sábado, 5 de dezembro de 2015

Advogado defende acareação entre Edelvânia Wirganovicz e Graciele Ugulini


ADVOGADO DA FAMÍLIA UGLIONE DEFENDE A NECESSIDADE DE ACAREAÇÃO ENTRE EDELVÂNIA WIRGANOVICZ E GRACIELE UGULINI


Foto: arquivo pessoal


Na terceira entrevista que Edelvânia Wirganovicz falou a respeito de sua participação na morte de Bernardo Uglione Boldrini, tentando se safar da acusação de crime hediondo envolvendo criança, ela agora nega que o crime tenha sido premeditado afirmando que o menino apenas ingeriu comprimidos e não que recebeu injeção letal como havia dito em interrogatório de 14/04/2014 à Polícia Civil de Três Passos/RS.

O que mais chama a atenção na entrevista concedida ao Jornal Zero Hora em 11/11/2015, é ela saber detalhes sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo, chegando inclusive a denunciar Caroline Bamberg como parte da trama, mas essa acusação foi prontamente rebatida pela Delegada da Polícia Civil, responsável pelo inquérito que investigou o suposto suicídio de Odilaine em 10/02/2010 e também o assassinato de Bernardo e  que acabou levando para detrás das grades, os quatro acusados.

O Doutor Marlon Taborda, advogado da família Uglione ressalta que parte das novas revelações de Edelvânia não tem outro objetivo a não ser o de tentar diminuir a dimensão do crime, já que parte de suas afirmações não tem nenhum respaldo dentro do processo, em face das evidências que foram colhidas durantes as investigações em abril de 2014.

No sábado seguinte, 14/11/2015,  foi a vez do Doutor Marlon Taborda falar pela Rádio Província de Porto Alegre/RS, no Programa Tribuna Popular, sobre a entrevista de Edelvânia. O advogado destaca a leitura corporal de Edelvânia ao se referir aos acontecimentos que resultaram na morte do pequeno Bernardo, demonstrando que ela não estava sendo verdadeira. Mas ao se referir ao suposto suicídio de Odilaine Uglione, acendeu para ele um sinal vermelho, porque a família de Odilaine sempre defendeu a ideia dela ter sido assassinada. 

Nessa parte das declarações de Edelvânia, sua fala e expressão denotam profunda convicção, principalmente quanto relata  as confidências de Graciele Ugulini feitas a ela a respeito da morte de Odilaine. De acordo com o Advogado, ele confirma que já solicitou ao Delegado Marcelo Mendes Lech, que as revelações de Edelvânia, concernentes a morte de Odilaine sejam devidamente apuradas. O Doutor Marlon Taborda alega que existem no processo policial iniciado em maio de 2015 e  conduzido pelo Delegado Marcelo Mendes Lech, evidências de pagamentos que foram inclusive, validados em cartório.

Doutor Marlon Taborda:
- "Temos documentos que corroboram no mesmo sentido e trazem elementos mais concretos. Estamos tratando a declaração como mera coincidência, pois como chegaria até a ré, presa numa penitenciária de forte segurança, essa informação contida no inquérito policial que transcorre sem muita publicidade"?

O Doutor Marlon Taborda pede que seja feita a acareação das declarações de Edelvânia Wirganovicz com os novos elementos atrelados ao inquérito de Odilaine, reaberto em maio de 2015 por determinação judicial.

Doutor Marlon Taborda:
- "Caso a apuração chegue a um nível elevado e fique clara a possibilidade de que houve suborno a chefe das investigações ocorridas em 2010, vou pedir que o material seja encaminhado para a Corregedoria da Polícia Civil. 

O Advogado reiterou sua certeza de que o assassinato de Bernardo tenha sido cometido pela crença na impunidade, pois os autores se sentiram compelidos a executá-lo, por não terem sido punidos no passado pelo crime que vitimou Odilaine Uglione.

Douotr Marlon Taborda:
- "Acredito que as duas mortes tiveram relação, por isso queremos que tudo seja resolvido. Não podemos permitir que pessoas cometam delitos, na certeza da impunidade".

O Doutor Marlon Taborda ressalta que o acompanhamento da inclusão das novas provas que se somam ao processo dia a dia é realizado em tempo real, sendo o procedimento classificado por ele como robusto e bem instruído.

Doutor Marlon Taborda:
- "É um inquérito multidisciplinar no que diz respeito à abordagem dos fatos. Estamos aguardando os resultados de exames técnicos que poderão colaborar em algumas circunstâncias ou afastá-las, mas não serão provas isoladas".

Segundo o Advogado, a preocupação maior agora não se refere ao prazo final para a conclusão das investigações, mas sim aos trabalhos  que estão sendo efetuados no sentido de se elucidar todos os fatos obscuros. Ele elogia o empenho e o comprometimento da Polícia Civil em relação às diligências aplicadas ao caso, no intuito de colocar  a limpo todas as circunstâncias ligadas ao suposto suicídio de Odilaine.

No Programa Tribuna Popular,o Doutor Marlon Taborda acentuou que muitos elementos confirmam que Odilaine não tinha a intenção de se matar, visto que até uma transportadora tinha sido contratada para fazer sua mudança até Santa Maria/Rs, onde passaria a residir com o filho, depois que se separasse do marido, o médico Leandro Boldrini.

Doutor Marlon Taborda:
- "A questão patrimonial também não poderia ser motivo para o suicídio, pois já tinha em andamento um processo de separação e partilha de bens".

O Advogado disse considerar estranha a demora do Instituto Geral de Perícias (IGP) em devolver as Autoridades Policiais os resultados das análises grafoscópica, grafológica e do exame de balística que deverá demonstrar o trajeto do projétil de arma de fogo que penetrou no crânio de Odilaine. Conforme o Doutor Marlon Taborda, laudo emitido recentemente confirma que a bala que matou Odilaine não saiu da arma encontrada no consultório do doutor Leandro Boldrini, em 10/02/2010.

O Doutor Marlon Taborda critica o inquérito policial produzido anteriormente, sendo que a averiguação dos fatos foi feita de maneira muito superficial, deixando muitos indícios importantes sem a devida comprovação.

Doutor Marlon Taborda:
- "Pessoas que foram novamente convocadas para os depoimentos nesta nova fase das investigações, disseram que em 2010 responderam pouquíssimas perguntas, por isso afirmo que o inquérito foi superficial".

O Advogado ainda complementou sua fala, referindo-se à atmosfera de suicídio que foi criada em torno de Odilaine Uglione.

Doutor Marlon Taborda:
- "Por todos os elementos de provas juntados até agora, eu não acredito na possibilidade de suicídio".

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OBSERVAÇÃO: Nem nós, Doutor Marlon Taborda, nem nós!

JÚRI POPULAR URGENTE PARA BERNARDO UGLIONE BOLDRINI E JUSTIÇA PARA ODILAINE UGLIONE!


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