sábado, 29 de abril de 2017

Caso Bernardo: rumo ao Supremo Tribunal Federal


TRÊS ANOS DEPOIS E O CASO DO MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI AINDA NÃO FOI A JULGAMENTO EM FACE DOS RECURSOS INTERPOSTOS PELA DEFESA DOS  ACUSADOS 



Foto: Maurício Rebelatto / RBS/TV


Desde a sentença de pronúncia dada pelo Juiz Marcos Agostini em 13/08/2015, de julgamento pelo Tribunal do Júri Popular, a defesa de três dos quatro acusados de assassinato do menino Bernardo Uglione Boldrini, vem interpondo recursos na tentativa de descaracterizar o crime hediondo contra uma criança de apenas 11 anos de idade, por pura ganância. A responsabilidade dessa morosidade decorre dos próprios réus, cujos recursos chegaram até a última instância. O STJ negou todos os recursos e o STF não tem data para análise do processo. A demora preocupa a família de Bernardo.

Advogado Marlon Taborda:

- “Causam desconforto porque faz com que o trâmite seja demorado e, ao mesmo tempo, os fatos acabam caindo no esquecimento. Então aí entra o que a Dona Jussara (avó do menino) falou, que ela não se sente confortável porque acredita não ter saúde para assistir ao desfecho, e os réus acabam conseguindo o que eles querem ao interpor recursos de forma sequencial. Assim, o processo demora quanto ao seu resultado e julgamento que ele precisa efetivamente ter”.

A dentista Alessandra Almeida que vive em Minas Gerais, apesar de não ter conhecido pessoalmente o menino Bernardo, já chegou até Brasília na tentativa de fazer com que o julgamento aconteça logo.

Alessandra Oliveira:

- “Nós fomos pra Brasília, tivemos uma audiência com a ministra, Carmen Lúcia, do STF e entregamos nas mãos dela toda a história do Bernardo. Nós fizemos cinco abaixo-assinados pela internet com várias assinaturas para que o júri popular saia logo”.

Outra pessoa, que se movimenta diariamente para que o caso não caia no esquecimento é Karine Mezzomo de Oliveira, entre tantas outras.

Karine Mezzomo de Oliveira:

 - “Nós fizemos banners, nós fizemos camisetas, a gente está sempre tentando movimentar para que o caso não caia no esquecimento”.


Os quatro acusados do assassinato do menino Bernardo. Foto: Arte/G1


Em 13/06/14, Evandro Wirganovicz, antes acusado de ocultação de cadáver passa a ser acusado também de homicídio.

Evandro Wirganovicz:

- “Sou mais uma vítima desta história. Minha irmã que fez o buraco, ela disse. Estava de férias na casa da minha mãe, e alguém disse que viu meu carro lá”.


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OBSERVAÇÃO: Analisando a fala do senhor Evandro Wirganovicz: alguém não disse simplesmente que viu o seu carro no local. O carro de Evandro, efetivamente, estava no local, estacionado perto do lugar onde o corpo de Bernardo foi encontrado e logicamente perto do lugar, onde dois dias antes do desaparecimento do menino, foi aberta uma cova vertical de 1,50 m. Coincidência?  E ele não estava passando férias na casa da mãe.

Talvez estivesse de férias, mas o fato é que em 02/04/2014, ele saiu para “pescar” e o roteiro, ocasionalmente incluiu a visita à mãe, porque logo que chegou à casa dela, ele já se preparava para a “pescaria”, fato corroborado pela sua esposa que o acompanhava. O senhor Evandro Wirganoviz ao ser interpelado sobre a pescaria, disse ter deixado os peixes sobre a pia e que somente no dia seguinte, a sua mãe os limpou. Sério?  A julgar o senhor Evandro Wirganoviz  inocente, ele está incorrendo em muitas contradições.

domingo, 23 de abril de 2017

Três anos do assassinato do menino Bernardo Uglione Boldrini



TRÊS ANOS DE ESPERA POR JUSTIÇA A BERNARDO UGLIONE BOLDRINI



 Foto: Gabriel Garcia/ RBS TV


No domingo, 02/04/2017, cerca de 400 pessoas participaram de uma missa na Igreja Santa Inês, em Três Passos, interior do Rio Grande do Sul, em homenagem a Bernardo Uglione Boldrini, assassinado aos 11 anos de idade e cujos principais acusados são o pai biológico do menino, o médico Leandro Boldrini e sua madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini. A Igreja é a mesma onde Bernardo serviu como coroinha. Uma missa para ele também foi celebrada na capital Porto Alegre. Os quatro réus acusados da morte do menino aguardam julgamento pelo júri popular, além do pai e da madrasta, outros dois cúmplices, Edelvânia Wirganovicz e seu irmão Evandro Wirganoviz.


Foto: Cristine Gallisa / RBS TV


Depois da missa, o grupo caminhou pelo Parque Farroupilha em Três Passos, conhecido como Redenção, carregando cartazes com pedido de justiça e celeridade no julgamento. Três anos depois da morte de Bernardo, ocorrida em 04/04/2014, ainda não existe definição quanto à data do julgamento pelo Júri Popular. Isso se deve em parte à quantidade de recursos interpostos pelas defesas dos réus, sobretudo pelas defesas de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini que tentam, sem sucesso, descaracterizar um crime hediondo cometido por ganância contra o próprio filho de apenas 11 anos.

A história do menino Bernardo que comoveu o País e ultrapassou suas fronteiras, uniu não somente pessoas amigas e conhecidas,  mas também desconhecidos, que até hoje lhe prestam homenagem e clamam por justiça.


Foto: Reprodução RBS TV


Comerciante Isolda Klein  -  (que tinha um convívio quase familiar com Bernardo):

- “A gente não quer que as pessoas digam: ‘Ah aquele caso, ah aquele casinho’, não. Foi um caso que merece um pouquinho mais de atenção das autoridades”.


Na frente da casa onde Bernado morava com menino morava com o pai, a madrasta e sua meia-irmã, continuam sendo depositadas flores, terços religiosos e banners com mensagens assinadas por moradores de várias partes do Brasil.


Edu Amaro Keenan - (vizinho):

-“As pessoas se sentem frustradas por não ter tido uma decisão final sobre esse caso”.



Zizi Medeiros - (Do Rio Grande do Norte, que nunca viu o menino, mas se dedica a lutar pela sua causa).

- “Até o fim. Se passar dez anos, serão dez anos, na luta todo dia. Não vamos desistir nunca. Ninguém aguenta mais tanta impunidade”.

Assim como ela, outras pessoas tentam manter viva a lembrança desse crime, para que o caso não caia no esquecimento.


Isolda Kein:


-“O Bernardo veio com uma missão específica. Ele veio pra abrir a cabeça dos pais, da sociedade, para haver mais união, companheirismo, mais amizade entre pais e filhos, e entre nós próprios”.


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JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

Paciente ganha ação por erro médico de Leandro Boldrini


PACIENTE GANHA AÇÃO POR ERRO ERRO COMETIDO PELO MÉDICO LEANDRO BOLDRINI DURANTE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO



Leandro Boldrini - Foto Reprodução/RBS TV


O Hospital de Caridade, conjuntamente com a Prefeitura Municipal de Três Passos, no Rio Grande do Sul, foram condenados pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ/RS) a indenizar uma paciente operada de apêndice pelo médico Leandro Boldrini, acusado da morte do filho Bernardo Uglione Boldrini. O ressarcimento por danos materiais e morais no valor de R$ 15.000,00 é devido em decorrência de queimaduras que a paciente sofreu durante o procedimento cirúrgico, quanto teve as pernas queimadas pelo contato com tubos de soro superaquecidos.

A paciente alegou que os gastos com a medicação diária, até a cicatrização total das queimaduras, foi no valor de R$ 212, 36, além de ter que evitar a exposição à luz solar por cerca de dois anos. A Juíza Eloisa Helena de Hernandez, da cidade de Santa Maria/RS, reconheceu a responsabilidade das duas entidades, apesar do Sistema Único de Saúde (SUS) ter recorrido ao TJ/RS, que manteve a decisão.

Desembargador Jorge Alberto Schreiner Pestana:

-“O contexto probatório colacionado aos autos, demonstra que, ao contrário do que defendeu o recorrente, houve falhas nos procedimentos médicos que geraram queimaduras nas pernas da paciente”.


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segunda-feira, 10 de abril de 2017

STJ nega provimento a recurso de Leandro Boldrini


SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA EM BRASÍLIA NEGA PROVIMENTO A RECURSO INTERPOSTO PELA DEFESA DE LEANDRO BOLDRINI CONTRA JÚRI POPULAR



Foto de Felipe Truda / G1 


O recurso apresentado em 29/03/2017 pela defesa do médico Leandro Boldrini foi julgado e negado em tempo recorde, 31/03/17, pela Ministra Laurita Vaz,  Presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em Brasília e relatora do agravo. De acordo com o G1, a Ministra determinou que a decisão deveria ser publicada em 04/04/2017, data dos três anos da morte do menino Bernardo Uglione Boldrini. O pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini recorre da decisão judicial de ser levado a julgamento pelo Tribunal do Júri Popular, pela morte do próprio filho, assim como os outros três acusados: Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e seu irmão Evandro Wirganovicz.

O Doutor Marlon Taborda, advogado de acusação, informou que, apesar de rápida e simbólica, para essa decisão ainda cabem recursos. O que pode aumentar ainda mais o tempo para o julgamento dos quatro réus (grifo nosso).

Doutor Marlon Taborda:
- “Foi uma decisão muito rápida, e manteve as decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, e da Comarca de Três Passos (...) e ela (relatora do recurso no STJ) determinou ainda que a decisão fosse publicada no dia em que a morte de Bernardo completa três anos”.


Os advogados de Leandro Boldrini e de Graciele Ugulini não foram localizados para comentar sobre a decisão do STJ.  o advogado de Evandro, Hélio Sauer, tentou o julgamento de seu cliente em processo separado, mas não conseguiu. Para ele, Evandro está preso injustamente durante três anos e é tão vítima quando Bernardo.

Hélio Sauer:
– "A diferença do Evandro com o Bernardo foi que o Bernardo, mataram cruelmente, covardemente. E o Evandro, enrolaram no meio."
Evandro foi acusado de ajudar a abrir a cova, logo depois que uma testemunha disse ter visto o carro dele próximo ao local onde foi cavado o buraco para enterrar o corpo de Bernardo, dias antes do crime.
O advogado de Edelvânia Wirganovicz, Gustavo Nagelstein, critica o tempo em que sua cliente está presa sem julgamento.
Gustavo Nagelstein:

– "Ela está presa sem a culpa estabelecida. E a regra é que a pessoa é inocente até que se prove o contrário."

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