segunda-feira, 10 de abril de 2017

STJ nega provimento a recurso de Leandro Boldrini


SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM BRASÍLIA NEGA PROVIMENTO A RECURSO INTERPOSTO PELA DEFESA DE LEANDRO BOLDRINI CONTRA JÚRI POPULAR



Foto de Felipe Truda / G1 


O recurso apresentado em 29/03/2017 pela defesa do médico Leandro Boldrini foi julgado e negado em tempo recorde, 31/03/17, pela Ministra Laurita Vaz,  Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília e relatora do agravo. De acordo com o G1, a Ministra determinou que a decisão deveria ser publicada em 04/04/2017, data dos três anos da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini. O pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini recorre da decisão judicial de ser levado a julgamento pelo Tribunal do Júri Popular, pela morte do próprio filho, assim como os outros três acusados: Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e seu irmão Evandro Wirganovicz.

O Doutor Marlon Taborda, advogado de acusação, informou que, apesar de rápida e simbólica, para essa decisão ainda cabem recursos. O que pode aumentar ainda mais o tempo para o julgamento dos quatro réus (grifo nosso).

Doutor Marlon Taborda:
- “Foi uma decisão muito rápida, e manteve as decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, e da Comarca de Três Passos (...) e ela (relatora do recurso no STJ) determinou ainda que a decisão fosse publicada no dia em que a morte de Bernardo completa três anos”.


Os advogados de Leandro Boldrini e de Graciele Ugulini não foram localizados para comentar sobre a decisão do STJ.  o advogado de Evandro, Hélio Sauer, tentou o julgamento de seu cliente em processo separado, mas não conseguiu. Para ele, Evandro está preso injustamente durante três anos e é tão vítima quando Bernardo.

Hélio Sauer:
– "A diferença do Evandro com o Bernardo foi que o Bernardo, mataram cruelmente, covardemente. E o Evandro, enrolaram no meio."
Evandro foi acusado de ajudar a abrir a cova, logo depois que uma testemunha disse ter visto o carro dele próximo ao local onde foi cavado o buraco para enterrar o corpo de Bernardo, dias antes do crime.
O advogado de Edelvânia Wirganovicz, Gustavo Nagelstein, critica o tempo em que sua cliente está presa sem julgamento.
Gustavo Nagelstein:

– "Ela está presa sem a culpa estabelecida. E a regra é que a pessoa é inocente até que se prove o contrário."

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