sábado, 8 de outubro de 2016

A motivação patrimonial que levou Bernardo Uglione Boldrini à morte


 NESTA SEXTA-FEIRA. O PRIMEIRO GRUPO CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL DECIDIU E SEGUE SENTENÇA DE PRONÚNCIA QUE LEVA A JÚRI POPULAR, OS QUATRO ACUSADOS DA MORTE DO MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI


Foto: reprodução

O Tribunal de Justiça (TJRS) julgou nesta sexta-feira, 07/10/2016, mais um recurso da defesa  contra a sentença de pronúncia dos réus do Caso Bernardo Uglione Boldrini, assassinado em 04/04/2014 pela madrasta Graciele Ugulini em conluio com o pai biológico do menino, o médico Leandro Boldrini e que contou com a ajuda de mais dois comparsas: Os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz (grifo nosso).

Desta vez, o 1º Grupo Criminal do Tribunal de Justiça analisou embargos infringentes movido pela defesa do médico Leandro Boldrini. Os advogados tentavam afastar a qualificadora de motivo patrimonial para o assassinato. O 1º Grupo Criminal, no entanto, por quatro votos a três, manteve o motivo torpe para os réus Leandro Boldrini  e Graciele Ugulini.

A Justiça do  Rio Grande do Sul também, na mesma data, manteve a sentença de pronúncia que manda a júri popular os quatro acusados da morte do menino Bernardo Boldrini, na cidade gaúcha de Três Passos, no norte do Rio Grande do Sul. 

Respondem também pelo crime, os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. A decisão é e foi tomada pelo 1º Grupo Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que reúne integrantes das 1ª e 2ª Câmaras Criminais do órgão. Os magistrados analisaram os embargos infringentes, um recurso exclusivo da defesa, que se fundamenta na falta de unanimidade na decisão colegiada.

Isso só foi possível porque em  sessão de abril de 2016, o desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto acompanhou o voto do relator, desembargador Sylvio Baptista Neto, para manter a pronúncia dos acusados, mas divergiu em relação ao motivo torpe aos réus Leandro Boldrini e Graciele Ugulini. 

De acordo com a acusação, o casal desejava impedir a partilha de bens com a vítima quando Bernardo atingisse a maioridade. Também, conforme o Ministério Público, o motivo torpe estaria caracterizado mediante a promessa de recompensa à Edelvânia, que teria recebido uma quantia em dinheiro para participar do crime.

Investigação e julgamento

Desde abril de 2014, os quatro réus estão presos, e atualmente aguardam julgamento: o médico cirurgião Leandro Boldrini, pai da criança, a madrasta Graciele Ugulini, a amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão Evandro Wirganovicz. A Polícia Civil investigou e concluiu que o menino morreu em razão de uma superdosagem do sedativo Midazolan. Graciele e Edelvânia teriam aplicado o medicamento que levou o garoto à morte.

 Depois, as duas teriam recebido ajuda de Evandro Wirganovicz para cavar a cova e ocultar o cadáver. A denúncia do Ministério Público ainda apontou que Boldrini foi o mentor de todo o crime. A Justiça decidiu pelo júri popular para os quatro. No entanto, as defesas de Boldrini, Graciele e Evandro recorreram. O recurso começou a ser analisado em janeiro, foi suspenso e retomado nesta quarta-feira (20).
A decisão foi mantida.

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos. O corpo dele foi encontrado dez dias depois, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio em Frederico Westphalen.
Os réus são acusados pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (Leandro e Graciele), triplamente qualificado (Edelvânia Wirganovicz) e duplamente qualificado (Evandro Wirganovicz), ocultação de cadáver e falsidade ideológica (neste caso, só Leandro Boldrini), conforme a denúncia do Ministério Público.
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OBSERVAÇÃO: a motivação para o assassinato de Bernardo Uglione foi patrimonial. Odilaine Uglione, mãe de Bernardo estava para receber uma indenização de 1,5 milhão em valores de 2010, além de uma pensão de dez mil mensais.

Após escrever uma carta supostamente suicida, que não condizia em nada com a realidade que vivia (de brigas e traições) e ainda por cima, deixava todo o seu patrimônio para o marido Leandro Boldrini, em detrimento do próprio filho menor de idade e também da mãe idosa e doente, dentro do consultório do marido, ela tirou a própria vida: acredite quem quiser.

Doutor Marlon Taborda, por favor, nos dê notícias: recorra até às últimas consequências também sobre o caso de Odilaine Uglione.


JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

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