terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Contando a história de Bernardo Uglione Boldrini


MÃE DA MADRASTA DE BERNARDO SAIU ENCAPUZADA DA CASA DO MÉDICO LEANDRO BOLDRINI NO DIA DAS PRISÕES


Fundos da casa do menino Bernardo (à esquerda). Foto de eduardo Matos/Radio Gaúcha.

Em 19/04/2014, a Rádio Gaúcha veiculava a seguinte matéria: “Para evitar linchamento, após prisões do médico e da madrasta, a mãe de Graciele Ugulini foi obrigada a pular o muro e sair encapuzada da residência da família.

 “Na noite do dia 14 de abril, policiais civis, com apoio da Brigada Militar, cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do médico Leandro Boldrini, em Três Passos. Ele e a esposa e madrasta do menino Bernardo, Graciele Ugulini, já estavam presos por suspeita de participação no crime.

Em frente à residência,  centenas de pessoas pediam justiça e ameaçavam depredar o local. Enquanto todos pensavam que estava lá dentro a babá cuidando da filha do casal, quem realmente estava era a mãe de Graciele.

Em momento algum essa informação foi divulgada pelos policiais, já que havia um temor de como os moradores reagiriam ao saber que a mãe da principal suspeita do crime estava saindo. Outra preocupação era com as provas que poderiam ser destruídas em caso de invasão da residência ou depredação.
Em razão disso, uma estratégia foi montada. Retirar a mulher pela casa do vizinho, o médico Lauro Silva, que inclusive é colega de Leandro Boldrini no Hospital de Caridade de Três Passos.
‘Eles me pediram para que pudessem usar os fundos da minha casa para retirar a senhora e a criança. Colocaram uma escada no meu muro e os dois saíram da casa do doutor Boldrini pulando o muro. Já na minha casa, a senhora colocou um capuz para não ser reconhecida, saiu por um dos meus portões, entrou numa viatura e foi embora com a criança e os policiais, sem que ninguém percebesse’ - Conta o vizinho do pai de Bernardo.
Semelhante a diversos relatos de moradores, o médico Lauro Silva conta que por muitas vezes via Bernardo, de noite, do lado de fora da casa sozinho.
'Quando eu saía de casa, seguidamente via ele (Bernardo) do lado de fora. Parecia que ficava olhando lá pra dentro, esperando algo', relata Silva.
O vizinho de Leandro Boldrini conta ainda que, durante as reuniões e festas familiares, que geralmente ocorriam na piscina que fica nos fundos da residência, Bernardo nunca participava.


OBSERVAÇÃO: longe de querer tumultuar as questões, afinal já são dois anos e oito meses do fato, a finalidade das matérias deste blog é apenas de tornar conhecida a história de Bernardo Uglione Boldrini, o menino gaúcho que só queria amor.

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