AS MANOBRAS DA DEFESA QUE ATRASAM O JULGAMENTO DO CASO BERNARDO.
Bernardo Uglione / Arquivo Pessoal.
Disponível em: <veja.abril.com/noticia-um-ano-depois-manobras-atrasam>. Acesso em 11/04/2015.
O advogado de defesa de Evandro Wirganoviz, Hélio Francisco Sauer, reclamou da demora no julgamento dos quatro réus, acusados da morte de Bernardo Uglione Boldrini:
- "É testemunha para procrastinar, prolongar os prazos do feito" - desabafou o magistrado no site da Revista Veja. Segundo ele, Evandro nega autoria nos crimes e está preso injustamente.
- "O Evandro não teme o júri. Ele tem certeza que vai ser absolvido e quer enfrentar o processo. Os interesses dele são antagônicos aos dos demais réus, que vão recorrer com apelação ao TJ, recurso especial ao STJ, recurso extraordinário ao STF, agravo de instrumento, embargos declaratórios. Não é o caso dele. É óbvio que vai acontecer por parte dos outros três réus, artifícios, recursos e atos protelatórios para fazer a sociedade esquecer. E ele fica junto pagando o pato."
- "Para eles, quanto mais protelarem, melhor é. Já vão cumprindo (a pena) na preventiva e eles pensam que vão arrefecer os ânimos da sociedade. Mas nesse caso, não vai arrefecer nunca, como no caso dos Nardoni". - Finaliza Hélio Sauer.
Demetryus Grapligia, o defensor de Edelvânia Wirganovicz, tem a mesma esperança:
- "Por mais rápido que o processo tramite no Rio Grande do Sul, isso pode subir às instâncias superiores. É muito possível que esse ano não ocorra o julgamento do caso Bernardo." - Conta Demetryus Grapiglia ao site da Veja, acrescentando que pensa alegar insanidade mental para Edelvânia, planejando com essa argumentação, evitar a sua condenação, inclusive, solicitando uma perícia médica para a ré:
- "A Edelvânia não está bem de saúde mental, ela hoje é uma pessoa completamente abestalhada, fala frases desconexas, não reconhece as pessoas. Esse ano que ela passou na cadeia serviu para liquidar a cabeça dela e qualquer possibilidade de ela entender uma condenação. Dar ou não dar uma pena para ela é inócuo. Vamos alegar e inquirir a respeito da inimputabilidade da pena dela, que pode ser com relação àquela época."
- "Não sei se a Edelvânia era uma pessoa normal e tinha condições de entender e reagir de forma diferente à pressão que a Graciele fez para que ela enterrasse o menino. Ela (Graciele) não tinha limites." - concluiu Grapiglia.
O advogado de Edelvânia defende que ela ajudou apenas na ocultação do cadáver, não participou da execução de Bernardo. Os defensores de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini disseram não querer se manifestar publicamente, fora dos autos.
OBSERVAÇÃO: Já está ficando exaustivo e, portanto, ao menos desta vez, abstendo-me de determinados comentários, resumo-os na seguinte frase: Então tá, ne´!
Sobre inimputabilidade do réu: De acordo com parecer do advogado criminalista Luiz Guilherme Vieira, as medidas de imputabilidade de réu no Brasil deixam muito a desejar. Se ele for reconhecido pela Justiça como inimputável, vai permanecer por longos períodos em tratamento psiquiátrico, passando por exames constantes para avaliar a evolução da doença e não são poucas as vezes, que o preso passa a vida inteira encerrado em hospitais psiquiátricos, sem chance alguma de sair.
Disponível em: <www.conjur.com.br//definir-imputabilidade>. Acesso em 11/04/15.
Lembrou me o filme: Um estranho no ninho.
ResponderExcluirSofra desgraça. Acabou com a sua vida e a do seu irmão.