CASO ODILAINE UGLIONE: POR QUÊ ARQUIVAR UM INQUÉRITO CHEIO DE LAUDOS INCONCLUSIVOS, DIZ CARTAZ PRÓXIMO AO MINISTÉRIO PÚBLICO EM TRÊS PASSOS/RS
Foto: Três Passos News
Em 11 de agosto de 2016, o Jornal Três Passos News veiculava a seguinte matéria:
"Cartazes fixados
por grupos
que buscam Justiça para Odilaine e Bernardo, no final da tarde de terça-feira, 9, nas proximidades
do Ministério Público e do Fórum, questionam o pedido de arquivamento do
inquérito que reinvestigou no ano passado a morte de Odilaine Uglione, mãe do
menino Bernardo, em Três Passos.
Um deles diz: “Por que arquivar um
inquérito cheio de laudos inconclusivos! A quem
interessa esse arquivamento?”
Já o outro diz: “Caso Odilaine – A sociedade
brasileira exige a verdade “verdadeira”.
Até a quarta-feira,
10 de agosto, a Juíza
Vivian Feliciano, da Comarca de Três Passos, ainda
não havia decidido sobre o novo arquivamento
do Caso Odilaine. Na última semana de julho, o Ministério Público voltou a
pedir o arquivamento da investigação sobre a morte da mãe do menino Bernardo
Boldrini, Odilaine Uglione.
O promotor
Bruno Bonamente também pediu a rejeição dos pedidos feitos pela mãe
de Odilaine, como novas diligências e oitivas de
testemunhas.Em março deste ano, a Polícia
Civil concluiu que a mãe do menino cometeu suicídio. O caso havia sido reaberto
em maio do ano passado após uma investigação
particular.
Odilaine Uglione foi encontrada
morta em 2010, dentro do consultório do então marido Leandro Boldrini, com um
tiro na cabeça. A primeira investigação também havia
sido concluída como suicídio."
Entenda
o Caso Odilaine
Conforme a polícia, Odilaine
teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro
Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito policial, consta que ela
comprou um revólver calibre 38 um pouco antes de ir à clínica. Além disso,
também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa
Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo
conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da
morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga
após o processo de separação do casal.
Já a defesa da família Uglione
alegou que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as
principais, estavam divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de
Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima;
lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que
era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada
supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria fato novo.
Em 23/ de agosto de 2016, o G1 veiculava a seguinte matéria:
"A Justiça arquivou o inquérito policial que apurou as circunstâncias da morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini, morta em 2010. O arquivamento se deu após a nova investigação não apresentar elementos novos ou suficientes para afastar as provas que apontam para o suicídio da vítima."
A família Uglione recorreu da decisão judicial (grifo nosso).
Em 05/09/16, o G1 veiculava a seguinte notícia:
Disponível em:
Em 05/09/16, o G1 veiculava a seguinte notícia:
"Ele (Doutor Marlon Taborda) observou ainda que não foram feitas
acareações importantes para esclarecer o caso, como por exemplo, entre Leandro
Boldrini, ex-marido de Odilaine, e uma secretária que estava no consultório
onde a mãe de Bernardo morreu. Taborda afirmou ainda que os laudos da perícia
foram inconclusivos e não ajudaram a esclarecer o que aconteceu."
Disponível em:
OBSERVAÇÃO: o Doutor Marlon Taborda tem razão quando reporta sobre a acareação que deveria ter sido feita entre Leandro Boldrini e Andressa Wagner. Sim, porque enquanto Leandro disse que o tiro atribuído à Odilaine foi dado ainda quando ele se encontrava dentro do consultório, Andressa Wagner disse em rede nacional que o tiro aconteceu quando ele já havia saído. Ou será que para a Polícia Civil, esse fato foi irrelevante?
Estamos aguardando a posição do TJRS sobre o recurso do Doutor Marlon Taborda.
JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!
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