sábado, 30 de abril de 2016

Perito particular contesta laudo oficial do Caso Odilaine Uglione



PERITO PARTICULAR IMPUGNA LAUDO LAUDO OFICIAL QUE CONCLUIU PELA SEGUNDA VEZ QUE ODILAINE UGLIONE COMETEU SUICÍDIO


Foto reprodução Facebook Bernardo Uglione Boldrini

O perito particular, Ricardo Caires dos Santos, impugnou lado oficial do IGP através da publicação extensa de uma matéria que explica a forma como se processa uma análise grafotécnica e como ele chegou à conclusão de que a suposta carta de suicídio não foi escrita pela mãe do menino Bernardo. 

Veja um trecho da transcrição na íntegra:

PROF. RICARDO CAIRES DOS SANTOS, PERITO JUDICIAL, Inscrito na APEJESP Nº 1568, venho respeitosamente a presença de vossa excelência detalhar meu laudo Referente a escrita da senhora ODILAINE UGLIONE.
Este Perito verificou que a pericia oficial não analisou o tempo dos manuscrito nas peças de padrões de confrontos da senhora ODILAINE UGLIONE, devido que a pericia oficial definiu que a forma de escrita da senhora ODILAINE UGLIONE tem 3 (três) a 4 (quatro) maneiras de escrever, OLHA “FUMUS BONI IURIS” fuma do bom direito excelência e autoridades. LÊ este laudo NÃO existe isto, tanto nos Peritos Grafotécnicos e Psicólogos especialista na escrita as alterações formais ela pode ser mudas de formas já mencionados neste laudo tipos de uso de drogas e outros.
Continuando o raciocino então as alterações conforme que a pericia oficial ofertou em seu laudo, então á senhora ODILAINE UGLIONE esteve todo momento da sua vida com essas características que altera a escrita de um individuo.
Todos os padrões de confrontos utilizados NÃO deu o resultado de 50% a 100% que a carta emanou do punho escritor da senhora ODILAINE UGLIONE, por fim A PERICIA tem que ser exata e a pericia oficial NÃO FOI.
Os lançamentos encontrados na Carta Não Emanaram do mesmo punho escritor do ODILAINE UGLIONE esta conclusão está fundamentada nos exames e estudo científicos.
Nada mais havendo, aos 28 de Março de 2016, encerra este perito o presente Laudo Grafotécnico Judicial, tudo devidamente firmado.
Disponível em:

OBSERVAÇÃO: foram 8 meses de sofrida espera pelo laudo de Odilaine Uglione, inclusive com a exumação de seu corpo e a perspectiva de exumação também do corpo do menino Bernardo, já que haviam sido encontrados nas unhas de Odilaine, vestígios de cromossomos masculinos que a Perícia Oficial não pôde concluir de quem era. A não ser que Odilaine, na tentativa desesperada de se defender da agressão tenha se agarrado ao criminoso, não havia a mínima possibilidade de ser detectado DNA sob suas unhas, ainda mais quando já havia decorrido cinco anos do acontecido. E Leandro Boldrini disse não ter encostado nela, apesar de apresentar escoriações nos braços que não sabia explicar como as tinha conseguido. 
Além do fato dele ter uma arma escondida em casa; ter negado o fato à Polícia; no dia da morte de Odilaine, ele ter faltado ao serviço em Bom Progresso (notícia nesse blog); e pedido para não avisar sobre isso à Polícia, etc, etc. Enfim,  estamos em uma democracia, não estamos ferindo o direito de ninguém, estamos apenas relatando o que a mídia exaustivamente veiculou e reiterando o nosso espanto frente ao resultado que em absoluto não nos convenceu, em compasso com o perito particular, acima citado.



A Ressurreição de Jesus Cristo

"Depois do sábado,quando amanheceu o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo. E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela. Resplandecia como relâmpago e suas vestes eram brancas como a neve.

Vendo isto, os guardas pensaram que morreriam de pavor. Mas o anjo disse às mulheres: 'Não temais! Sei que procurais Jesus que foi crucificado . Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e vede o lugar em que Ele repousou. Ide depressa e dizei aos outros discípulos que Ele ressuscitou dos mortos. Ele vos precede na Galiléia. Lá O haveis de ver, eu vo-lo disse.

Enquanto elas voltavam, alguns homens da guarda já estavam na cidade para anunciar o acontecimento aos príncipes dos sacerdotes. Reuniram-se estes em conselho  com os anciãos. Deram aos soldados uma importante soma de dinheiro, ordenando-lhes: 'Vós direis que seus discípulos vieram retirá-lo à noite, enquanto dormíeis."

'Vós direis que seus discípulos vieram retirá-lo à noite, enquanto dormíeis." ?????

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

terça-feira, 26 de abril de 2016

Dossiê Bernardo Uglione Boldrini: para a imortalidade


PARA NUNCA NOS ESQUECERMOS DE BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!


Foto Sabrina Ritter


Na manhã de de 17/12/2015, o senhor Jorge Goelzer esteve em Frederico Westphalen/RS, para entregar à Sidene Buzzato, secretária de Educação e Cultura do município, a obra intitulada "Dossiê Bernardo Uglione Boldrini".

Jorge Goelzer é um economista, morador de Curitiba/PR e uma das muitas pessoas que se comoveram com a história do menino Bernardo. Ele se envolveu nas pesquisas sobre o assunto, o que resultou nos dois volumes da obra, sendo que o primeiro exemplar foi entregue pessoalmente à Jussara Uglione, avó materna de Bernardo.

Para quem quiser conhecer o Dossiê Bernardo Uglione Boldrini, a obra (inclusive com muitas fotos) se encontra à disposição do público na Biblioteca Municipal de Frederico Westphalen. O senhor Goelzer informou que já está preparando o terceiro volume. 

Disponível em:

OBSERVAÇÃO: Como já disse anteriormente, quando da entrega do primeiro exemplar do livro à avó Jussara, continuo aguardando o meu exemplar. Obrigado, sr. Jorge Goelzer: bem vindo ao rol dos amigos de Bernardo Uglione Boldrini. Para sempre!

 Foto: Facebook Bernardo Uglione Boldrini - Justiça

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

sábado, 23 de abril de 2016

Caso Odilaine Uglione: mas embaixo tinha uma menina morta


AUDIÊNCIA DE 11/11/2014,  EM QUE A DEFESA DE EVANDRO WIRGANOVICZ QUESTIONAVA A MÃE DO MÉDICO LEANDRO BOLDRINI


Foto: SBT

Defesa de Evandro:
- "Bom, a senhora esteve então no domingo lá, pelo que a senhora recorda? Na casa de Leandro em Três Passos. É isso?

Testemunha: 
- "Não, foi dia de semana, porque eu ia só em dias de semana."

Defesa de Evandro: 
- " Pode ter sido três a quatro dias mesmo (do desaparecimento de Bernardo) como a senhora afirmou?"

Testemunha:
- "É."

Defesa de Evandro:
- "Muito bem. Como é que a Graciele se comportou, naquele dia, como é que ela estava?"

Testemunha:
- "Estava muito quieta, a gente percebia que estava quieta, estava diferente."

Defesa de Evandro:
- "No momento em que o Leandro perguntou, disse para ela, afirmou para ela, 'eu sou inocente, mas você vai ficar na caixinha', caixinha é o que, prisão?"

Testemunha:
- "Prisão, correção, digamos assim, da Polícia, né?'

Defesa de Evandro:
-"Qual foi a reação de Graciele quando ele disse isso?"

Testemunha:
- "Ficou quieta."

Defesa de Evandro:
- "Ficou quieta? Ela demonstrou com o olhar alguma forma de resposta? Ou não?"

Testemunha:
- "Sim, ela disse: 'mas embaixo tem uma menina morta'. Aquilo era um disfarce, alguma coisa, menina morta coisa nenhuma."

Defesa de Evandro:
- "Ali embaixo onde seria?"

Testemunha:
- "Para baixo da casa né, ela olhou assim na janela e disse: 'ali embaixo tem uma menina morta'. Não acredito, não acreditei nessa versão dela."

OBSERVAÇÃO: a partir do momento em que seus parentes começaram a falar, Leandro Boldrini deu-lhes ordem para que se calassem. Depois disso não houve nenhuma manifestação por parte deles.

Graciele Ugulini para Edelvânia Wirganovicz, quando iam de camburão, saindo de Guaíba em direção a Três Passos para uma audiência:
- "Se me envolverem na morte de Odilaine, eu me mato."

Peraí: então não foi um suicídio?

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI! 


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Edelvânia Wirganovicz tenta sensibilizar o Brasil antes do Júri Popular


EDELVÂNIA WIRGANOVICZ E SUA VERSÃO DA MORTE DE BERNARDO UGLIONE BOLDRINI, ANTES DE ENFRENTAR O JÚRI POPULAR


Vídeo incorporado do YouTube - Programa Record Investigação / Canal Aberto TV

OBSERVAÇÃO: esse depoimento de Edelvânia seria uma piada se não fosse resultado de um trágico acontecimento que comoveu todo o País em abril de 2014: o assassinato do menino Bernardo Uglione Boldrini. Cadê o seu advogado que não tentou pelo menos livrá-la desse constrangimento?

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

Teria sido Bernardo Uglione Boldrini enterrado vivo?


UMA DÚVIDA QUE CORRÓI A MENTE E O CORAÇÃO DE TODAS AS PESSOAS QUE SE ENVOLVERAM NA CAUSA DO MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI: TERIA SIDO ELE ENTERRADO VIVO?


Reprodução: arquivo pessoal

Transcrição de um texto coletado do Facebook Bernardo Uglione Uglione Boldrini - Justiça. Escrito por Erislei Mmc. Acesso em 22/04/2016.


Entre tantas mentiras de uma pessoa, podemos observar de forma detalhada e atenciosa AS VERDADES escondidas, encobertas pela pessoa mentirosa. Edelvânia disse que Bernardo teve que SE AJUSTAR para caber no buraco, disse também NÃO PODER AFIRMAR que Bernardo estava vivo ou morto antes de ser enterrado (mesmo tendo as duas despido o Bernardo antes de enterrá-lo). 

Vejam bem, quando a gente tira uma roupa de uma criança, manipulando o corpo não seria possível perceber presenças de sinais vitais? Isso demonstra que ela sabe que Bernardo ainda encontrava-se vivo.


Em qualquer pesquisa pelo Google podemos checar que o remédio MIDAZOLAM injetável “ O objetivo principal do manejo farmacológico é a tranquilização rápida, buscando a redução dos sintomas de agitação e agressividade, sem a indução de sedação profunda ou prolongada, mantendo-se o paciente tranquilo, mas completa ou parcialmente responsivo ”.

Isso significa que o paciente (ou vítima) é induzido a ficar quieto e obediente, “COMPLETA OU PARCIALMENTE RESPONSIVO” pode nos indicar que Bernardo teve condições de obedecer ordens da duas como: levantar do chão com a ajuda de Gracielle e Edelvânia, andar e se AJEITAR na cova. 

Depois disso, receber os acessórios das criminosas: soda, sacos de lixo e pedrada para que não tivesse chance de sair da cova. Talvez por se acharem tão sensíveis, e por fazer parte do acordo em ter a ajuda de Edelvânia, preferiram enterrar Bernardo vivo a ter que ver sangue. Seria por isso também a pedrada por cima do saco plástico?

“A COVA EU FIZ... E NA HORA ELE TEVE QUE SE AJUSTAR LÁ DENTRO. FOI MEIO PEQUENA AINDA, MAS ELE COUBE LÁ”. Sinto-me em tristeza profunda imaginando nosso querido dopado e se ajeitando para caber na cova...(Erislei Mmc)


OBSERVAÇÃO: Querido(a) Erislei, é justamente por contas dessas e mais dúvidas que nos empenhamos na Justiça por Bernardo Uglione Boldrini. Apesar de que a madrasta enfermeira assassina sabia como executar o menino, afinal tinha também um médico fazendo parte da trama. É uma pena que não tenha sido acrescentado aos criminosos mais uma qualificadora por tortura, porque isso, nós acreditamos que aconteceu: longe de quem lhe pudesse acudir, esse menino teve ter vivido o seu pior pesadelo!

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

Acusados do assassinato de Bernardo Uglione Boldrini vão enfrentar Júri Popular


PRIMEIRA CÂMARA CRIMINAL DE JUSTIÇA EM PORTO ALEGRE/RS, DECIDE ENVIAR OS ACUSADOS DO ASSASSINATO DO MENINO BERNARDO UGLIONE BOLDRINI PARA O TRIBUNAL DO JÚRI POPULAR

Reprodução: arquivo pessoal


Nesta quarta- feira, 20/04/2016, a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça em Porto Alegre/ RS, negou o recurso que questionava a decisão judicial de enviar a julgamento pelo Tribunal do Júri Popular, o médico Leandro Boldrini, a enfermeira Graciele Ugulini e o cúmplice Evandro Wirganovicz, envolvidos no assassinato de uma criança de apenas 11 anos de idade, Bernardo Uglione Boldrini. A defesa de Edelvânia Wirganovicz,  quarta acusada do crime, não recorreu de responder pelo Tribunal do Júri, apesar de ter solicitado que ela fosse julgada separada dos outros acusados, solicitação que também foi indeferida pela Justiça.

A decisão de manter o Júri Popular partiu do relator do processo, Desembargador Sylvio Baptista, do Desembargador Honório da Silva Neto e da Desembargadora Cláudia Maria Hardt. O recurso do Ministério Público que pedia a inclusão da qualificadora “Motivo Torpe” para Evandro Wirganovicz foi deixado para quando houver o julgamento, quando o Conselho de Sentença decidirá se os acusados são culpados ou inocentes.

O julgamento do recurso teve início em janeiro, mas foi suspenso quando apesar do voto contrário ao recurso do Desembargador Sylvio Baptista, o Desembargador Honório da Silva Neto pediu vistas ao processo e a Desembargadora Cláudia Maria Hardt optou por aguardar. 

No recurso, as defesas de Leandro Boldrini, Graciele Ugulini e Evandro Wirganovicz alegavam nulidades no processo e pediam (ora, vejam) suas impronúncias, ou seja, quando o Juiz conclui que não existem provas ou materialidade do fato e também não existem indícios suficientes de autoria ou participação a ponto dos réus serem submetidos ao julgamento pelo Júri Popular.

Ao mesmo tempo, os advogados pediam a desclassificação do crime, porque não se tratava de crime doloso contra a vida de uma criança, mas segundo os acusados, foi um outro tipo de delito não tão grave ( a madrasta não quis matar o menino, o pai não financiou a empreitada e o cúmplice não abriu a cova), foi tudo um mau entendido.

O Juiz errou ao condená-los a serem julgados pelo Tribunal do Júri Popular, afinal não houve aborto, nem infanticídio, nem homicídio doloso e muito menos qualificado. Mais uma vez, a estratégia não obteve sucesso e os réus do Caso Bernardo seguem rumo à sentença do Tribunal do Júri Popular, em decisão mantida pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O julgamento ainda não tem data para acontecer.   


Disponível em:



Desembargadores Cláudia Hardt, Sylvio Baptista Neto (C)
e Honório Gonçalves da Silva Neto (D) mantiveram
o julgamento dos réus pelo Tribunal do Júri. 
(Fotos: Eduardo Nichele)


Foto do Facebook Bernardo Uglione Boldrini 

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

terça-feira, 12 de abril de 2016

Edelvânia Wirganoviz relata mais uma versão do Caso Bernardo


EDELVÃNIA CONCEDEU NOVA ENTREVISTA A TV RECORD A RESPEITO DO ASSASSINATO DO MENINO BERNARDO

Edelvânia Wirganoviz / Foto Polícia Civil


(Transcrição do R7) em  12/04/2016.
Nesta quinta-feira (14), de Guaíba, no Rio Grande do Sul, o jornalista e apresentador Domingos Meirelles deixa a redação do Repórter Record investigação para fazer uma entrevista exclusiva e reveladora com a assistência social Edelvânia Wirganovicz, na Penitenciária Feminina, a 30 km da capital Porto Alegre.

Ela é uma das acusadas pela polícia de matar o menino Bernardo, de apenas 11 anos - um caso que sensibilizou todos os brasileiros.
Há seis meses, nossas equipes estão negociando essa entrevista com Edelvânia Wirganovicz.

Para a polícia, Edelvânia e a madrasta de Bernardo, Graciele Boldrini, mataram o menino e o enterraram em uma cova rasa, na cidade de Frederico Westphalen, interior do estado. Elas ainda teriam jogado soda cáustica em cima do corpo, na tentativa de apagar qualquer vestígio na cena do crime.

É a primeira vez que Edelvânia abre o jogo sobre a morte de Bernardo à uma equipe de televisão.
Você não pode perder! É nesta quinta-feira, às 23h30, logo após o Câmera Record.

Disponível em:


OBSERVAÇÃO: Edelvânia e seu gosto pela mídia. E com a credibilidade lá em baixo, depois de tantas contradições e acusações sem nenhuma prova. O que de novo, uma das rés confessas do assassinato do menino Bernardo, terá ainda a dizer? De desculpas e justificativas, já estamos fartos. "Falar e não provar é o mesmo que não falar" (Miguel Reale).

JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!

sábado, 9 de abril de 2016

Secretária de Leandro revela que sua vida foi completamente destruída


EM ENTREVISTA AO JORNAL ZERO HORA, ANDRESSA WAGNER, A SECRETÁRIA DO MÉDICO LEANDRO BOLDRINI, REVELA QUE TODOS, EM GERAL,DESTRUÍRAM COMPLETAMENTE A SUA VIDA


Andressa Wagner / Foto Facebook


(Transcrição da entrevista de Andressa Wagner ao Jornal Zero Hora, depois que foi inocentada pelo IGP/RS de ter escrito a suposta carta de suicídio de Odilaine Uglione em 2010).

Andressa Wagner teve nome envolvido no caso da morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, mas foi inocentada após investigação.

Durante meses, Andressa Wagner teve de conviver com o estigma de ser suspeita de um crime. a ex-secretária do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, morto em 4 de abril de 2014, teve o nome relacionado à morte de Odilaine Uglione, mãe do garoto, que se suicidou no consultório do marido em fevereiro de 2010. Uma perícia particular, contratada pela família de Odilaine, levantou, em 2015, a hipótese de Andressa ter escrito a carta de despedida da mãe de Bernardo. Essa possibilidade, porém, foi rechaçada em março deste ano, após nova investigação confirmar as conclusões da primeira, arquivada ainda em 2010.
Mas até o Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmar que a letra do bilhete era mesmo de Odilaine, o caso já tinha transformado a vida de Andressa. Com o nome envolvido na trama após a reabertura da investigação, ela teve até de se mudar de Três Passos. 


Jornal ZH:
- "Como a senhora recebeu a notícia de que uma perícia particular a apontou como autora da carta de suicídio de Odilaine Uglione?"

Andressa Wagner:
- "Eu estava na minha residência, e o Jonas Campos (repórter da RBS TV) chegou para me entrevistar referente a isso. Eu não sabia de carta, de perícia, de nada. Eu simplesmente dei risada, disse que não havia escrito carta nenhuma e registrei um boletim de ocorrência. Foi injusto o que fizeram comigo, uma covardia. Decerto acharam que, fazendo isso, poderiam me amedrontar, como se eu soubesse de algo e pudesse falar. Mas eu nunca soube de nada. Sempre falei a verdade, todas as vezes que fui chamada pela Justiça e pela polícia."


Jornal ZH:
- "A senhora acredita que houve má-fé dos peritos?"

Andressa Wagner:
- "Sim. Eu acredito que houve má-fé porque foi injusto o que fizeram comigo. Foi muita covardia."


Jornal ZH:
- "Por que eles teriam agido de má-fé?"

Andressa Wagner:
- "Não sei. É o que gostaria de saber. Eu era apenas funcionária. Acho que a família da Odilaine queria reabrir o caso e não conseguia."


Jornal ZH:
- "Depois, o IGP indicou que a carta havia sido escrita por Odilaine, e a Polícia Civil concluiu que ela havia se suicidado. Foi um alívio para a senhora?"

Andressa Wagner:
- "Não um alívio, porque eu sabia que não tinha escrito a carta. Só lamento por não ter dinheiro para contratar um perito particular, porque a família da Odilaine tem dinheiro. Se eu tivesse, teria contratado um perito para dizer que a letra não era minha. Mas a Justiça no Brasil é correta. Pode tardar um pouco, mas não falha. Não foi um alívio, eu só estava esperando pela notícia."


Jornal ZH:
- "O que ocorreu no consultório de Boldrini no dia da morte de Odilaine?"

Andressa Wagner:
- "Eu estava na recepção, trabalhando, quando a Odilaine chegou. Ela perguntou se estava tudo bem e se o doutor Leandro já tinha chegado. Eu disse que não, que ele estava a caminho. Então ela disse que iria aguardar por ele lá dentro (na sala do médico) e que não era para avisá-lo. O doutor chegou, ele estava atrasado, entrou pela sala da recepção, que estava cheia, e foi para a sala dele. Não sei dizer se durou cinco minutos, vi a porta se abrindo, o doutor saindo, e o tiro. Corri para ver o que era, a Odilaine estava deitada no chão. Disseram para eu não mexer com ela e, nisso, já me tiraram de lá."


Jornal ZH:
- "Houve suspeita de que a senhora teria recebido dinheiro de Boldrini para escrever a carta porque, oito meses depois da morte de Odilaine, a senhora investiu R$ 80 mil na construção de uma casa em Três Passos."

Andressa Wagner:
- "A minha casa foi financiada pelo programa Minha Casa Minha Vida e com recurso do FGTS que eu e meu esposo tínhamos. Eu tinha dois empregos na época. Isso está descrito na matrícula do imóvel, inclusive foi disponibilizada. Eu provei que fiz essa casa com o meu suor. Não ganhei nada, nunca. Nem um abraço do doutor Boldrini."




Em 26/05/2015, era veiculada a seguinte notícia:
"A ex-secretária da clínica do médico Leandro Boldrini, Andressa Wagner, cerca de oito meses após a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo fez um investimento num imóvel do programa Minha Casa, Minha Vida e comprou um terreno em Três Passos, ao todo os valores chegam a R$ 80 mil. As informações constam em documentos do Registro de Imóveis da Comarca de Três Passos.

Na semana passada, o inquérito foi reaberto, devido às conclusões da perícia particular encomendadas pela mãe de Odilaine. Uma das conclusões aponta que a carta de suicídio não foi escrita por Odilaine, e Andressa é citada como autora, que será investigada.

Andressa negou ter escrito a carta e disse que não irá se manifestar sobre a compra do imóvel".


Jornal ZH
- "Como era a sua relação com Boldrini?"
Andressa Wagner:
- "Eu conheci o doutor Boldrini quando trabalhava na farmácia do prédio em que ficava o consultório dele. A nossa relação era extremamente profissional. Ele era um patrão exigente, uma pessoa fechada, não dava muita abertura. Era bem profissional mesmo."


Jornal ZH:
- "E como a senhora via a relação de Boldrini com o filho?"

Andressa Wagner:
- "Eu pude perceber que ele se preocupava com o Bernardo, que ia bastante à clínica. Ele tinha amor pelo filho, isso era visível, mas o trabalho o consumia tanto, que ele (Boldrini) deixava de cuidar dele mesmo. Eu não frequentava a casa dele, mas creio que ele tenha deixado os cuidados da casa e da família com a mulher (Graciele). Ele nunca disse não para o trabalho. Não tinha dia nem horário."


Jornal ZH:
-"Quando a senhora passou a ter contato com Graciele?"

Andressa Wagner:
O doutor me apresentou a Kelly (como Graciele é chamada) como namorada dois meses depois do falecimento da Odilaine. Nunca tinha visto antes a Kelly na vida. Muitos dizem que eles eram amantes, mas eu nunca soube nada disso. Não tenho queixa nenhuma dela porque, para mim, ela sempre foi uma boa pessoa, atenciosa, querida. O problema dela era com o Bernardo."


Jornal ZH:
- "Qual era o problema de Graciele com o menino?"

Andressa Wagner:
- "Brigas, pelo que eu pude perceber na clínica. Ela pedia para o Bernardo não ir à clínica, para ele ficar em casa, para estudar, e ele dizia que não, retrucava. Mas nesses termos, assim. A Graciele dizia que, quando ele fosse à clínica, era para eu dizer para ele ir para casa. Mas isso eu jamais fiz, nunca expulsei o guri do consultório nem comentei com o doutor. Para não arrumar picuinhas, porque eu precisava do serviço. Até falei para o Bernardo que, quando ele aparecesse, era para fazer um sinal na porta que eu faria OK com o dedo para avisar se ela estava ou um não com a cabeça, e ele poderia entrar. A relação de Boldrini com Bernardo era boa. O Bernardo pedia dinheiro, e o doutor mandava eu dar. O conflito era entre ele (Bernardo) e a Kelly."


Jornal ZH:
- "O que mudou na sua vida desde a reabertura da investigação sobre a morte de Odilaine?"

Andressa Wagner:
- "Mudou praticamente tudo na minha vida. Eles destruíram completamente a minha vida."


Jornal ZH:
- "Eles quem?"

Andressa Wagner:
- "Eles eu digo de modo geral. A família da Odilaine e até o doutor Boldrini, porque, se eu não estivesse trabalhando com ele, nada disso teria acontecido. Destruíram a minha vida. Antes, eu tinha emprego fixo, construí a minha casa, mas o Caso Bernardo mudou da água para o vinho a minha vida. Perdi meu emprego, meu currículo foi manchado. Onde eu entreguei currículo depois, perguntavam se eu era a secretária "daquele médico que matou o filho". Essa é a impressão que todo mundo tem. Não consegui emprego, tive de mudar de cidade, fui malvista, julgada. Eu não podia sair às ruas, ir ao mercado, tive de tirar minha filha da creche. Foi um tormento. Caí em depressão profunda, uso medicação até hoje. Se não fosse a minha filha, acho que não estaria mais aqui, teria feito alguma bobagem com minha vida. Mudei de cidade, abri um negócio próprio. Estou tentando reconstruir a vida, graças à família."


Jornal ZH:
"Como a família agiu quando Bernardo desapareceu?"

Andressa Wagner:
- "Foi um choque. A Kelly me ligou perguntando se o Bernardo estava na minha casa, porque ele tinha ido para a casa de um coleguinha e não tinha voltado. Eu disse que não. Naquela noite, eu liguei, e ela disse que ainda não o haviam encontrado. Ficaram procurando o guri toda aquela semana. Na segunda-feira, dia 14 (de abril de 2014), no dia em que foram presos, a Kelly pediu que eu fosse para a casa deles para cuidar da Maria (filha de Graciele e Leandro) porque eles tinham de achar o Bernardo. Fiquei durante o dia na casa deles cuidando da menininha e, daí, recebi a notícia de que haviam encontrado o corpo do Bernardo. Foi um choque, nem estava acreditando. Demora até cair a ficha. Tu trabalhas anos do lado de uma pessoa que tu não conheces, né?"

Disponível em: 



 Agenda de Andressa Wagner


Suposta carta de suicídio de Odilaine Uglione


Bilhete de Andressa Wagner avisando Leandro da chegada de Odilaine em fev/2010.

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SEGUNDA ENTREVISTA DE ANDRESSA WAGNER SOBRE SUA ISENÇÃO DE TER ESCRITO SUPOSTA CARTA DE SUICÍDIO


Transcrição da entrevista de Andressa wagner concedida por e-mail à Jornalista Isabela Kuschnir ikuschnir@band.com.br, em matéria datada de 18/03/2016.


Andressa Wagner foi apontada como autora da carta de suicídio encontrada na bolsa de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo. Agora a Polícia Civil a isentou da acusação e ela revela como sua vida mudou devido à falsa acusação (Grifo nosso).

Andressa Wagner é uma das personagens coadjuvantes do caso Bernardo, o assassinato do menino de 11 anos, em abril de 2014, em Três Passos, no norte do Rio Grande do Sul.

Em 2010, quando a mãe do garoto, Odilaine Uglione, morreu com um tiro na cabeça, ela era secretária do médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo. Andressa foi apontada anos depois, em uma perícia particular, como autora da carta de suicídio que foi encontrada na bolsa de Odilaine.

A morte aconteceu dentro do consultório de Boldrini e foi definida como suicídio pela Polícia Civil. O caso foi reaberto após a morte do garoto, a pedido da família de Odilaine, que não aceitava a tese. Novamente os investigadores chegaram à mesma conclusão.

Atualmente, estão presos à espera de julgamento Boldrini, a madrasta do garoto, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. Eles respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, entre outros crimes.

Nesta entrevista, concedida por e-mail à jornalista Isabela Kuschnir, Andressa Wagner conta como a suspeita mudou sua vida. 

 Isabela Kuschnir:
- "Como a senhora conheceu Leandro Boldrini? Vocês mantinham uma relação profissional tranquila?"

Andressa Wagner:
- "Conheci o dr. Leandro Boldrini quando trabalhava na farmácia do prédio onde ele tinha o consultório. Ele era exigente, mas era tranquilo trabalhar com ele."



Isabela Kuschnir:
A senhora acredita que sua grafia é parecida com a de Odilaine? Em sua opinião, houve má-intenção dos peritos particulares quando te apontaram como autora da carta de suicídio?

Andressa Wagner:
- "Eu nunca li nada escrito por Odilaine em todo o tempo em que trabalhei para o Leandro Boldrini. Não sei como é a grafia dela. Além disso, foram raros os contatos com a senhora Odilaine, nas oportunidades em que ela esteve na clínica. Ela se limitava a cumprimentar e se reservar com o marido na sala dele. Entendo que houve má-fé sim dos peritos, pois a família de Odilaine busca, ao que parece, a qualquer custo, achar culpados pelo falecimento dela. Vejo neles uma busca por vingança contra Boldrini e contra todos que os que lhe cercavam, por não admitirem o suicídio. 

Fizeram um laudo, acredito, que visando causar comoção social e jogar a opinião pública contra as autoridades para reabrirem o caso. Fui injustamente e inescrupulosamente colocada na cena do crime. Foi muita covardia. Acharam que assim fazendo poderiam me amedrontar para que eu viesse a contar algo que pudesse saber. Sempre falei a verdade, em todas as vezes em que fui chamada pela polícia e pela Justiça."


Isabela Kuschnir:
- "Sobre o seu imóvel em Três Passos [foram investidos R$ 80 mil oito meses após a morte de Odilaine]: o terreno e a casa foram adquiridos através de financiamento ou houve empréstimos de terceiros?"

Andressa Wagner:
- "Não teve empréstimo privado. Foi financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida, mais um pequeno valor de recursos do FGTS meu e de meu marido. Eu tinha dois empregos. Está tudo descrito na matrícula do imóvel que inclusive foi disponibilizada na internet." 


Isabela Kuschnir:
- "Como foi a sua infância? A senhora cresceu em Três Passos?"

Andressa Wagner:
- "Nasci no Paraná. Com dois anos fui morar numa cidadezinha no interior do Paraguai. Lá tivemos uma infância pobre, minha mãe lavava roupa para fora para nos sustentar porque colheita de safra era só uma vez no ano e meu pai trabalhava na lavoura e fazia alguns bicos por fora. Morávamos numa casa de chão batido, não tinha luz elétrica e nem água encanada. Era difícil a vida no interior. Meus pais não tinham condições de dar uma vida boa para nós. Com nove anos vim morar em Três Passos, assim que atingi a idade comecei a trabalhar no comércio." 


Isabela Kuschnir:
- "A senhora acredita que seu ex-patrão esteja preso injustamente?

Andressa Wagner:
- "Acredito na Justiça. Se ele deve, irá pagar, mas ele sempre se preocupou com o Bernardo... Eu sentia amor dele pelo filho. Isso era visível. Porém, o trabalho lhe consumia tanto que ele deixou os cuidados da casa e da família a cargo da mulher. Leandro nunca disse não para o trabalho... Não tinha hora nem dia para trabalhar... Às vezes esquecia dele mesmo." 


Isabela Kuschnir:
- "Como o caso Bernardo mudou sua vida? Mudança de endereço, de profissão, maior dedicação à família?

Andressa Wagner:
- "Tinha uma vida estabilizada. Eu tinha emprego fixo, depois perdi, fiquei mal vista pela cidade. Pessoas me julgando, me apontando como se eu soubesse de algo sobre a morte da senhora Odilaine, tive que mudar de cidade, de profissão, minha filha também sofreu com tudo isso, sabendo de meu sofrimento me perguntando por que eu chorava.

Caí em depressão profunda, faço uso de medicamentos até hoje, por mais que eu saiba que não devesse tudo o que estavam me acusando, pois sempre tive minha consciência tranquila, sofri muito. Destruíram minha vida, foi muito difícil para mim passar por tudo isso, mas graças à minha filha, que é por ela que hoje estou aqui, por não ter feito bobagem e pela família maravilhosa que eu tenho, que me deram muita força e que estou tentando superar."


Isabela Kuschnir:
- "A senhora conhecia Bernardo Boldrini? E Jussara Uglione, a avó dele?"

Andressa Wagner:
- "Conhecia Bernardo, óbvio, pois ele seguidamente ia até o trabalho do pai. Nunca vi Jussara pessoalmente." 


Isabela Kuschnir:
- "A senhora pretende processar a família de Odilaine?"

Andressa Wagner:
- "Não sei ainda. Vou conversar com meu advogado. Mas o mal que eles me causaram foi enorme." 


Isabela Kuschnir:
- "A quantas anda o processo contra os peritos particulares? Já houve indiciamentos? Houve recomendação do seu advogado para que o processo fosse aberto no noroeste gaúcho e não mais próximo da sua atual residência?"

Andressa Wagner:
- "O processo foi aberto na comarca do meu atual endereço e encontra-se em fase de citação dos réus."


Isabela Kuschnir:
- "Antes da reabertura das investigações da morte de Odilaine, a senhora conhecia o delegado do caso, Marcelo Mendes Lech?"

Andressa Wagner:
- "Não conhecia o delegado." 


JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!



Negada solicitação para afastamento de perito do Caso Odilaine Uglione


JUSTIÇA NEGA PEDIDO PARA AFASTAR PERITO QUE ATUOU NO PROCESSO SOBRE O SUPOSTO SUICÍDIO DE ODILAINE UGLIONE EM 2010.


Jornal Três Passos News / Foto CP


Nesta terça-feira, 05/04/2016, a Juíza Vívian Feliciano, da Primeira Vara Judicial da Comarca de Três Passos/RS, negou provimento ao pedido de “Exceção de Suspeição” do perito da Comarca de Três Passos/RS, que atuou no processo que apurou em 2010 a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo. De acordo com informação no site do TJRS, o advogado de defesa da Família Uglione pleiteou a nomeação de outro profissional por considerar que o perito em questão era amigo e parente do médico Leandro Boldrini.

Em resposta ao pedido por seu afastamento, o médico legista afirmou que apenas enviou a manifestação espontânea ao Ministério Público ao tomar conhecimento da veiculação de um desenho pericial, cuja autoria foi atribuída a ele, equivocadamente. Ele admitiu que sua filha é casada com um primo de Leandro Boldrini, o que não o faz se sentir seu parente e que não tem interesse no caso.

Atualmente, as conclusões da Polícia Civil de que Odilaine Uglione, de fato, cometeu suicídio, encontram-se à disposição do Ministério Público em Três Passos. O perito que em 2010 redigiu o laudo da necropsia, manifestou-se voluntariamente no processo reaberto em 21/05/2015. De acordo com o advogado da família Uglione, o referido profissional estaria tentado obstruir a apuração da real causa da morte de Odilaine por possuir vínculos de amizade, parentesco e ainda ser colega de profissão do médico Leandro Boldrini.

Analisando o pedido de Exceção de Suspeição, a Juíza considerou não haver argumentos que comprovem o impedimento do perito por transgressão de imparcialidade, além de que não houve confirmação ou provas de que o perito fizesse parte do círculo de amizades do pai do menino Bernardo ou mesmo que ele tivesse interesse no julgamento do processo em benefício de qualquer das partes.

Juíza Vívian Feliciano:
- “"No que tange ao parentesco, o fato de ser a filha do médico legista esposa do primo de Leandro Boldrini, tecnicamente, não implica impedimento daquele e, sequer suspeição, já que parentesco em 4º grau, por afinidade".

Já o fato de o perito trabalhar no hospital em que o pai de Bernardo era diretor também não é argumento para fundamentar hipóteses de suspeição ou impedimento, uma vez que ele realizou a perícia na condição de médico legista do Instituto-Geral de Perícias (IGP/RS).

"Assim sendo, ao contrário do alegado pela excipiente, não há qualquer impeditivo legal à manifestação espontânea do experto, por meio do ofício 062/2014, enviado ao Ministério Público de Três Passos, que o juntou, por sua vez, no processo nº 075/2.10.0002779-3, ainda que tal manifestação tenha sido escrita em papel timbrado do IGP. Isso porque o excepto, efetivamente, era o médico legista do IGP e foi ele quem desenvolveu a perícia, acerca da qual, e como tal, resolveu se manifestar. O documento não foi utilizado para tratar de assuntos pessoais, particulares ou desconexos com a função, mas para esclarecer perícia feita".

 O defensor alegava também que, com o encerramento da instrução, Jussara Uglione teve negado o seu direito à ampla defesa, uma vez que o requerimento para que fossem produzidas provas consideradas importantes para a elucidação do caso, não foi levado em conta, ocorrendo prejuízos para o processo.

A magistrada considerou ser inviável o pedido uma vez que, quando da audiência de instrução, estava presente o Advogado da autora, o qual não se insurgiu quanto ao encerramento da instrução processual e abertura de prazo para memoriais.

Juíza Vívian Feliciano:

- "Ademais, com os elementos constantes nos autos este juízo já formou seu livre convencimento com relação aos pedidos veiculados na presente demanda".

Disponível em:

TJRS/Site/Imprensa, de 05/04/2016. Acesso em 09/04/2016.




JUSTIÇA PARA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI!