segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Reconstituição da morte de Odilaine Uglione terá a participação de Leandro Boldrini


O MÉDICO LEANDRO BOLDRINI PARTICIPARÁ DA RECONSTITUIÇÃO DA MORTE DE ODILAINE UGLIONE

Arquivo pessoal

16 de dezembro de 2015 é a data marcada para a reconstituição da morte de Odilaine Uglione, ocorrida em 10/02/2010 e encerrada como suicídio pela Polícia Civil de Três Passos. Odilaine Uglione é a mãe do menino Bernardo uglione Boldrini, de 11 anos, cruelmente assassinado em 04/04/2014, onde os principais acusados são o pai do menino, o médico Leandro Boldrini e a madrasta Graciele Ugulini. Ambos permanecem presos desde 14/04/2014, quando o corpo do garoto foi encontrado em um matagal, na cidade de Frederico Westphalen e aguardam julgamento pelo Tribunal do Júri Popular.

O doutor Leandro Boldrini mostrou-se disposto a cooperar com a reprodução simulada dos fatos e sua participação foi autorizada pela Juíza Vívian Feliciano, titular da Primeira Vara Judicial da Comarca de Três Passos. A reconstituição está marcada para as 14:00 hs. do dia 16/12/2015, na Clínica São Mateus, em Três Passos. O local permanecerá totalmente interditado a partir do dia 15/12.

Juíza Vívian Feliciano:
- "É de relevante valor para a elucidação dos fatos". 

Disponível em:


OBSERVAÇÃO: Odilaine Uglione foi vítima de um suposto suicídio, quatro anos antes da morte do filho Bernardo: quando a isso, não restam dúvidas, de acordo com perícias particulares contratadas por sua família e até mesmo por outros peritos capacitados e que, inconformados com a tese de suicídio se prontificaram a desmontar a versão que vigorava até maio de 2015 e quando finalmente o Ministério Público resolveu reabrir o caso, no intuito da elucidação.

Uma carta escrita por outra pessoa e encontrada na bolsa de Odilaine tentando parecer suicídio, um revólver no cofre de Leandro Boldrini quando o mesmo tinha dito à Polícia não possuir arma de fogo. A obscuridade do Caso Odilaine Uglione está prestes a ser clareada. Não é possível que as evidências gritantes, tenham se voltado contra o médico Leandro Boldrini, apenas como forma de afronta ou de castigo. No nosso entendimento, está mais para uma forma de protesto.

JÚRI POPULAR JÁ PARA O CASO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI E JUSTIÇA PARA ODILAINE UGLIONE!

domingo, 22 de novembro de 2015

Entrevista de Edelvânia será parte no processo do caso Bernardo


SE A JUSTIÇA PERMITIR, A ENTREVISTA DE EDELVÂNIA WIRGANOVICZ EM 12/11/2015 DEVERÁ SER INCLUÍDA NO PROCESSO DO CASO BERNARDO 

Foto de Jefferson Botega / Agência RBS

O advogado Jean Menezes Severo disse que irá encaminhar ofício à Justiça para que a entrevista que sua cliente Edelvânia Wirganovicz forneceu ao Jornal Zero Hora em 12/11/2015, seja incluída no processo do Caso Bernardo.

Jean M. Severo:
- "Quem irá valorar a prova não é o juiz, é o jurado. Então posso apresentar todo o processo novamente e mostrar as contradições. A grande pergunta é por quê em um interrogatório tão importante, a polícia se preocupou em gravar um depoimento e não deixou que ela fosse acompanhada por um advogado".

No depoimento a que o advogado se refere, em 14/04/2014, Edelvânia relatava à Polícia Civil que Graciele Ugulini a tinha procurado pedindo ajuda, no intuito de se desfazer do enteado, Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos. Na ocasião ela informava que havia recebido dinheiro de Graciele e ainda confirmava que ajudara a matar o menino, afinal ela estava na cena do crime, enquanto a madrasta aplicava no menino, a injeção mortal. E ela nada fez em defesa do garoto.

Na quarta-feira, 12/11/2015, Edelvânia negou tudo o que dissera anteriormente: ela disse agora que Bernardo foi vítima de uma superdosagem de medicamentos por acidente, que ela foi coagida pela Polícia e que ainda lhe foi proibido o acompanhamento jurídico. Conforme citado no jornal (e grifo nosso), a defesa de Edelvânia tenta minimizar a importância do depoimento anterior quando ela estava em plena posse de suas faculdades mentais, sem influência de medicamentos, mastigando chicletes e narrando friamente como tinha participado do assassinato do menino Bernardo.

Em dois momentos do vídeo ( para quem quiser conferir neste blog), os policiais reforçam o direito que Edelvânia tem a um advogado, bem como o de ficar calada e só se expressar em juízo, mas ela rejeita a orientação. Andrei Zenjner, professor de Direito Penal da PUCRS, esclarece que as negações do acusado quanto a ficar em silêncio e rejeitar acompanhamento jurídico não invalida seu depoimento anterior, no entanto, se a defesa conseguir a inclusão da entrevista no processo, sua nova versão pode ter validade.

Andrei Zenkner:
- "A versão nova, se encontrar amparo nos autos, pode prevalecer em face das declarações antigas. Isso vem para o processo como mais um elemento dos autos que será confirmado ou não, no depoimento judicial. É mais um elemento relevante de prova se vier parar dentro do processo".

É comum que o acusado apresente versões diferentes no decorrer de um processo criminal, mas os especialistas advertem que essas mudanças de posicionamentos além das contradições, podem reverter em prejuízo já que sua credibilidade ficará reduzida junto aos jurados que irão decidir sobre seu futuro. 

A Justiça havia negado anteriormente o pedido de Edelvânia para ser julgada separada dos outros réus e na época, o seu advogado manifestou a intenção de não recorrer da decisão judicial, mas depois da entrevista, ele resolveu voltar atrás. Ainda mais depois das revelações bombásticas que sua cliente fez e das promessas de muito mais, no dia do julgamento pelo Tribunal do Júri Popular.

Vivian Feliciano é a nova Juíza que irá conduzir o Caso Bernardo em substituição ao Juiz Marcos Luís Agostini que foi transferido para a localidade de Erechim/RS.

Disponível em:


JÚRI POPULAR URGENTE PARA  OS ASSASSINOS DO MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!
E
JUSTIÇA PARA ODILAINE UGLIONE!


sábado, 21 de novembro de 2015

Supremo Tribunal Federal nega pedido de liberdade para Leandro Boldrini


STF REJEITA HABEAS CORPUS PARA COLOCAR O MÉDICO LEANDRO BOLDRINI EM LIBERDADE.

Foto reprodução / TV Globo

O Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu na terça-feira, 17/11/2015, o pedido de liberdade em Habeas Corpus nº 129008, impetrado pela defesa em favor do médico Leandro Boldrini, acusado da morte do filho Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, morto em 04/04/2014, na cidade de Frederico Westphalen/RS. O corpo do garoto foi localizado 10 dias depois, enterrado em uma cova rasa, à beira do Rio Mico, na referida cidade.

A decisão de continuar mantendo Leandro Boldrini preso partiu da relatora da matéria, a ministra Rosa Weber e contou com o apoio dos ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, tendo apenas um voto contrário: o do ministro Marco Aurélio, que justificou ter havido excesso de prazo na prisão preventiva do acusado, que se encontra detido na Penitenciária Estadual de Charqueadas/RS.

Ministro Marco Aurélio:
- “Quanto mais grave a imputação, maior deve ser o cuidado com as garantias, com as franquias constitucionais”.

Em 14/04/2014, Leandro Boldrini teve prisão temporária decretada pela 1ª Vara da Comarca de Três Passos/ RS, na época, supostamente envolvido no crime de homicídio e ocultação de cadáver, sendo sua prisão posteriormente convertida em prisão preventiva. A defesa recorreu dessa decisão junto ao TJRS e STJ, mas não conseguiu lograr resultado.

A ministra Rosa Weber votou pela extinção do processo, sem resolução do mérito por dois motivos: primeiro pelo fato do habeas corpus atacar o acórdão do STJ, que negou provimento ao recurso e segundo que a via eleita (HC) foi inadequada, tendo em vista a discussão sobre a validade da prisão e a alteração do título prisional.

Ministra Rosa Weber:
- "Entendo que ocorreu substancial alteração do quadro fático da impetração, não mais subsistindo  a prisão preventiva decretada antes do julgamento, e sim, agora, uma segregação baseada em sentença de pronúncia com a consequente alteração do título prisional".

- "As decisões anteriores ratificam a existência de indícios suficiente de participação do paciente em conluio com as outras duas corrés (Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz) nos casos de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver praticado contra o próprio filho, menino de 11 anos, e também falsidade ideológica".

 A Ministra ressaltou ainda que a prisão do médico Leandro Boldrini foi decretada sobretudo para garantir a ordem pública e benefício do andamento do processo, uma vez que as testemunhas manifestaram o receio de retaliações por parte dos envolvidos.

Disponível em:


Opinião: STF rejeita habeas corpus para o pai do menino Bernardo. Tá faltando prisão perpétua no Brasil !!


Estava no carro, quando ouvi na Rádio Guaíba, que o Supremo Tribunal Federal decidiu manter a prisão do médico Leandro Boldrini, um dos acusados pela morte do filho, o menino Bernardo, em abril do ano passado. A sentença da Primeira Turma do STF, por três votos a um, considerou inviável o pedido de soltura do médico preso desde o mês do crime. Conforme a relatora da matéria, ministra Rosa Weber, que já havia negado o habeas em julho, decisões anteriores ratificaram “a existência de indícios suficientes da participação do paciente em conluio com as outras duas corrés nos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver praticados contra o próprio filho, menino de 11 anos, e também falsidade ideológica”. Votaram com a relatora os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barrroso. Apenas o juiz Marco Aurélio Mello discordou dos colegas, ao entender que “no caso houve excesso de prazo da prisão preventiva”.
Adorei a decisão. Sei que o ministro Marco Aurélio foi técnico, mas que bom que seus colegas viram outros motivos para manter esse canalha na cadeia. Eu sou contra a pena de morte e na maioria dos casos da prisão perpétua. Mas nesse caso isso pouco importa e também pouco me importa a opinião dos meus amigos advogados criminalistas e defensores dos direitos humanos sobre o que vou escrever. Na minha opinião, Leandro Boldrini merece prisão perpétua. E na minha opinião o principal crime desse desgraçado é falta de amor ao ser humano. O que essas imagens mostram, são o maior crime que um pai pode cometer com um filho. Particularmente, eu gostaria que a condenação dele fosse para toda vida e com um detalhe: o vídeo desta página e outros mostrados pela imprensa brasileira… Rodassem sucessivamente, 24 horas, 365 dias por ano na cela onde esse sujeito de quinta categoria será preso infelizmente por poucos anos.
 Porque esse m… sairá logo, logo da prisão beneficiado pela maldita progressão de regime. Não vai faltar amigos que me digam, tu defendeu tortura psicológica e isso é abominável. Concordo! Porém, o que fez o pai com o filho não foi tortura? Felipe, tu mesmo cita Gandhi e lembra que se a Lei de Talião for cumprida… acabaremos todos cegos e desdentados. É verdade, cito mesmo. Mas, não é possível que esse sujeito e seus comparsas tenham feito tudo o que fizeram e um dia voltem a conviver em comunidade. Não é possível que o grito do Bernardo possa ser escutado via Youtube em qualquer lugar do planeta, mas que rapidamente se cale porque alguém vai dizer: “Ele pagou o que devia a justiça. Foi condenado, cumpriu a pena e reconquistou sua liberdade”. E o Bernardo, pergunto eu? Um garoto indefeso, torturado horas e horas, dias e dias, durante anos com a participação de um pai cruel, omisso e covarde.

 Na minha opinião a lei brasileira é branda e favorece a bandidagem de todas espécies. Por isso, acredito, que em alguns casos deva se deixar de permitir que existam benefícios como a redução da pena. O sujeito foi condenado a 30 anos (pena máxima) cumpra integralmente ou o que seria melhor ainda,  sujeitos como Leandro Boldrini e seus comparsas em crimes hediondos apodrecerem na cadeia cumprindo prisão perpétua.
Disponível em:
http://felipevieira.com.br/site/opiniao-stf-rejeita-habeas-corpus-para-o-pai-do-menino-bernardo-ta-faltando-prisao-perpetua-no-brasil/ . Acesso em 21/11/2015.

JÚRI POPULAR PARA O CASO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI URGENTE!
Foto: arquivo pessoal

OBSERVAÇÃO: faço minhas as palavras do Facebook Bernardo Uglione - Justiça.
AGRADECIMENTO:
AOS MINISTROS EDSON FACHIN E LUIS ROBERTO BARROSO, ALÉM DE ROSA WEBER, RELATORA DO ÚLTIMO "HABEAS CORPUS" MAL SUCEDIDO DE LEANDRO BOLDRINI, NOSSA ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO PELA SENSIBILIDADE QUE OS FEZ NEGAR LIBERDADE EM CASO TÃO GRAVE.

domingo, 15 de novembro de 2015

Leandro Boldrini presta depoimento durante oito horas


LEANDRO BOLDRINI FORNECE MATERIAL GENÉTICO PARA INVESTIGAÇÃO SOBRE A MORTE DE ODILAINE UGLIONE, MÃE DO MENINO BERNARDO


12/11/2015, quinta-feira, o médico Leandro Boldrini foi ouvido durante oito horas pelo Delegado Marcelo Mendes Lech, Delegado titular responsável pelas novas investigações sobre o suposto suicídio de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo. Ele ainda concordou em fornecer material genético para comparação com o material recolhido das unhas de Odilaine.

Delegado Marcelo M. Lech:
- "Caso o material coletado embaixo das unhas de Odilaine tenha material genético de Boldrini, pode-se denotar que houve um contato físico".

O material colhido de Leandro Boldrini será encaminhado para o Instituto Geral de Perícias (IGP), no entanto, não há prazo para o resultado da análise.
Enquanto isso, Edelvânia Wirganovicz fez sérias declarações a respeito da morte de Odilaine. Ela que ainda não tinha sido cogitada para depoimento nesse caso e disse que sobre isso, só falaria em juízo. Com certeza, o Delegado Lech não vai esperar.

Doutor Marlon Taborda, advogado da Família Uglione:
- "São informações importantes. Acredito que ela (Edelvânia) deva ser ouvida no inquérito que apura as circunstâncias da morte de Odilaine, o que deve implicar em novas oitivas, inclusive da Graciele, que deve ser inquirida novamente nesta contraposição, ou até mesmo em acareação com a Edelvânia".

Disponível em:

Edelvânia Wirganovicz tem informações sobre a morte da mãe do menino Bernardo


EDELVÂNIA WIRGANOVICZ DIZ TER SOFRIDO COAÇÃO NO INTERROGATÓRIO DE 14/04/2014, QUE MORTE DO MENINO BERNARDO NÃO FOI PREMEDITADA E FAZ SÉRIAS ACUSAÇÕES


Foto de Jefferson Botega / Agência RBS.

Edelvânia Wirganovicz alega que no depoimento que prestou à Polícia Civil em 14/04/2014, quando foi presa, dizendo que estava auxiliando a Justiça, era tudo uma farsa. Entre as muitas verdades ocultas nas entrelinhas, as que foram ditas, incluindo as palavras que a  Delegada Cristiane ainda se seu ao trabalho de colocar  em sua boca, tudo isso agora é motivo de denúncia.

Ao adentrar a sala da direção da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Edelvânia quis saber se estaria algemada durante a entrevista que concederia ao Jornal Zero Hora. De acordo com o referido Jornal, Edelvânia falou por quase duas horas. Trajava um casaco roxo de gola alta, calças jeans e sapatilhas, em um ambiente acima de 25º. Exibindo 10 quilos a mais em razão de depressão, cabelo com raízes brancas e um rosto inchado, ela pediu que a família não a visitasse, sobretudo em razão dos 450 quilômetros que a separam de Frederico Westphalen, onde morava.

Pouco comunica-se com o ambiente externo e ocasionalmente escreve para uma irmã. No depoimento à Policia Civil em abril de 2014, Edelvânia afirmava que Graciele Ugulini a procurara três meses antes do crime, a fim de lhe pedir ajuda para dar um sumiço em Bernardo Uglione Boldrini, seu enteado de apenas 11 anos de idade, que enfrentava problemas econômicos e iria receber muito dinheiro. Contou ainda que Bernardo depois de dopado, havia recebido da madrasta, uma injeção letal que pôs fim a sua vida.

Na quarta-feira, 11/11/2015, negou tudo o que havia dito em depoimento e conforme relatou à repórter Débora Ely, do Jornal Zero Hora, em perguntas que foram respondidas com os olhos arregalados, apertando os lábios com os dentes por várias vezes, não tendo demonstrado  um pingo de remorso e nem  chorado em momento algum. 

Segue abaixo transcrição completa do depoimento de Edelvânia Wirganovicz em 11/11/2015:

Jornal Zero Hora:
- “A senhora está presa na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba desde 30 de abril de 2014, acusada de participar da morte do menino Bernardo. Como é a sua rotina"?
 Edelvânia Wirganovicz:
- “Estou no isolamento, em uma cela. Não tenho uma tomada para ligar uma televisão. Estou isolada em um quartinho fechado. Passo a maior parte do tempo ali. Não gosto de ir ao pátio porque é a mesma coisa do que estar na cela. É pequeno também. Leio uns livros, fico deitada. Como e deito. Essa é a minha rotina. Não vou muito no sol”.

Zero Hora:
- “Pode descrever como é a sua cela aqui na penitenciária”?
Edelvânia:
- “A minha cela é um quadrado. Tem a cama, a pia, um balcãozinho para colocar alguma coisa em cima, um chuveiro do ladinho, o banheiro. É bem pequeno o ambiente. É um lugar bem difícil de conviver. Todas as presas que vêm pagar castigo, no isolamento, ficam se arrastando, não aguentam ficar 10 dias. Elas reclamam muito. E eu digo que estou assim há um ano e seis meses. Estou debilitada, mas estou aqui”.

Zero Hora:
- “Sabe por que está em uma cela isolada”?
Edelvânia:
- “Sim”.

 Zero Hora:
- “Por quê”?
Edelvânia:
- “Porque, no momento, não posso conviver com outras presas, por causa da situação em que me encontro hoje”.

Zero Hora:
- “A madrasta do menino Bernardo, Graciele Ugulini, está presa nessa mesma penitenciária. Vocês já se encontraram”?
Edelvânia:
- “Nos encontramos. Já nos encontramos. Ela estava indo e eu vindo”.

Zero Hora:
- “Conversaram”?
Edelvânia:
- “Não”.

Zero Hora:
- “Qual foi o seu sentimento ao ver a Graciele”?
Edelvânia:
- “Eu sinto pena dela”.

Zero Hora:
- “Por quê”?
Edelvânia:
- “Porque ela vai ter de pagar pelo que fez, né”?

                                                    Foto de Jefferson Botega / Agência RBS

Zero Hora:
- “Não sente raiva dela”?
Edelvânia:
- “Em algum momento, já senti. Mas, depois, pensei nela, na família. Quando eu rezo pela minha família, eu rezo pela família dela também. Que Deus dê força”.

Zero Hora:
- “A senhora reza todos os dias”?
Edelvânia:
- “Bastante. Eu pego a Bíblia, rezo, agradeço a Deus pela saúde. Levanto de manhã cedo, vou para a janela, tiro o pano e agradeço a Deus por mais um dia, dou bom dia para Deus. Me ajoelho, rezo, peço saúde para toda a minha família, para a minha mãe. Que ela tenha muita saúde que logo estarei lá tomando chimarrão. E com o Evandro (Wirganovicz, irmão de Edelvânia) também”.

Zero Hora:
- “O que a senhora vê da janela da cela”?
Edelvânia:
- “Vejo uma parede. E logo após é a creche das mães que têm as crianças. Até tem uma criança que chora muito. Fico muito angustiada. Digo: "Vão ver o que essa criança tem!". Ela chora, chora. É pequena, né? Me deixa mal ver, escutar essas crianças chorarem”.

Zero Hora:
- “Neste presídio há muitas mães. Mulheres que cometem crimes com crianças costumam enfrentar represálias das demais apenadas. A senhora já sofreu alguma violência, física ou verbal, de outra presa”?
Edelvânia:
- “Sim. Tem umas (presas) que saem das galerias para pagar castigo que me enchem de "coisa". Meu Deus do céu. Eu digo: "Vocês têm razão, podem falar". Tem outras que vêm para a cela do lado e ajudam muito. Uma veio da galeria, tinha me visto, e disse que jamais imaginou que eu iria alcançar um rolo de papel higiênico para ela. Porque ela estava com raiva, né? Daí a gente foi conversando e ela tirou aquilo que ela tinha de mim. Aquela pessoa que todo mundo condena sem conhecer. Sem ter escutado”.

Zero Hora:
- “Seu advogado pediu à Justiça que a senhora seja julgada sozinha no processo sobre a morte de Bernardo porque, ‘haveria elementos para conseguir a absolvição’. Que elementos são esses”?
Edelvânia:
- “Inicialmente, eu gostaria de pedir perdão à avó do Bernardo e aos meus familiares. Eu errei. Errei muito naquele dia, em não ter ido na delegacia quando o Bernardo passou mal dentro do meu carro e veio a óbito. O Evandro não tem nenhum envolvimento na morte do Bernardo. Quem acusou o Evandro de ter feito a cova, gostaria que me dissesse que dia foi, que horas, a cor da roupa. Eu quero provas de que viram ele fazendo a cova. Porque quem fez a cova fui eu. Só eu que fiz. Estou disposta a ir lá e fazer outra cova, até mais funda do que aquela que eu fiz”. 

Zero Hora:

- “A senhora falou, agora, que o Bernardo morreu dentro do seu carro depois de tomar comprimidos administrados pela Graciele. No depoimento à Polícia Civil, em 14 de abril, 10 dias depois do homicídio, a senhora falou em uma injeção letal. O que matou, de fato, o Bernardo”?
Edelvânia:
- “O que matou ele, segundo a Graciele, foram os comprimidos que ela deu para ele tomar”.

Zero Hora:
- “Mas a senhora falou à polícia que a Graciele fez uma aplicação na veia do menino e, inclusive, citou que saiu um "pouquinho de sangue" e que, a partir daí, ele foi apagando”.
Edelvânia:
- “Não. Não foi bem isso”.

Zero Hora:
- “O que aconteceu, então, naquele 4 de abril de 2014”?
Edelvânia:
- “Estava trabalhando só de manhã. A Graciele disse, na hora do almoço, que iria a Frederico (Westphalen), que tinha uma promoção de televisão e ela iria buscar. Acaba que o Bernardo vem junto com ela. Ela disse que deu medicamento para ele no caminho para ele não ter ânsia de vômito. Eu ia ficar com o Bernardo na praça. Quando ela morou comigo, um tempo atrás, ela tinha um relacionamento com um cara. Ela ia se encontrar com esse cara. Chegando na praça, na hora de descer comigo, o Bernardo disse que não. A Graciele disse: ‘Desce que a Tia Edi vai ali na praça’. Deu uma crise nele. A Graciele já estava nervosa. E ela chegou atrasada em Frederico para o encontro que iria.

 E eu ficaria na praça com o Bernardo. Mas o Bernardo não quis, surtou, não quis descer do carro. Daí, ela pegou um monte de comprimidos, deu para o Bernardo tomar e disse para darmos mais uma volta para ele se acalmar. Fomos dar mais uma volta para depois descermos na praça e ele passou mal dentro do meu carro. Começou a passar mal e desmaiou. Eu disse para a Graciele que o Bernardo não estava bem. Chacoalhei ele. Disse para levarmos ele no hospital para fazer uma lavagem, porque ela tinha dado muitos remédios para o guri. Ela disse que não. Que não adiantava levar no hospital. Eu disse, então: ‘Graciele, você acabou de matar o Bernardo. Eu vou ir à polícia’. Ela disse: ‘Não, tu não vai na polícia. Tu vai arranjar um jeito de me ajudar a consumir com o corpo desse menino’.

 Ela me ameaçou, ameaçou a minha família, que eu tinha que ajudar a dar um sumiço no corpo. Fiquei desesperada com tudo aquilo. E ela ameaçando que tinha dinheiro. Acabamos saindo da cidade e chegamos na beira do rio. Eu desci, peguei as ferramentas que estavam dentro do meu carro para levar para a minha mãe, entrei mato adentro e fui achar um lugar que fosse macio para cavar essa cova. A Graciele ficou pra lá e pra cá e não me ajudou. Fui eu quem fez a cova. Somente eu. Eu saí dali. E ela ficou. Eu fui me lavar na sanga. Eu estava mal”.

Zero Hora:
- “Por que a senhora mesma não tomou a atitude de procurar um hospital ou a polícia”?
Edelvânia:
- “Mas eu pedi. Disse pra ela: ‘Vamos no hospital fazer uma lavagem que ele está intoxicado de remédio’. Ela, como enfermeira, disse que não adiantava. Ela examinou ele e disse que não adiantava. Então, ela me disse que não tinha mais o que fazer. Eu disse que iria na polícia porque ela tinha acabado de matar o Bernardo com o monte de comprimido que tinha dado pra ele. Ela disse: ‘E você vai me ajudar’. Ameaçou a minha família de morte, me ameaçou, que tinha dinheiro”.

Zero hora:
- “Quais eram os medicamentos”?
Edelvânia:
- “Midazolam, eu acho, que ela deu para o guri”.

Zero Hora:
- “No depoimento à polícia a senhora disse que a Graciele a havia procurado dois ou três meses antes do crime já com segundas intenções. Que pediu auxílio e que ela já tinha tudo planejado para, nas suas palavras, ‘consumir com o guri’. Não é o que diz agora. Então, mentiu em depoimento”?
Edelvânia:
- “Eu trabalhava em uma farmácia que atendia a 26 municípios, era responsável pelos medicamentos. A polícia começou a investigar para cima de mim. Fiquei nervosa, preocupada, e comecei a tomar os remédios que tinha lá. Estava dopada, estava chapada de tanto remédio naquela última semana. Daí, me levaram na delegacia e a delegada (quem colheu o depoimento foi a delegada Cristiane de Moura e Silva) me colocou sentada numa cadeira. E eu já pedi para ela que queria a presença de um advogado.

 E eles tiraram meu direito da presença de um advogado (no vídeo do depoimento, policiais repetem duas vezes a Edelvânia o direito constitucional de ficar calada e só falar em juízo). Elas me coagiram a falar tudo aquilo. A delegada me disse: "Edelvânia, faz do jeito que nós mandarmos tu fazer que tu não vai pegar cadeia nenhuma". Confiei nelas. E falei. Eu estava mal, estava chapada, estava drogada de remédio. Quando me dei conta, elas estavam montando o processo para me incriminar. Estou presa hoje há mais de um ano por causa da Graciele e da delegada. A delegada me mentiu. Hoje eu sei por que elas fizeram isso comigo”.

Zero hora:
- “Por que elas fizeram isso com a senhora”?
Edelvânia:
- “A delegada Caroline (Bambergtinha feito um acordo com o médico. Ela ganhou um alto valor em dinheiro para arquivar o processo. A Graciele me contou que deram para a delegada um alto valor em dinheiro, o apartamento, para ela arquivar o inquérito da morte da mãe do Bernardo”.

Zero Hora:
- “Quando a Graciele lhe contou isso?
Edelvânia:
- “Numa ida a Três Passos. No dia da audiência. A Graciele me contou que o Leandro tinha dado um valor alto para a delegada não reabrir o caso”.

Zero Hora:
- “Tem prova dessa acusação”?
Edelvânia:
- “Sim, a Graciele me falou. Ela me contou que eles tinham dado um valor alto para a delegada não reabrir o inquérito. E foi o que ela fez. Ela não abriu”.

Zero Hora:
- “E o valor de 6 mil que disse à polícia que Graciele havia transferido e que a senhora usara para pagar uma parcela do apartamento”?
Edelvânia:
- “A Graciele não me passou dinheiro nenhum. O dinheiro que eu estava pagando as prestações... primeiro minha mãe fez um empréstimo em nome dela e me deu a primeira parcela do apartamento. A segunda parcela que dei foi do meu trabalho, no final do mês”.

Zero Hora:
- “O que a Graciele falou sobre o Bernardo”?
Edelvânia:
- “Falou que era um guri difícil de lidar, revoltado, que tomava muito remédio, remédio controlado”.

Zero Hora:
- “Em algum momento ela mencionou que queria se livrar dele”?
Edelvânia:
- “Para mim, não. Ela só disse que ele era um guri muito agitado, que tinha medo que ele chegasse perto da Maria (Maria Valentina, filha de Graciele e Leandro), que machucasse a Maria”.

Zero Hora:
- “A senhora se arrepende”?
Edelvânia:
- “Muito. Deus o livre”.

Zero Hora:
- “Do que se arrepende”?
Edelvânia:
- “Eu me arrependo de ter acontecido aquele acidente no meu carro, comigo junto, porque eu jamais faria mal a uma criança. Eu jamais faria mal a uma criança. Jamais. Jamais faria mal a uma criança”.

Zero Hora:
- “Como a sua prisão, a prisão do Evandro e a repercussão do caso mudaram a rotina da sua família”?
Edelvânia:
- “Eu destruí a minha família. Eu, hoje, me sinto assim, ó... acabei com a minha vida. Perdi a minha família, estou há mais de um ano presa aqui. Eu botei minha vida fora. Acabei comigo mesma. É muito difícil”.

                                                  Foto de Jefferson Botega / Agência RBS

Zero Hora:
- “A Justiça de Três Passos decidiu que a senhora, o Evandro, o Leandro e a Graciele vão a júri popular. O que gostaria de dizer às pessoas que irão decidir o seu futuro”?
Edelvânia:
- “Eu tenho mais coisas pra falar, mas eu só vou falar no dia do júri... por medo”.

Zero Hora:
- “Que coisas são essas”?
Edelvânia:
- “Coisas que a Graciele me contou sobre a morte da mãe do Bernardo”.

Zero Hora:
- “Como imagina seu futuro daqui para a frente”?
Edelvânia:
- “Não sei... não sei. Hoje estou presa. Eu não sei o que vai acontecer. Não sei”.

Zero Hora:
- “Quando sair da prisão, qual será a primeira coisa que irá fazer”? 
Edelvânia:
“Ver minha mãe. Ver a minha mãe”.

CONTRAPONTOS

O que diz Vanderlei Pompeo de Mattos, advogado de Graciele Ugulini.

A defesa afirma que tem como versão única o depoimento de Graciele Ugulini à Polícia Civil, no qual a madrasta confirma que o menino morreu acidentalmente em razão do excesso de medicamentos administrados por ela. O advogado também diz que desconhece qualquer acusação sobre Graciele ter ameaçado Edelvânia ou sobre o suposto pagamento de dinheiro à delegada Caroline Bamberg para que o inquérito sobre a morte da mãe de Bernardo, Odilaine Uglione, fosse arquivado.
O que diz Ezequiel Vetoretti, advogado de Leandro Boldrini.

Informa que desconhece o teor da versão apresentada por Edelvânia e que mantém o princípio de só se manifestar nos autos do processo.
O que diz a delegada Caroline Bamberg, em nome da Polícia Civil.

Diz que foram garantidos, em depoimento, os direitos constitucionais, que foi oportunizado um defensor e Edelvânia rejeitou. Nega qualquer hipótese de ter coagido Edelvânia ou que tenha recebido dinheiro de Leandro ou Graciele.

 Disponível em:

OBSERVAÇÃO:  um misto de descaramento, enganações e mentiras, referindo-se ao caso da morte do menino Bernardo. O que Edelvânia Wirganovicz pretende com isso, já que não consegue enganar mais ninguém?


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Leandro Boldrini condenado por negligência e imperícia médica


NEGLIGÊNCIA E IMPERÍCIA NO CURRÍCULO DE LEANDRO BOLDRINI, PAI DO MENINO BERNARDO

Foto: arquivo pessoal

A Justiça do Rio Grande do Sul confirmou, em segunda instância, a condenação de Leandro Boldrini por um erro médico cometido em uma cirurgia para a retirada de cálculos na vesícula. Boldrini é um dos réus pela morte de seu filho, Bernardo, de 11 anos, em abril de 2014. O corpo do menino foi encontrado às margens de um córrego na cidade gaúcha de Frederico Westphalen, vizinha de Três Passos, onde ele morava com o pai e a madrasta, Graciele Ugulini, ambos réus no processo, ao lado de mais duas pessoas. Boldrini ainda responde por ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

No caso do erro médico, o médico foi considerado negligente pelo desembargador Paulo Roberto Lessa Franz. O magistrado concluiu, a partir dos laudos periciais, que o médico não levou em consideração as queixas da paciente no pós-operatório. "Mesmo tendo reclamado sintomas que demandavam a necessidade de maiores cuidados, o requerido simplesmente deu alta hospitalar para a paciente. Tal conduta, manifestamente negligente e imperita, implicou na evolução do quadro para uma infecção generalizada que quase a levou a óbito", asseverou Franz. Seu voto foi seguido por dois outros desembargadores. A decisão foi tomada ainda em julho, mas só veio a público no dia 3 de setembro.

Em fevereiro de 2009, Beloni Maria Linhar Junbeck se submeteu a uma videocolicistectomia para a retirada de um cálculo vesicular no Hospital de Caridade de Três Passos. O cirurgião responsável pelo procedimento era Leandro Boldrini, que trabalhou ao lado de outra médica, a anestesista Jeane Cristina Ribeiro Rino Guimarães, também condenada no processo.

Segundo o relato de Beloni, dois dias após o procedimento, ela precisou ser novamente internada, dessa vez em uma UTI do município porque sentia fortes dores no local da cirurgia. Não havendo melhora do quadro clínico, a paciente foi então transferida para o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde, após uma cirurgia de emergência, foi informada que, durante a operação para a retirada das pedras vesiculares, seu esôfago foi perfurado no procedimento de intubação.

Beloni, que receberá indenização pelas sequelas do problema, sofreu com descolamento de pele das suas costas em razão do longo tempo em que permaneceu deitada durante os dois meses de recuperação. Após a alta, a paciente teve a dieta controlada por uma equipe de nutricionistas durante um ano e, ao final do período de observação, precisou submeter-se a uma nova cirurgia, dessa vez para reconstruir o esôfago atingido na primeira operação. 

Os médicos e a clínica de anesteseologia responsáveis pelos procedimentos foram condenados a pagar, solidariamente, pouco mais de R$ 10 mil por danos materiais emergentes, R$ 70 mil por danos morais e R$ 50 mil por danos estéticos, além de uma pensão mensal vitalícia para a paciente no valor de um salário mínimo. O Hospital de Caridade de Três Passos, que havia sido considerado culpado pela primeira instância, foi absolvido pelo Tribunal de Justiça.

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OBSERVAÇÃO: Manifestamente negligente e imperito na condução de procedimento cirúrgico e manifestamente negligente e imperito na condução da sua vida familiar.

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Justiça nega as reinvidicações de Edelvânia Wirganovicz


JUSTIÇA NEGA PEDIDO DE EDELVÂNIA WIRGANOVICZ DE RESPONDER EM LIBERDADE POR CRIME  TRIPLAMENTE QUALIFICADO

Foto de Marcelo Oliveira / Agência RBS

Há sete dias atrás, 30/10/2015, Edelvânia Wirganovicz  teve negados pela Justiça de Três Passos/RS, os seguintes pedidos:

- Responder em liberdade pela acusação de homicídio triplamente qualificado contra o menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos em 04/04/2014.

- Não ser julgada pelo Tribunal do Júri Popular.

- Ser julgada separada dos demais acusados: Leandro Boldrini (homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica), Graciele Ugulini (homicídio quadruplamente qualificado) e seu irmão Evandro Wirganovicz (homicídio duplamente qualificado), além da acusação de ocultação de cadáver a que todos respondem.

Edelvânia está recolhida na Penitenciária de Guaíba, Região Metropolitana de Porto Alegre onde permanece também Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo. Sucilene Engler Weber, Juíza da Primeira Vara Judicial da Comarca de Três Passos falou sobre o indeferimento.

Juíza Sucilene E. Weber:
 - "Não há elementos nos autos, capazes de ensejar a revogação da prisão preventiva decretada, sendo que a acusada foi, inclusive, pronunciada pela prática delitiva a ela imputada, considerando que há indícios suficientes da materialidade delitiva e autoria [...]. Sua liberdade incutirá nas testemunhas o receio de prestar declarações em plenário, caso arroladas."

Ainda de acordo com a Juíza, a separação do processo de Edelvânia dos demais réus "não se afigura conveniente" pelo fato das provas imputadas á acusada seriam as mesmas. A Juíza reiterou também a possibilidade de fuga de Edelvânia para a Argentina, caso seja posta em liberdade. 

Juíza Sucilene E. Weber:
- "Sendo que a união do processo e o julgamento conjunto dos acusados evita decisões conflituosas e facilita a apreciação da prova pelo Conselho de Sentença."

- "A liberdade da ré importará em risco à aplicação da lei penal, na medida que a repercussão do fato é grande e a acusada poderá empreender fuga, o que é facilitado pela proximidade dessa comarca com a fronteira da República da Argentina, conforme asseverado na decisão que decretou a prisão preventiva dos acusados."

O advogado de Edelvânia informou que não vai recorrer da decisão judicial.

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Exame pericial da morte de Bernardo

Sobre o exame pericial da morte de Bernardo Uglione Boldrini realizado em 15/04/2014, o perito médico-legista Clóvis Roberto Nedel relata:...".Pela autoridade policial foi o perito informado de que BERNARDO UGLIONE BOLDRINI foi encontrado sem vida, ontem, por volta das 18:30 horas, fato este ocorrido na Linha São Francisco - Rio Lajeado do Mico, Frederico Westphalen - RS. Informa a autoridade policial que a vítima estava desaparecida desde o dia 04/abril/2014 e que o mesmo foi morto com a injeção de uma dose letal de fármaco-hospitalares, sendo que o cadáver, também foi recoberto por uma substância cáustica (soda cáustica)...Exame realizado às 05,50 horas de 15/abril/2014..." (Texto extraído do Facebook Bernardo Uglione Boldrini de 30/10/2014). Acesso em 06/11/2015.

OBSERVAÇÃO: Bernardo Uglione Boldrini de 11 anos de idade foi covarde e cruelmente executado com injeção letal como um criminoso (em um país que não existe a pena de morte) por Graciele Ugulini e sua cúmplice com o aval de pai biológico, o médico Leandro Boldrini. Ainda por cima seu indefeso corpo sofreu vilipêndio, ou seja, foi queimado com soda cáustica que de acordo com Edelvânia era para não dar cheiro e diluir o corpo rápido. Perguntada sobre a possibilidade do menino ter sido enterrado ainda com vida, Edelvânia Wirganovicz não soube responder.

O advogado de defesa de Edelvânia Wirganovicz está desempenhando a sua função, mas o que não ajuda é o horror do ato praticado contra uma CRIANÇA. Cremos piamente que a Justiça será feita e para isso clamamos há exatamente um ano e sete meses. Mas ainda que a Terra se recusasse a praticar a Justiça no caso Bernardo, o Céu a faria.

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

Foto de Fátima Maria trilha Koch / Corrente do BÊm


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Odilaine e Bernardo Uglione Boldrini: porque tivemos que morrer?


ODILAINE  E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI: PORQUE TIVEMOS QUE MORRER

Vídeo de Leandro Tissiano de 19/04/2015, incorporado do YouTube.


Mãe, agora entendo porque você e eu tivemos que morrer.

(Texto de Ido Rhoden, do PTB de Três Passos, extraído do Jornal Atualidades em 25/04/2014. Foto no Facebook Desaparecido Bernardo Uglione Boldrini)

- "Na terça-feira passada, após ter acompanhado o velório do menino Bernardo no Ginásio do Colégio Ipiranga, fui até a Igreja Matriz Santa Inês debruçando-me sobre as grades na entrada. Fui pedir a Deus que me ajudasse a entender a atrocidade cometida por três monstros adultos, arquitetar, planejar e executar, matando um menino frágil, de 11 anos de idade que só queria carinho e um lar. De imediato eu me perguntava como pode um dos melhores cirurgiões, de fácil trato, poder esconder tamanha crueldade. 

Do mesmo modo uma assistente social e enfermeira que deveriam salvar vidas. Ninguém podia imaginar pois eram três monstros que entendiam de medicina, enfermagem e assistência social. Como poderia uma pai participar ou permitir que pare de sua própria carne fosse dilacerada, jogada num saco e numa cova com produto químico? Que forças ocultas tem esta madrasta enfermeira para fazer com que o pai  não visse o filho ser maltratado, dormir fora de casa e mintas vezes não ter dinheiro para comer?

O Bernardo não queria dinheiro. Queria somente ser filho. Não quera prédio, queria um colo. Queria viver como criança dentro de sua própria casa. Não queria discutir a herança que lhe cabia, queria apenas alguns trocos de vez em quando. Queria sentar no colo do pai e receber orientação sobre o futuro ou até falar da mãe que inexplicavelmente o deixou órfão.

Certamente a fúria em busca de dinheiro e status foram os motivos deste assassinato cruel e covarde que deve levar seus autores a duras penas. Os assassinos falavam em milhões e o Bernardo muitas vezes nem dinheiro tinha. Os assassinos tratavam da compra de prédios e o menino muitas vezes nem teto tinha. O menino foi tão obediente que nem denunciou a madrasta quando esta tentou tirar-lhe a vida, asfixiando-o com um travesseiro.

Os mentores da morte do menino festejavam em boates enquanto seu corpo se decompunha dentro de um saco, enterrado no matagal. Bernardo quando se encontrou com sua mãe legítima dever ter dito a ela: 'Agora entendo porque vim parar aqui, também estou entendendo porque a senhora está aqui, porque me deixou tão cedo.' Sua alma deve estar ao lado da mãe que lhe deu a vida."

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Ele fica horas e horas aí sentado.

(Texto 27/05/2014 colhido do Facebook Desaparecido Bernardo Uglione Boldrini)

- "Estive agora há pouco em frente à casa onde o Bê morava, ajudando um amigo da corrente do BEm fixar algumas faixas. Conversei com uma vizinha que presenciava o total abandono sofrido pelo Bernardo e ela me relatou que o menino ficava horas e horas sentado neste pilar que fica na entrada da garagem da casa. A mesma ainda afirmou que aos finais de semana, Leandro e Graciele saiam juntos para almoçar e levavam apenas a bebê  e o Bernardo recorria aos vizinhos para comer. O professor de aula de dança perguntou a ele porque não estava indo às aulas. O Bê respondeu: "Minhas botas nãos servem mais, professor, e minha bombacha está curta."

Foto do Facebook 
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Seu grande desejo: um aquário e alguns peixinhos.

(Texto de 17/04/2014, colhido do Facebook Desaparecido Bernardo Uglione Boldrini)

- "Um aquário! Esse era o presente que nosso Bernardo queria de presente de páscoa. Ele havia reservado um aquário para que seu pai passasse para pegar, mas o Leandro estava demorando. Então há poucos dias, a moça que tinha deixado separado o seu presente, falou ao Bernardo: 'Seu pai está demorando para vir pegar o aquário, não podemos segurar mais.' 

Bernardo respondeu: 'Espera só até a páscoa, tenho certeza que meu pai virá.' Bernardo também guardava suas moedas, quando questionado sobre o que ele iria comprar com elas: 'Vou comprar uns peixinhos para por no meu aquário. Seu aquário foi doado e postado ao lado do seu caixão!

Foto do Facebook  

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OBSERVAÇÃO: Graciele Ugulini costumava dizer que Bernardo era uma criança ruim. Como pode ser isso, se pessoas ruins é que matam os outros. Se a essência do bem é o amor e Bernardo só queria amor? Bernardo Uglione Boldrini está feliz e em paz nos braços do Pai. E nós, aqui embaixo, desejamos ardentemente que a Justiça, feita a esse caso, sirva de exemplo perene: de como devemos tratar as pessoas mais vulneráveis.

Foto Facebook Bernardo Uglione Boldrini

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!