TRÊS ANOS DEPOIS E O CASO DO MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI AINDA NÃO FOI A JULGAMENTO EM FACE DOS RECURSOS INTERPOSTOS PELA DEFESA DOS ACUSADOS
Foto: Maurício Rebelatto / RBS/TV
Desde a sentença de pronúncia dada pelo Juiz Marcos
Agostini em 13/08/2015, de julgamento pelo Tribunal do Júri Popular, a defesa
de três dos quatro acusados de assassinato do menino Bernardo Uglione Boldrini,
vem interpondo recursos na tentativa de descaracterizar o crime hediondo contra
uma criança de apenas 11 anos de idade, por pura ganância. A responsabilidade dessa
morosidade decorre dos próprios réus, cujos recursos chegaram até a última
instância. O STJ negou todos os recursos e o STF não tem data para análise do
processo. A demora preocupa a família de Bernardo.
Advogado Marlon Taborda:
- “Causam desconforto porque faz com que o trâmite seja
demorado e, ao mesmo tempo, os fatos acabam caindo no esquecimento. Então aí
entra o que a Dona Jussara (avó do menino) falou, que ela não se sente
confortável porque acredita não ter saúde para assistir ao desfecho, e os réus
acabam conseguindo o que eles querem ao interpor recursos de forma sequencial.
Assim, o processo demora quanto ao seu resultado e julgamento que ele precisa
efetivamente ter”.
A dentista Alessandra Almeida que
vive em Minas Gerais, apesar de não ter conhecido pessoalmente o menino
Bernardo, já chegou até Brasília na tentativa de fazer com que o julgamento
aconteça logo.
Alessandra Oliveira:
- “Nós fomos pra Brasília, tivemos uma audiência com a ministra, Carmen Lúcia, do STF e entregamos nas mãos dela
toda a história do Bernardo. Nós fizemos cinco abaixo-assinados pela internet com várias assinaturas para que o júri popular saia logo”.
Outra pessoa, que se movimenta diariamente para que o
caso não caia no esquecimento é Karine Mezzomo de Oliveira, entre tantas outras.
Karine Mezzomo de Oliveira:
- “Nós fizemos
banners, nós fizemos camisetas, a gente está sempre tentando movimentar para que
o caso não caia no esquecimento”.
Os quatro acusados do assassinato do menino Bernardo. Foto: Arte/G1
Em 13/06/14, Evandro Wirganovicz, antes acusado de
ocultação de cadáver passa a ser acusado também de homicídio.
Evandro Wirganovicz:
- “Sou mais uma vítima desta história. Minha irmã que fez o
buraco, ela disse. Estava de férias na casa da minha mãe, e alguém disse que
viu meu carro lá”.
Disponível em:
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/caso-bernardo-boldrini/noticia/caso-bernardo-completa-tres-anos-sem-definicao-sobre-julgamento-dos-reus.ghtml. Acesso em 29/04/2017.
OBSERVAÇÃO: Analisando a fala do
senhor Evandro Wirganovicz: alguém não disse simplesmente que viu o seu carro
no local. O carro de Evandro, efetivamente, estava no local, estacionado perto
do lugar onde o corpo de Bernardo foi encontrado e logicamente perto do lugar, onde
dois dias antes do desaparecimento do menino, foi aberta uma cova vertical de
1,50 m. Coincidência? E ele não estava
passando férias na casa da mãe.
Talvez estivesse de férias, mas o fato é que em
02/04/2014, ele saiu para “pescar” e o roteiro, ocasionalmente incluiu a visita
à mãe, porque logo que chegou à casa dela, ele já se preparava para a “pescaria”,
fato corroborado pela sua esposa que o acompanhava. O senhor Evandro Wirganoviz
ao ser interpelado sobre a pescaria, disse ter deixado os peixes sobre a pia e
que somente no dia seguinte, a sua mãe os limpou. Sério? A julgar o senhor Evandro Wirganoviz inocente, ele está incorrendo em muitas
contradições.
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