quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Caso odilaine Uglione: perda de prazo de recurso

PERDA DE PRAZO DE RECURSO 



Odilaine e Bernardo Uglione Boldrini


A população pode muitas vezes, colaborar com a Justiça. Digo isso, referindo-me ao laudo elaborado por técnicos particulares a pedido de Jussara Uglione, sobre a morte de sua filha Odilaine Uglione Boldrini, ocorrida em 10/02/2010, dentro do consultório do marido, Leandro Boldrini, supostamente por suicídio. O TJRS não acatou a solicitação de reabertura do processo para investigar a morte suspeita de Odilaine, de acordo com a mãe e advogado da família.  A família contesta a versão de suicídio quando ela teria chegado ao local de trabalho do marido e ali de posse de um revólver 38, tirado a própria vida, tendo como testemunha ocular do fato, o próprio Leandro Boldrini. A secretária de Leandro na época, Andressa Wagner, juntamente com mais sete pessoas, estas para atendimento médico, encontravam-se no local, mas ninguém viu o que aconteceu, apenas o estampido da arma e quando o médico saiu correndo da sala, pedindo socorro.

O pedido de desarquivamento do processo foi indeferido, por força de intempestividade: conforme o artigo 195, § 2º , do Código de Organização Judiciária do Estado do Rio Grande do Sul (COJE), o prazo pra pedir "Correição Parcial" (instrumento usado na correção de erros de procedimento derivados de atos e omissões do juiz/Lei Federal 5.010/66 - art. 6º e 9º), é de 5 dias, contado a partir do dia , em que conforme o caso, acusação ou defesa " tomam ciência do ato ou despacho que lhe der causa".

- "Desta forma, publicada a nota no dia 21/08/14, tem-se como termo inicial o dia 22/08/14 e final em 26/08/14, conforme o disposto no artigo 195, § 2º do COJE. Todavia, a presente Correição Parcial só veio a ser interposta em 29/09/14, ou seja, um mês e três dias após o esgotamento do prazo legal".
- "De qualquer forma, não pode o Tribunal analisar as perícias junto ao feito, sem que tenham sido devidamente apreciadas pelo magistrado de 1ª instância, sob pena de suspensão da instância. Mesmo depois da autoridade judiciária ordenar o arquivamento de um inquérito policial, poderão ainda ser realizadas investigações subsequentes pela autoridade policial, a partir de provas substancialmente novas, nos termos do artigo 18, do Código de Processo Penal" - afirma a juíza Rosane Ramos de Oliveira Michels. Participantes do julgamento: desembargador José Antonio Cidade Pitrez (presidente da 2ª Câmara Criminal) e o juiz convocado José Ricardo Coutinho Silva, que concordaram com o voto da relatora.

Nesse caso, como o advogado, mesmo ciente da decisão judicial, disponibilizada no Diário Eletrônico da Justiça, não tenha recorrido em tempo hábil, sobre essa mesma decisão não cabe mais recurso. Entretanto, o advogado, Doutor Marlon Taborda, apesar de não apresentar justificativa quando à perda do prazo para recurso, confirma que não é o fim da linha para o deslinde desse processo. O Ministério Público ainda não deu seu parecer (?) sobre o laudo técnico realizado por um perito particular, cujo teor possui indícios de que Odilaine não cometeu suicídio. Outros parentes também suspeitam dessa morte. Estarão eles, também equivocados?

A perda do prazo para recorrer da decisão judicial é algo lamentável, vamos pensar que possa ter sido uma estratégia do advogado para continuar insistindo na solução desse caso. 

Fonte: Jornal Zero Hora. Disponível em: <zh.clirbs.com.br/notícias/bernardo/uglione>. Acesso em 22/12/14

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Edelvânia Wirganovicz Chora E Inocenta O Irmão


EDELVÂNIA WIRGANOVICZ CHORA E INOCENTA O IRMÃO.





Edelvânia Wirganovicz inocenta o irmão Evandro


Em entrevista ao Jornal " O Alto Uruguai" e chorando muito, Edelvânia inocenta o irmão Evandro Wirganovicz e implora ao Juiz que o deixe passar o natal com os filhos e a mãe. Acompanhado de seu advogado, Demetryus Grapiglia, ela reiterou que Evandro não teve nada a ver com o crime.
- " Eu não matei o Bernardo, eu só fui fazer a cova", nada mais.
- " Foi um rolo que colocaram ele, não foi ele, jamais".
- " Os filhos e a mãe estão sofrendo, ele é inocente".

Palavras de Edelvãnia Wirganovicz sobre um crime que chocou o país, o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, em cumplicidade com o pai biológico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini. Evandro, além de Evandro Wirganovicz, o irmão que também é acusado de participação no 
delito.

Quando Edelvânia relata que não matou Bernardo, que só fez a cova, ela fala com firmeza e quase não pisca. Ao discorrer sobre a inocência do irmão Evandro, começa a piscação. Antigamente se dizia que quando uma pessoa começava a piscar muito, ela estava mentindo. E quando ela fala com o advogado, ele quase não a olha nos olhos. Quem colocou o Evandro no rolo, não foi  ninguém a não ser ela própria  e, muito provavelmente por dentro, ela dever estar se corroendo pela esparrela em que colocou o irmão. Ela tem contas a acertar com os filhos e a mãe dele.

Edelvânia não fez nada de mais, ela só abriu a cova para Bernardo, portanto, na sua concepção, o irmão também não fez nada que justificasse sua prisão, afinal ele não matou Bernardo. Ela esquece do Midazolam que comprou para dopar Bernardo, do lugar ermo escolhido para enterrar o menino, da compra das ferramentas, do envolvimento do irmão para ajudar na abertura da cova, das suas idas à clínica de Leandro Boldrini, para pegar a receita da compra do Midazolam e quando do desaparecimento do menino. Do dinheiro recebido e que iria receber: um total de R$ 90.000,00 para abrir uma simples cova?

OBSERVAÇÃO: Edelvânia Wirganovicz só abriu a cova para enterrar Bernardo, como se isso fosse muito pouco: ela não diz que ajudou a dopar Bernardo com Midazolam na sua própria casa, adquirido de receita assinada por Leandro Boldrini, para levá-lo à morte. Não diz como ela e o irmão Evandro escolheram o lugar para enterrar Bernardo e quem ajudou quem a escavar o buraco. Desde a hora (13:59 hs) em que Bernardo, Graciele e Edelvânia saem no seu carro, até a hora que retornam (15:32 hs), decorrem exatamente uma hora e 33 minutos. Descontando o trajeto de ida e volta, um lugar de difícil acesso, a preparação do menino, um buraco a ser cavado numa terra dura e cheia de raízes e usando  as mãos. Sim, porque o vídeo não mostra as ferramentas, ela insiste que abriu a cova e não confirma se a madrasta a auxiliou.

- "Eu não matei o Bernardo, eu só abri a cova. Evandro é inocente."
Edelvânia Wirganovicz, na minha concepção, não deve ser acusada de partícipe na morte de Bernardo. Ela deve ser acusada de co-autoria em homicídio qualificado com os agravantes de crime cometido por dinheiro, sob tortura e à traição (hediondo), praticado contra menor e com negativa de socorro (ela devia e podia agir e não  fez absolutamente nada para evitar o resultado).
Por quê só Evandro foi acusado de participação no crime, se  ele tinha a mãe e mais irmãos? Por quê o choro dele na época dos acontecimentos?  Por quê, exatamente na época do desaparecimento de Bernardo, ele começou a quitar dívidas antigas no comércio local? Por quê ele omitiu informações da Polícia? Por quê o carro dele estacionado próximo ao local da cova? Por quê a pescaria, em época que nem peixe havia direito? A quem a senhora está tentando enganar, Dona Edelvânia Wirganovicz? Durante depoimento à Justiça (ver vídeo nesse blog), Edelvânia Wirganovicz tem um dificuldade enorme para falar sobre as ferramentas usadas na abertura da cova. Em alguns trechos da entrevista, a pessoa que está colhendo o depoimento tem que colocar as palavras na boca da mulher. Com seus argumentos, vai ser difícil  tentar convencer o juiz!

Tomara o que é verdade fique bem clara nessa história, quando  juiz ou júri der seu veredito final. Por enquanto, familiares e parentes de Evandro Wirganovicz  também protestam em frente ao fórum, pedindo por sua liberdade.
Disponivel em www.oaltouruguai.com.br/publicação-15625-edelvania-chora. Acesso em 12/12/14.

Falha policial no Caso Bernardo


BM falha em não registrar ocorrência


Um policial militar da cidade de Três Passos/RS, responde a um procedimento administrativo disciplinar por uma falha ao não cumprimento do protocolo de praxe da corporação. A legislação prevê que, sob hipótese alguma, quando houver deslocamento, a Polícia deve deixar de registrar a ocorrência em documento próprio. Em agosto de 2013, ao ser acionada por um telefonema anônimo pertinente a uma briga, a BM dirigiu-se à residência do doutor Leandro Boldrini. Chegando ao local e após contato com o médico em que este dizia não ter havido nada de anormal, a Brigada deu por encerrado o assunto e hoje sabemos muito bem qual foi o desfecho.

Voltando aquele dia, Bernardo gritava por socorro na janela de sua casa, após sofrer agressão de pai e madrasta, os vídeos dessa data, apreendido pela Polícia do celular de Leandro Boldrini mostram  bem uma criança em pânico. Lembrando que nessa mesma data, na festa de dia dos pais na escola, Leandro  lhe negava carinho. O que fizeram com Bernardo que nem a Polícia desconfiou? O que foi que um anônimo viu que a Polícia não conseguiu?

Paulo Roberto do Nascimento, Comandante interino da Brigada Militar de Três Passos,  explica que realmente houve um equívoco, o policial deveria ter feito o registro do fato, a despeito da alegação de Leandro Boldrini. Nesse caso, a punição por tal erro, recai sobre o policial mais velho que atendeu ao sucedido. Normalmente e é praxe que todo policial anote a ocorrência e  ainda solicite testemunhas no local. Leandro Boldrini está acostumado a despistar a Polícia, tem feito isso há exatamente 5 anos. Que lástima!
Disponível em: www.g1.globo/rs/rio-grande-dosul/caso-bernardo-boldrini. Acesso em 11/12/14.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Preservação da memória de Bernardo Uglione Boldrini


Em carta a juiz, Leandro Boldrini pede que memória do filho seja preservada Adriana Irion/Agencia RBS
foto Adriana Irion /RBS

LEANDRO BOLDRINI PEDE QUE PRESERVEM A MEMÓRIA DO FILHO

Um pai, indignado com a exposição indevida de seu filho, resolve de dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Charqueadas, na Região Metropolitana de Porto Alegre/RS, escrever ao Juiz, responsável pelo caso, solicitar providências no sentido de se preservar a memória dele. A carta datada de 11/09/14 e enviada ao Juiz, contém a seguinte mensagem:

- "Peço que o senhor tome providências no sentido de preservar a memória do meu filho Bernardo Uglione Boldrini  e a imagem da minha filha Maria Eduarda. Esse processo é uma tragédia na minha vida ao mesmo tempo que sou acusado de ser o assassino. Minha vida, minha carreira que tanto priorizei, hoje já não me importam mais. Não posso, por mais falhas que cometi como pai, concordar que utilizem essa tragédia, para se promoverem".

O motivo do desabafo foi uma palestra propiciada pela Universidade de Santa Maria, que contou com a participação da promotora do caso na época , Dinamárcia Maciel de Oliveira e da delegada Caroline Bamberg, que investigou o assassinato do menino Bernardo, em 04/04/14. Leandro Boldrini, autor da carta e pai de Bernardo Uglione Boldrini é acusado de planejar o crime em cumplicidade com a mulher Graciele Ugulini, executora  com mais dois cúmplices: Edelvânia e Evandro Wirganovicz.

Procuradas pela RBS/TV, a delegada Caroline Bamberg disse não ter nada a comentar sobre o ocorrido. Já a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira, confirmou que: - " Foi uma palestra do meio acadêmico, sem nenhuma novidade, que não expôs nada além do conhecimento do Ministério Público e amplamente divulgado pela imprensa".

Para o psiquiatra forense Rogério Cardoso, trata-se de uma carta escrita por uma "pessoa lúcida e esclarecida". Segundo o especialista, o texto tem início, meio e fim e uma mensagem objetiva: ele mostra desconforto e indignação com o tratamento que a delegada e promotora estão dando ao caso. Mostra sentimentos de pai". -  resumiu ao analisar o texto. Falando dessa maneira, dá-se a impressão que estamos falando de um débil mental. Não! Estamos falando de uma pessoa articulada, determinada, fria e inteligente que passou 6 anos num banco de faculdade aprendendo medicina, fora o tempo de especialização!

Leandro Boldrini se encontra detido desde abril de 2014, acusado de haver planejado o assassinato do próprio filho juntamente com a mulher Graciele Ugulini, executora, juntamente com outros dois cúmplices.

" A palavra aborrece tanto os Estados arbitrários, porque a palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade. Deixai-a livre, onde quer que seja, e o despotismo está morto". (RUI BARBOSA).

- E aborrece também as  pessoas arbitrárias, via de regra.

É dado as pessoas, o direito da livre expressão, desde que não afronte  direitos humanos fundamentais. A liberdade de expressão subdivide-se em direito DE informar, direito de SE informar e direito de SER informado, ainda mais quando se trata de assuntos de interesse coletivo. Evidente que há de se ter responsabilidade na veiculação de informações e idéias. No entanto, no caso da delegada e da promotora, não vejo o porquê da indignação do doutor Leandro Boldrini. Pelo que consta, a Universidade de Santa Maria, possui em seu currículo, cursos de Direito. Não sei se é o caso, mas geralmente nesses cursos, é praxe debater assuntos de relevância nacional, além da presença de especialistas na área tratada e que possam agregar valores aos conhecimentos dos discentes.

Quisera nós que o nome de Bernardo Uglione Boldrini não fosse alvo de tantas citações, conjeturas, especulações e opiniões. Há que ter responsabilidade também no âmbito da ética, conduzir-se, se não pela perfeição, pelo menos por um bom caminho. Os únicos culpados por tal exposição são justamente: pai e madrasta. É tarde demais para tentar remediar o fato e evitar questionamentos e divulgações, ainda mais com o advento da internet. Aplaudo e respeito a atitude e intenção da delegada e promotora. Em vez de se recolherem às suas residências para usufruir do convívio com suas famílias, após um árduo dia de trabalho, estão dando a cara à tapa, que debalde os esclarecimentos, são pressionadas.

O que o doutor Leandro Boldrini quer que a Justiça faça? Que cale a boca de seus abnegados defensores? Leandro Boldrini sabia e participava dos maus tratos a seu filho Bernardo. Leandro Boldrini gravava cenas de tortura psicológica de seu Bernardo. Leandro Boldrini, juntamente com Graciele Boldrini pareciam quase felizes, quando se apresentavam na delegacia para saber notícias de Bernardo. Leandro Boldrini fumou charuto em balada na qual compareceu, uma noite depois da morte de Bernardo. Leandro Boldrini sabia o que a mulher tinha feito com Bernardo e mesmo assim calou-se, negando levar o fato ao conhecimento da polícia, POR QUÊ? Leandro Boldrini chegou cantando ao local de trabalho, três dias após o desaparecimento do filho Bernardo. Etc.,etc., etc....

Ele diz que a  vida e carreira que tanto priorizou, agora não tem nenhuma importância. Ele não cita a família, esta não foi prioridade em sua vida. Parece que o doutor Leandro Boldrini anda se preocupando demasiado com a movimentação da Justiça trespassense. Lógico que ele tem o direito de escrever quantas cartas quiser para sensibilizar o Juiz, entretanto, acredito que ele faria melhor se estivesse se ocupando em escrever um tratado sobre a sua inocência, aliás, bastante custosa. Haja visto, o empenho dos advogados e  todos seus "Habeas Corpus" negados. 
Disponivel em G1 e www. ambito-juridico.com.br.


" Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda a simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-los. Que amem o próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: ser feliz é a mais autêntica forma de felicidade". (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE).




OBSERVAÇÃO: A propósito, a alegação do doutor Leandro Boldrini de que a letra na receita azul do Midazolam não era dele, então algum conhecido seu, deve ser mestre em copiar assinaturas. As duas são iguaizinhas: a da carta escrita por ele e a da receita entregue a Edelvânia Wirganovicz, uma das cúmplices na morte de Bernardo. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

À espera de Justiça


À ESPERA DE JUSTIÇA


30/10/14: recém saída de uma internação, devido a agravamento de problemas cardíacos, a avó materna de Bernardo, Jussara Uglione, compareceu à Justiça da comarca de Santa Maria, acompanhada de uma amiga. Portava ao pescoço uma correntinha com a foto do neto e aparentemente, bastante fragilizada, ela relatou sobre o comportamento do ex-genro, durante todo o decorrer dos fatos desde a morte de Odilaine Uglione, sua filha, que supostamente teria cometido suicídio no consultório do marido Leandro Boldrini, até o assassinato de Bernardo Uglione Boldrini, pelo pai biológico Leandro Boldrini e pela madrasta Graciele Ugulini.

Entre os acontecimentos, ela revela que na noite do velório da esposa Odilaine, Leandro foi a motel com a amante e agora esposa Graciele. Isso remete a um fato bastante semelhante em que ele, acompanhado da mesma, foi a uma festa noturna em Três Rios, um dia após o desaparecimento e morte do filho Bernardo, para uma comemoração, em que até fumou charuto, além de conflitar com os seguranças da casa.

Entre denúncias de maus tratos ao menino, por parte do pai ainda em vida da mãe biológica, passando pelo impedimento de ter contato com o neto, chute desferido pelo ex-genro no consultório dele, as judiações de Graciele Ugulini em relação a Bernardo até os contatos com o Conselho Tutelar para a guarda do menino, em que nada foi feito. Afinal, o médico gozava de grande prestígio na cidade e as pessoas que sabiam do que ocorria com Bernardo ficavam intimidados em se envolver na história, podiam precisar dele. Sobre a perícia realizada no caso de Odilaine, ela respondeu ao advogado de defesa de Leandro Boldrini, que não pagou pelos serviços do perito, foram realizados gratuitamente. O advogado de Edelvânia Wirganovicz, Demétrius Grapiglia perguntou à avó, se Bernardo conhecia sua cliente. Na minha modesta opinião, acredito que essa pergunta viria a calhar melhor se feita a Andressa Wagner, ex-secretária de Leandro Boldrini.

Narrou ainda que no velório da filha Odilaine, Leandro Boldrini apareceu de jaqueta, colete à prova de bala e seguranças e trazendo a tiracolo uma filmadora, o que chamou muito a atenção das pessoas. Segundo ela, era costume dele filmar os eventos.  Quanta insensibilidade! Filmar um velório! Jussara Uglione nunca chegou a conversar com Graciele Ugulini, mas relembra que a madrasta costumava desfilar num Vectra branco que fora de Odilaine. Ela acredita que a filha não cometeu suicídio e que Leandro Boldrini teria sido capaz de planejar a morte de Bernardo: "- Ele é muito frio e calculista."
Marlon Taborda conclui que os relatos de Jussara Uglione ficaram bastante prejudicados, pois ela havia acabado de sair do hospital e ainda se encontrava debilitada. Ela é uma das 25 testemunhas de acusação, convocadas pelo Ministério Público e até 26/11/14, começarão a ser ouvidas as testemunhas de defesa, em seguida os peritos e por último os quatro acusados do homicídio. 

OBSERVAÇÃO: Doutor Marlon, não se preocupe, para bom entendedor, um pingo é letra! Nossa Justiça consegue ser bastante eficiente, veja caso Isabela Nardoni. O fato de Jussara Uglione se encontrar muito doente corrobora em muito a necessidade de uma decisão judicial bem feita em favor de uma mãe em sofrimento, padecimento este, acrescido, agravado  e duplicado pelas perdas de dois entes queridos. Angústia, amargura e desconsolo que muitos de nós, sequer o podemos conceber.

Disponível em: g1.globo e jus.estadual. acesso em 19/11/14.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Agressão à criança especial


AGRESSÃO Á CRIANÇA ESPECIAL


Vídeo incorporado do Youtube.

Mais uma lamentável ocorrência de maus tratos à criança, em que o grau de covardia novamente atinge o auge, com uma mulher adulta agredindo com tapas, socos e pontapés, um menor de apenas 9 anos de idade, sem que ele esboce a mínima reação. Como se não bastasse a tenra idade, o menino ainda é portador de necessidades especiais sendo submetido a tratamento médico e psicológico faz 5 anos. Mãe e agressora moram no mesmo prédio, Zona Norte de São Paulo e a mãe do garoto foi ameaçada por ambas por ter veiculado o vídeo nas redes sociais. Em depoimento á Polícia, a agressora informou que o motivo da pancadaria insana foi que o menino prendeu sua mão na porta do elevador, mas o vídeo não mostra essa passagem.

A agressora foi indiciada por lesão corporal e vai responder em liberdade. Sendo o crime de lesão corporal contra menor, passível de detenção de três meses a um ano e aumentado em 1/3 da pena, ela provavelmente acabará doando algumas cestas básicas ou prestando algum serviço comunitário, quando ainda deveria ser punida pelo agravante de trauma psicológico no garoto.

Já dizia Aristóteles na Grécia antiga, sobre justiça: "Tratamento igual entre os iguais e desiguais entre os desiguais". Não podemos admitir uma justiça vingativa como prender um jovem num poste com um cadeado de bicicleta,  tendo suas partes íntimas cobertas apenas com um jornal ( fato evidenciado pela ativista Yvonne Bezerra de Mello, ou um linchamento praticado contra uma mulher, apenas por suposição de sequestro. Para questões de justiça, temos os órgãos públicos responsáveis. Não somos contra o pecador, sem que isso leve necessariamente a ficarmos inertes,  permitindo que o mal grasse livremente, compactuando-nos com ele. 
Se "estamos agressivos", a ponto de querer machucar alguém, melhor procurar ajuda especializada numa terapia, numa religião ou até mesmo com uma medicação prescrita. O que não justifica é sairmos por aí cometendo desatinos e adquirindo uma mácula que será difícil de reparar.

Disponível em: <notícias.r7.com>; <g1.globo.com>. Acesso em 12/11/14.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Negado habeas corpus a Leandro Boldrini



NEGADO HABEAS CORPUS A LEANDRO bOLDRINI


A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, negou, nesta quinta-feira, 24/10/14, o pedido de Habeas Corpus, impetrado pela defesa de Leandro Boldrini, juntamente com as solicitações de invalidação da denúncia do Ministério Público, contra os quatro acusados da morte de Bernardo Uglione Boldrini e inclusão do Juiz Fernando Vieira dos Santos e da Promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira como testemunhas no processo sobre a morte do menino. O Juiz e a Promotora atuaram em um processo anterior envolvendo maus tratos a Bernardo. Segundo a defesa de médico, o Ministério Público errou, ao denunciar Leandro por "OMISSÃO E PARTICIPAÇÃO" no mesmo crime. O médico foi acusado de ter premeditado o crime e ter-se omitido na criação do garoto, mas segundo alegação da defesa, essas duas acusações são incompatíveis entre si.
- "Uma exclui a outra. Ou há crime de ação (Leandro participou ativamente de todos os atos do crime) ou por omissão (deixou que o filho morresse)" - afirmou o advogado de defesa, Ezequiel Vetoretti.

Entretanto a 3ª Câmara considerou o momento impróprio para dirimir o mérito da questão. O Desembargador Nereu Giacomolli, confirmou que a questão deveria ser analisada por um juízo técnico, numa apuração mais detalhada dos autos. Por 2 votos a 1, todos os três pedidos foram negados.

Os quatros acusados continuam presos: Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia Wirganovicz e seu irmão Evandro Wirganovicz.

Em 24/10/14, Sérgio Glauco da Silva Rolim, convocado pela segunda vez, falou à Justiça por uma hora e meia. O padrasto de Graciele Ugulini, relatou que ela não tinha condições financeiras para arcar com os recursos pagos a Edelvânia e Evandro Wirganovicz pelo envolvimento e portanto, Leandro foi o patrocinador financeiro do crime. Sérgio ainda acrescentou que Leandro era um homem "frio e distante". De Bernardo, ele disse ser um menino "educado e querido", mas somente longe do pai e da madrasta. Perto deles, seu comportamento mudava e ele ficava agressivo. O padrasto ainda confirmou que Leandro chegou " embriagado e angustiado" da festa em que ele e Graciele foram no sábado, um dia depois do desaparecimento de Bernardo, ocorrido em 04/04/14, numa sexta-feira. Quando o garoto foi dado como desaparecido, Sérgio foi um dos que ajudaram na sua procura por Três Passos.

Jussara Uglione, avó de Bernardo, também compareceu em audiência marcada para 30/10/14, na Primeira Vara Criminal da Comarca de Santa Maria, para depor como testemunha de acusação (indicada pelo Ministério Público)  e falou da sua relação com Leandro e da relação de Leandro com Bernardo. Todas as acusações foram levantadas: alienação parental, suposto suicídio de Odilaine Uglione (a mãe de Bernardo), agressão física cometida contra a avó por Leandro, entre outras.

OBSERVAÇÃO:  O advogado de defesa alegou acusações de "OMISSÃO E PARTIPAÇÃO" não condizentes, mas o que deve ser lembrado é que  Leandro Boldrini, além de tentar ludibriar a Polícia (ele chegou a dizer até que o menino poderia estar em Santa Maria), PARTICIPOU efetivamente do crime, preenchendo  a receita que matou o filho, arquitetando o plano para livrar-se dele há muito tempo, nas palavras da própria Graciele Ugulini e por último pagando R$ 20.000,00 que depois seria alterado para R$ 90.000,00, também nas palavras de Graciele. Sem falar no trato fingido dispensado a Bernardo no dia anterior ao seu assassinato e no ardil covarde e frio com que ambos o  levaram à morte.

Bernardo não tinha lanche para a escola, roupas com que se agasalhar, usava roupas de quando a mãe ainda era viva e as roupas novas que tinha foram-lhe dadas pela amiga Juçara Petry. Ele não tinha animal de estimação e não podia  ver TV. Ele não tinha quem lhe acordasse para a escola e não tinha quem lhe buscasse. Ele não podia comer quando a madrasta cozinhava e estava cansado de comer ovo. Ficava até horas tardias sentado na calçada, esperando o pai chegar, para poder entrar em casa, sendo que a madrasta Graciele Ugulini podia abrir-lhe a porta. Ele poderia ter sido salvo da morte, mas seu pai OMITIU-lhe o socorro.

A pergunta que não quer calar: numa situação hipotética em que uma garota foi sequestrada, depois seviciada, espancada e por fim morta. Houve participação e omissão de socorro. Todas as acusações em um mesmo processo serão incompatíveis?

domingo, 2 de novembro de 2014

Que ninguém se perca




Que Ninguém Se Perca


Imagem por Ryan McGuire
Gratisograf.com


O dia 02 de novembro é o dia da lembrança de todos os falecidos, ocasião especial de recordação de todas as pessoas que passaram por este mundo. Isso não quer dizer, absolutamente, que não nos lembremos dos nossos entes queridos que já faleceram, em outros dias do ano. É que esse dia que convencionou chamar-se dia de Finados, em memória dos nossos irmãos que já partiram rumo à pátria celeste, são horas de imensa tristeza e profunda saudade para muitos, mas também, é um dia de agradecer a DEUS por nos ter permitido conviver com pessoas que nos fizeram tanto bem, de terem espalhado tanto amor. De terem feito parte da nossa história de uma forma, ou terna ou dinâmica, quem sabe,  mas sobretudo, por nos ter ensinado tantas coisas boas.

É também dia de paramos para pensar no nosso próprio fim, ninguém fica para semente, diz um velho ditado popular, com muita propriedade. É um tempo para refletirmos sobre a efemeridade da vida, passamos por tantas lutas e acaba sendo tudo em vão. Não é que devamos deixar de projetar nossos sonhos, afinal, o que seria de nós, sem ilusões? Queremos casar, queremos ter filhos, desejamos uma vida próspera e feliz. Todavia, apesar de nossas ansiedades,  precisamos direcionar nossa vida, na perspectiva de que nada dura para sempre,  precisamos antes de tudo, estar atentos ao nosso modo de vida como fiéis seguidores de JESUS.É a forma de sermos salvo de um subsistir sem nexo que se perde no nada, após a morte.

Temos a esperança de que a nossa vida não termina após o último suspiro, ele é a passagem para uma vida eterna, numa ressurreição, que nos abre para a visão do próprio DEUS, numa vista de glorioso deleite. Portanto, é necessário que tenhamos a certeza, embora o corpo humano se desfaça, corroído pelos vermes, numa cova simples ou em um túmulo magnífico: a existência além túmulo é rica e plenificada por DEUS que nos ressuscita por sua graça. Pois é de graça que DEUS nos concede essa vida duradoura e isso, apesar de muitas vezes nos fazermos desobedientes e desrespeitosos. Ele resgata o pouco que nós lhe oferecemos e o transforma no muito que ficou faltando, apenas por amor. Pensar na morte é pensar no sentido da vida: o por quê e para quê de estarmos aqui, qual é o ideal?

Certamente que não o de viver isolados, fechados como uma concha, alheios as dores do próximo , sabendo que poderíamos fazer a diferença, mas simplesmente, virar as costas e fechar a porta. Pensar na morte é pensar no amor que se deve doar, em cada gesto, em cada momento, no lar, com os amigos, com a comunidade na qual estamos inseridos. Muitas vezes, nem precisamos  olhar para o outro lado do mundo, mas unicamente para o outro lado do muro. E servir, servir sempre, sem esperar recompensa, afinal o que pode ser mais pleno e gratificante do que um sorriso agradecido? Nesse dia especial de Finados, devemos lembrar e rezar por nossos entes queridos que já vivem na comunhão com os anjos e santos, entretanto, agradecermos mais uma vez a DEUS que dá a vida e a JESUS que dá o sentido à essa existência! A crença na vida após a morte e a certeza da morte terrena, deve nos levar a relativizar o que temos e deixaremos e priorizar o que levaremos para junto de DEUS.

Reflexão colhida do folheto " O Domingo" de 02/11/14, sobre texto do Padre Paulo Buzaglia, ssp. 

Quem precisa de inimigos?


NEGADO HABEAS CORPUS


Evandro Wirganovicz acompanha audiência em Frederico Westphalen (RS) (Foto: Caetanno Freitas/G1)
Evandro Wirganovicz / Foto Caetano Freitas/G1.

O réu Evandro Wirganovicz, teve novamente o seu pedido de Habeas Corpus, negado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (30/10/14). O pedido de liberdade foi impetrado pela defesa, alegando excesso de prazo na formação da culpa, pois o réu se encontra recolhido há exatamente 4 meses e 22 dias, sob a acusação de homicídio triplamente qualificado: motivo torpe (assassinato mediante recompensa), emprego de veneno e recursos que impediu a defesa da vítima de apenas 11 anos de idade, o menino Bernardo Uglione Boldrini. O processo caminha no Fórum de Três Passos, Rio Grande do Sul.

Além da justificativa de tempo excessivo de prisão, a defesa citou ainda o depoimento da delegada, lançando dúvida sobre quem, efetivamente, teria aberto a cova onde o menino foi enterrado. Incluiu também a observação de que Evandro Wirganovicz não é alvo do clamor público como a irmã, Edelvânia Wirganovicz, e portanto, não ofereceria risco à ordem pública.

A Justiça refutou a argumentação da defesa e Evandro Wirganovicz segue preso, aguardando julgamento.

Segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial: " O excesso de prazo deve ser interpretado à luz do princípio da razoabilidade, ou seja, os prazos não podem ser computados aritmeticamente, devendo levar em conta as PECULIARIDADES do caso. (JESUS, Damásio Evangelista de. Processo Penal Anotado. 23. São Paulo. Editora Saraiva, 2009, p. 335.) 

Súmula 21 - STJ: "Pronunciado o réu, fica superada a alegação de constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução".

Pronunciar o réu: Existem indícios fortes o suficiente de crime DOLOSO contra a vida, o acusado pode ser o culpado e o processo será julgado por um Tribunal do Júri.


Lei 8.072 de 25 de julho de 1990 - Lei dos Crimes Hediondos

A Lei de 25 de julho de 1990, que entrou em vigor na data de sua publicação, foi integrada ao ordenamento jurídico da Constituição, art. 5º, inciso XLIII. A Lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia: a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e dos definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. A Lei elenca os crimes hediondos: homicídio qualificado, latrocínio, extorsão, exploração sexual de menores, entre outros.   


 Decreto Lei nº 2.848 de 07/12/1940 - Art. 121 - Qualificadoras do Crime de Homicídio. 


Homicídio qualificado:

I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou outro motivo torpe.

II - Motivo fútil.

III - Emprego de veneno, fogo, asfixia, explosivo, tortura ou outro meio insidioso e cruel, ou de que possa resultar perigo comum.

IV - À traição, de emboscada,  mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.

V - Assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.

Pena: 12 a 30 anos de reclusão.

OBS: Lembrando que a pena é agravada se a vítima é menor de 14 anos ou maior de 60.

Edelvânia Wirganovicz: para ter uma amiga como Graciele Ugulini, quem precisa de inimigos? Evandro Wirganivicz: tendo uma irmã como Edelvânia Wirganovicz, quem precisa de inimigos?

Disponível em:
<g1.globo.br - justiça-nega-habeascorpus); < www.planalto.gov.br>; <jus.com.br/artigos>;<www.juris.way.org.br>

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Uma luz no fundo do túnel



UMA LUZ NO FUNDO DO TÚNEL



Eduardo Llanos, contratado por Jussara Uglione, pode finalmente colocar luz sobre a morte de sua filha, Odilaine Uglione, ocorrida em 10 fevereiro de 2010, no consultório do marido, Leandro Boldrini. A mãe nunca se conformou com a versão de que a filha havia se suicidado, mas resultados de perícias e depoimentos de testemunhas na época, levaram a Polícia a concluir por suicídio, apesar de fortes indícios apontarem o contrário. Os resíduos de chumbo provenientes da deflagração da pólvora, foram detectados na mão esquerda de Odilaine, sendo que ela era destra. Jussara Uglione acredita no assassinato da filha, fato corroborado pelas gravações de vídeos apreendidas do celular de Leandro Boldrini, onde ele e Gracielie Ugulini registravam cenas de maus tratos a Bernardo.

Odilaine Uglione havia dito à mãe , cinco horas antes de morrer, que estava feliz de se separar de Leandro Boldrini, colocando um ponto final nas suas traições e falando do dinheiro que iria receber pelo divórcio. Andressa Wagner, secretária do médico é uma mulher muito corajosa. Quando Leandro saiu gritando que havia ocorrido um homicídio, um suicídio e que deviam chamar a Polícia, ela entrou na sala e deparou com Odilaine, já caída ao chão. Caroline Bamberg, a mesma Delegada que investigou a morte de Bernardo, foi a responsável também pelo caso de Odilaine. Ela diz que todas as provas colhidas indicavam um provável suicídio, pois a vítima havia comentado com testemunhas num centro espírita e também com a empregada sobre suas intenções de se matar. (?)

Para dirimir quaisquer dúvidas, Jussara Uglione contratou uma empresa particular de investigações criminais e o perito Sérgio Saldias, após análise do processo deu  parecer final num relatório de 32 páginas. O fato de provas importantes terem sido descartadas na época, como por exemplo: perícias em roupas da vítima e do médico, resíduos de pólvora nas mãos também de Leandro e que não foram levadas em consideração, suscitaram críticas por parte de Eduardo Llanos, diretor da empresa que realizou a última perícia. Ele ainda acha que uma terceira pessoa possa ter estado dentro do consultório, no dia do acidente. Já o perito Sérgio Saldias, da mesma empresa, conclui pelas suas averiguações que não existe fundamentos científicos de que Odilaine se matou.

Em maio de 2014, o perito Douglas Piérola, autor do  laudo oficial que investigou a morte de Odilaine, disse que deu explicações ao Ministério Público, informando que a mão direita da vítima segurava o revólver. Para ele, Odilaine teria usado a mão esquerda como apoio e assim acabou cobrindo a mão direita, explicando o motivo de se ter encontrado resíduos de chumbo na sua mão esquerda. Procurado pela imprensa, ele não quis se pronunciar.

Odilaine segurou o revólver com a mão direita e não apresentou resíduos de chumbo nessa mão? (?) A mão esquerda serviu de apoio e cobriu a mão direita? (?). Por favor, respeitem a nossa modesta inteligência. O Fantástico realizou um teste em um estande de tiro, com uma instrutora usando luvas e atirando com um revólver calibre 38, o mesmo usado que teria sido usado por Odilaine. Após o teste, as luvas foram colocadas para análise no Instituto de Física da USP. A constatação feita por Manfredo Tabacniks, coordenador do Laboratório de Materiais da USP, em "contradição" com a alegação do perito oficial Douglas Pierola: "Temos chumbo na mão direita e na mão esquerda".Espalhou. Essa é uma análise muito sensível, uma análise atômico-nuclear, bastante indicada para esse tipo de análise". Ainda tem  alguém que acredita que o resultado seria diferente?

Entretanto, a Delegada Caroline Bamberg afirma que não vai reabrir este caso, pois acredita na inocência de Leandro Boldrini. Infelizmente, depois de quase cinco anos do ocorrido, quando todas as provas se perderam, o que fazer? Esperar que alguém saiba algo a respeito e se manifeste? Em 30 dias, a Justiça deve decidir sobre a reabertura do processo sobre o suposto suicídio de Odilaine Uglione, a mãe de Bernardo Uglione, morto pela madrasta Graciele Ugulini com a conivência do pai biológico Leandro Boldrini. Jussara Uglione, doente e com graves complicações cardíacas ressalta:
- "Tem que investigar. Eu não posso morrer com essa dúvida também. Nós perdemos as duas últimas jóias da família, que era o Bernardo e a Odilaine.


Mais de 100 pessoas se reuniram na praça em Três Passos para homenagear Bernardo, que em 06/10/14 completaria 12 anos. Seus amigos e colegas de escola levaram pombas, simbolizando desejos de paz, além de balões coloridos. Ao som de uma música feita exclusivamente para Bernardo, eles se dirigiram até a porta da casa onde o menino morava, quando rezaram e depositaram flores.
Em Santa Maria, no cemitério ecumênico onde o menino foi enterrado, amigos e familiares visitaram seu túmulo e também lhe prestaram honras e à tarde , a igreja de Nossa Senhora de Fátima, lotada, rezou uma missa em sua memória.
BERNARDO UGLIONE BOLDRINI não vai ser um médico psiquiatra famoso, não vai se casar e não vai ter filhos para fazer diferente do que viveu. Que Pena!
Disponível em: g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/caso-bernardo-boldrini/. Acesso em 20/10/14

NEGATIVA DE REABERTURA DE INQUÉRITO.

Baseado no Artigo 18 do Código de Processo Penal que estabelece o surgimento de um fato novo para desarquivamento de um inquérito (processo nº 21000027793), o que não foi apontado no caso de Odilaine Uglione, o Juiz Marcos Luís Agostini, em 28/07/14, negou provimento ao pedido feito pela família.

O magistrado registrou que a presença de pólvora na mão esquerda da vítima foi esclarecida pelo perito, pois a mão direita que segurava o revólver foi auxiliada pela mão esquerda, estando a esquerda sobre a primeira. Assim, como as duas equimoses arroxeadas verificadas no antebraço de Odilaine, que foi o resultado das punções venosas realizadas no hospital, no intuito de salvar-lhe a vida. Ainda, inferiu o Juiz, não haver prova de vínculo familiar entre Leandro Boldrini e o perito, responsável pela necrópsia do corpo de Odilaine.

- "Sem qualquer prova nesse sentido, o suscitado fica no terreno das meras alegações e não pode ser acolhido" - sustentou o magistrado.
Disponível em: www.tjrs.jus.br/site/imprensa/notícias de 28/07/14. Acesso: 27/01/15.

domingo, 12 de outubro de 2014

Impedido De Dormir

IMPEDIDO DE DORMIR



Apesar de ser pessoal, para algumas pessoas, 6 horas de sono por noite bastam. Entretanto, outras não se satisfazem com menos de 9 horas. Para as pessoas que dormem mal, a reposição do sono em finais de semana não é o suficiente, pois essa prática não funciona. Danos causadas ao organismo pela privação do sono já ocorreram, como por exemplo: dificuldades de concentração, danos ao cérebro, enfraquecimento do sistema imunológico, redução no processo de regeneração celular (envelhecimento precoce), doenças cardíacas, diabetes, obesidade, além é claro, de olheiras. O desempenho físico e mental está diretamente relacionado a uma boa noite de sono.

Pesquisas realizadas por uma Universidade em Chicago, EUA, em pessoas com idades oscilando entre 18 e 27 anos e impedidas de dormir por mais de 4 horas por 6 dias seguidos, detectaram consequências funestas para os seus organismos, que ao final do experimento apresentavam funcionamento semelhante ao de pessoas sexagenárias. Na Infância, 90% do hormônio do crescimento é liberado durante o sono e crianças com sono irregular apresentam, além de problemas no seu desenvolvimento físico, dificuldades de aprendizagem.

Muitas são as funções do sono: restaurador do organismo, regulador da pressão corporal, auxiliar na consolidação da memória e aprendizado, e  influencia na produção de hormônios vitais, além do primordial e salutar repouso. Na relação custo-benefício, por incrível que pareça, o ato de dormir de dormir acaba sendo mais eficiente do que praticar a caminhada.
(disponível em: exame.abril.com.br/.../ e www.abcdasaude.com.br. Acesso em 13/10/14.)

Juçara Petry, amiga de Bernardo Uglione, disse em entrevista ao G1 que, quando Bernardo chegava à sua casa, apresentava profundas olheiras, mas que não comentava sobre o fato.
Era sabido que sua madrasta, Graciele Ugulini já tinha certa vez, tentado lhe asfixiar com um travesseiro enquanto dormia. É bem provável que a partir daí, o sono do menino tenha se alterado de forma dramática, em especial pelo medo que sentia.

Em entrevista também ao G1, uma Graciele chorosa diz que a morte de Bernardo foi uma fatalidade, que o medicamento dado a ele foi um engano da sua parte e que não fora sua intenção que ele morresse . Ela esqueceu de dizer na entrevista que o garoto estava sendo morto, gradativamente, desde os 7 anos de idade e que culminou no dia 04/04/2014, provocada dolosamente por ela e patrocinada pelo pai biológico, Leandro Boldrini.
Fonte:G1

12/10/2014 - Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil e também dia da Criança.
Rezemos ao Senhor: pelas crianças do Brasil e do mundo, para que, protegidas de todo o mal, sejam amadas e respeitadas,como Jesus as amou e as acolheu.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Virou moda filmar tortura de criança



Virou Moda Torturar Crianças E Gravar.



Foto G1



Em 26/10/14, uma denúncia anônima levou a Polícia a um condomínio de luxo em Araçatuba, SP., para prender o empresário Maurício Soares Scaranello, 35 anos, acusado de infligir tortura à sua enteada de apenas dois anos de idade. A Polícia apreendeu um total de nove vídeos que mostram o padrasto torturando a menina: um dos videos mostra a menina querendo deitar-se para dormir e sendo impedida com gritos e ordens de dormir sentada. Em outro vídeo, Maurício Soares Scaranello obriga a menina a comer cebola dizendo que é maça. A garota também apresentava vestígios de super cola pelo corpo  que lhe causaram lesões. Indagado a respeito, o padrasto disse que foi um acidente, mas a Polícia desconfia que ele usava a cola para manter a menina sentada, presa ao chão. 

Além da tortura foram encontradas em seu celular fotos da criança nua, mas exame comprovou que ela não sofreu abuso sexual. Segundo William Paula Souza,  advogado de defesa da família, não houve crime e nem flagrante para que Maurício Soares Scaranello permaneça preso, pois o fatos apresentados não caracterizam tortura: o que será então? Agressões verbais, lesões corporais, maus tratos? O advogado alega ainda que se tratou de uma brincadeira de mau gosto, mas fosse o padrasto brincar com a mãe da criança, que é maior e certamente saberia se defender. Entretanto, o pai biológico da criança contesta essa versão e informa que a menina apresentava um comportamento diferente, de muito medo e se recusando a ficar sozinha. Ela dizia também não gostar do padrasto. Nas imagens se vê uma criança totalmente submissa, como se já estivesse acostumada àquela situação.

Sara Ferreira de Andrade, 21 anos, a mãe da garota, também prestou depoimento e alegou desconhecimento dos vídeos e das torturas. Estranhamente suas declarações conflitavam com as do padrasto e os videos mostram que ela era cúmplice de Maurício, nas agressões à menina. Com isso, Sara perdeu a guarda da filha e como a criança se encontra provisoriamente em um abrigo, o pai  já entrou com um requerimento solicitando a sua guarda.

Parece que virou moda, filmar torturas às crianças, veja caso Bernardo Uglione Boldrini. Foi-nos ensinado desde cedo, que deveríamos cuidar melhor das coisas dos outros do que das nossas próprias.
Foi-nos ensinado que plantando o mal, este mal colheríamos, mas essas pessoas ou não foram ensinadas ou se esqueceram das regras do bem viver.
Esta menina, coitadinha, caminhava a passos largos para o mesmo destino de Bernardo. Alguém duvida?

O padrasto Maurício Soares Scaranello continua preso, com relaxamento de prisão e liberdade provisória, ambas negadas pelo juiz. O advogado de defesa não se pronunciou.

Foto G1

Fonte: G1. Disponível em globotv.globo.com/rede-globo. Acesso em 06/10/14

sábado, 27 de setembro de 2014

Sucesso interrompido

As falhas na rede de proteção que não salvou Bernardo Boldrini Marcelo Oliveira/Agencia RBS
Três Passos, cerca da casa dos Boldrini foi transformada em memorial para Bernardo.Foto: Marcelo Oliveira / Agencia RBS.

http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/09/as-falhas-na-rede-de-protecao-que-nao-salvou-ber

( Zero Hora faz um retrato comovente da trágica história de Bernado Uglione Boldrini - Acessem, por favor, o endereço acima).


SUCESSO INTERROMPIDO


" - Bernardo, se tu fosse personagem de história, qual gostaria de ser?"
" - Nenhum. Ninguém me conta histórias".
O Jornal Zero Hora de 27/09/14 (veja endereço acima), traça o caminho percorrido por Bernado Uglione Boldrini à procura de uma ajuda que nunca chegaria, tendo sua vida ceifada precocemente aos 11 anos de idade. Um guerreiro que na medida de seus esforços, foi um sobrevivente desde os 7 anos. E foi somente à custa de muita enganação, de ardil covarde e criminoso que conseguiram tirar-lhe a vida.

O Conselho Tutelar da cidade de Três Passos se recrimina, o que poderia ter sido feito de mais concreto para poupar a vida de Bernardo? Mas o medo que tiraniza e enfraquece as decisões também levaram as pessoas a tapar os ouvidos para não escutar os gritos de socorro de Bernardo. Afinal: como ir contra um médico tão conceituado na região? Havia também a possibilidade de algum processo, talvez  por calúnia.
Os agentes do Conselho Tutelar informam que as pessoas dificilmente denunciam, não querem se intrometer em problemas alheios.
Sejamos intrometidos, dedos-duros, alcaguetas, seja lá do que quiser nos chamar. De que adianta chorar o leite derramado?
Com todo um histórico de maus tratos e violência, segundo a Delegada Caroline Bamberg, nenhum relatório chegou às suas mãos, no sentido de iniciar uma investigação.  

Ainda bem que na sua curta vida, Bernardo teve a sorte de contar com pessoas amigas como a Família Petry, que conseguiram mitigar-lhe um pouco seu sofrimento e proporcionar-lhe uma ínfima parcela de felicidade que lhe era devida em vida, afinal não viemos ao mundo para sofrer, isso nunca é a vontade de DEUS.
Houve falha na rede de proteção? Não sabemos. Quem poderia supor que o sofrimento de Bernardo fosse terminar de modo tão contrário à sua vontade, que seu próprio pai fosse capaz de ato tão indigno? Leandro Boldrini chegou a ser advertido pelo Juiz Fernando, da Comarca de Três Passos a mudar suas atitudes com o filho, mas a madrasta Graciele Ugulini nunca foi procurada para esclarecimentos. Ela se limitou a ficar nos bastidores, tramando a morte do garoto.

A promotora Dinamárcia diz não haver nenhuma anotação a respeito do caso de Bernardo, mas ela guarda no coração, as palavras do menino:
- "A minha madrasta é uma bruxa, ela me xinga de tudo que você possa imaginar, e o meu pai dá razão para ela. Eu não tenho comida de noite porque não tem tata (empregada, babá). Eu tenho que tomar leite, comer banana, fazer ovo cozido ou então eu vou comer na casa dos meus colegas. Não tenho a chave de casa, ela briga comigo e eu tenho que esperar 10 e meia da noite o pai chegar para eu poder entrar em casa. E eu não aguento mais isso. Deram todos os meus cachorros. E hoje foi a gota d'água, porque ela me chamou de veadinho e eu atirei um copo nela. O copo não pegou, mas eu estou com medo, estou cansado, eu nunca tinha feito isso de atirar um copo nela. Então, eu não quero mais ficar naquela casa. Eu estou na casa da tia Ju (Juçara Petry). E eu queria te dizer assim, promotora: eu quero que a tia Ju e o marido dela sejam meus novos pais, porque eu quero ter pais com amor". 

Juçara Petry se lembra do menino chegar em sua casa com profundas olheiras. Bernardo diz a Dinamárcia que estava cansado, mas ele se esqueceu de dizer que estava também profundamente angustiado.E enquanto Bernardo corria as floriculturas  se preocupando com os preparativos para o seu querido aquário, Graciele e Edelvânia também se desdobravam na procura de ferramentas e remédio para tirar a vida do menino, com o apoio incontestável de Leandro Boldrini. O desfecho o Brasil inteiro sabe.
- "Se o Juiz, sabendo de tudo, caiu na lábia do Leandro, como nós não íamos cair?", conclui Simone Mïller, coordenadora pedagógica da escola de Bernardo e mãe do melhor amigo de Bernardo.

Agora Leandro Boldrini mudou de tática e de advogado. Quando viu que sua estadia na cadeia estava se prolongando indefinidamente, demitiu Jader Marques e colocou em seu lugar dois novos defensores: Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares. Seus novos contratados, além dos relatos de sofrimento infligidos a Bernardo e os vídeos de maus tratos ao menino apreendidos pela Polícia, ainda terão que lidar com as provas contundentes de que ele é o mentor intelectual do crime, a pessoa com mais inteligência pra bolar o plano e engendrar álibis a fim de sair impune. Veja o porquê:

- Um homem frio e calculista: pelo que sabemos, nenhuma lágrima ele derramou ao longo dos acontecimentos.

- Ele proibiu os familiares de dar qualquer entrevista a respeito do caso. Poderiam falar demais?

- Um homem sai desatinado a procura do filho, já nos primeiros dias do desaparecimento do menino, lembrando que Bernardo passava mais tempo na casa de conhecidos do que na própria casa.

- A recomendação era de que Bernardo deveria ficar com o celular e ligar de volta sempre que fosse preciso. Conforme testemunhas, Leandro nunca ligou para o filho. Entretanto no dia 04/04/14, dia do desaparecimento de Bernardo até 06/04/14, dia do registro do boletim de ocorrência, ele realizou quatro chamadas para o celular do garoto. Sabendo pela mulher Graciele que o menino se encontrava na casa do amigo Lucas.

- Leandro Boldrini entrou em contato com uma rádio local para denunciar o desaparecimento de Bernardo. Ouvindo a gravação, a voz do médico não denota nenhuma emoção e ele se recusa a fornecer um número pessoal de contato. E ele se refere a Bernardo no tempo passado: "o menino que morava com a gente".

- Cartazes com a foto de Bernardo foram espalhados por Três Passos e cidades circunvizinhas. O autor da ideia de fazer os cartazes, relembra que quase teve que pedir desculpar a Leandro pela sugestão, tamanho seu aborrecimento.

- Quando a Polícia interrogou Leandro, ele disse que "sempre ligava para Bernardo para saber onde ele estava e não se preocupou com o fato de Bernardo não ter atendido o celular". (?). Celular este que Bernardo ganhou de conhecidos, bem simplezinho, só dava para fazer ligações. No início do sábado ele ligou novamente para o celular do filho: Bernardo já estava morto. Ele então resolveu ir com a mulher para uma festa noturna em Três Rios, onde foi visto bebendo, fumando charuto e criando confusão com os seguranças da casa por conta de uma carteira perdida. No Domingo, ele encontrou com um amigo no centro de Três Passos e comunicou alegremente que havia localizado a carteira , sem tocar no nome de Bernardo. A outro amigo, no mesmo local ele pergunta se havia visto o menino, já tecendo álibis.

- Na segunda-feira, 07/04/14, quarto dia do desaparecimento de Bernardo, segundo testemunha, Leandro chegou cantarolando no hospital.

- Quando Leandro e Graciele iam na Delegacia saber notícias de Bernardo, A Delegada Caroline Bamberg diz que estranhamente eles pareciam felizes, principalmente Graciele, por não saber do paradeiro do menino.

10º - Quando a Delegada Caroline comunicou aos dois que o menino estava morto, a reação de Leandro novamente foi mais fria que a simulada reação de Graciele.

11º - Graciele afirmou a Sandra Cavalheiro que Bernardo só não estava morto, porque Leandro ainda não havia achado um poço para enterrá-lo.

12º - Gravações do celular de Leandro que foram apagadas e depois recuperadas pela Polícia, revelam situações de sadismo e provocação por parte de Leandro e Graciele, chegando ao ponto de citar o nome de Odilaine Uglione, mãe de Bernardo, morta em 2010, exasperando o menino ainda mais, certamente com o intuito de intimidá-lo, nas suas tentativas de denunciá-los ao Juiz.

13° - Quando o Jornal Zero Hora entrevista Leandro na Penitenciária de Charqueadas ele diz que não gravou nenhum vídeo de Bernardo, mas a Delegada informa que Leandro levou uma gravação de Bernardo com o facão na Delegacia, dizendo que era para se precaver? De quê? A pessoa que o atendeu pediu a ele reportar o caso ao Conselho Tutelar.

14º - De acordo com revelação da mãe de Leandro, ela esteve na sua casa na época do desaparecimento de Bernardo e ele disse, apontando para Graciele. - " vai acabar numa caixinha e vai sofrer muito". Se ele sabia do assassinato, por quê não denunciou a mulher?

15° - Quando ele vai preso, ele pergunta a Graciele: - " estou envolvido nisso?". Ela responde: - " não". Ou seja, para bom entendedor um pingo é letra: a combinação é que ele não deveria ser envolvido no crime, apesar de compactuar com a desgraça de Bernardo. Ele, claramente a repreende, por não ter sido mais cuidadosa.

16° - Quando a enfermeira que trabalha na clínica de Boldrini, alerta Graciele sobre o sumiço de ampolas de Midazolam, Leandro não esboça qualquer reação, fixo no trabalho que estava executando, como se já soubesse do destino das mesmas.

17º - Ganância pelos bens de Bernardo. A herança deixada pela mãe Odilaine seria todo dele por ser filho único. Leandro e Graciele não queriam dividí-la com o menino. Conforme palavras da própria Graciele: - " este menino quando fizer dezoito anos, vai nos tirar tudo".

18º - Negligência material e afetiva: o menino vivia perambulando pelas ruas de Três Passos, doente, faminto e mau vestido, mendigando a atenção de conhecidos. Apesar da condição financeira do pai, Bernardo andava sem um real no bolso. Inclusive, uma das reivindicações feitas por ele a promotora Dinamárcia era de poder levar lanche para a escola. Ele era ridicularizado pelos colegas por estar sempre pedindo a porção dos outros. No dia que a madrasta cozinhava, ele era proibido de comer.

19° - Nas fotos do facebook, Bernardo não aparece nas fotos de família. Como isso seria uma constante, eles já se preparavam para o desaparecimento do garoto.

20º - Leandro Boldrini se nega a passar por detector de mentira da Polícia e contrata um particular para lhe ministrar o teste. Durante todo o interrogatório, o tom de voz do médico não apresenta nenhuma alteração como se já soubesse o teor das perguntas e se preparado para elas. Adivinha se ele passou no teste?

21º - No dia anterior ao crime, de acordo com testemunha, Bernardo foi muito bem tratado em casa, chegando inclusive a brincar com a irmãzinha, coisa que estava proibido de fazer pela madrasta. Comeu peixe e disse ter gostado muito ( já que o usual era comer ovo cozido). Empregadas da casa comentaram que essa situação era coisa anormal de acontecer. Foi-lhe permitido inclusive ficar na posse de um aquário que lhe seria doado por um amigo e de uma TV que seria comprada por Graciele.

22º - Palavras de Leandro Boldrini, de acordo com o médico Ambrósio Celestino Scimdt: - " hoje sumir com um corpo é muito fácil". O local onde Bernardo foi enterrado é um lugar ermo, distante e de difícil acesso. Não fosse o empenho da Polícia, que de posse de um recibo de compra de um extintor de carro, em um posto de gasolina, ao lado do apartamento de Edelvânia, solicitado as imagens das câmeras, Bernardo estaria desaparecido até hoje.

23º - Leandro alega não ter conhecimento das transações financeiras da mulher, mas até o valor de R$ 1.400,00 da TV de Bernardo ficou registrado no seu celular. O valor inicial de R$ 6.000,00, adiantado de um total de R$ 20.000 e recebido por Edelvânia (pasmem, a mulher foi cúmplice na morte de Bernardo por R$ 6.000,00!!!!), passou  para R$ 90.000,00 e isso somente depois da morte do menino.

24º- Leandro assinou a receita do Midazolan comprimido para Edelvânia, que comprou o medicamento numa farmácia em Três Passos. Edelvânia morava em Frederico Westphalen. Ele alega que não a conhecia até ela ser presa, mas ele chegou inclusive a trabalhar com seu irmão Evandro Wirganovicz em um hosptial. Edelvânia era amiga antiga de Graciele, inclusive chegaram a morar juntas. Andressa Wagner, secretária do médico na época, informa que  Edelvânia esteve sim no consultório, inclusive recebendo uma receita feita especialmente para ela.

25º - Em 2010, O IBGE informava que a população de Três Passos era de 23.965 pessoas. A receita do Midazolan para Edelvânia foi comprada em farmácia de pessoa muito amiga de Leandro e ele era um médico muito conceituado na cidade. Com certeza, muitas receitas do médico tinham entrado nessa farmácia. Remédio controlado quando adquirido em farmácia, dá até um certo constrangimento, de tantos dados pessoais que os atendentes pedem. Na pior das hipóteses, se houve uma falsificação, a pessoa que a fez passou muito tempo estudando-a, pois o médico não esclareceu se a assinatura estava muito diferente.

26º - Observe relato dos delegados: um dia depois de Leandro registrar o Boletim de Ocorrência do desaparecimento de Bernardo, a Polícia vasculhou a casa. Naquele dia, no estojo de Bernardo, não havia nem chave e nem controle do portão. Mas misteriosamente, quando voltaram à casa dois dias depois, chave e controle reapareceram no estojo. Quem não deve, não teme.

27º - Leandro nunca defendia Bernardo de Graciele. Ao contrário, os dois se uniam para espezinhar e torturar uma criança de apenas 11 anos de idade.

28º - Ganância e ódio de Graciele por Bernardo, tornaram-na uma isca perfeita para as manobras de Leandro Boldrini. Fria e calculadamente, os dois arquitetaram um plano para o assassinato, achando que no fim sairiam impunes, contando com a fraqueza de Edelvânia por dinheiro e que acabou também arrastando o irmão para a ruína.

29º - Leandro Boldrini desafiou toda a autoridade e a sociedade Três-passense. Apesar da advertência, do conhecimento da condição desumana em que Bernardo vivia, nada o amedrontou e arvorado em todo-poderoso, dispôs da vida do filho.

30º - Segundo o próprio Boldrini, quando ele se juntou à Graciele,  um ou dois meses depois da morte da esposa Odilaine, ele disse ao irmão que a conhecia há muito tempo e um parente confirmou que eles eram casados há 6 (seis) anos.(?). Odilaine vivia com Leandro e ela supostamente cometeu suicídio em 10 de fevereiro de 2010, quando ele pediu o divórcio. O pedido de reabertura de inquérito para apurar a morte de Odilaine foi recusado pelo Juiz, por não ter fatos novos fatos que o justificassem. Não estamos criando teoria de conspiração, estamos apenas esboçando dados que o Brasil inteiro conhece. Infelizmente, quanto mais tempo passa, mais difícil fica a solução de um caso, devido a perda de provas importantes.

31° - Na hipótese de que seus advogados consigam tirá-los da cadeira, Leandro Boldrini e Graciele Ugulini carregarão consigo uma nódoa que jamais se desfará em toda as suas existências.

32º - Os vídeos apreendidos do celular de Leandro Boldrini mostram Bernardo em situação de estresse máximo. De acordo com Jair Mari, professor do departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP): " é uma situação de estresse máximo, onde temos uma criança acuada, que está em franco desespero, desamparo. Estamos observando aqui "tudo aquilo que não deve ser feito".(g1.globo.com/rs)

33º - O professor do departamento de psiquiatria da UFRGS, Luís Augusto Rohde explica como o pai de Bernardo deveria agir: " é importante em situações que a criança está descontrolada poder abraçá-la, poder contê-la, poder mostrar que alguém a ajude a se controlar". Ou seja, demonstrar amor,  coisa que Leandro estava  longe de sentir por seu filho.Por isso, a sua preocupação em apagar as imagens.(g1.globo.com/rs)

34° - Com referência a receita do Midazolam: "O senhor tinha receitas assinadas em branco? Pergunta o Jornal Zero Hora a Leandro Boldrini: " às vezes, a secretária dizia: Doutor, vai vir o seu João trocar a receita". Eu assinava, mas era específica para uma pessoa. Não é que eu deixava no consultório 20 receitas assinadas. Não! Isso é bem controlado". Se é bem controlado, ele deixou uma receita assinada e certamente deve se lembrar quando a secretária chegou e lhe disse: Doutor, a dona Edelvânia vai vir pegar a receita. Lembrando que Edelvânia comprou o medicamento em certa farmácia em Três Passos e não em sua cidade de origem.

35º -  "Quando eu soube da morte de Bernardo eu não esbocei nenhuma reação, porque estava sobre efeito de remédio" - diz Leandro. Não! O susto de se ver descoberto foi tão grande, que o deixou sem reação. A opção foi ficar impassível. Infelizmente muitos pais matam seus próprios filhos, veja caso Isabela Nardoni. Mas o que surpreende nesse caso específico, são dois fatos semelhantes acontecerem partindo de um único médico: a morte da primeira esposa dentro do seu consultório e agora a do filho, morto com medicamentos usados em sua clínica. Onde ficou esquecido o cuidado com as pessoas?

RELEMBRANDO:  A propósito, Isabela Nardoni faria 11 anos em abril de 2014, mesma idade de Bernardo quando morreu. Outra triste coincidência: ambos foram mortos pelas madrastas, com o auxílio e conivência dos próprios pais biológicos.


Juramento do Médico


"Eu solenemente, juro consagrar a minha vida a serviço da Humanidade. Darei como reconhecimento aos meus mestres, meu respeito e minha gratidão. Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade. A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação. Respeitarei os segredos a mim confiados. Manterei , a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica. Meus colegas serão meus irmãos. Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes. Manterei o mais alto respeito pela vida humana desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às da natureza. Faço essas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra". (Fórmula de Genebra, adotado pela Associação Médica Mundial em 1983). Extraído de Wikipédia.org. Acesso em 28/09/14.










sábado, 20 de setembro de 2014

Quem acredita?

Quem Acredita ?


Evandro chorou durante depoimento da mulher  (Foto: Caetanno Freitas/G1)
Evandro chorou novamente durante depoimento da mulher. (foto: Caettano Freitas/G1)



Luciane Saldanha, companheira de Evandro Wirganovicz volta atrás em suas declarações a respeito de que desconfiava de que o marido havia participado na morte de Bernardo Uglione. 
Na época, abril de 2014, por ocasião da prisão do acusado, ela contou à Polícia que ela e Evandro tinham ido fazer uma visita à mãe dele e que por volta das 18:00 horas, havia dito que iria pescar e só retornou por volta das 21:00 horas. Ela disse não se lembrar se o marido havia trazido peixes (lembrando que esse depoimento foi dado na época da prisão de Evandro). Depois que o corpo de Bernardo foi encontrado, ela confrontou o marido e ele se mostrou preocupado a ponto de chorar.

Agora, Luciane desmente sua versão anterior dos fatos. Ela diz que foi obrigada pela Polícia a confessar que foi Evandro quem cavou o buraco. Segundo ela, foi-lhe dito que se ela não confessasse (pasmem), o marido pegaria mais tempo de cadeia. E acrescenta que, passados alguns meses ela se lembrou de que na época da suposta pescaria, ele chegou com peixes sim, alguns até tinham "barbinha grande"  e que o choro de Evandro na época foi de raiva de Edelvânia, por ter cometido o crime. 
Palavras de Valdecir Johan, testemunha que viu Evandro à beira do Rio Lajeado (Rio do Mico):
- "Nunca tinha visto o Evandro com o carro lá. Ele costumava pescar, mas ia a pé com os irmãos. De carro foi a primeira vez. O rio estava com o nível da água muito baixo, não daria peixe algum. Eu moro ali desde sempre, herdei do meu pai. Conheço bem, sustentou.

De acordo com a Delegada de Polícia, Caroline Bamberg: - "era esperado que Luciane fosse mudar sua versão. Quando seu depoimento foi colhido, o advogado Hélio Sauer estava presente e ambos concordaram com os termos da declaração. Agora eles estão contestando? Que tipo de advogado é esse? Questiona ela.

OBS: Por quê só Evandro chorou na época, ele tinha mãe e mais irmãos e a mulher diz que só Evandro chorou, o que chamou mais a atenção. E a sua insistência em pescar à noite, sozinho, de carro, coisa que nunca tinha feito, num lugar ermo, distante e de mata fechada, exatamente no Rio Mico, onde num local às suas margens, Bernardo foi enterrado?

Fonte:G1. Disponível em: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/caso-bernardo-boldrini/noticia/2014/09/mulher-de-reu-do-caso

domingo, 14 de setembro de 2014

Justiça seja feita para Bernardo Uglione Boldrini


Justiça Seja Feita




  Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvânia e Evandro Wirganovicz (Foto G1)


O Jornal Zero Hora publicou em 08/09/14, a respeito dos laudos sobre a morte de Bernardo  Uglione Boldrini. O IGP ( Instituto Geral de Perícias), reconheceu que as condições inadequadas de armazenamento dos materiais coletados na cena do crime,  prejudicou sobremaneira as conclusões sobre a morte do menino. Cinco laudos foram expedidos com base em exames toxicológicos, fragmentos de órgãos de Bernardo com pulmão e traqueia, suas roupas, a terra da cova e o saco em que seu corpo foi depositado.

Eu me pergunto: para quê o resultado dessas perícias, a não ser para nos causar mais sofrimentos?
O que eu menos quero saber é se Bernardo sofreu para morrer. Agora, se essas perícias vão aumentar o tempo de cadeia dos acusados, então menos mal. Depois de provas contundentes, delações e confissões mesmo à revelia, justiça seja feita. Se os acusados forem a júri popular, justiça seja feita. Se forem a julgamento comum, justiça seja feita. 

Em 12/09/14, o mesmo Jornal noticiou que o detector de mentiras revelou que o 4° acusado da morte de Bernardo (pasmem), pode ter mentido nas respostas. O aparelho, em diversas ocasiões acusou estresse em Evandro Wirganovicz, ao falar sobre o planejamento e execução do crime. Mas sabemos que:

- A própria irmã Edelvânia diz que ele não ajudou a matar o menino, mas ajudou na abertura da cova.
- O carro do acusado, conforme testemunhas idôneas, foi visto próximo do local do crime, dois dias antes do acontecido. Evandro disse não ter emprestado o carro para ninguém na época.
- A companheira do acusado diz que ele ficou muito preocupado a ponto de chorar quando confrontado a respeito do fato. Ela diz ter ficado desconfiada da história da pescaria.
- Se as ferramentas não se encontravam no carro de Edelvânia (ver vídeo onde as rés confessas chegam sem o menino) e se ela somente as levou em 06/04/14 para a casa da mãe, onde estavam essas ferramentas?
- Por quê Evandro começou a quitar dívidas no comércio local, logo após o desaparecimento do garoto?
- Quem não deve, não teme, por quê Evandro escondeu da Polícia a sua pescaria e só falou a respeito depois de preso?
- Evandro diz que não conhecia Leandro ou Graciele, mas ele trabalhou no mesmo hospital que Leandro na época do suposto suicídio de Odilaine.
Etc...etc...Atrevo-me até a dizer que o próprio acusado estava no local quando chegaram com o menino. Edelvânia diz que jogou pedras sobre o corpo do menino. E a terra? E as ferramentas? 

Agora que a JUSTIÇA seja feita. Que os nossos abnegados defensores, ao deitarem suas cabeças sobre o travesseiro e repensem:

Juramento do Advogado


"Juro, no exercício das funções do meu grau, acreditar no DIREITO, como a melhor forma para a convivência humana, fazendo da JUSTIÇA, o meio de combater a violência e de socorrer os que dela precisarem, servindo a todo ser humano, sem distinção de classe social ou poder aquisitivo, buscando a PAZ como resultado final. E acima de tudo, juro defender a LIBERDADE, pois sem ela não há DIREITO que sobreviva, JUSTIÇA que se fortaleça e nem PAZ que se concretize".
Disponível em: www.guiadeformatura.com.br/juramento. Acesso em 14/09/14