sábado, 10 de outubro de 2015

Graciele Ugulini depõe no Caso Odilaine Uglione


GRACIELE UGULINI, MADRASTA DO MENINO BERNARDO DÁ SUA VERSÃO NO CASO DO SUPOSTO SUICÍDIO DE ODILAINE UGLIONE

Foto reprodução RBS TV

Marcelo Mendes Lech, o Delegado que está conduzindo as novas investigações sobre o suposto suicídio de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, fato ocorrido em 10/02/2010 no consultório do marido, o médico Leandro Boldrini, ouviu  nesta manhã de sexta-feira, 09/10/2015, a enfermeira Graciele Ugulini. Na ocasião da morte de Odilaine, Graciele já se relacionava com Leandro Boldrini.

Em maio de 2015, após laudos particulares questionarem a hipótese de suicídio, indicarem que a carta encontrada na bolsa de Odilaine teria sido escrita pela secretária de Leandro Boldrini, a senhora Andressa Wagner e ainda apontar a possibilidade de uma terceira pessoa no local na hora da morte de Odilaine, o caso foi reaberto, não antes de sucessivas tentativas por parte da Família Uglione de reabrir o caso.

Por volta das 9:00 hs, Graciele Ugulini foi conduzida da Penitenciária Estadual de Guaíba, região Metropolitana de Porto Alegre para a delegacia na mesma localidade e cerca de uma hora depois, ela iniciou seu depoimento a respeito da morte da mãe do menino Bernardo. O fim do depoimento se deu por volta de 12:00 hs e logo após Graciele embarcou em uma van que a esperava no pátio da delegacia, retornando ao seu destino onde aguarda julgamento pela morte do enteado, Bernardo Uglione Boldrini. 

A enfermeira Graciele Ugulini é uma das quatro acusadas pelo assassinato do menino Bernardo, sendo ela sua principal executora com uma injeção letal do medicamento Midazolam, respondendo por homicídio quadruplamente qualificado.O delegado e a madrasta não quiseram conceder entrevista e por esse motivo, o conteúdo do depoimento não foi divulgado.

Delegado Marcelo M. Lech:
- "Sigo com a mesma lógica: só ao final (da investigação) vou me manifestar pontualmente sobre cada diligência. Agora não falarei nada para não prejudicar outras diligências."

Ainda não há prazo para a conclusão do inquérito do caso Odilaine Uglione.

Delegado Marcelo M. Lech:
- " Não tem data para a chegada dos laudos e nem da conclusão do inquérito. Vamos continuar com o trabalho até quando for necessário para elucidar o caso."


Sob um forte esquema de segurança, Graciele Ugulini foi reconduzida à Penitenciária Estadual de Guaíba. Foto de Daniel Fávero / G1.

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OBSERVAÇÃO: pela duração do interrogatório, parece que Graciele Ugulini quis colaborar com a Polícia, contrariando seu procedimento de 21/05/2015. Será que ela falou sobre a "menina morta"? Será que seu depoimento ficou pior do que a verdade, como em 14/04/2014? O que fica claro é que o Delegado teve muita coisa que perguntar à madrasta. Caminhamos para os instantes finais do caso Odilaine Uglione. Não temos a intenção de vingança, nunca tivemos e nem poderíamos... queremos apenas a exata, imparcial, irrestrita e total...

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!



TEM UMA MENINA MORTA LÁ EMBAIXO

(Trechos do depoimento de Amélia Rebelato, mãe de Leandro Boldrini, à Justiça em 11/11/2014):

O Advogado de defesa de Evandro Wirganovicz pergunta à mãe de Leandro Boldrini:

Defesa de Evandro:
- "Bom, a senhora esteve então no domingo lá, pelo que a senhora recorda? Na casa de Leandro em Três Passos? É isso"?

Mãe:
- "Não, foi dia de semana, porque eu ia só em dias de semana".

Defesa:
- "Pode ter sido três a quatro dias mesmo (do desaparecimento de Bernardo), como a senhora afirmou?

Mãe:
- "É'.

Defesa: 
- "Muito bem. Como é que a Graciele se comportou, naquele dia, como é que ela estava"?

Mãe:
- "Estava muito quieta, a gente percebia que estava quieta, estava diferente".

Defesa:
- "No momento em que o Leandro perguntou, disse pra ela, afirmou para ela, eu sou inocente, mas você vai ficar na 'caixinha', a caixinha é o que, prisão?

Mãe:
- "Prisão, correção, digamos assim, da polícia, né"?

Defesa:
- "Qual foi a reação de Graciele quando ele disse isso"?

Mãe:
- "Ficou quieta".

Defesa:
- "Ficou quieta? Ela demonstrou com o olhar alguma forma de resposta, ou não"?

Mãe:
- "Sim, ela disse assim: 'Mas embaixo tem uma menina morta''. Aquilo era um disfarce, alguma coisa, menina morta coisa nenhuma'".

Defesa:
  "Ali embaixo, onde seria"?

Mãe:
- "Para baixo da casa , né, ela olhou assim pela janela e disse: 'Ali embaixo tem uma menina morta'. Não acredito, não acredito nessa versão dela."

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