sexta-feira, 20 de março de 2015

Um quarto congelado no tempo


TENTANDO EXPLICAR O QUE NÃO TEM EXPLICAÇÃO


OBSERVAÇÃO: Eu havia colocado essa matéria como complemento de "Entenda o Caso Bernardo", mas analisando melhor vi que era algo de realmente importante para se se ter um mínimo de ideia do que possa ter sido a trajetória de vida de Bernardo Uglione Boldrini e por isso resolvi fazer uma postagem a parte, mas é matéria de 28/04/14, condensada de vários sites de notícias.


EXPLICAR O QUE NÃO TEM EXPLICAÇÃO.

Disponível em: <gaucha.clicrbs.com.br/noticia-aberta/28/04/14. Acesso em 29/01/15.

A ideia de mostrar o quarto de Bernardo Uglione Boldrini, partiu do tio paterno Paulo Boldrini, irmão mais velho de Leandro Boldrini.
- "É para desfazer a ideia de que o Leandro odiava o piá que estou abrindo a casa para a imprensa ver." - disse Paulo Boldrini em 28/04/14, 24 dias após terem encontrado no corpo de Bernardo em Frederico Westphalen/Linha São Francisco, em um matagal ermo à beira de um riacho, morto pela madrasta Graciele Ugulini em conluio com o pai biológico do garoto, o médico Leandro Boldrini, juntamente com mais dois cúmplices: Edelvânia Wirganovicz e o irmão Evandro Wirganovicz.

- "Falaram que as paredes eram pintadas de preto e vocês podem ver que não. São forradas de papel de cor clara." - reforçou Paulo Boldrini.
O tio de Bernardo mostrou aos jornalistas um controle remoto e uma chave, objetos atribuídos ao menino, contrariando as notas veiculadas na imprensa de que o menino não tinha o acesso livre à casa.
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Disponível em: <www.correiodopovo.com.br> de 02/05/14. Acesso em 29/01/15.

Um quarto congelado no tempo: É essa a concepção da equipe do Jornal Correio do Povo, ao adentrar o quarto do menino Bernardo: um aquário vazio, roupas, brinquedos e o seus cadernos escolares mostrados pelo tio paterno, Paulo Boldrini, irmão mais velho de Leandro Boldrini.
- "Ele gostava de jogar no computador. Leandro comprou vários jogos novos para ele no natal." contou o tio.
O peixinho que ganhou do pai no ano passado, acabou morrendo por falta de cuidado (?) após o desaparecimento do menino em 04/04/14.
- "O meu irmão já tinha encomendado um aquário maior para ele que chegaria nos próximos dias." (?) - contou Paulo Boldrini."
Escrita no caderno de inglês de Bernardo, a prova de que o menino possuía celular próprio (?). E abaixo da sua assinatura predileta "B. Boldrini", o número de contato do celular, caso perdesse algum material escolar. Um bilhete escrito por Bernardo: "Sexto ano. Horário: 7h30min até 11h55min. Acordar 6h30min, uma barra de chocolate na forma do Homem Aranha, intacto (?) e apenas um tablete consumido na caixa de chicletes."O cachecol azul, branco e preto evidenciando o seu amor pelo Grêmio, um porta-retrato com sua foto abraçado ao pai e ao lado duas notas de R$ 2,00 (?). O tio paterno de Bernardo faz um pedido:
- "Faz uma foto disso para mostrar que o Leandro dava dinheiro a ele sim".
Sônia, esposa de Paulo Boldrini exibiu os chinelos com que presenteou o menino antes do seu desaparecimento (?) e apontou o armário:
- "Olha aqui no armário como ele tinha tênis, ao contrário do que dizem."
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Disponível em: <zh.clirbs.com.br> de 28/04/14. Acesso em 29/01/15.

Paulo Boldrini, tio paterno de Bernardo, mostrou o controle remoto e a chave da casa, que seriam do menino. Ele refutou as notas comentadas na imprensa de que o menino não tinha o ingresso livre à residência da família:
- "Não, ele tinha chave." - sustentou Paulo Boldrini, irmão mais velho de Leandro Boldrini.
Indagado pelo Jornal Zero Hora de que maneira ele havia conseguido a chave do garoto, o tio alegou que foram entregues pela Polícia juntamente com outros pertences em posse de Leandro Boldrini, (?) quando este foi preso.

Paulo Boldrini não soube esclarecer o fato da chave não se encontrar com o menino:
- "As chaves eram dele e já tinha visto várias vezes dentro da mochila." (?) -  salientou o tio de Bernardo.
Os quartos ficam no andar superior da residência de classe média com área aproximada de 450 metros quadrados, piscina e espaço de lazer. Paulo diz que os comentários que circulam na cidade sobre a vida do médico, nem de longe reflete a realidade:
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Disponível em:<g1.globo.com/rs/rio-grandedo-sul/> de 28/04/14. Acesso em 29/01/15.

- "Estou mostrando à imprensa com toda a liberdade. A intenção é mostrar como era a vida do Bernardo com todo o conforto, mostrar todos os elementos da casa: tinha TV, ar condicionado, computador. Ele tinha uma vida confortável (?) de pai para filho."- afirmou Paulo Boldrini.
- "Não houve desleixo por parte dele. Tudo o que ele queria o pai dava (?). Era um tratamento digno de pai para filho." reforçou.
O tio paterno de Bernardo não acredita que o irmão tenha cometido tal crime:
- " Pelo que estamos vendo, não há provas contra ele. Jamais faria isso. Acredito na inocência do Leandro".
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(?) = Você está falando sério?
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OBSERVAÇÃO:  Em diálogos de 25/04/14,interceptados pela Polícia, chama atenção a seguinte conversa: Paulo Boldrini, o irmão mais velho de Leandro conversa com uma mulher não identificada. Ela se diz aliviada pelo fato de Bernardo não ter sido enterrado vivo. O irmão de Leandro dá uma risada, afirmando não fazer diferença a forma como o menino foi enterrado. As intenções do Sr. Paulo Boldrini e esposa podem ser das melhores, ao tentar isentar Leandro Boldrini do crime de planejar e financiar a morte do próprio filho, afinal é difícil mesmo de acreditar, mas temos que levar em conta que uma criança foi cruel e covardemente assassinada e o pai é considerado o principal responsável , daí se originar os seguintes questionamentos:

 - Não cheguei a ver ou ouvir na imprensa que as pessoas estavam dizendo que o quarto do menino era pintado de preto.

 - Não cheguei a ver ou ouvir na imprensa que ele não possuía tênis. Ouvi dizer que pai e madrasta o deixavam curtir o frio apenas de chinelos por pura maldade. E também que ele era obrigado a usar os tênis abandonados por Leandro Boldrini, conforme palavras do próprio médico. Vi também pela internet que os dois pares de tênis novos que Bernardo possuía foram presenteados por amigos.

 - O próprio Leandro Boldrini em entrevista ao Jornal Zero Hora confirma que no dia do desaparecimento de Bernardo, o menino iria ganhar um aquário ou a TV. Na verdade, o aquário seria doação de uma amiga de sua mãe. Em 04/04/14, quando Bernardo saiu de casa pela última vez, ele ainda não possuía um aquário. Por quê existia um aquário dentro da casa?

 - Paulo Boldrini diz: - "As chaves eram dele e já tinha visto várias vezes dentro da mochila."
É a primeira vez que ouço falar de um tio escarafunchando a mochila do sobrinho à procura de chaves que não deviam lhe interessar, afinal nem eram as chaves da sua casa. Por quê ele faria isso, se nem se cogitava sobre o que aconteceria posteriormente?  E não eram chaves, era uma chave. Observe: A Polícia esteve na casa após o desaparecimento de Bernardo e não existia controle ou chave no estojo do garoto. Dois dias depois, quando novamente se deslocaram até à residência,  agora com mandado judicial, controle e chave reapareceram misteriosamente no estojo do garoto. Perguntado pelo jornalista do Jornal Zero Hora, Paulo Boldrini  não soube explicar porque objetos não se encontravam com o menino.

 - Também é a primeira vez que vejo um boneco do Homem-Aranha embalado em pleno mês de abril, em uma casa com menino. Nessa época, quando muito, o boneco já estaria esquecido em algum canto da casa. Na minha concepção pessoal, com todo respeito ao sr. Paulo Boldrini, o boneco do Homem-Aranha embalado que aparece na foto, ou é do tempo que Bernardo tinha lá seus oito anos ou então é fruto de uma intenção malfadada e desatualizada a respeito dos gostos de um quase pré-adolescente.

 - Uma barra de chocolate na forma do Homem-Aranha, intacto? Assim como o boneco do Homem-Aranha embalado? Sei! Nos seus últimos dias de vida, com Bernardo se queixando de fome? Sei! Bernardo aos 9 anos de idade, quando perguntado sobre quem era seu herói: "Meu Pai".

 - " O peixinho que ganhou do pai no ano passado acabou morrendo por falta de cuidados". Nunca houve peixinho algum. Bernardo, infelizmente depois que doaram seus cachorros, nunca mais teve qualquer contato com animais dentro de sua casa. 

 - Bernardo tinha celular próprio sim. Ganhado de amigos e bem simplesinho. Foi dito que posteriormente ele teria ganho um celular novo do pai, embora haja testemunhas dizendo que ele usava o celular de Leandro. Fica aí uma dúvida.

 - "Faz uma foto disso para mostrar que Leandro dava dinheiro a ele sim." Duas notas de R$ 2,00 ao lado de um porta-retrato com a foto de pai e filho: sem querer desmerecer quem quer que seja: R$ 4,00? Sério?

10º - " Bernardo tinha uma vida confortável, tinha TV, ar condicionado, computador. Tudo o que ele queria o pai dava, em um tratamento digno de pai para filho.", afirma Paulo Boldrini. Agora, as perguntas que não querem calar: Por quê então, Bernardo andava mal cuidado, mal vestido, doente e desnutrido pelas ruas de Três Passos? Por quê Bernardo não podia usar o computador? Por quê Bernardo iria ganhar uma TV? Por quê Bernardo não portava nem sequer um real para comprar lanche, inclusive na escola, tendo que suplicar lanche dos amigos? Por quê Bernardo usava tênis de Leandro Boldrini? Por quê Bernardo vestia roupas de 4 anos anos atrás, de quando a mãe ainda era viva? Por quê Juçara Petry, que nem era sua mãe, tinha de alimentá-lo, vesti-lo, ajudá-lo nas tarefas escolares? Por quê Bernardo foi sozinho ao Conselho Tutelar implorar por uma nova família? Por quê Leandro Boldrini compactuava com os desmandos de Graciele Ugulini em relação a Bernardo? Por quê Bernardo foi completamente abandonado pelas pessoas que mais obrigação teriam de assegurar-lhe a sobrevivência? Por quê a ex-psicóloga de Bernardo disse que em 40 anos de atividade foi o pior caso por ela registrado? Por quê o ex-pediatra de Bernardo, disse após seu desaparecimento: apagaram o guri, se referindo ao pai e a madrasta?  Por quê mataram Bernardo de forma tão cruel e desumana?

11º - Quando em 19/04/14, a Polícia deu voz de prisão à Graciele Ugulini, ela disse friamente:
- "Oque é isso, gente"?
Ao passo que Leandro ao ser preso, confrontou os policiais dizendo:
- "Vocês tem provas que eu participei? Quero provas".
Existem provas sim, e muito comprometedoras, contra o doutor Leandro Boldrini. Agora, se ele for inocente, com toda essa gama de indícios existentes contra ele, então asseguro-lhe: ele é, sem sombra de dúvida,  o homem mais desafortunado deste mundo.


Imagens falam mais que palavras: Leandro Boldrini e Bernardo na festa do dia dos pais de 2013.


Um comentário:

  1. Tem horas que falta até palavras pra explicar certas coisas.
    É como se Bernardo não pertencesse a família Boldrini. Como se fosse um estranho...
    Às vezes fica relembrando o que fizeram com ele, imagino seu sofrimento e angústia. Tento buscar explicações: será que é calma de vidas passadas, tanto desprezo a uma criança que de seu sangue?

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