sábado, 19 de novembro de 2016

O motivo de se arquivar um processo inconclusivo


CASO ODILAINE UGLIONE: POR QUÊ ARQUIVAR UM INQUÉRITO CHEIO DE LAUDOS INCONCLUSIVOS, DIZ CARTAZ PRÓXIMO AO MINISTÉRIO PÚBLICO EM TRÊS PASSOS/RS


Foto: Três Passos News


Em 11 de agosto de 2016,  o Jornal Três Passos News veiculava a seguinte matéria: 

"Cartazes fixados por grupos que buscam Justiça para Odilaine e Bernardo, no final da tarde de terça-feira, 9, nas proximidades do Ministério Público e do Fórum, questionam o pedido de arquivamento do inquérito que reinvestigou no ano passado a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, em Três Passos.
Um deles diz: “Por que arquivar um inquérito cheio de laudos inconclusivos! A quem interessa esse arquivamento?”
Já o outro diz: “Caso Odilaine – A sociedade brasileira exige a verdade “verdadeira”.
Até a quarta-feira, 10 de agosto, a Juíza Vivian Feliciano, da Comarca de Três Passos, ainda não havia decidido sobre o novo arquivamento do Caso Odilaine. Na última semana de julho, o Ministério Público voltou a pedir o arquivamento da investigação sobre a morte da mãe do menino Bernardo Boldrini, Odilaine Uglione.
O promotor Bruno Bonamente também pediu a rejeição dos pedidos feitos pela mãe de Odilaine, como novas diligências e oitivas de testemunhas.Em março deste ano, a Polícia Civil concluiu que a mãe do menino cometeu suicídio. O caso havia sido reaberto em maio do ano passado após uma investigação particular.
Odilaine Uglione foi encontrada morta em 2010, dentro do consultório do então marido Leandro Boldrini, com um tiro na cabeça. A primeira investigação também havia sido concluída como suicídio."

Entenda o Caso Odilaine

Conforme a polícia, Odilaine teria cometido suicídio dentro do consultório do pai de Bernardo, Leandro Boldrini, no dia 10 de fevereiro de 2010. No inquérito policial, consta que ela comprou um revólver calibre 38 um pouco antes de ir à clínica. Além disso, também há o registro de um bilhete em que a secretária do médico, Andressa Wagner, entregaria ao patrão, alertando sobre a chegada de Odilaine. O processo conta com depoimentos de testemunhas que estavam na sala de espera no dia da morte e com documentos referentes a uma possível divisão da pensão a ser paga após o processo de separação do casal.
Já a defesa da família Uglione alegou que houve falhas na investigação da morte da mãe de Bernardo, entre as principais, estavam divergências quanto ao exato local da lesão no crânio de Odilaine; existência de lesões no antebraço direito e lábio inferior da vítima; lesões em Leandro Boldrini; vestígios de pólvora na mão esquerda da vítima, que era destra; ausência de exame pericial em Boldrini, uma carta fraudada supostamente deixada pela mãe de Bernardo e a própria morte do garoto, que configuraria fato novo.

Em 23/ de agosto de 2016, o G1 veiculava a seguinte matéria:

"A Justiça arquivou o inquérito policial que apurou as circunstâncias da morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini, morta em 2010. O arquivamento se deu após a nova investigação não apresentar elementos novos ou suficientes para afastar as provas que apontam para o suicídio da vítima."

A família Uglione recorreu da decisão judicial (grifo nosso).


Em 05/09/16, o G1 veiculava a seguinte notícia:


"Ele (Doutor Marlon Taborda) observou ainda que não foram feitas acareações importantes para esclarecer o caso, como por exemplo, entre Leandro Boldrini, ex-marido de Odilaine, e uma secretária que estava no consultório onde a mãe de Bernardo morreu. Taborda afirmou ainda que os laudos da perícia foram inconclusivos e não ajudaram a esclarecer o que aconteceu."

 Disponível em:




OBSERVAÇÃO: o Doutor Marlon Taborda tem razão quando reporta sobre a acareação que deveria ter sido feita entre Leandro Boldrini e Andressa Wagner. Sim, porque enquanto Leandro disse que o tiro atribuído à Odilaine foi dado ainda quando ele se encontrava dentro do consultório, Andressa Wagner disse em rede nacional que o tiro aconteceu quando ele já havia saído. Ou será que para a Polícia Civil, esse fato foi irrelevante? 
Estamos aguardando a posição do TJRS sobre o recurso do Doutor Marlon Taborda.


JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!



Vídeo incorporado do YouTube - Notícias TJRS Justiça Gaúcha


Homenagem a Bernardo Uglione Boldrini no dia de Finados


EM TRÊS PASSOS/RS, NO DIA DE FINADOS, UM GRUPO DE PESSOAS PRESTOU HOMENAGEM AO MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI



O menino Bernardo Boldrini foi lembrado por moradores neste Dia dos Finados, 2 de novembro de 2016, em Três Passos/RS, onde ele morava. A homenagem singela se traduziu com flores e a imagem da criança, colocadas na cruz mestre, no centro do Cemitério Municipal.


Entenda o Caso Bernardo

Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos. Dez dias depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio.
Foram presos o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa, identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edilvânia, também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados e irão a julgamento.


Disponível em:




JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

Justiça para crimes violentos a exemplo de Bernardo Uglione Boldrini


GRUPO PROTESTA EM FRENTE AO STF E PEDE JUSTIÇA PARA CRIMES VIOLENTOS COMO O DO CASO DO MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI NO RIO GRANDE DO SUL





Uma caravana de cerca de 20 pessoas se reuniu para pedir justiça para os casos não solucionados na manhã desta quarta-feira, 16/11/2016, em frente ao Supremo Tribunal Federal – STF, em Brasília.


Os integrantes do grupo “Somos Todas Vítimas Unidas”, representantes de diversos estados brasileiros, portando faixas, prometeram cercar o órgão em uma tentativa de sensibilizar o governo em relação aos casos de violência que não foram solucionados.



O grupo faz parte de um movimento nacional que reúne pessoas que já sofreram algum tipo de violência. Os casos não solucionados preocupam os que estão participando do movimento. Muitos contam que, na maioria dos crimes, o agressor continua solto. A promessa é que a manifestação siga para outros estados brasileiros.


O grupo será recebido às 14 horas para uma audiência. Representando o caso menino Bernardo Boldrini, de Três Passos, está a mineira Alessandra Almeida. A morte da criança aconteceu em abril de 2014, os acusados seguem presos, mas o julgamento ainda não foi marcado pela Justiça.

A representante do grupo, Vana Lopes, 56 anos, afirma que o movimento não vai parar enquanto as coisas não mudarem.

Vana Lopes:

- "Não podemos continuar com a justiça desta forma. Cansamos desta impunidade no país. As pessoas precisam saber o que está acontecendo", 

Após o movimento no STF, o grupo seguirá para o Rio de Janeiro.



Entenda o Caso Bernardo



Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril de 2014, em Três Passos. Dez dias depois, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico, enterrado às margens de um rio. Foram presos o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini e uma terceira pessoa, identificada como Edelvânia Wirganovicz. Evandro Wirganovicz, irmão de Edilvânia, também foi preso acusado de participar da ocultação do cadáver. Os quatro foram indiciados e irão a julgamento.

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Avó materna de Bernardo Uglione Boldrini recorre de novo Arquivamento


EM VÉSPERA DE HOMENAGEM A BERNARDO, AVÓ MATERNA RECORRE DE NOVO ARQUIVAMENTO SOBRE A MORTE DE ODILAINE UGLIONE, MÃE DE BERNARDO.


Foto de Rosane Vaz

Investigação foi reaberta, mas não teriam sido encontrados novos elementos para mudar a conclusão de suicídio para homicídio.

Matéria de Naiôn Curcino em 05/09/2016/ Diário Santa Maria.

Na véspera do dia de aniversário de Bernardo Uglione Boldrini (em que ele completaria 14 anos), os advogados de Jussara Uglione, avó dele, ingressaram nesta segunda-feira com um recurso no Tribunal de Justiça do Estado. A ação é contra o novo arquivamento do inquérito que apurou a causa da morte da mãe do menino, Odilaine Uglione, em 2010. A mulher foi encontrada morta no consultório do então marido, Leandro Boldrini, depois de supostamente ter cometido suicídio. Após perícias particulares encomendadas por Jussara, em que se atestava que a carta encontrada junto ao corpo de Odilaine não teria sido escrita por ela, foi determinada uma nova investigação do caso.
O recurso pede que mais pessoas sejam ouvidas e que novas perícias sejam realizadas. Conforme um dos advogados, Marlon Adriano Balbon Taborda, há diversos indícios na nova investigação de que várias diligências deixaram de serem feitas ou foram inconclusivas.
Doutor Marlon Taborda:
- “Fizemos uma análise bem criteriosa e apresentamos algumas situações como perícias inconclusivas, inclusive sem assinatura ou certificação digital. Alguns atos determinados pelo Judiciário, como acareações, também não foram feitas. Nem sequer o trajeto da arma, quem comprou, quem vendeu, quem registrou, nem isso foi feito. Mas estamos esperançosos que os desembargadores analisem com mais acuidade esse processo que clama por justiça.”

Homenagem pelo aniversário


Neste dia 6 de setembro de 2016, o menino Bernardo completaria 14 anos, se estivesse vivo. Por isso, a partir das 9hs., amigos, familiares e grupos de oração do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rondônia, Rio Grande do Norte, além de diversas cidades do Rio Grande do Sul, vão se reunir junto ao jazigo da família para prestar homenagens. Mais tarde, às 9hs30min., será celebrada uma missa no local. Nesta segunda, havia no túmulo um aquário (presente desejado por Bernardo), flores, faixas, fotografias, gravuras de anjos e brinquedos.
Bernardo foi morto pela madrasta, Graciele Ugulini, com a ajuda dos irmãos Evandro e Edelvânia Wirganovicz, em maio de 2014. O pai do menino, Leandro Boldrini, também é acusado do crime. Todos estão presos.
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Foto de arquivo pessoal/Pinterest


JUSTIÇA PARA ODILAINE E  BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!