Três Passos,
cerca da casa dos Boldrini foi transformada em memorial para Bernardo.Foto:
Marcelo Oliveira / Agencia RBS.
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/09/as-falhas-na-rede-de-protecao-que-nao-salvou-ber
( Zero Hora faz um retrato comovente da trágica história de Bernado Uglione Boldrini - Acessem, por favor, o endereço acima).
SUCESSO INTERROMPIDO
" - Bernardo, se tu fosse personagem de história, qual gostaria de ser?"
" - Nenhum. Ninguém me conta histórias".
O Jornal Zero Hora de 27/09/14 (veja endereço acima), traça o caminho percorrido por Bernado Uglione Boldrini à procura de uma ajuda que nunca chegaria, tendo sua vida ceifada precocemente aos 11 anos de idade. Um guerreiro que na medida de seus esforços, foi um sobrevivente desde os 7 anos. E foi somente à custa de muita enganação, de ardil covarde e criminoso que conseguiram tirar-lhe a vida.
O Conselho Tutelar da cidade de Três Passos se recrimina, o que poderia ter sido feito de mais concreto para poupar a vida de Bernardo? Mas o medo que tiraniza e enfraquece as decisões também levaram as pessoas a tapar os ouvidos para não escutar os gritos de socorro de Bernardo. Afinal: como ir contra um médico tão conceituado na região? Havia também a possibilidade de algum processo, talvez por calúnia.
Os agentes do Conselho Tutelar informam que as pessoas dificilmente denunciam, não querem se intrometer em problemas alheios.
Sejamos intrometidos, dedos-duros, alcaguetas, seja lá do que quiser nos chamar. De que adianta chorar o leite derramado?
Com todo um histórico de maus tratos e violência, segundo a Delegada Caroline Bamberg, nenhum relatório chegou às suas mãos, no sentido de iniciar uma investigação.
Ainda bem que na sua curta vida, Bernardo teve a sorte de contar com pessoas amigas como a Família Petry, que conseguiram mitigar-lhe um pouco seu sofrimento e proporcionar-lhe uma ínfima parcela de felicidade que lhe era devida em vida, afinal não viemos ao mundo para sofrer, isso nunca é a vontade de DEUS.
Houve falha na rede de proteção? Não sabemos. Quem poderia supor que o sofrimento de Bernardo fosse terminar de modo tão contrário à sua vontade, que seu próprio pai fosse capaz de ato tão indigno? Leandro Boldrini chegou a ser advertido pelo Juiz Fernando, da Comarca de Três Passos a mudar suas atitudes com o filho, mas a madrasta Graciele Ugulini nunca foi procurada para esclarecimentos. Ela se limitou a ficar nos bastidores, tramando a morte do garoto.
A promotora Dinamárcia diz não haver nenhuma anotação a respeito do caso de Bernardo, mas ela guarda no coração, as palavras do menino:
- "A minha madrasta é uma bruxa, ela me xinga de tudo que você possa imaginar, e o meu pai dá razão para ela. Eu não tenho comida de noite porque não tem tata (empregada, babá). Eu tenho que tomar leite, comer banana, fazer ovo cozido ou então eu vou comer na casa dos meus colegas. Não tenho a chave de casa, ela briga comigo e eu tenho que esperar 10 e meia da noite o pai chegar para eu poder entrar em casa. E eu não aguento mais isso. Deram todos os meus cachorros. E hoje foi a gota d'água, porque ela me chamou de veadinho e eu atirei um copo nela. O copo não pegou, mas eu estou com medo, estou cansado, eu nunca tinha feito isso de atirar um copo nela. Então, eu não quero mais ficar naquela casa. Eu estou na casa da tia Ju (Juçara Petry). E eu queria te dizer assim, promotora: eu quero que a tia Ju e o marido dela sejam meus novos pais, porque eu quero ter pais com amor".
Juçara Petry se lembra do menino chegar em sua casa com profundas olheiras. Bernardo diz a Dinamárcia que estava cansado, mas ele se esqueceu de dizer que estava também profundamente angustiado.E enquanto Bernardo corria as floriculturas se preocupando com os preparativos para o seu querido aquário, Graciele e Edelvânia também se desdobravam na procura de ferramentas e remédio para tirar a vida do menino, com o apoio incontestável de Leandro Boldrini. O desfecho o Brasil inteiro sabe.
- "Se o Juiz, sabendo de tudo, caiu na lábia do Leandro, como nós não íamos cair?", conclui Simone Mïller, coordenadora pedagógica da escola de Bernardo e mãe do melhor amigo de Bernardo.
Agora Leandro Boldrini mudou de tática e de advogado. Quando viu que sua estadia na cadeia estava se prolongando indefinidamente, demitiu Jader Marques e colocou em seu lugar dois novos defensores: Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares. Seus novos contratados, além dos relatos de sofrimento infligidos a Bernardo e os vídeos de maus tratos ao menino apreendidos pela Polícia, ainda terão que lidar com as provas contundentes de que ele é o mentor intelectual do crime, a pessoa com mais inteligência pra bolar o plano e engendrar álibis a fim de sair impune. Veja o porquê:
1º - Um homem frio e calculista: pelo que sabemos, nenhuma lágrima ele derramou ao longo dos acontecimentos.
2º - Ele proibiu os familiares de dar qualquer entrevista a respeito do caso. Poderiam falar demais?
3° - Um homem sai desatinado a procura do filho, já nos primeiros dias do desaparecimento do menino, lembrando que Bernardo passava mais tempo na casa de conhecidos do que na própria casa.
4º - A recomendação era de que Bernardo deveria ficar com o celular e ligar de volta sempre que fosse preciso. Conforme testemunhas, Leandro nunca ligou para o filho. Entretanto no dia 04/04/14, dia do desaparecimento de Bernardo até 06/04/14, dia do registro do boletim de ocorrência, ele realizou quatro chamadas para o celular do garoto. Sabendo pela mulher Graciele que o menino se encontrava na casa do amigo Lucas.
5º - Leandro Boldrini entrou em contato com uma rádio local para denunciar o desaparecimento de Bernardo. Ouvindo a gravação, a voz do médico não denota nenhuma emoção e ele se recusa a fornecer um número pessoal de contato. E ele se refere a Bernardo no tempo passado: "o menino que morava com a gente".
6º - Cartazes com a foto de Bernardo foram espalhados por Três Passos e cidades circunvizinhas. O autor da ideia de fazer os cartazes, relembra que quase teve que pedir desculpar a Leandro pela sugestão, tamanho seu aborrecimento.
7º - Quando a Polícia interrogou Leandro, ele disse que "sempre ligava para Bernardo para saber onde ele estava e não se preocupou com o fato de Bernardo não ter atendido o celular". (?). Celular este que Bernardo ganhou de conhecidos, bem simplezinho, só dava para fazer ligações. No início do sábado ele ligou novamente para o celular do filho: Bernardo já estava morto. Ele então resolveu ir com a mulher para uma festa noturna em Três Rios, onde foi visto bebendo, fumando charuto e criando confusão com os seguranças da casa por conta de uma carteira perdida. No Domingo, ele encontrou com um amigo no centro de Três Passos e comunicou alegremente que havia localizado a carteira , sem tocar no nome de Bernardo. A outro amigo, no mesmo local ele pergunta se havia visto o menino, já tecendo álibis.
8° - Na segunda-feira, 07/04/14, quarto dia do desaparecimento de Bernardo, segundo testemunha, Leandro chegou cantarolando no hospital.
9º - Quando Leandro e Graciele iam na Delegacia saber notícias de Bernardo, A Delegada Caroline Bamberg diz que estranhamente eles pareciam felizes, principalmente Graciele, por não saber do paradeiro do menino.
10º - Quando a Delegada Caroline comunicou aos dois que o menino estava morto, a reação de Leandro novamente foi mais fria que a simulada reação de Graciele.
11º - Graciele afirmou a Sandra Cavalheiro que Bernardo só não estava morto, porque Leandro ainda não havia achado um poço para enterrá-lo.
12º - Gravações do celular de Leandro que foram apagadas e depois recuperadas pela Polícia, revelam situações de sadismo e provocação por parte de Leandro e Graciele, chegando ao ponto de citar o nome de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo, morta em 2010, exasperando o menino ainda mais, certamente com o intuito de intimidá-lo, nas suas tentativas de denunciá-los ao Juiz.
13° - Quando o Jornal Zero Hora entrevista Leandro na Penitenciária de Charqueadas ele diz que não gravou nenhum vídeo de Bernardo, mas a Delegada informa que Leandro levou uma gravação de Bernardo com o facão na Delegacia, dizendo que era para se precaver? De quê? A pessoa que o atendeu pediu a ele reportar o caso ao Conselho Tutelar.
14º - De acordo com revelação da mãe de Leandro, ela esteve na sua casa na época do desaparecimento de Bernardo e ele disse, apontando para Graciele. - " vai acabar numa caixinha e vai sofrer muito". Se ele sabia do assassinato, por quê não denunciou a mulher?
15° - Quando ele vai preso, ele pergunta a Graciele: - " estou envolvido nisso?". Ela responde: - " não". Ou seja, para bom entendedor um pingo é letra: a combinação é que ele não deveria ser envolvido no crime, apesar de compactuar com a desgraça de Bernardo. Ele, claramente a repreende, por não ter sido mais cuidadosa.
16° - Quando a enfermeira que trabalha na clínica de Boldrini, alerta Graciele sobre o sumiço de ampolas de Midazolam, Leandro não esboça qualquer reação, fixo no trabalho que estava executando, como se já soubesse do destino das mesmas.
17º - Ganância pelos bens de Bernardo. A herança deixada pela mãe Odilaine seria todo dele por ser filho único. Leandro e Graciele não queriam dividí-la com o menino. Conforme palavras da própria Graciele: - " este menino quando fizer dezoito anos, vai nos tirar tudo".
18º - Negligência material e afetiva: o menino vivia perambulando pelas ruas de Três Passos, doente, faminto e mau vestido, mendigando a atenção de conhecidos. Apesar da condição financeira do pai, Bernardo andava sem um real no bolso. Inclusive, uma das reivindicações feitas por ele a promotora Dinamárcia era de poder levar lanche para a escola. Ele era ridicularizado pelos colegas por estar sempre pedindo a porção dos outros. No dia que a madrasta cozinhava, ele era proibido de comer.
19° - Nas fotos do facebook, Bernardo não aparece nas fotos de família. Como isso seria uma constante, eles já se preparavam para o desaparecimento do garoto.
20º - Leandro Boldrini se nega a passar por detector de mentira da Polícia e contrata um particular para lhe ministrar o teste. Durante todo o interrogatório, o tom de voz do médico não apresenta nenhuma alteração como se já soubesse o teor das perguntas e se preparado para elas. Adivinha se ele passou no teste?
21º - No dia anterior ao crime, de acordo com testemunha, Bernardo foi muito bem tratado em casa, chegando inclusive a brincar com a irmãzinha, coisa que estava proibido de fazer pela madrasta. Comeu peixe e disse ter gostado muito ( já que o usual era comer ovo cozido). Empregadas da casa comentaram que essa situação era coisa anormal de acontecer. Foi-lhe permitido inclusive ficar na posse de um aquário que lhe seria doado por um amigo e de uma TV que seria comprada por Graciele.
22º - Palavras de Leandro Boldrini, de acordo com o médico Ambrósio Celestino Scimdt: - " hoje sumir com um corpo é muito fácil". O local onde Bernardo foi enterrado é um lugar ermo, distante e de difícil acesso. Não fosse o empenho da Polícia, que de posse de um recibo de compra de um extintor de carro, em um posto de gasolina, ao lado do apartamento de Edelvânia, solicitado as imagens das câmeras, Bernardo estaria desaparecido até hoje.
23º - Leandro alega não ter conhecimento das transações financeiras da mulher, mas até o valor de R$ 1.400,00 da TV de Bernardo ficou registrado no seu celular. O valor inicial de R$ 6.000,00, adiantado de um total de R$ 20.000 e recebido por Edelvânia (pasmem, a mulher foi cúmplice na morte de Bernardo por R$ 6.000,00!!!!), passou para R$ 90.000,00 e isso somente depois da morte do menino.
24º- Leandro assinou a receita do Midazolan comprimido para Edelvânia, que comprou o medicamento numa farmácia em Três Passos. Edelvânia morava em Frederico Westphalen. Ele alega que não a conhecia até ela ser presa, mas ele chegou inclusive a trabalhar com seu irmão Evandro Wirganovicz em um hosptial. Edelvânia era amiga antiga de Graciele, inclusive chegaram a morar juntas. Andressa Wagner, secretária do médico na época, informa que Edelvânia esteve sim no consultório, inclusive recebendo uma receita feita especialmente para ela.
25º - Em 2010, O IBGE informava que a população de Três Passos era de 23.965 pessoas. A receita do Midazolan para Edelvânia foi comprada em farmácia de pessoa muito amiga de Leandro e ele era um médico muito conceituado na cidade. Com certeza, muitas receitas do médico tinham entrado nessa farmácia. Remédio controlado quando adquirido em farmácia, dá até um certo constrangimento, de tantos dados pessoais que os atendentes pedem. Na pior das hipóteses, se houve uma falsificação, a pessoa que a fez passou muito tempo estudando-a, pois o médico não esclareceu se a assinatura estava muito diferente.
26º - Observe relato dos delegados: um dia depois de Leandro registrar o Boletim de Ocorrência do desaparecimento de Bernardo, a Polícia vasculhou a casa. Naquele dia, no estojo de Bernardo, não havia nem chave e nem controle do portão. Mas misteriosamente, quando voltaram à casa dois dias depois, chave e controle reapareceram no estojo. Quem não deve, não teme.
27º - Leandro nunca defendia Bernardo de Graciele. Ao contrário, os dois se uniam para espezinhar e torturar uma criança de apenas 11 anos de idade.
28º - Ganância e ódio de Graciele por Bernardo, tornaram-na uma isca perfeita para as manobras de Leandro Boldrini. Fria e calculadamente, os dois arquitetaram um plano para o assassinato, achando que no fim sairiam impunes, contando com a fraqueza de Edelvânia por dinheiro e que acabou também arrastando o irmão para a ruína.
29º - Leandro Boldrini desafiou toda a autoridade e a sociedade Três-passense. Apesar da advertência, do conhecimento da condição desumana em que Bernardo vivia, nada o amedrontou e arvorado em todo-poderoso, dispôs da vida do filho.
30º - Segundo o próprio Boldrini, quando ele se juntou à Graciele, um ou dois meses depois da morte da esposa Odilaine, ele disse ao irmão que a conhecia há muito tempo e um parente confirmou que eles eram casados há 6 (seis) anos.(?). Odilaine vivia com Leandro e ela supostamente cometeu suicídio em 10 de fevereiro de 2010, quando ele pediu o divórcio. O pedido de reabertura de inquérito para apurar a morte de Odilaine foi recusado pelo Juiz, por não ter fatos novos fatos que o justificassem. Não estamos criando teoria de conspiração, estamos apenas esboçando dados que o Brasil inteiro conhece. Infelizmente, quanto mais tempo passa, mais difícil fica a solução de um caso, devido a perda de provas importantes.
31° - Na hipótese de que seus advogados consigam tirá-los da cadeira, Leandro Boldrini e Graciele Ugulini carregarão consigo uma nódoa que jamais se desfará em toda as suas existências.
32º - Os vídeos apreendidos do celular de Leandro Boldrini mostram Bernardo em situação de estresse máximo. De acordo com Jair Mari, professor do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP): " é uma situação de estresse máximo, onde temos uma criança acuada, que está em franco desespero, desamparo. Estamos observando aqui "tudo aquilo que não deve ser feito".
(g1.globo.com/rs)
33º - O professor do departamento de psiquiatria da UFRGS, Luís Augusto Rohde explica como o pai de Bernardo deveria agir: " é importante em situações que a criança está descontrolada poder abraçá-la, poder contê-la, poder mostrar que alguém a ajude a se controlar". Ou seja, demonstrar amor, coisa que Leandro estava longe de sentir por seu filho.Por isso, a sua preocupação em apagar as imagens.
(g1.globo.com/rs)
34° - Com referência a receita do Midazolam: "O senhor tinha receitas assinadas em branco? Pergunta o Jornal Zero Hora a Leandro Boldrini: " às vezes, a secretária dizia: Doutor, vai vir o seu João trocar a receita". Eu assinava, mas era específica para uma pessoa. Não é que eu deixava no consultório 20 receitas assinadas. Não! Isso é bem controlado". Se é bem controlado, ele deixou uma receita assinada e certamente deve se lembrar quando a secretária chegou e lhe disse: Doutor, a dona Edelvânia vai vir pegar a receita. Lembrando que Edelvânia comprou o medicamento em certa farmácia em Três Passos e não em sua cidade de origem.
35º - "Quando eu soube da morte de Bernardo eu não esbocei nenhuma reação, porque estava sobre efeito de remédio" - diz Leandro. Não! O susto de se ver descoberto foi tão grande, que o deixou sem reação. A opção foi ficar impassível. Infelizmente muitos pais matam seus próprios filhos, veja caso Isabela Nardoni. Mas o que surpreende nesse caso específico, são dois fatos semelhantes acontecerem partindo de um único médico: a morte da primeira esposa dentro do seu consultório e agora a do filho, morto com medicamentos usados em sua clínica. Onde ficou esquecido o cuidado com as pessoas?
RELEMBRANDO: A propósito, Isabela Nardoni faria 11 anos em abril de 2014, mesma idade de Bernardo quando morreu. Outra triste coincidência: ambos foram mortos pelas madrastas, com o auxílio e conivência dos próprios pais biológicos.
Juramento do Médico
"Eu solenemente, juro consagrar a minha vida a serviço da Humanidade. Darei como reconhecimento aos meus mestres, meu respeito e minha gratidão. Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade. A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação. Respeitarei os segredos a mim confiados. Manterei , a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica. Meus colegas serão meus irmãos. Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes. Manterei o mais alto respeito pela vida humana desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às da natureza. Faço essas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra". (Fórmula de Genebra, adotado pela Associação Médica Mundial em 1983). Extraído de Wikipédia.org. Acesso em 28/09/14.