características dos suspeitos, pai (médico), madrasta (enfermeira), e amiga do casal (assistente social)*.

Afinal,quem deveria proteger e amar uma criança mais que seus pais ou responsáveis? Quais profissionais deveriam zelar mais pela vida além dos da área da saúde?

Mas pode ser outra a causa do espanto: a conscientização do menino quanto aos maus-tratos sofridos, decorrentes da negligência do seu pai. Qual criança tem em seu quarto um Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e conhece seu conteúdo? Qual saberia a quem recorrer em uma situação de risco e efetivamente assim procedeu? 

Ou, ainda, o assombro pode ser quanto ao tratamento recebido por Bernardo, ao requerer proteção, uma vez que a Justiça decidiu pela manutenção do convívio entre pai e filho.

O ECA dispõe que toda criança tem o direito de ser criada e educada no seio de sua família, formada pelos pai e seus filhos, com vínculo biológico. E que os pais detêm o poder familiar, sendo esse um conjunto de direitos e deveres sobre seus filhos. Em casos de situação de risco, o ECA traz um rol de medidas protetivas, dentre elas a colocação da criança em uma instituição de acolhimento. 

Porém, o lugar seria o adequado para um menino com as características do Bernardo? Aliás, é o adequado para alguma criança? Devido ao final trágico da história do Bernardo, a decisão tomada pelo juízo local é o objeto de críticas. Mas ela foi tomada em total conformidade com a norma do ECA que estabelece que a manutenção da criança à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência.

Presumo que qualquer juiz deste país teria dado a mesma decisão, a não ser que se atentasse para as peculiaridades do caso. Bernardo estava sendo vítima de violência moral, e esta, embora não resulte em lesão física, machuca, traumatiza e coloca a vítima em risco, tanto ou mais que a agressão física.

Consta no ECA norma determinado que em todos os processos envolvendo crianças, os operadores do Direito (juízes, promotores, advogados), devem visar pelo melhor interesse delas. Será que ser criado pela sua família atendia ao melhor interesse de Bernardo?

É preciso que todos os profissionais que trabalham na proteção da infância sejam, de fato, capacitados para perceber que nem todos os pais desejam ou amam seus filhos. A presunção de que a família natural cumpre o melhor interesse da criança não é absoluta. Muitos pais são, sim, negligentes e até perversos, independentemente de sua instrução ou classe social.

Para isso, é imprescindível atuação de psicólogos forenses com preparo e estrutura capaz não só de subsidiar a sentença, mas, principalmente,a companhar o caso após a tomada de decisão, verificando se de fato ela foi a mais acertada. A proteção à criança deve ser integral, realizada por todos, com prioridade absoluta.

Transcrição do artigo de Mayta Lobo dos Santos, datado de 11/05/2014. Mayta é advogada, mestranda em Psicologia Forense, Professora do Curso do Professo Luiz Carlos em Curitiba e mebro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB/PR.
Disponível em: 

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Aos 11 anos de idade, Bernardo foi sozinho ao Ministério Público pedir uma nova família

Divulgação Polícia Civil

O Juiz Fernando Vieira dos Santos foi o responsável pelo processo que deu a Leandro Boldrini a oportunidade de acertar seu relacionamento com o filho Bernardo e para manter com a família, a guarda do menino. Da madrasta o menino dizia não gostar, acrescentando o fato de que ela se tivesse um jeito, não hesitaria em lhe fazer mal, inclusive ele chegou a falar sobre a tentativa de assassinato.

Um menino da classe alta, filho de médico e enteado de enfermeira, não havia motivo para preocupações. Sim, havia motivo mas muitas preocupações. Na audiência de fevereiro de 2014, a madrasta não foi convocada. Estava ocupada em procurar pessoas que a auxiliassem a se desfazer do garoto e com a anuência de Leandro Boldrini, pai de Bernardo.

Antes que terminasse o prazo de 90 dias dado pelo Juiz, o menino foi morto pela madrasta com a cumplicidade dos dois irmãos: Edelvânia e Evandro Wirganovicz e enterrado em uma cova rasa na localidade de Frederico Westphalen. O Juiz tratou logo de dizer que o menino saiu da audiência se sentindo protegido pelo pai. O mesmo menino que preferia dormir na casa de amigos e da Tia Ju, do que na sua própria casa. Juçara Petry fala que o menino chegava em sua casa com profundas olheiras mas nunca reclamou de nada e se perguntado, desconversava.

A Promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira admite que os pedidos que Bernardo lhe fez em janeiro de 2014, quando entrou sozinho no seu gabinete poderiam ter sido ouvidas de uma maneira diferente. Entretanto, ela diz ter a consciência tranquila, no âmbito da profissão, visto os "textos da Lei" não lhe permitirem a devida autonomia. Na realidade, o único preocupado com sua situação era o próprio Bernardo:

Bernardo:
- "Mas se alguma coisa de ruim me acontecer"?

Promotora Dinamárcia:
- "Você corre para o Ministério Público".

Quando Edelvânia Wirganovicz foi flagrada pelas câmeras do posto de gasolina e pressionada pela Polícia resolveu confessar o crime, faziam dez dias que o menino fora morto. Nunca antes uma criança tinha ido por sua própria conta se queixar da família. A Promotora Dinamárcia diz que se sente um pouco mais aliviada porque a promessa feita a Bernardo foi cumprida. Sete dias depois desse encontro, o Ministério Público enviava o processo ao Juiz solicitando que a guarda do menino ficasse com a avó materna, Jussara Uglione, que residia em Santa Maria/RS.

Dinamárcia Maciel de Oliveira, Promotora de Justiça do Rio Grande do Sul:
"Esta morte tem que mudar a lei e responsabilizar a sociedade"!

Jornal Ionline:
- "O MP brasileiro não poderia ter garantido os direitos de Bernardo e, com isso, evitado a sua morte"?

Promotora Dinamárcia:
- "Este caso começou a ser acompanhado em novembro (2013) e em causa estava o abandono afetivo de uma criança de classe alta. Os órgãos que têm a responsabilidade de fazer valer os valores das crianças e o MP, que tem que zelar pelos direitos dos menores juntamente com os juízes, formam a rede de proteção que acompanham estes casos".

Jornal Ionline:
- "Mas foi feito algo, assim que o caso ficou conhecido?

Promotora Dinamárcia:
- "Em novembro eu pedi um levantamento da real situação do menino  e assim que recebi o relatório mandei ouvir a avó materna, que vive em outro município. Foi nessa altura que o Bernardo decidiu vir sozinho falar comigo".

Jornal Ionline:
- "Pode descrever essa conversa"?

Promotora Dinamárcia:
- "Conversamos longamente, ele não chorou, era uma criança amadurecida, que não fez chantagem nem tentou impressionar. Disse só que a família dela não tinha jeito e que ele tinha encontrado sozinho uma solução para a sua vida: precisava de uma família nova e por isso tinha vindo ter comigo. Disse até qual seria a família que queria, mas essas pessoas acabaram por recusar ficar com a sua guarda para não quebrar o relacionamento com o seu pai, que é um médico conceituado".

Jornal Ionline:
- "E o que lhe contou sobre o ambiente em casa, não era suficiente para aceder a esse pedido?

Promotora Dinamárcia:
- "Não. O texto da Lei diz que só se pode retirar uma criança em situações extremas e ali só havia suspeitas de agressões psicológicas e de abandono afetivo".

Jornal Ionline:
- "Ele pediu-lhe mais alguma coisa"?

Promotora Dinamárcia:
- "Perguntou apenas: 'Quanto tempo vais levar para tratar do meu caso? Uma semana? Eu não posso ficar mais numa família sem jeito'...E no final disse-me que talvez fosse melhor o pai não saber que ele tinha estado comigo".

Jornal Ionline:
- "Pessoalmente, como tem lidado com esta situação"?

Promotora Dinamárcia:
- "A dor, como mulher e mãe, de perceber a minha impotência perante o imprevisível é devastadora. Hoje sou outra pessoa, sei que profissionalmente fiz o que podia, mas cresci como pessoa".

Jornal Ionline:
- "O que deve acontecer para que não existam mais Bernardos"?

Promotora Dinamárcia:
- "Em primeiro, a sociedade em que começar a responder pela  responsabilidade que tem com as crianças. Agora que o Bernardo foi morto, todo mundo diz que sabia dos maus-tratos, mas quando algo podia ser feito, ninguém disse nada ao MP. Isso é crime aqui, crime de omissão de socorro".

Jornal Ionline:
- "Mas a culpa deste desfecho é só da sociedade"?

Promotora Dinamárcia:
- "Não. Cada um tem um pedaço de culpa no caixão do Bernardo. Este caso tem de servir para aperfeiçoar a Lei. Em caso de suspeita de maus-tratos, a Lei tem que me permitir tirar uma criança à sua família, atualmente não posso".

Disponível em:  http://www.ionline.pt/317237 . Matéria de 23/04/2014. Acesso em 31/07/2015.

OBSERVAÇÃO: Em face do exposto e do desfecho trágico do caso, só me resta clamar:

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

Frase atribuída à Edmund Burke (1729-1797): "Tudo o que é preciso para o triunfo do mal é que os bons homens não façam nada".

terça-feira, 28 de julho de 2015

Cinco dias para as alegações finais de Edelvânia Wirganovicz


A DEFESA DE EDELVÂNIA WIRGANOVICZ E SUA RECUSA EM APRESENTAR AS ALEGAÇÕES FINAIS NO PROCESSO DO CASO BERNARDO

Foto: Reprodução G1

Cinco dias: esse é o prazo fornecido pelo Juiz Marcos Luís Agostini, da Primeira Vara Judicial da Comarca de Três Passos, para que o defensor de Edelvânia Wirganovicz apresente suas alegações finais no processo que investigou a morte do menino Bernardo Uglione Boldrini. De acordo com o Juiz, a apresentação dos memoriais (alegações finais) pela defesa é obrigatória, sob pena de nulidade da ação penal.

A fase de instrução do processo sobre a morte do menino Bernardo encerrou-se em 27/05/2015, com o interrogatório dos quatro réus e quando foram abertos os prazos de cinco dias para cada parte: Ministério Público (acusação), assistente de acusação e defesas para apresentar seus respectivos memoriais.
Os advogados de Leandro Boldrini, Graciele Ugulini e Evandro Wirganovicz já entregaram os seus memoriais. Somente o Advogado Demetryus Grapiglia, da defesa de Edelvânia,  ficou fora dos trâmites normais. Ele disse que não foi intimado e repetiu o pedido feito na audiência de 27/05/2015 em que postulava vista a três Inquéritos Policiais relativos ao feito. Um novo pedido de habeas corpus nesse sentido, foi feito por ele nesta segunda-feira, 27/07/2015.

Advogado Demetryus Grapiglia:
- "Eu quero ver o que esse três inquéritos dizem. Não tenho como dar as alegações finais sem isso.  Enquanto a Justiça não autorizar, não tenho como. Isso é cerceamento de defesa. Além disso, se ela (Edelvânia) achar que é melhor para ela não apresentar as alegações finais, ela não é obrigada".

Por meio de nota, o Juiz Marcos Luís Agostini confirmou que, caso a defesa de Edelvânia Wirganovicz não se manifeste nos cinco dias,  em um mesmo prazo, a ré será intimada a constituir um novo procurador para apresentar os memoriais. Caso essa designação não aconteça, a Justiça se incumbirá de nomear um Defensor Público para que apresente as respectivas alegações finais no processo.

Juiz Marcos Agostini:
- "Considerando que os memoriais da defesa, conforme jurisprudência pacificada, constitui peça obrigatória do processo penal, sob pena de nulidade absoluta, intime-se novamente a defesa de Edelvânia Wirganovicz para apresentar os memoriais, no prazo de cinco dias. No silêncio, intime-se pessoalmente a acusada para constituir novo procurador no mesmo prazo, o qual deve apresentar a referida peça processual. Não apresentadas ou não constituído o procurador, nomeio o Defensor Público para apresentar os referidos memoriais no prazo mencionado". 

Graciele Ugulini: enquanto isso, a defesa de Graciele Ugulini, voltou a solicitar sua transferência para outra unidade prisional, justificando problemas de saúde. Por sua vez, o Juiz Marcos Luís Agostini requisitou novas informações à magistrada, encarregada da fiscalização da Penitenciária Estadual de Guaíba (2ª  VEC), Região Metropolitana de Porto Alegre, onde a acusada permanece, aguardando julgamento.
Foto: André Ávila / Jornal Correio do Povo

Disponível em: <www.tjrs.jus.br/site/imprensa/notícias/casobernardo. Acesso em 28/07/2015.

OBSERVAÇÃO: a madrasta segue tentando sua transferência. Saber que sua estadia pode durar muitos anos, ela está afoita para se livrar do ambiente. Lembrando que ela não deve ser a única a apresentar doenças devido ao sistema prisional: as mulheres permanecem lá cumprindo suas penas. E mesmo que ela consiga a mudança, cadeia não é hotel cinco estrelas. Muito pouco tempo e...Júri Popular para crime hediondo, perpetrado covardemente e sem chance de defesa, por quatro adultos contra uma criança de apenas 11 anos de idade.

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

E as notícias se sucedem:Caso Odilaine Uglione


TESTEMUNHA CONFIRMA AMEAÇAS À MÃE DO MENINO BERNARDO

A madrinha Clarissa, Bernardo, Odilaine E Leandro / Arquivo pessoal.

E as pessoas estão dispostas a falar: uma moradora da cidade de Três Passos confirma as ameaças recebidas por telefone pela mãe do menino Bernardo, antes de sua morte. A informação foi fornecida por uma conhecida de Odilaine quando ambas conversavam num local público central. Quando o celular tocou, Odilaine atendeu, disse alô, escutou por alguns instantes e desligou.

Logo após, ela comentou com essa conhecida estar sendo alvo de ameaças de morte, inclusive estendidas ao seu filho Bernardo. E esta não seria a primeira vez, conforme relato da testemunha. Após a morte de Odilaine, ela ficou sabendo por comentários de outras pessoas sobre as mesmas ameaças.

A conhecida não soube informar quem seriam os autores das ameaças, mas confirma sua disposição em auxiliar a Polícia, caso seja convocada a depor. De acordo com um Boletim de ocorrência registrado por Odilaine Uglione em 02/02/2010, ela estava sendo ameaçada pela ex-babá de Bernardo, a senhora Elaine Rader Pinto e também por seu filho Maicon Rader Pinto, sendo que este último lhe fizera várias ameaças pela internet e por telefone.

Elaine Rader Pinto nega os fatos e informa que irá se manifestar somente em Juízo ou para a Polícia, conforme orientação do seu advogado.
Marcelo Mendes Lech, confirma que todas as pessoas mencionadas no respectivo Boletim de Ocorrência (B.O.), serão chamadas a prestar esclarecimentos.

Disponível em: <www.trespassosnews.com.br>. Testemunha confirma que mãe de Bernardo recebeu ameaças antes de morrer. Acesso em 24/07/2015.

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Odilaine Uglione não se suicidou: os indícios são fortes em vídeo apreendido pela Polícia em setembro de 2014, quando a madrasta Graciele Ugulini e Leandro Boldrini discutiam com Bernardo:

Leandro:
- "Eu sei que tua mãe é o máximo para ti. Mas simplesmente ela te abandonou".

Bernardo:
- "Ela não me abandonou. Tu é que traiu ela". Tomara que tu morra e essa coisa que morra junto".

Graciele:
- "Tu vai ir antes. Teu fim vai ser igual ao da tua mãe".

Caroline Bamberg, a Delegada que chefiou as investigações no Caso Bernardo, também foi a responsável que esclareceu em 2010, a morte de Odilaine, concluindo por suicídio:

Caroline Bamberg:
- "Todas as provas levaram a crer que ela se matou. Ela falou isso no dia anterior para umas testemunhas em um centro espírita que ela ia se matar. Ela falou para a empregada no dia que ela ia se matar".

Para o Perito chileno Eduardo Llanos, não existem fundamentos científicos suficientes no processo que indiquem que Odilaine se suicidou. No laudo de 32 páginas elaboradas por ele, sérias críticas são feitas pelo fato de não se terem realizados exames básicos e relevantes, como por exemplo:

  • Não periciaram as roupas de Odilaine e de Leandro para verificar possíveis sinais de luta (tanto Leandro quanto Odilaine apresentavam lesões).
  • Não procuraram resíduos de pólvora nas mãos de Leandro Boldrini.
  • Não havia sinais de chumbo na mão direita de Odilaine ( que era destra).
Perito Eduardo Llanos:
- "Na hora de se proteger ou de tentar tirar a arma de quem possivelmente colocou a arma na boca dela e efetuou o tiro, automaticamente ficaram resíduos só em uma mão dela".

Fantástico:
- "Odilaine foi assassinada?

Perito Eduardo Llanos:
- "Foi".

Fantástico:
- "O senhor não tem dúvidas disso".

Perito Eduardo Llanos:
- "Não".

O perito Douglas Piérola que oficializou o laudo da morte de Odilaine Uglione, atestando tratar-se de suicídio, descreveu para o Ministério Público o que pode ter acontecido. Para ele, Odilaine segurou o revólver com a mão direita (?). Para ter mais firmeza no tiro, ela usou a mão esquerda como apoio e nisso, essa mão cobriu a mão direita, o que explicaria o motivo de não se encontrar vestígios de chumbo na sua mão direita.

Uma simulação do ocorrido no consultório do médico Leandro Boldrini em 10/02/2010, solicitado pelo Fantástico da rede Globo constatou a seguinte situação: mesmo com uma instrutora usando luvas e na situação descrita por Douglas Piérola, a conclusão de Manfredo Tabacnicks, Professor e Coordenador do Laboratório de Análise de Materiais da USP foi a seguinte:

Manfredo Tabacniks:
 - "Temos chumbo na mão direita e na mão esquerda. Espalhou. Essa é uma análise muito sensível, uma análise atômico-nuclear, bastante indicada para esse tipo de análise".

Disponível em:

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PARA APRENDER:
Dignidade não se negocia e quando não defendemos nossos direitos, nós perdemos a nossa dignidade!

No primeiro dia de aula, o Professor de Introdução ao Direito entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que sentara na primeira fila:
- Qual é o seu nome?
- Chamo-me Nelson, senhor.
- Saia da minha aula e não volte nunca mais!  - Gritou o desagradável Professor.

Nelson pareceu ficar desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu as suas coisas e saiu da sala. Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada:
- Agora sim, vamos começar.
- Para que servem as leis? Perguntou o Professor.

Os alunos seguiam assustados, porém pouco a pouco, começaram a responder sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! Respondeu o Professor.
- Para cumpri-la.
- Não!
-Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja Justiça. Falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso, para que haja Justiça. E agora, para que serve a Justiça?

Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém seguiam, respondendo:
- Para salvaguardar os Direitos Humanos...
- Bem, que mais? Perguntava o Professor.
- Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- OK, não está mal, porém, respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula?

Todos ficaram calados, ninguém respondia:
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! Responderam todas a uma só voz! 
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!

- E por quê ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vá buscar o Nelson. Afinal ele é o Professor, eu sou um aluno de outro período.

Por Rogério Ferreira da Silva. Disponível em: <www.odiarioonline.com.br>. A aula de Direito-os políticos-e as manifestações. Acesso em 24/07/2015.

P.S.: Vi o texto no Facebook Bernardo Uglione Boldrini - Justiça e achei pertinente copiá-lo. Graças a Deus, muitas vozes se farão ouvir, para que finalmente a Justiça seja feita: para Odilaine e  seu filho Bernardo.

Só com Justiça haverá vida e paz sobre a Terra.
(Padre Ezequiel Ramin).



quarta-feira, 22 de julho de 2015

A investigação paralela que reabriu o Caso Odilaine Uglione


OS NOVOS FATOS DA PERÍCIA PARTICULAR QUE POSSIBILITARAM A REBERTURA DO CASO ODILAINE UGLIONE

Sewell Investigações e Perícias Criminais / Foto: ilustração

Após várias negativas de Justiça no sentido de se reabrir o inquérito policial que apurou em 2010, a morte de Odilaine Uglione concluindo por suicídio, finalmente em 21/05/2015, uma perícia particular contratada pela Família pôs termo a uma angustiante e longa espera e possibilitou a reabertura do caso da mãe do menino Bernardo.

A Empresa Sewell Investigações e Perícias Criminais concluiu pelas suas análises que haveria uma terceira pessoa na sala de atendimento, onde deveriam estar somente Odilaine Uglione e o médico Leandro Boldrini e que a suposta carta de suicídio foi forjada. Outros peritos como Marco Baptista e Ricardo Caires do Santos chegaram ao  mesmo resultado: a escrita não partiu do punho de Odilaine Uglione.

Especificamente no caso da Sewell, as investigações sobre a morte de Odilaine, iniciaram-se já em agosto de 2014:

Perito da Sewell:
- "Assim como nas fotos, a cena do crime fala por si só. Desde que vimos a cena do crime de Odilaine Uglione, ficou claro que não era um "suicídio".

Numa primeira fase foi realizada a Perícia Balística, cujo exame resultou em comprovação científica que o fato da morte de Odilaine, revestia-se com características de Homicídio Premeditado. 

Na segunda fase, uma Perícia Grafológica indicou uma escrita alegre, eufórica e satisfeita (?) de um(a) autor(a) que se beneficiaria de forma positiva do acontecido. E sabemos hoje que se trata da secretária de Leandro Boldrini, a senhora Andressa Wagner. Ainda nessa segunda fase, dois agentes foram designados pela Sewell com a incumbência de levantar novas provas e novas testemunhas na cidade de Três Passos/RS e que pudessem reforçar a investigação da Polícia, entre elas:
  • Detetive particular ( contratado por Odilaine para investigar Leandro Boldrini).
  • Boletim de Ocorrência (registrado por Odilaine devido à ameaças).
  • Possível tentativa de homicídio frustrado (numa rotatória em Três Passos).
  • Compra e reforma de uma casa efetuada por Andressa Wagner.
E as apurações não param por aí: de acordo com a Sewell, que mantêm um trabalho de averiguação paralela com a Polícia, três novas informações estão sendo checadas e caso sejam confirmadas serão entregues ao advogado da Família Uglione para conhecimento do Delegado Marcelo Mendes Lech, que comanda as novas investigações do Caso Odilaine Uglione.

Disponível em: <www.trêsPassosnews.com.br>. Saiba como foi a investigação que levou à reabertura do inquérito sobre a morte da mãe de Bernardo. Acesso em 22/07/2015.


OBSERVAÇÃO:  para disfarçar o homicídio premeditado, inventaram uma história de que Odilaine foi ao consultório do marido Leandro Boldrini portando um revólver 38 com duas balas, na intenção de matá-lo e não conseguindo, voltou-se contra si praticando o suicídio. Com toda essa manobra e com todas as peculiaridades desse tipo de arma, a perícia constatou não haver nenhum resquício de chumbo, proveniente de disparo, na mão direita de Odilaine, ela que era destra. É ou não é para ficar extremamente indignado?

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

terça-feira, 21 de julho de 2015

Leandro Boldrini - Bem mais que simples indícios


PAI E MADRASTA ARQUITETARAM UM PLANO PARA SE LIVRAREM SOMENTE  DO MENINO BERNARDO? 

Foto: Três Passos News

Parte I

Leandro Boldrini e Graciele Ugulini estavam por todos e para tudo.

Delegada Caroline Bamberg:
- "Com certeza, o pai participou disso, arquitetou o plano com ela. Isso eu não tenho dúvida, nenhuma mesmo. A Kelli (Graciele) e ele (Leandro) arquitetaram o plano, pegaram a Edelvânia, que pegou o irmão dela (Evandro) pra concretizar o crime. Isso não resta dúvida nenhuma".

Não foi somente uma vez, mas em várias que Leandro Boldrini tentou defender Graciele Ugulini.
Trecho de conversa de Leandro Boldrini com a mãe:

Mãe:
- "O Paulo disse que a Kelli é culpada de tudo".

Leandro:
- "Como que a Kelli ia fazer um negócio desses, mãe? Pensa um pouco".

Mãe:
- "Ela não gosta do guri".

Leandro:
- "Raciocina um pouco, mãe, não fica pensando bobagem. O guri apareceu, só que ele saiu na sexta"(04/04/2014, dia do desaparecimento).

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Parte II

Conversa de Leandro Boldrini com Clarissa Oliveira, madrinha de Bernardo:

Clarissa:
- "Nessa história de Frederico Westphalen tem uns furos. Pelo que eu vi, eu já fui ver, a Polícia também, o que se tem de prova que o Bernardo voltou para Três Passos".

Leandro:
- "O que a Delegada comentou comigo foi: 'Vamos supor que aconteceu um acidente e a Kelli tem de desovar. Chama o resgate'... Acidentes acontecem nesse sentido". 

Clarissa: 
- "Quem viu ele de volta a Três Passos"?

Leandro:
- "Aquelas meninas que brincam ali na frente de casa. Até ontem eu perguntei: 'O Bernardo passou por aqui'? 'Sim, ele passou'".

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Parte III

A frieza de Leandro Boldrini ao relatar o desaparecimento do filho:

Leandro:
- "Em primeiro plano, que ache o guri vivo ou morto. Em primeiro lugar é achar esse guri. Imagina cara, o primeiro plano é achar o guri, vivo ou morto. Vivo. Em sempre digo assim, pega a maior porcentagem do que for possível, de vivo e de morto, zero, zero".

Textos acima disponíveis em: 


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Parte IV

Tem uma menina morta lá embaixo:
(Trechos do depoimento de Amélia Rebelato, mãe de Leandro Boldrini, em 11/11/2014):

O Advogado de defesa de Evandro Wirganovicz pergunta a mãe de Leandro Boldrini:

Defesa de Evandro:
- "Bom, a senhora esteve então no domingo lá, pelo que a senhora recorda? Na casa de Leandro em Três Passos? É isso"?

Mãe:
- "Não, foi dia de semana, porque eu ia só em dias de semana".

Defesa:
- "Pode ter sido três a quatro dias mesmo (do desaparecimento de Bernardo), como a senhora afirmou?

Mãe:
- "É'.

Defesa: 
- "Muito bem. Como é que a Graciele se comportou, naquele dia, como é que ela estava"?

Mãe:
- "Estava muito quieta, a gente percebia que estava quieta, estava diferente".

Defesa:
- "No momento em que o Leandro perguntou, disse pra ela, afirmou para ela, eu sou inocente, mas você vai ficar na 'caixinha', a caixinha é o que, prisão?

Mãe:
- "Prisão, correção, digamos assim, da polícia, né"?

Defesa:
- "Qual foi a reação de Graciele quando ele disse isso"?

Mãe:
- "Ficou quieta".

Defesa:
- "Ficou quieta? Ela demonstrou com o olhar alguma forma de resposta, ou não"?

Mãe:
- "Sim, ela disse assim: 'Mas embaixo tem uma menina morta''. Aquilo era um disfarce, alguma coisa, menina morta coisa nenhuma'".

Defesa:
  "Ali embaixo, onde seria"?

Mãe:
- "Para baixo da casa , né, ela olhou assim pela janela e disse: 'Ali embaixo tem uma menina morta'. Não acredito, não acredito nessa versão dela".

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Parte VI

O que a secretária de Leandro Boldrini disse.

Andressa Wagner:
- "O doutor ia chegar em seguida, então pensei em fazer o bilhete. Ele chegou e abriu a porta rapidamente. Passou correndo e gritando 'socorro, suicídio. Aí escutei aquele estampido. Não tenho dúvidas de que ela se matou".
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OBSERVAÇÃO; Quando Odilaine Uglione foi morta em 2010, já existia um relacionamento sério entre Leandro Boldrini e Graciele Ugulini. O médico tenta a todo custo defender a madrasta até com mentiras e já se sabe que ele não pretende se separar dela, como dizia alguns meses atrás. Nas palavras de Graciele Ugulini, existia uma ameaça velada? Quem é a menina morta, que Graciele relatou com sutilezas, em razão da presença da mãe de Leandro?
Muitas coisas ainda precisam ser esclarecidas e sabemos que o Delegado Marcelo Mendes Lech anda se deslocando por todas as adjacências de Três Passos.
Por favor, Delegado: no rol de testemunhas, não se esqueça de Graciele Ugulini!
Quanto à secretária Andressa Wagner, testemunhas no local no dia 10/02/2010, dizem exatamente o contrário: o doutor Leandro Boldrini saiu da sala gritando, depois que foi ouvido o estampido. Em entrevista à repórter Adriana Irion, do Jornal Zero Hora, Leandro Boldrini deixa isso bem claro.
Entrevista nesse blog em: Leandro Boldrini, o mentor.

Foto / Arquivo pessoal com dizeres de Fátima T. Koch/ Corrente do Bêm/Facebook: Bernardo Uglione Boldrini-Justiça

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!











sábado, 18 de julho de 2015

Odilaine Uglione, a outra vítima de uma trama sórdida


UMA EXECUÇÃO QUE NÃO DEU CERTO?

Odilaine Uglione / Foto de vídeo do G1.

Uma bomba para o caso Odilaine Uglione: uma amiga que não quis revelar o nome, moradora da cidade de Três Passos revelou ao Jornal Três Passos News que a mãe do menino Bernardo teria dito a ela ter sido vítima de uma emboscada na rotatória entre as avenidas Ijuí e Júlio de Castilho, no centro da cidade, alguns meses antes de sua morte.

Odilaine estava indo visitar essa amiga acompanhada do filho Bernardo quando foi interceptada por dois indivíduos encapuzados, que a obrigaram a descer do carro. Ela foi agredida fisicamente, a bolsa aberta e todos os seus pertences espalhados pelo chão.

Ao perceber um carro se aproximando, Odilaine disse ter gritado e isso afugentou os elementos. Odilaine retornou ao local no dia seguinte e de todos os seus documentos e cartões de banco, nada foi levado, ainda se encontravam espalhados pelo gramado. Segundo a amiga, esse fato leva a crer que uma cilada foi armada para Odilaine e o agravante é que excetuando a amiga, apenas uma pessoa sabia dessa visita: Leandro Boldrini.

A amiga acrescenta que não teve conhecimento se foi aberto um boletim de ocorrência. Ela também informou não ter como provar o relato de Odilaine.

Disponível em: <www.trespassosnews.com.br>. Amiga diz que mãe de Bernardo foi atacada por encapuzados meses antes de morrer.Acesso em 18/07/2015.

OBSERVAÇÃO: você que é amiga (o) de Odilaine e Bernardo, que sabe de algum fato que possa auxiliar no esclarecimento do suposto suicídio, por favor, não se cale. O tempo urge e as horas se esgotam inexoravelmente. Não há tempo a perder: FALE, por favor.

No link abaixo, o Doutor Marlon Taborda, advogado da Família Uglione dá um recado:
- "Acreditamos que haja uma trama e que muitas pessoas estejam envolvidas e são sabedoras dos reais fatos e como eles ocorreram. E estão omitindo às autoridades. Não tenho dúvida disso.



Gotas de Sabedoria

O verdadeiro profeta é aquele que descobre a vontade de Deus nas situações da vida e nem sempre proclama aquilo que gostaríamos de ouvir. A palavra do profeta é boa-nova, palavra que liberta, que salva e dá esperança. O verdadeiro profeta tem a coragem e a ousadia dos homens e das mulheres do seu tempo, que não esquecem as pessoas mais vulneráveis: os pequenos, os desprezados. Com sua palavra, restaura a justiça aos injustiçados, devolve a dignidade aos excluídos, proclama a alegria aos triste e esperança aos desanimados. Pense nisso!
(Padre Nilo Luza,ssp)


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Odilaine Uglione, mãe de Bernardo, denunciou ameaças


OITO DIAS DE SUA MORTE, ODILAINE UGLIONE DENUNCIOU AMEAÇAS

Reprodução Rádio Guaíba 

Mais um episódio envolvendo o suposto suicídio de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo: oito dias antes de sua morte, Odilaine Uglione procurou a Delegacia de Três Passos dizendo-se ameaçada e registrou um Boletim de Ocorrência. O documento descoberto por uma perícia particular encomendada pela família de Odilaine vem reforçar ainda mais a desconfiança de que ela não cometeu suicídio.

No Boletim de Ocorrência, Odilaine relatava estar sofrendo ameaças de Maicon Rader Pinto, de 19 anos, filho da ex-babá de Bernardo, Elaine Rader Pinto, que trabalhou com a família no período de 2007 a 2009. Inclusive já tendo recebido quatro ameaças pela Internet, dando a entender através das mensagens que ele a mataria se ela não o adicionasse como "amigo eterno".

Uma ameaça também foi feita por celular, quando Odilaine se encontrava dentro de uma padaria e o filho da ex-babá dizia para ela aproveitar bem o lanche, pois seria o último. Odilaine revela no Boletim de Ocorrência ter reconhecido a voz do rapaz e de vê-lo minutos antes passando de bicicleta em frente à padaria.
A ocorrência menciona um terceiro fato: de que a própria Elaine Rader Pinto enviou mensagem à Odilaine, através de uma desconhecida de que iria infernizá-la até o fim. 

A Delegada Caroline Bamberg preferiu se abster de comentários, entretanto, o Delegado Marcelo Mendes Lech que está chefiando as novas investigações do Caso Odilaine, disse que esse novo fato pode ajudar no esclarecimento do suposto suicídio:

Delegado Marcelo Mendes Lech:
- "O fato noticiado pela senhora Odilaine Uglione no registro de ocorrência pode ser caracterizado como ameaça sim. Este elemento de informação, assim como todos os outros, serão devidamente verificados e investigados".

Todas as pessoas citadas no Boletim de Ocorrência serão convocadas a prestar depoimento. O advogado da Família de Odilaine se diz surpreendido pelo fato do documento não constar do inquérito policial que investigou a morte da mãe do menino Bernardo.

A Polícia descobriu também que Odilaine contratou um detetive particular para sondar Leandro Boldrini, tendo o investigador constatado que além de Graciele Ugulini, o médico se relacionava com outras mulheres. O dossiê com as provas foi entregue a Odilaine, que optou pela separação.

Antes que recebesse uma indenização acordada em 1,5 milhão, mais uma polpuda pensão mensal para ela e o filho, Odilaine de dentro do consultório do marido, com um  revólver 38 tentou matá-lo e não conseguindo, tirou a própria vida. (Versão da morte é dada por Leandro Boldrini).

P.S.: de acordo com informação de Elaine Rader Pinto, ouvida pelo Jornal RD3/Grupo Repórter, de 17/07/2015, ela nunca ameaçou Odilaine e quanto ao seu filho, ele  não se encontrava em Três Passos na época dos fatos. Ela ainda questiona o motivo de existir uma ocorrência de ameaça e não ter sido chamada para depor.

Disponível em:

O Ministério Público disse não haver nenhum B.O. incluso no inquérito de Odilaine Uglione. O documento já está nas mãos das autoridades para realizar perícia e apurar responsabilidades pelo fato do B.O. não constar do inquérito policial do Caso Odilaine.
O Delegado Marcelo Mendes Lech não para: ele está agora na cidade de Bagé ouvindo testemunhas. Ele avisa que as pessoas que aparecem no B.O. serão intimadas a prestarem depoimento.

Disponível em: <www.rduirapuru.com.br>.Boletim de ocorrência registrado por Odilaine pode mudar os rumos da investigação de sua morte. Acesso em: 18/07/2015.

OBSERVAÇÃO: Que estranho! Na ocorrência, Odilaine dizia estar sendo ameaçada e perseguida pela ex-babá e pelo filho, inclusive tendo reconhecido a voz do rapaz pelo celular e de vê-lo passar minutos antes, em frente à padaria onde lanchava, isso em 02/01/10. E no dia do registro da ocorrência, 02/02/10 (um mês depois), novamente a ex-babá voltou a ameaçá-la, através de uma desconhecida. A dona Elaine Rader a ameaça e persegue, mas quem mais se mostra é o rapaz e por fim a desconhecida. A ocorrência foi registrada com um fato acontecido um mês antes, sendo que em 02/02/10, Odilaine recebeu uma ameaça de Elaine Rader através de uma desconhecida e esse foi o motivo de ter aberto o B.O. A padaria não tem nome, a empregada que trabalhou em sua casa por três anos não tem endereço certo, a pessoa do recado é desconhecida. (?)

Este B.O. está muito diferente do modelo do meu Estado: só os dados gerais somam 10 campos, como por exemplo, cabeçalho, origem e dados da ocorrência, modos e histórico da ocorrência, sem contar os inúmeros itens de cada campo. Ou será que para cada estado existe um modelo diferente de B.O? Nunca que a Polícia iria fornecer o B.O. original para a pessoa, no máximo o recibo da autoridade e uma cópia em preto e branco da ocorrência. E com a contenção de gastos das repartições públicas, nunca que seria uma cópia colorida. Então porque no modelo acima, o histórico está com fundo verde e as letras em tom de azul claro? De onde foi colhido esse B.O?  Por quê ele é tão resumido? Por quê estão faltando vários quesitos? Foi proposital, não foi importante listá-los?
  • Cadê o cabeçalho do B.O?
  • Cadê a designação do órgão? Comarca?
  • Cadê o número da ocorrência?
  • Cadê a origem da comunicação? Data da comunicação? hora da comunicação?
  • 10 ou 2010? Na data de hoje? Que data de hoje?
  • Cadê o carimbo ou emblema da Instituição?
  • Cadê a assinatura do servidor?
  • Cadê a assinatura da vítima?
  • Histórico com fundo verde?
  • N. desconhecindo?
  • Para aproveita bem?
  • Adiciona lo?
  • Após o número 477, a pessoa iniciou com ( / ), percebeu que havia errado e continuou com traço, nas separações do endereço. Quem esta acostumado a escrever B.O., não iria errar em algo tão óbvio.
P.S.:  Nos cursos de formação para policiais, a Instituição possibilita o acesso a diversas disciplinas para que o policial tenha objetividade e subsídios para a confecção de uma B.O de boa qualidade (Língua Portuguesa, Redação, Técnicas de redação de documentos, entre outras). 

Talvez eu esteja falando bobagens, mas a verdade é que depois de anos, temos a constatação de que não foi Odilaine Uglione, a autora da suposta carta de suicídio e o doutor Leandro Boldrini também registrou um falso Boletim de Ocorrência. É fato que a Polícia não tem como investigar todos os Boletins de Ocorrência, talvez por isso a dona Elaine Rader não tenha sido chamada a esclarecer sobre o assunto: mas será que foi isso mesmo?

Oremos a Deus polo Delegado Marcelo Mendes Lech. É muita coisa a se pôr a limpo.

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Midazolam no caso do menino Bernardo Uglione Boldrini


SENHORES,TIREM SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Cartazes na frente da casa onde morou o menino Bernardo. Foto: Tadeu Vilani / Agência RBS

Estratégia dos advogados: um dos diálogos captados por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, entre parentes do médico Leandro Boldrini:

Familiar 1 (não identificado):
- "Aquela de Frederico Westphalen (Edelvânia Wirganovicz), vai manter o que já disse e a Kelly (a madrasta Graciele Ugulini) vai falar que o Leandro está fora, que não tinha nada, nenhuma participação e tal".
Por Adriana Irion em: 13/05/2014. Trecho de: Polícia analisa suposta receita de Midazolam assinada por Leandro.

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 Graciele Ugulini fala com amiga sobre estratégia de Leandro para livrá-la da cadeia, caso ela viesse a ser presa.
Fala de Leandro Boldrini em 27/05/2015, durante interrogatório no Fórum de Três Passos /SBT.

Em 23/04/2014, Jader Marques, advogado do médico na época, esteve na Delegacia de Três Passos, para solicitar que três policiais atestassem que na hora que Leandro Boldrini recebeu a notícia da morte de Bernardo, ele teria "desabado", se desesperado, chorado e até investido contra a madrasta, no que foi contido pela Polícia.

Advogado Jader Marques:
- "A situação que está sendo apontada contra ele (Leandro) não condiz com o que ele me disse. No momento da prisão, ele perguntou se a Keli (Graciele) sabia o que tinha acontecido, se algo tinha acontecido com o menino".
- "O Leandro para ela (Graciele) se matou ele (Bernardo), ela titubeia, não responde, depois que ele insiste, ela acaba confessando, ele investe contra ela e acaba seguro pelos policiais".

De acordo com essa versão dada por Leandro Boldrini ao advogado, este salienta que o ocorrido comprova a inocência do seu cliente e que inclusive possui um documento que comprova essa passagem, ocorrida na Delegacia de Três Passos em 14/04/2014. (?)

Alguns minutos mais tarde, a Delegada Caroline Bamberg adentrou na Delegacia e teve a oportunidade de ainda encontrar o advogado e contestar suas declarações:

Delegada Caroline Bamberg:
- "Quando ela (Graciele) admite que matou (Bernardo), ele (Leandro) não faz nenhum movimento brusco".

- "Vocês acham que ele (advogado) viria dizer: "meu cliente tem culpa"? Na hora que ele (Leandro recebeu a prisão, ele não desabou. Eu que contei o fato da morte do menino e ele foi extremamente frio nesta hora".
Disponível em:

OBSERVAÇÃO: traduzindo: ele não desabou, ele não chorou, ele não se desesperou e nem mesmo partiu para a agressão contra a madrasta. Se o oposto dessa situação, conforme o advogado, confirma a inocência de Leandro Boldrini, então ele decididamente: não é inocente da acusação de mentor, mandante e patrocinador da morte do próprio filho.
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Mistura letal do Midazolam causa Polêmica nos EUA

Dennis McGuire, acusado do assassinato de uma mulher grávida em 1989, foi morto com uma injeção letal de Midazolam associado ao analgésico/narcótico Hidromorfona, utilizados pela primeira vez em um processo de execução no Estado de Ohio, EUA, em janeiro de 2014.

Um repórter do Jornal Daily News, presente à execução, relatou:
- Às 10:29 hs, seus olhos rolaram para trás como se estivesse indo dormir e às 10:35 hs, MacGuire que parecia inconsciente entrou em convulsão, parecia engasgar, lutava para respirar".
Dennis MacGuire foi considerado oficialmente morto às 10:53 hs, de acordo com comunicado do Departamento de Reabilitação e Correção de Ohio.

Outras testemunhas presentes também observaram a dificuldade do condenado para respirar. Um juiz federal rejeitou o apelo dos advogados de McGuire de que aquela combinação de medicamentos iria expô-lo a um risco considerável de dor intensa e terrível incapacidade de absorver o ar, antes de atingir a inconsciência.

Os familiares do condenado que assistiam a execução choraram e um deles, conforme o Daily News, censurou:
- "Como isso pode continuar por tanto tempo"?

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Seis meses depois da polêmica execução de Dennis MacGuire, outro preso de nome Joseph Wood, foi executado no Estado do Arizona, com a mesma combinação de medicamentos. Joseph Wood foi declarado oficialmente morto, uma hora e cinquenta e sete minutos, depois de receber via intravenosa, o coquetel mortal do sedativo Midazolam com o analgésico Hidromorfona.

Michael Kiefer, do Jornal Arizona Republic e uma das testemunhas que assistiu a execução, disse:
- "Buscava o ar como um peixe na terra. O movimento era como de um pistão. Abria a boca, levantava o peito, enchia o abdômen. E quando o médico foi examiná-lo, anunciou pelo microfone que Wood continuava sedado, mas podíamos ouvir os ruídos que fazia, como quando o filtro de uma piscina chupa ar. Foi morte por apnéia e durou mais de uma hora e meia".

Testemunhas também relataram que o agonizante tentou respirar centenas de vezes, quando o processo não poderia passar de 10 minutos. A execução de Joseph Wood reacendeu a discussão sobre a punição restabelecida em 1976 pela Suprema Corte dos Estados Unidos. Apesar da pena de morte ser admitida em 32 estados americanos, a Oitava Emenda da Constituição Americana proíbe "punições cruéis e inusitadas".

Em abril de 2014, um terceiro condenado, Clayton Lockett de 38 anos, morreu de uma parada cardíaca, uma hora depois da administração de uma combinação medicamentosa que incluía o Midazolam.
A defesa de Joseph Wood também se manisfestou a respeito da combinação dos compostos químicos utilizados na execução e da recusa do departamento de Correção do Arizona em disponibilizar informações sobre as verbas destinadas à aquisição dessas drogas.

Houve censura por parte de Daile Baich, um dos advogados de Joseph Wood:
- "O Arizona se somou aos estados responsáveis por um horror que poderia ser evitado totalmente: uma execução mal executada. O público deveria responsabilizar os funcionários e exigir que este processo fosse mais transparente".

As polêmicas sobre a pena de morte nos EUA, tiveram um aumento significativo, depois que os exames de DNA, provaram a inocência de inúmeros condenados. Uma campanha global liderado por grupos contrários à pena de execução, conseguiram proibir no mês de junho de 2015, a fabricação do narcótico tiopentato de sódio, um dos componentes usados nos coquetéis mortíferos. Esse é um dos motivos dos estados tentarem soluções alternativas em compostos nunca antes utilizados. Atualmente 3.070 pessoas aguardam no corredor da morte.



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A presença do medicamento Midazolam, detectada no corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), pode ter sido a causa da sua morte.
Se não for utilizada da forma correta, ou seja, em ambiente hospitalar, com monitoramento constante de médicos, a substância pode matar.

O Doutor Luiz Fernando Menezes, gestor do Hospital Mãe de Deus, de Porto Alegre/RS, adverte:
- "Sedativo muito potente que requer a aplicação por um anestesista e o acompanhamento para evitar complicações, pois deprime a respiração, ou seja, diminui a capacidade do paciente de respirar". 

- "Em geral, o Midazolam funciona como agente indutor, induz a anestesia geral, tira a consciência do paciente em doses mais elevadas. Dependendo da dose, também deprime a capacidade respiratória. Pode levar à morte se o paciente não for assistido. O ideal é que seja aplicado por médicos treinados para sedação, no caso um anestesista".

O IGP apontou Midazolam, mas o laudo não menciona nenhuma outra substância que poderia ter sido encontrada no organismo de Bernardo. Edelvânia Wirganovicz informou em depoimento que foi a madrasta Graciele Uglini quem injetou no braço do menino a injeção letal. Caso tenha sido somente o Midazolam, no mínimo, a aplicação desobedece dois princípios elementares:

a) - O Midazolam não pode ser aplicado por enfermeira e sobretudo, deve ser ministrada em local onde se possa observar efetivamente a respiração do paciente:

Doutor Luiz Fernando Menezes:
- "Ele (Midazolam) pode ser prescrito diretamente por um médico em uma unidade onde há capacidade de fazer o monitoramento da respiração do paciente, como uma unidade de tratamento intensivo, uma sala de respiração ou em uma unidade de centro cirúrgico".

b) - Após a aplicação do Midazolam, com injeção na veia (forma mais potente)ou no músculo ou ainda por via oral (comprimidos), o paciente precisa estar em constante observação:

Doutor Luiz Fernando Menezes:
- "Não posso simplesmente aplicar e virar as costas, deixar o paciente sozinho. tenho de monitorar, ver os sinais vitais, a respiração e a função circulatória e principalmente a respiratória".

c) - Apesar de não haver restrições ao uso por crianças e idosos, o Médico recomenda o acompanhamento próximo, devido a resposta individual de cada paciente à medicação:

Doutor Luiz Fernando Menezes:
- "Há pacientes que se agitam, não dormem, ficam angustiados e agitados. É muito individual".

Disponível em: 

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Os peritos do IGP entregaram à Polícia Civil de Três Passos, um laudo atestando a presença da substância caracterizada como Midazolam no organismo do menino Bernardo, cujos traços do medicamento foram identificados por meio de exames específicos feitos com reagentes químicos. Entretanto, o Órgão não soube precisar em que parte do corpo do menino se concentrou a maior parte do medicamento e tampouco de que forma o Midazolam foi administrado (se comprimidos ou solução injetável).

Edelvânia Wirganovicz disse que Graciele Ugulini aplicou uma injeção no braço do menino e os exames laboratoriais realizados pelo IGP confirmaram em parte sua versão inicial. Os peritos descartaram a hipótese de que ele estivesse respirando ao ser enterrado, pois como seu corpo se achava envolvido em um saco poroso, provavelmente teria sido encontrado vestígios de terra em suas vias respiratórias. O laudo do IGP confirma que a morte do menino Bernardo ocorreu no mesmo dia do seu desaparecimento em 04/04/2014.
Disponível em: 

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Graciele Ugulini em 22/04/2014, quando foi interrogada pela Polícia Civil de Três Passos

Graciele Ugulini:
- "No caminho eu vim pensando: oque eu vou dizer pro pai dele? Aí eu resolvi falar isso, que ele tinha ido dormir num colega. Mas eu estava tão desesperada, tão desesperada, que só queria consumir o corpo. mas eu não fiz por querer. Eu nunca quis, não era essa a intenção, não era". 

OBSERVAÇÃO:  a correção não se encerra com a condenação efetiva de Graciele Ugulini e de seu companheiro, o médico Leandro Boldrini. Bernardo Uglione Boldrini era uma criança de apenas onze anos de idade. Faço questão absoluta de acompanhar a cassação da enfermeira pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (COREN) bem como do médico junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS), ambos pela indignidade de ostentar o título que carregam.

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

terça-feira, 14 de julho de 2015

Bernardo Uglione Boldrini - uma história de vida


BERNARDO UGLIONE BOLDRINI:UM SILENCIOSO GRITO POR AMOR

Foto Reprodução / RBS TV

Grite, reaja, não fique com medo de ser chamado de louco, tenha coragem, não estamos sós, DEUS é fiel, ele estará sempre conosco.
 Fique você também Sempre do lado dos "pequenos", de qualquer modo, a qualquer preço, a recompensa é certa.
De repente, até mesmo dentro da sua própria casa, um grito silencioso por falta de amor.
Amemos mais, abracemos mais, beijemos mais, compartilhemos mais, não só as amizades virtuais.
 A vida agradece.



sábado, 11 de julho de 2015

Testemunhas no Caso Odilaine Uglione são ouvidas em Porto Alegre


O DELEGADO DO CASO ODILAINE UGLIONE ESTÁ EM PORTO ALEGRE PARA OUVIR TESTEMUNHAS

Foto Três Passos News

Marcelo Mendes Lech, o  Delegado da Polícia Civil de Santa Rosa, mas que está em Três Passos para diligenciar os trabalhos de investigação sobre o suposto suicídio de Odilaine Uglione, viajou para a cidade de Porto Alegre a fim de ouvir as pessoas que conviveram com a mãe do menino Bernardo. Nesta quinta-feira, 09/07/2015, alguns depoimentos foram colhidos na Delegacia do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre e que serão fundamentais para a elucidação do caso. O Delegado  está de fato, empenhado na busca pela verdade e não poupa esforços.

Delegado Marcelo Mendes Lech:
- "Estou em busca da verdade. Busco elucidar o que efetivamente aconteceu naquela situação".

Leandro Boldrini deverá ser ouvido e também participar da reconstituição dos fatos, entretanto, isso não tem data para acontecer. Perícias particulares foram consideradas fatos novos (autoria da suposta carta de suicídio foi atribuída a Secretária Andressa Wagner e uma terceira pessoa foi colocada dentro da sala de atendimento onde deveriam estar somente Odilaine e Leandro).

Disponível em: <g1.globo.com>. acesso em 11/07/2015.


OBSERVAÇÃO: O deslocamento do Delegado para Porto Alegre não deixa margem à dúvidas quanto à gravidade da situação: fatos novos reabriram em 21/05/2015 um inquérito policial arquivado em 2010 com inúmeras falhas. As investigações que estão sendo realizadas agora, com certeza não terão o mesmo resultado. As provas são contundentes, reais, verdadeiras e algumas pessoas antes sossegadas quanto à impunidade do fato,  muito provavelmente, não estão conseguindo pregar o olho.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Frieza e omissão na procura por Bernardo Uglione Boldrini


O POUCO EMPENHO DE PAI E MADRASTA NAS BUSCAS AO MENINO DESAPARECIDO

Foto / Reprodução G1

Do R7, com Rede Record.

Felipe Ribeiro, um dos policiais que ajudou nas buscas ao menino Bernardo Uglione Boldrini, emocionou-se ao relembrar dos trabalhos de resgate do corpo, encontrado numa cova rasa às margens do Rio Mico, em Frederico Westphalen, vítima inocente da ganância e do ódio em que o pai biológico Leandro Boldrini e a madrasta Graciele Ugulini são os principais acusados.

Policial Felipe Ribeiro:
- "A gente conseguiu cavar com pedaço de pau e um facão, aí localizamos o corpo. Foi bem forte o que gente passou lá. Conseguimos encontrar , mas a gente sente que não está com o dever cumprido, porque queríamos encontrar o garoto vivo".

O policial Felipe Ribeiro disse ter ficado desconfiado com a maneira com que pai e madrasta se ocuparam das buscas ao menino:

Policial Felipe Ribeiro:
- "Nunca tínhamos apoio por parte do pai Leandro Boldrini e da madrasta Graciele Ugulini. Só a Polícia estava procurando. Nós vamos atrás, mas sem o apoio da família, a dificuldade é muito grande".

OBSERVAÇÃO: Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, os envolvidos num dos crimes de maior repercussão dos últimos tempos, tinham dito que lavavam as mãos de procurar o menino Bernardo (?), que isso era função da Polícia. Em 13/05/2014, Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e alguns dias mais tarde, também o irmão desta, Evandro Wirganovicz, foram acusados de homicídio qudruplamente qualificado, sendo que Leandro Boldrini foi indiciado por mais um crime: o de falsidade ideológica por ter registrado um falso Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia de Três Passos, comunicando o desaparecimento do filho, mas sabendo perfeitamente onde o menino se encontrava. Depois de dopado (Bernardo era um menino muito ativo, iria dar trabalho para as duas mulheres), elas então o incapacitaram com medicação assinada pelo próprio pai do garoto e comprada em farmácia de Frederico Westphalen. E por fim com medicamento utilizado e retirado da própria clínica do pai de Bernardo, elas efetuaram o hediondo feito com requintes de crueldade.

Edelvânia Wirganovicz:
- "Eu não matei o Bernardo. Eu só abri a cova".

OBSERVAÇÃO: Ah, dona Edelvânia, a mim a senhora não convence. Tente convencer o Juiz e os sete jurados, breve, muito em breve.

TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO (15/05/2014)

Promotora Dinamárcia: 
- "O conjunto da obra não deixa dúvida para nós. É o convencimento da nossa instituição. O convencimento do Ministério Público é de que Leandro, Edelvânia e Graciele mataram Bernardo. Leandro, pai da vítima, é o mentor intelectual".

- "Ele tinha o domínio do fato, a decisão da morte do filho foi dele. A prova Existe"!

- "Leandro Boldrini e Graciele Ugulini eram 'unidos para tudo e por todos'. A madrasta não gostava do menino e Leandro nunca demonstrou o menor sentimento por seu filho. Graciele foi manipulada para que só ela sujasse as mãos de sangue. Já os cúmplices (Edelvânia e Evandro Wirganovicz) cederam aos apelos de mãos cheias de dinheiro".

- "Ele (Leandro) não só desejou a morte do filho, como autorizou os atos para que dessem efeito. É o patrocinador, a pessoa com a maior inteligência para engendrar álibis, pretextos, o sangue frio de um cirurgião, que precisa ter um alto controle, raciocínio muito aguçado. Por isso, é o mentor do crime. A pessoa que estimulou a esposa dentro do ódio que ela sentia por Bernardo. É a pessoa que não apaziguou os ânimos dentro de casa. Há dentro dos autos, que hoje estão em quase 15 volumes, passagens que Leandro se refere a Bernardo como 'bichinha'".

- "Graciele foi quem, junto com Edelvânia, sujou as mãos. Leandro não ia se envolver e deixar um rastro que pudesse chegar até ele. Ele é o cabeça, aproveitou o destempero da esposa e a manipulou para que ela fosse a contratante dos comparsas e a executora. É isso que ela faz e procura Edelvânia. Em ocasião anterior, ela procurou Sandra Cavalheiro, propondo terminar com a vida do enteado".

- "Eles (pai e madrasta) viam em Bernardo uma continuação de Odilaine (mãe do menino e que teria sido vítima de um suposto suicídio em 2010). Eles receavam que o menino fosse dilapidar, ou levar embora, o patrimônio que Leandro e Odilaine tinham amealhado até fevereiro de 2010".

- "No dia 6 de abril, sabendo que seu plano tinha dado certo e que seu filho estava numa cova vertical coberto por soda cáustica e pedras, Leandro Boldrini vai com a desfaçatez de um criminoso na Delegacia de Polícia de Três Passos e comunica que seu filho está desaparecido. Ele faz um Boletim de Ocorrência, que é um documento Público, com uma informação que ele sabia ser falsa. Era um engodo para fazer a Polícia, o Ministério Público e o Conselho Tutelar procurar o menino pelas ruas".

Teoria do Domínio do Fato: está relacionada no artigo 29 do Código Penal - Quem de qualquer modo, concorre para o crime, incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

A Teoria do Domínio do Fato assenta-se em princípios relacionados à conduta e não ao resultado. Segundo essa teoria, autor é quem tem o poder de decisão sobre a realização e consumação do fato criminoso, seja executando a ação criminosa, seja utilizando-se de outras pessoas para o mesmo fim. O autor difere do partícipe que apenas auxilia, coopera ou incita.

Atualmente e de acordo com o artigo 62, § 1º, do CP, a Lei pune com maior severidade aquele que promove o crime ou dirige a atividade criminosa de demais agentes.

Quando em janeiro de 2014, Graciele Ugulini procurou Sandra Cavalheiro com a proposta de se livrar definitivamente de Bernardo, a principal testemunha de acusação é taxativa: Leandro Boldrini também queria se desfazer do filho. O fato de não tê-lo feito ainda, foi não ter um poço disponível. Quando da prisão da madrasta em 14/04/2014 em que ela inocentava o marido, Sandra Cavalheiro não pode mais se conter: espontaneamente se apresentou à Polícia e denunciou o casal.

Disponível em : <www. zh.clicrbs.com.br>. A decisão da morte do filho foi dele, a prova existe. Matéria de 15/05/2014. Acesso em 07/07/2015.

Mais uma de Leandro Boldrini: O marido de Clarissa, Ary Ribeiro, contou que, enquanto ele e a madrinha de Bernardo ficavam o dia inteiro nas redes sociais mobilizando as pessoas a divulgarem a foto de Bernardo e buscarem informações, o pai do menino estaria dormindo em casa. 
Ary Ribeiro:
- "Liguei duas vezes na segunda-feira (dia 7) e ele estava dormindo. Não consegui me controlar. Eu disse: ‘todo mundo está na rua atrás dele e tu estás dormindo em casa"! Fonte: Jornal do Brasil.

OBSERVAÇÃO: Lembrando que Bernardo desapareceu em 04/04/2014. Em 07/04/2014, em vez do pai estar se preocupando com a ausência do filho, eram os amigos e parentes que tomavam a frente na procura pelo menino Bernardo. E a defesa do médico ainda diz em recurso, não haver o "mínimo indício" da culpabilidade de Leandro Boldrini no crime que vitimou o próprio filho. Leandro Boldrini e Graciele Ugulini quiseram brincar com a Justiça, Mas a Justiça não está para brincadeiras no Caso Bernardo. Nada deterá o curso da Justiça, haja visto  Habeas Corpus, Liminares, Recursos, todos sem exceção, terem sido negados pelas Autoridades competentes que também são pais e são filhos. E assim será até o final do processo.

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!