quarta-feira, 4 de março de 2015

Operação Babilônia em Três Passos/RS


POR QUÊ LEANDRO BOLDRINI NÃO FOI INDICIADO NA OPERAÇÃO BABILÔNIA?

Foto: Leandro Boldrini/Denúncia MP.

O processo que envolveu um grupo de empresas na fraude milionária contra a Prefeitura Municipal de Bom Progresso/RS em setembro de 2012, encontra-se sem providências no Ministério Público de Três Passos. Desde o ano passado, o blog "Justice For Bernardo" (acho que o blog foi desativado) comentava sobre o assunto "Operação Babilônia", entretanto, eu não conseguia atinar sobre a relação do doutor Leandro Boldrini com o esquema. Agora o Jornal Band/RS ao veicular notícia do possível envolvimento dele no suposto suicídio da ex-mulher, Odilaine Uglione, exibiu também a denúncia do mesmo sr. Jair Quinot, informando sobre documentos (notas fiscais) emitidos pela clínica de Leandro Boldrini para o favorecimento de políticos. Cumpre ressaltar que eram notas frias, cujos procedimentos nunca chegaram a ser executados. Conforme informação do sr. Jair Quinot, Leandro Boldrini pode ter recebido do Município de Bom Progresso por serviços "prestados", um montante de cerca de R$ 120.000,00, somente no ano de 2011. Mesmo com as evidências, Leandro Boldrini não foi incluído no rol dos acusados no desvio de dinheiro da Prefeitura de Bom Progresso. 

PARA ENTENDER

Em 18/09/2012, duzentos e noventa agentes do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e da Delegacia de Polícia de Três Passos, empreenderam a chamada "Operação Babilônia", onde foram cumpridos 55 mandados de busca e apreensão e efetuados 14 prisões em oito municípios na Região Noroeste do Rio Grande do Sul: Bom Progresso, Três Passos, Três de Maio, Santo Augusto, Passo Fundo, Ijuí, Braga e Porto Alegre.
A ação policial, comandada pelos delegados Joerberth Nunes Pinto (DEIC), e Cristiane Moura (DRP) de Três Passos, teve como objetivo desbaratar a quadrilha responsável pelo desvio público de 7 milhões do Município de Bom Progresso, como por exemplo, superfaturamento em compras com combustíveis, pneus, remédios, material de construção, entre outros.

Os responsáveis foram indiciados por crimes de fraude de licitações, peculato apropriação, peculato desvio, formação de quadrilha, coação no decurso do processo, lavagem de dinheiro, falsidade documental e uso de documentos falsos. Entre os indiciados, estaria o proprietário de uma grande rede de farmácias, onde os envolvidos fraudavam a Prefeitura de Bom Progresso, simulando compra de medicamentos em nome de terceiros, mas adquirindo outros tipos de produtos. Disponível em:<noticias.terra.com.br/brasil/policia/operaçãobabilonia>. Acesso em 04/03/15.

Em 18/07/2013, a Polícia Civil já questionava a morosidade no prosseguimento do inquérito. Conforme declaração do delegado Joerberth Nunes Pinto, o indiciamento dos suspeitos foi realizado dentro do prazo limite de 10 dias (setembro de 2012) e depois o processo foi transferido para o Ministério Público de Três Passos, onde seria oferecida a denúncia num prazo de 5 dias.
Na época, a imprensa do Ministério Público divulgou uma nota contando que uma situação delicada precisava de maiores diligências e por esse motivo, não foi oferecida denúncia: uma promotora da Região foi exonerada por negligência na investigação e repasse de informações sobre o desvio das verbas públicas de Bom Progresso. Ela mantinha relações de amizade com um dos presos na Operação e devido a essa omissão, a Justiça acabou liberando todos os outros presos. Disponível em:<wp.clicrbs.com.br/.../operaçãobabilonia9mesesdepois>. Acesso em 04/03/15. 

Em 03/03/2015, o processo continua sem andamento no Ministério Público de Três Passos. Curiosamente, a um dos denunciados (Leandro Boldrini), o delito da fraude não lhe foi imputado. O sr. Jair Quinot, funcionário público da Prefeitura de Bom Progresso informou à Polícia Civil de Três Passos, ter encontrado sobre a mesa da Secretaria Municipal de Saúde, por repetidas vezes, notas fiscais emitidas pela Clínica de Leandro Boldrini e que seriam utilizadas para o favorecimento de políticos, cujos procedimentos nunca foram concretizados. Em 2011, o médico teria recebido cerca de R$ 120.000,00, da Prefeitura de Bom Progresso. Em entrevista ao Jornal da Band/RS, o delegado Joerberth diz que Leando Boldrini não foi indiciado porque a Polícia não achou comprovação da sua clínica no desvio de verbas públicas, apesar das denúncias do sr. Jair Quinot. Por sua vez, o Ministério Público diz que  aguarda novas informações que devem partir do delegado responsável pela Operação Babilônia, para dar continuidade ao processo. 
Disponível em: <www.trespassosnew.com.br/porqueleandroboldrininãofoi>. Acesso em 04/03/15. 

Para bom entendedor, um pingo é letra: Em setembro de 2012, a Polícia havia apurado através de escutas telefônicas a negociação de armas e estratégias de ameaças e intimidação às testemunhas da investigação sobre a Operação Babilônia. Umas das armas recolhidas chamou a atenção dos policiais por estar munida de silenciador, acessório proibido por lei. Foram apreendidas seis espingardas e quatro revolveres. Disponível em:<noticias.terra.com.br/brasil/policia/operaçãobabilonia>. Acesso em 04/03/15.

VEJA VÍDEO SOBRE SUPOSTA PARTICIPAÇÃO DE LEANDRO BOLDRINI NO ESQUEMA DE FRAUDE CONTRA A PREFEITURA DE BOM PROGRESSO:

Vídeo Band Cidade / RS.

PARA MEDITAR:

 - "Através da história, tem sido a inatividade daqueles que poderiam ter agido; a indiferença daqueles que deveriam saber melhor; o silêncio da voz da Justiça quando ela mais importava: que tornou possível ao mal triunfar" - Hailé Selassié (1892-1975).

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