O DESFECHO
Capa da Revista Veja Edição 2370 de 23/04/2014.
Bernardo Uglione Boldrini assistiu às aulas na Escola Ipiranga, das 8:00 às 11:45 horas do dia 04/04/14. Na saída, ainda fez careta para Maria Eduarda, sua amiga e colega da 4ª série, brincadeira que ele gostava de fazer. Em casa, almoçou peixe, gostou e repetiu, tudo isso já fazendo parte do engodo do pai e a madrasta contra a criança. Desde o dia anterior, conforme testemunha da casa, Leandro e Graciele bajularam bastante o menino, deixando-o inclusive, brincar com a irmã Maria Valentina, coisa que estava proibido de fazer, conta a Delegada Caroline Bamberg. "Aquele clima de tranquilidade que pairou na casa era anormal, naqueles dois dias que antecederam o fato, nunca acontecia".
Bernardo estava muito feliz, havia dito a colegas na escola que naquele dia iria ganhar uma televisão e um aquário, negociados com o pai, em uma de suas idas ao Conselho Tutelar de Três Passos.
Ele teria preferido cães, na época que sua mãe era viva, ele tinha muitos que depois foram extraviados , não se sabendo o destino destes. Passou por um coelho e finalmente foi obrigado a se contentar com um aquário, que ele ganharia de uma amiga.
Às 13:01 horas, Bernardo foi visto com Graciele quando eles trafegavam em Tenente Portela, rumo à Frederico Westphalen, numa caminhonete Mitsubishi L-200 preta, a pretexto de comprar a tão sonhada televisão e consultar uma benzedeira.
-"Naquela hora ela estava com Bernardo dentro do carro. Não notei nada de diferente, o garoto parecia calmo, assim como a mulher, apesar de multada. Perguntei se o menino usava o cinto de segurança e ele respondeu positivamente". - diz o Sargento da Brigada Militar Carlos Vanderlei da Veiga, autor da ocorrência. A imagens de um posto de combustíveis em Frederico Westphalen, mostrando a movimentação dos três também foram importantes par a elucidação do caso, já que pai e madrasta, alegavam não saber do paradeiro do menino.
Graciele, contudo, não ficaria impune de tão hediondo crime.Ela resolveu comprar um extintor de carro, no posto ao lado do apartamento de Edelvânia.
- "Fiquei surpreso quando os policiais chegaram. Eles mostraram o cupom de compra do extintor e perguntaram pelas filmagens das câmeras" - Explica Jonir Piaia, um dos sócios do posto.
Conforme alegação da família, Bernardo teria sido visto pela última vez quando falou que ia dormir na casa de um amigo, que fica a duas quadras de distância de sua residência. No domingo, 06/04/14, Leandro Boldrini, pai do garoto, disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não se encontrava lá e nem havia chegado lá nos dias anteriores.
Leandro chegou a contatar uma rádio local para informar sobre o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados por Três Passos e cidades adjacentes. Após o registro do desaparecimento de Bernardo, a Polícia começou a investigar o caso e com a Justiça já destituindo o pai do pátrio poder. Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, compra de medicamentos com receita azul, além de comentários feitos pelo casal no trabalho e com conhecidos sobre a viagem a Frederico Westphalen para comprar uma TV, foram indícios de um plano maquiavélico, cuidadosamente arquitetado, para por fim à vida de um inocente. Reservados, nunca haviam comentado com ninguém sobre qualquer aquisição ou negócio que houvessem feito. A delegada afirma que a TV foi o pretexto para enganar Bernardo e conduzi-lo à morte, pois todas as pessoas que conheciam o menino confirma que ele não teria viajado espontaneamente com Graciele, já que eles declaradamente não gostavam um do outro e não se falavam.Os investigadores avaliam que essa atitude fazia parte de uma tentativa de montar um álibi, uma explicação para a viagem em que Bernardo foi levado e morto.
Edelvânia Wirganovicz, a única que colaborou com a Polícia, foi quem indicou o lugar onde enterraram o menino. Conforme depoimento aos policiais, ela disse que recebeu R$ 6.000,00 de Graciele e que usou o dinheiro para pagar parcela do eu apartamento, comprado por R$ 96.000,00.
Entretanto,Graciele teria se disposto a quitar o imóvel. Edelvânia relatou que o plano para matar e esconder o corpo de Bernardo foi de Graciele. Segundo ela, Boldrini não tinha conhecimento (ele não iria perceber a mulher sacando R$ 90.000,00 da sua conta, sendo que até os R$ 1.400,00 da TV, ele tomou ciência por meio do seu celular). "Ele não sabia, mas futuramente ele ia dar dar graças de se livrar do incômodo, porque Bernardo era muito agitado, teria ouvido da madrasta".
Ainda em Três Passos, Bernardo tomou o primeiro comprimido para que ficasse dopado, Graciele teria dito a ele que o remédio era para evitar que vomitasse durante a viagem. Mas o remédio não fez efeito e ele chegou acordado a Frederico Westphalen. Quando chegam defronte o posto, Edelvânia aparece, a madrasta estaciona e os três entram no apartamento. Nessa hora, a benzedeira Edelvânia, (Kelly, apelido da madrasta tinha dito a Bernardo que eles também iam fazer consulta a uma benzedeira), num último ato de caridade lhe dá a beber o comprimido com um gole de suco de laranja.
O terceiro comprimido foi dado a ele durante o percurso até a Linha São Francisco, quando Bernardo já se queixava de "dor de cabeça e coração disparando". Ele era forte e permaneceu lúcido. Adentraram cerca de três quilômetros num matagal, à beira do Rio Mico, em Frederico Westphalen e à beira de uma cova vertical de 66 cm, "mandaram o garoto se deitar em uma toalha de banho azul. A madrasta aplicou na sua veia do braço esquerdo, uma seringa e ele foi apagando"- conclui Edelvânia.
Nenhuma das duas conferiu a pulsação de Bernardo antes de enterrá-lo. O menino foi despido e colocado na cova, feita antes por Evandro e Edelvânia Wirganovicz dois dias antes do crime. Graciele jogou soda cáustica no corpo, para que decomposição fosse rápida e não desse cheiro e Edelvânia cobriu a cova com pedras.
Bernardo tinha 11 anos, em janeiro de 2014, ele se encaminhou sozinho ao Conselho Tutelar de sua cidade procurando ajuda pelo desleixo do pai e maus-tratos da madrasta, ele sabia ler e escrever, o que deve ter se passado dentro da sua cabecinha, tendo uma cova a sua frente? Teria chorado, pedido socorro, prometido coisas?
Edelvânia ainda confirmou que Kelly lhe confidenciava que pensava em matar o menino há tempos, falando inclusive da tentativa de asfixia, relatada por Bernardo a sua ex-babá, Elaine Rader.
Por volta das 16:00 horas, o crime estava consumado, o corpo enterrado e as duas mulheres voltaram para a cidade . Sacolas com as roupas e tênis do menino, bem como a seringa e outros materiais usados no crime foram jogados num latão de lixo, conforme mostra o vídeo do posto de combustíveis.
Kelly, depois de lavar-se no apartamento de Edelvãnia, foi até uma loja e comprou uma TV, tendo antes o cuidado de mandar a empregada levar a filha para a casa da irmã Simone, para que ela não a visse chegar sem Bernardo. Eldevânia pediu ao frentista do posto que jogasse uma água no carro, pois estava com barro. Mais tarde levou a sobrinha para tomar picolé e depois foi para casa dormir.
O inquérito sobre o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, foi finalizado com 11 volumes e mais de 2.000 páginas, contendo o testemunho de 100 pessoas e entregue à Justiça, juntamente com sua bicicleta e uma caixa de pertences, entre eles uma faca. Houve suspeita de que o menino havia desaparecido com a bicicleta, mas depois ela foi encontrada na sua escola.
Relembrando = Um dia depois da queixa do desaparecimento de Bernardo, a Polícia vasculhou a casa e naquele dia não havia chave nem controle no estojo do garoto (Bernardo não tinha acesso livre à casa, era comum vê-lo sentado na calçada tarde da noite, esperando Leandro chegar para abrir a porta, sendo que Graciele Ugulini estava na casa). Mas misteriosamente dois dias depois quando a Polícia voltou com um mandado de busca e apreensão, a chave e o controle reapareceram no estojo. Dói saber que encontraram uma faca na caixa de pertences de Bernardo. Da mesma forma como plantaram a chave e o controle no seu estojo escolar, para dar a impressão que que o menino podia entrar na casa na hora que quisesse, plantaram também uma faca, para simular dificuldades com o garoto.
A certidão de óbito do menino Bernardo, de 11 anos, atesta que ele morreu de forma violenta, em 04/04/14, dois dias antes de o pai relatar à Policia sobre o desaparecimento do filho.
Graciele, contudo, não ficaria impune de tão hediondo crime.Ela resolveu comprar um extintor de carro, no posto ao lado do apartamento de Edelvânia.
- "Fiquei surpreso quando os policiais chegaram. Eles mostraram o cupom de compra do extintor e perguntaram pelas filmagens das câmeras" - Explica Jonir Piaia, um dos sócios do posto.
Conforme alegação da família, Bernardo teria sido visto pela última vez quando falou que ia dormir na casa de um amigo, que fica a duas quadras de distância de sua residência. No domingo, 06/04/14, Leandro Boldrini, pai do garoto, disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não se encontrava lá e nem havia chegado lá nos dias anteriores.
Leandro chegou a contatar uma rádio local para informar sobre o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados por Três Passos e cidades adjacentes. Após o registro do desaparecimento de Bernardo, a Polícia começou a investigar o caso e com a Justiça já destituindo o pai do pátrio poder. Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, compra de medicamentos com receita azul, além de comentários feitos pelo casal no trabalho e com conhecidos sobre a viagem a Frederico Westphalen para comprar uma TV, foram indícios de um plano maquiavélico, cuidadosamente arquitetado, para por fim à vida de um inocente. Reservados, nunca haviam comentado com ninguém sobre qualquer aquisição ou negócio que houvessem feito. A delegada afirma que a TV foi o pretexto para enganar Bernardo e conduzi-lo à morte, pois todas as pessoas que conheciam o menino confirma que ele não teria viajado espontaneamente com Graciele, já que eles declaradamente não gostavam um do outro e não se falavam.Os investigadores avaliam que essa atitude fazia parte de uma tentativa de montar um álibi, uma explicação para a viagem em que Bernardo foi levado e morto.
Edelvânia Wirganovicz, a única que colaborou com a Polícia, foi quem indicou o lugar onde enterraram o menino. Conforme depoimento aos policiais, ela disse que recebeu R$ 6.000,00 de Graciele e que usou o dinheiro para pagar parcela do eu apartamento, comprado por R$ 96.000,00.
Entretanto,Graciele teria se disposto a quitar o imóvel. Edelvânia relatou que o plano para matar e esconder o corpo de Bernardo foi de Graciele. Segundo ela, Boldrini não tinha conhecimento (ele não iria perceber a mulher sacando R$ 90.000,00 da sua conta, sendo que até os R$ 1.400,00 da TV, ele tomou ciência por meio do seu celular). "Ele não sabia, mas futuramente ele ia dar dar graças de se livrar do incômodo, porque Bernardo era muito agitado, teria ouvido da madrasta".
Ainda em Três Passos, Bernardo tomou o primeiro comprimido para que ficasse dopado, Graciele teria dito a ele que o remédio era para evitar que vomitasse durante a viagem. Mas o remédio não fez efeito e ele chegou acordado a Frederico Westphalen. Quando chegam defronte o posto, Edelvânia aparece, a madrasta estaciona e os três entram no apartamento. Nessa hora, a benzedeira Edelvânia, (Kelly, apelido da madrasta tinha dito a Bernardo que eles também iam fazer consulta a uma benzedeira), num último ato de caridade lhe dá a beber o comprimido com um gole de suco de laranja.
O terceiro comprimido foi dado a ele durante o percurso até a Linha São Francisco, quando Bernardo já se queixava de "dor de cabeça e coração disparando". Ele era forte e permaneceu lúcido. Adentraram cerca de três quilômetros num matagal, à beira do Rio Mico, em Frederico Westphalen e à beira de uma cova vertical de 66 cm, "mandaram o garoto se deitar em uma toalha de banho azul. A madrasta aplicou na sua veia do braço esquerdo, uma seringa e ele foi apagando"- conclui Edelvânia.
Nenhuma das duas conferiu a pulsação de Bernardo antes de enterrá-lo. O menino foi despido e colocado na cova, feita antes por Evandro e Edelvânia Wirganovicz dois dias antes do crime. Graciele jogou soda cáustica no corpo, para que decomposição fosse rápida e não desse cheiro e Edelvânia cobriu a cova com pedras.
Bernardo tinha 11 anos, em janeiro de 2014, ele se encaminhou sozinho ao Conselho Tutelar de sua cidade procurando ajuda pelo desleixo do pai e maus-tratos da madrasta, ele sabia ler e escrever, o que deve ter se passado dentro da sua cabecinha, tendo uma cova a sua frente? Teria chorado, pedido socorro, prometido coisas?
Edelvânia ainda confirmou que Kelly lhe confidenciava que pensava em matar o menino há tempos, falando inclusive da tentativa de asfixia, relatada por Bernardo a sua ex-babá, Elaine Rader.
Por volta das 16:00 horas, o crime estava consumado, o corpo enterrado e as duas mulheres voltaram para a cidade . Sacolas com as roupas e tênis do menino, bem como a seringa e outros materiais usados no crime foram jogados num latão de lixo, conforme mostra o vídeo do posto de combustíveis.
Kelly, depois de lavar-se no apartamento de Edelvãnia, foi até uma loja e comprou uma TV, tendo antes o cuidado de mandar a empregada levar a filha para a casa da irmã Simone, para que ela não a visse chegar sem Bernardo. Eldevânia pediu ao frentista do posto que jogasse uma água no carro, pois estava com barro. Mais tarde levou a sobrinha para tomar picolé e depois foi para casa dormir.
O inquérito sobre o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, foi finalizado com 11 volumes e mais de 2.000 páginas, contendo o testemunho de 100 pessoas e entregue à Justiça, juntamente com sua bicicleta e uma caixa de pertences, entre eles uma faca. Houve suspeita de que o menino havia desaparecido com a bicicleta, mas depois ela foi encontrada na sua escola.
Relembrando = Um dia depois da queixa do desaparecimento de Bernardo, a Polícia vasculhou a casa e naquele dia não havia chave nem controle no estojo do garoto (Bernardo não tinha acesso livre à casa, era comum vê-lo sentado na calçada tarde da noite, esperando Leandro chegar para abrir a porta, sendo que Graciele Ugulini estava na casa). Mas misteriosamente dois dias depois quando a Polícia voltou com um mandado de busca e apreensão, a chave e o controle reapareceram no estojo. Dói saber que encontraram uma faca na caixa de pertences de Bernardo. Da mesma forma como plantaram a chave e o controle no seu estojo escolar, para dar a impressão que que o menino podia entrar na casa na hora que quisesse, plantaram também uma faca, para simular dificuldades com o garoto.
Veja vídeo abaixo sobre terror psicológico vivido por Bernardo.
É uma situação muito triste
O soldado do Corpo de Bombeiros de Frederico Westphalen,
Adilson Stasiak, ficou consternado ao desenterrar o corpo do garoto Bernardo
Uglione Boldrini, na noite de segunda-feira,14/04/14,. "Estávamos fazendo
o nosso trabalho, mas realmente a gente fica comovido com uma situação dessas",
afirmou. "É muito triste", lamentou o soldado. Coube aos integrantes
do Corpo de Bombeiros da cidade fazerem a escavação e retirar o corpo de
Bernardo, enterrado no meio de um matagal, na Linha São Francisco, interior de Frederico
Westphalen. Foram utilizadas enxadas e pás para remover a
terra e retirar o corpo. "Fizemos o trabalho com o máximo de
cuidado", garantiu Stasiak.
Naquele
dia de abril, Bernardo se tornou um símbolo do sofrimento familiar em Três
Passos.E foi pelo menino meigo, que se recusava a falar sobre a morte da mãe,
que a população chorou. Primeiro, de raiva, na noite de segunda-feira, quando
dezenas de pessoas lotaram as ruas do município do noroeste do Estado.
Protestavam contra o pai e a madrasta de Bernardo, trancafiados no Presídio
Municipal de Três Passos. Os três
acabaram transferidos para prisões diferentes, Leandro Boldrini se encontra
encarcerado na Penitenciária de Segurança Máxima de Charqueadas e as duas
mulheres, Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz, estão na Penitenciária Feminina
Estadual de Guaíba. Evandro Wirganovicz, o quarto acusado de homicídio e
ocultação de cadáver também continua preso em Três Passos. Na
terça-feira, 15/04/2014, o choro se misturou a orações, canções e pedidos de
justiça. A cidade amanheceu de luto. Fotos de Bernardo Uglione Boldrini e
faixas pretas misturavam-se à decoração de Páscoa espalhada pela cidade. O corpo
do menino que adorava fazer caretas para as colegas foi velado no Ginásio do
Colégio Ipiranga. Em caixão fechado (o corpo foi encontrado em decomposição),
recebeu homenagens. Aos poucos, as ruas da cidade foram ficando vazias. As
pessoas rumavam para o velório. Moradores que jamais tinham visto o menino
choravam. As palavras indignadas se misturavam a momentos de lembranças sobre a
vítima. Pessoas que não tinham relações com Bernardo, como o aposentado
Domingos Veigne, 70 anos, se derramaram em lágrimas. “Como é possível um pai
fazer uma coisa assim para um filho?”, questionava. Depois do meio-dia, dezenas
de pessoas se aglomeravam no ginásio. O padre Rudinei da Rosa falou durante
culto ecumênico. “A morte de Bernardo não é obra de Deus”, sintetizou, chorando.
Jovens cantaram canções e hinos religiosos que falavam de amor, paz e justiça.
Com rosas brancas nas mãos, os policiais civis que trabalharam no caso
estiveram no velório, com familiares. A delegada Carolina Bamberg Machado, que
investiga o homicídio, estava acompanhada dos filhos e não escondeu a emoção. O
mesmo aconteceu com o capitão Paulo Roberto Nascimento, do 7º Batalhão de
Polícia Militar. Com receio de que se repetisse a manifestação da noite de
segunda-feira, quando quiseram incendiar a casa da Família Boldrini, o capitão
reforçou a segurança da cidade com homens de três Pelotões de Operações
Especiais (POE). No meio da tarde, o corpo do menino foi levado para Santa
Maria, onde foi sepultado no mesmo jazigo da mãe Odilaine Uglione, morta em
fevereiro de 2010. Saiu de Três Passos escoltado por patrulhas da Brigada
Militar com sirenes ligadas. No caminho, dezenas de pessoas bateram palmas e
rezaram em voz alta. Na memória, a lembrança de um menino carente pelo amor do
pai. No início do ano, ele registrou no Centro de Defesa da Criança e do
Adolescente uma queixa contra o pai, alegando falta de afeto. O caso foi parar
na Vara da Infância e da Juventude, onde virou um processo que tramita em
segredo de Justiça. O juiz responsável, Fernando Vieira dos Santos, intimou a
família. “Nesse tipo de caso, onde não há violência, mas questões afetivas,
tentamos preservar os laços familiares, ouvimos as partes e suspendemos o
processo por 60 dias apostando na reconciliação. Infelizmente aconteceu o
pior”, lamenta o magistrado, que ontem chorou ao falar do menino.
Disponível em: <zh.clicrbs.com.br/caso-bernardo>. Acesso: 17/04/14.
Disponível em: <zh.clicrbs.com.br/caso-bernardo>. Acesso: 17/04/14.
16/04/2014 - Nota de Falecimento de Bernardo Uglione Boldrini:
A comunidade escolar do Colégio Ipiranga, profundamente consternada, comunica o
trágico falecimento de seu aluno do 6° Ano do Ensino Fundamental, Bernardo
Uglione Boldrini. Por isso decreta luto oficial por três dias e suspensão de
todas as atividades neste período.
O
velório será no ginásio de Esportes da escola e o enterro na cidade de Santa
Maria.
A
escola convoca todos os alunos, pais, professores e funcionários para a
celebração ecumênica e despedida do aluno Bernardo, as 13hs30min, no ginásio de
esportes do educandário.
Bernardo,
que Deus te guarde e que viva no amor de todos os colegas e professores, que
rezaram e ainda rezam por ti.
Disponível em: <www.radioaltouruguai.com.br>. Acesso: 17/04/14.
Isso tudo ainda me causa triste, angústia e uma sensação de impotência.
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