Alguns meses, depois de sua morte, na casa da família Petry, muito coisa restou da vida de Bernardo Uglione Boldrini: bilhetes, fotos, roupas, trabalhos escolares. Adotado como filho do coração pela família era nessa casa que ele passava os finais de semana e onde comemorou seus aniversários, a Primeira Eucaristia e juntamente com a "Tia Ju", experimentava receitas de capcake (ele adorava comer a massa crua). Gostava de brincar de fazer a barba com o Tio Carlinhos e realizava os estudos junto com seus irmãos adotivos. Bernardo passou os melhores momentos de sua vida com essa família.
–" Gostaria que no meio
desse turbilhão que se abateu sobre nós com a morte do Bê, a gente consiga
passar para as autoridades que podem fazer alguma coisa, que podem tirar uma
criança de casa, que deem um pouco mais de atenção para esses inocentes. Sinto
muita falta dele, tem dias que é bem complicado – conta Juçara, a mãe que
Bernardo queria. – Tu vai almoçar, parece que ele está chegando, vai trabalhar,
parece que ele está vindo. Ele estava sempre junto. Agora está pior, é muita
saudade. No início, era aquela luta para achá-lo, depois esse turbilhão de
informação. A gente não tinha ideia do que ele passava. Como ele não falou
nada, acho que temia por nós. A gente se pergunta: será que ele não deu uma
pista e não vimos? Aí, depois, vem aquela dor: meu Deus, por que eu não
arranquei ele de lá? Talvez ele estivesse salvo, hoje estaria aqui. Conosco." - lamenta Juçara Petry".
– "Ele era malcuidado,
quase sempre chegava atrasado, tinha falta de higiene, a gente via que não
tinha um adulto dando atenção a ele. De minha parte nunca falei nada para
ninguém, mesmo porque não sabia o que se passava dentro de casa. Eu achava que
era ele, que estava na idade, né, 11 anos, de levantar tarde. Nunca pensei que
tivesse passando alguma coisa dentro de casa – conta Ivonete de Mattos,
catequista de Bernardo em 2013. – Para mim, ele nunca reclamou de nada. Depois
eu me senti meio culpada, porque a religião é fundamentada na família, a gente
fala muito em família, a gente incentiva as crianças a respeitar pai e mãe. De
repente, quantas vezes que a gente falava que pai e mãe é o principal dentro de
casa e ele ficava triste ouvindo isso..."
–" Eu lutei (pelo Bernardo)
até onde pude" – diz a avó materna Jussara Uglione.
–" Eu estava caminhando e
ele também, me olhando. Ele andava e me olhava. Hoje, penso se ele queria me
falar algo". - Caroline Bamberg, delegada.
– "A gente analisa que essas
pessoas (um médico e uma enfermeira)
estão ali para salvar vidas, não destruir. A gente tem eles como referência" –
comenta Isoldi Schumann, conselheira tutelar.
-" Se o juiz sabendo de tudo, caiu na lábia do Boldrini, como nós não iríamos cair?" - Simone Mïller, coordenadora pedagógica da escola de Bernardo e mãe de um dos melhores amigos do menino. E na casa de quem falsamente Leandro Boldrini e Graciele Ugulini disseram que o menino Bernardo estaria, quando ele desapareceu.
-" Se o juiz sabendo de tudo, caiu na lábia do Boldrini, como nós não iríamos cair?" - Simone Mïller, coordenadora pedagógica da escola de Bernardo e mãe de um dos melhores amigos do menino. E na casa de quem falsamente Leandro Boldrini e Graciele Ugulini disseram que o menino Bernardo estaria, quando ele desapareceu.
- “A minha madrasta é uma
bruxa, ela me xinga de tudo que você possa imaginar, e o meu pai dá razão para
ela. Eu não tenho comida de noite porque não tem tata (empregada, babá). Eu
tenho que tomar leite, comer banana, fazer ovo cozido ou então eu vou comer na
casa dos meus colegas. Não tenho chave de casa, ela briga comigo e eu tenho que
esperar 10 e meia da noite o pai chegar para eu poder entrar em casa. E eu não
aguento mais isso. Deram todos os meus cachorros. E hoje foi a gota d’água,
porque ela me chamou de veadinho e eu atirei um copo nela. O copo não pegou,
mas eu estou com medo, estou cansado, eu nunca tinha feito isso de atirar um
copo nela. Então eu não quero mais ficar naquela casa. Eu estou na casa da tia
Ju (Juçara Petry). E eu queria te dizer assim, promotora: eu quero que a Ju e o
marido dela sejam meus novos pais, porque eu quero ter pais com amor. ” - Bernardo.
-"Tu já sentiu saudades de alguém? Se sentiu sabe o que estou sentindo hoje. Então ele me abraçou e chorou." Elaine Radke, ex-babá de Bernardo.
(Fonte: Zero Hora. Disponível em:< zh.clicrbs.com.br>). Acesso: 15/01/15.
-"Tu já sentiu saudades de alguém? Se sentiu sabe o que estou sentindo hoje. Então ele me abraçou e chorou." Elaine Radke, ex-babá de Bernardo.
(Fonte: Zero Hora. Disponível em:< zh.clicrbs.com.br>). Acesso: 15/01/15.
Fato Novo
Condenados os réus já estão, visto seguirem presos. Resta saber agora qual será a condenação. Estamos em contagem regressiva. E a Justiça tem certeza da culpa de Leandro Boldrini no assassinato. Veja abaixo os fatos contra os quais não existem argumentos e que colocam o pai como mentor do assassinato do próprio filho.
1º - Mataram Bernardo por motivação financeira. Conforme Graciele Ugulini fala à Edelvânia: -"Este guri quando fizer 18 anos vai nos tirar tudo". Ela diz:"vai nos tirar tudo". Leandro Boldrini, era brigado com a avó materna de Bernardo. Ele havia proibido terminantemente o relacionamento da avó com o neto e na virada do ano de 2014, ele estranhamente abre uma exceção e Bernardo passa o final de ano com Jussara Uglione.
2º - Em janeiro de 2014, Bernardo se dirige ao Conselho Tutelar de Três Passos a fim de reclamar do pai e da madrasta e solicita uma nova família. O garoto estava com medo e ele diz à promotora Dinamárcia: -" E se alguma coisa me acontecer?"pressentia. Leandro Boldrini é chamado ao fórum para esclarecimentos sobre a situação de Bernardo e tem um prazo de 90 dias para se acertar com o menino. A partir daí, ainda em janeiro de 2014, Graciele parte à cata de executores para Bernardo e Leandro Boldrini entra com processo de inventário para a regularização de bens deixados por Odilaine (processo n. 1400002090), com quatro anos de atraso. Para Sandra Cavalheiro, a primeira pessoa a ser tentada para a execução e principal testemunha de acusação, reproduz a fala de Graciele Ugulini: " Leandro diz que para dar jeito no guri, só no fundo de um poço ou debaixo da terra". Antes de expirar o prazo, o menino é assassinado pela madrasta com o aval do pai.
3º - As tentativas para a morte de Bernardo datam de 2012, quando Graciele Ugulini faz a primeira tentativa. Há que se levar em conta que o menino era ingênuo, com apenas 9 anos nessa época, será que foi mesmo apenas uma tentativa? Nos vídeos apreendidos pela Polícia do celular de Leandro Boldrini, Graciele fala que o menino está muito doente e que pode morrer primeiro que ela. O descaso com alimentação, higiene, medicamentos, indica que como a asfixia havia sido lograda, o casal deixando o menino á míngua, quem sabe poderia ocorrer uma morte natural. Mas o menino era forte. Como diz Edelvânia Wirganovicz, a medicação dopante mesmo sendo administrada 3 vezes durante o trajeto até o lugar em que seria morto e ele só desfaleceu a partir da injeção letal.
4º - Leandro Boldrini alega que a receita do Midazolam foi roubada de seu consultório. Entretanto, a assinatura na receita é dele, sem sombra de dúvida (veja assinatura da carta do médico de dentro da cadeia, censurando a delegada Caroline Bamberg e a promotora Dinamárcia Maciel, por se apresentarem em uma faculdade em Santa Maria, falando sobre Bernardo). Andressa Wagner, secretária do médico na época, diz que ele providenciou uma receita específica para a assistente social Edelvânia Wirganovicz e a própria apareceu novamente em seu consultório quando do desaparecimento de Bernardo. Por quê Edelvânia diz que ele não sabia de nada? O advogado de defesa dela diz que ela sofreu pressão: que tipo de pressão? Seria para não revelar o envolvimento de Leandro Boldrini? Em seu depoimento à Polícia em 14/04/14, além da delegada ter que colocar palavras em sua boca, Edelvânia ainda deixou muita coisa em suspenso.
5º - Amélia Rebelato, mãe de Leandro, esteve em sua casa na época dos acontecimentos e o filho disse que não tinha nada a ver com o assunto, ao contrário de Graciele, dizendo que ela iria sofrer muito e que eles iriam colocá-la numa "caixinha. Por quê Leandro não denunciou a mulher? Ele não podia, havia um conchavo entre os dois.
6° - Conforme testemunhas, no dia anterior à morte de Bernardo, na casa reinou uma paz anormal. Foi permitido ao menino ter a posse de um aquário, doado por uma amiga de sua mãe, uma televisão e ainda brincar com a irmã Maria Valentina, coisa que estava proibido de fazer. Dia 04/04/14, dia de sua morte, ele almoçou com o pai e a madrasta, comendo peixe do qual gostou muito (já que era frequente ele comer ovo) e estava muito feliz, havendo contado aos coleguinhas da escola o motivo.
7º - Leandro Boldrini nunca se importava em saber onde o filho estava. Estranhamente no primeiro dia do desaparecimento de Bernardo, ele já ligou para o filho e mais três ligações foram detectadas em seu celular. No entanto, ele diz que havia sido avisado por Graciele Ugulini que o menino estava na casa de um coleguinha. Ele, em nenhum momento, cogitou de ligar para a casa do amigo de Bernardo. Foi pessoalmente no domingo em vez de ligar, dizendo que o menino estava sem celular. Bernardo nunca ficava sem seu celular. E o celular de Bernardo não foi recuperado. Leandro Boldrini e Graciele Ugulini sabiam que as ligações seriam rastreadas pelo Polícia. Tanto que até as ligações feitas à Edelvânia eram em códigos antes da morte de Bernardo e depois com tentativas de criar álibi para o casal.
8° - Leandro nunca saía a procura de Bernardo. Curiosamente no domingo, 06/04/14, ele que nunca participava de nenhum evento, compareceu em um realizado na praça principal de Três Passos e perguntando a todos que encontrava, sobre o paradeiro do filho. Vídeo mostra ele num restaurante procurando pelo garoto (nunca isso havia acontecido antes) e finalmente ele se dirige a casa do amigo de Bernardo. Por quê? O restaurante era do pai do amigo em questão. Provavelmente, já tentando forjar um álibi.
9º - Estou envolvido nisso, estou? A pergunta dirigida a Graciele na delegacia, não justifica, afinal, quem não deve, não teme. Em hipótese alguma ele deveria ser envolvido, tanto é que Edelvânia Wirganovicz diz que ele não sabia de nada e no entanto, ela esteve em sua clínica por duas vezes, conforme atesta a secretária do médico. Edelvânia nega ter estado em Três Passos na época dos acontecimentos, no entanto ela compareceu numa farmácia local para comprar o Midazolam, com receita especifica do doutor Leandro Boldrini para ela e acompanhada de Graciele Ugulini. Por quê a negação com referência a receita se no fim ela acabou denunciando Graciele pelo crime?
10° - Durante o desaparecimento de Bernardo (04 a 14/04/14), o casal aparecia diariamente na delegacia para saber notícias de Bernardo e eles pareciam felizes com o sumiço do garoto, confirma a delegada Caroline Bamberg. Quando ela comunicou a eles que Bernardo havia sido encontrado morto, dos dois Leandro foi o mais frio. Ele só se abateu a partir de sua prisão.
11º - Leandro apareceu cantarolando no hospital onde trabalhava na segunda-feira, terceiro dia do desaparecimento de Bernardo. Já no sábado anterior ele havia participado de uma balada com a mulher em Três de Maio, cidade vizinha e até fumado charuto. Bernardo já estava morto.
12º - Quando o garoto não é localizado (Leandro já sabia de sua morte), ele abre um B.O. comunicando o desaparecimento e liga para uma rádio local: nota-se que ele está muito calmo e não fornece um número pessoal de contato:"o garoto que morava com a gente", referindo-se a Bernardo, no passado. Uma testemunha diz que ao sugerir a confecção de cartazes para localizar Bernardo, a frieza de Leandro foi tanta que ela, constrangida, quase teve que se desculpar pela ideia.
13º - Edelvânia, originalmente iria receber pela morte de Bernardo, o valor de R$ 20.000,00. Este valor posteriormente é acrescido para R$ 90.000,00. Apesar de ter a mulher como sócia, todo valor expressivo gasto era comunicado a Leandro pelo banco através do celular. Graciele diz em depoimento à Polícia quando indagada a respeito "que achava que ganhava 2 salários". Como ela poderia ter acesso a tanto dinheiro, se ganhava pouco? Com certeza, devido a repercussão mundial e com medo de que Edelvânia abrisse o bico, o que de fato acabou acontecendo, Leandro e Graciele resolveram aumentar a oferta. Depois desse depoimento em 22/04/14, a madrasta de Bernardo, transferiu para a irmã, carros e terreno em seu nome, na localidade de Santo Augusto, sua terra natal, assim como Leandro Boldrini, até ter todos os seus bens bloqueados pela Justiça também em fins de abril de 2014. Mesmo depois de presos, eles continuaram de comum acordo.
14º - No dia dos pais, em agosto de 2013, durante um evento realizado pela escola de Bernardo, a indiferença de Leandro é visível. Enquanto pais abraçam carinhosamente seus filhos, Bernardo aparece de costas para o pai. Na hora em que as crianças sobem ao pai para declaração de amor aos pais, Bernardo se dirige a todos os pais (ver vídeo neste blog).
15º - Leandro Boldrini era um workaholic assumido. Trabalhava demais para amealhar fortuna, em detrimento das condições básicas para a sobrevivência de seu filho. A motivação financeira foi a principal causa do assassinato do menino Bernardo: não dividir com ele, os bens oriundos de seu casamento com Odilaine Uglione. Se Bernardo, filho biológico foi morto por ganância, o que impediria o fato em relação a Odilaine? Isso por si só, já não configuraria um fato novo para a reabertura do inquérito de Odilaine? Leandro conhecia Graciele desde a época em que Odilaine ainda era viva, sendo o pivô da sua separação (conforme informação dos próprios parentes). Odilaine herdaria com a separação um montante de 1,5 milhão, mais uma pensão mensal de R$ 8.000,00, em valores de 2010. Odilaine, mãe biológica de Bernardo, aparentemente se matou em 10/02/10 com um tiro na boca, numa circunstância nebulosa em que sua própria família descarta a hipótese de suicídio.O advogado da família tenta reabrir o inquérito.
16º - A injeção letal que matou Bernardo saiu da clínica de Leandro Boldrini. Com referência a receita que o incrimina ele tem uma explicação, diz que foi roubada. Já para o sumiço de ampolas de Midazolam, o médico não deu por falta delas. Cecília Renz que trabalhou com o médico notou a ausência do medicamento e comunicou o fato ao casal. A madrasta retrucou que iria trancar o armário e o médico não diz uma palavra, ocupado com seu serviço: ele não estava com paciente na sala, do contrário a enfermeira não comentaria o fato. Mesmo assim, nas entrevistas dadas, ele não toca no assunto das ampolas desaparecidas. Esse tipo de medicamento é controlado, restrito a hospitais. Por quê não foi aberta uma sindicância, por quê Leandro Boldrini não se importou com esse sumiço?
17º - Leandro Boldrini impediu os parentes de dar entrevistas, falar sobre o assunto. Bernardo era uma criança extremamente podada. Nesse quesito, ele não se abria nem para a "Tia Ju", madrinha e avó. Por quê? Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, conforme testemunhas, falaram mais de uma vez: que se fulano ou ciclano falavam mal deles "a gente paga para matar". Tanto é verdade que ele que não poupou nem mesmo seus familiares.
18º - Geralmente reservados, o casal fez questão de alardear a compra da T.V. Indagada pelo cunhado Paulo Boldrini por que a comprou em Frederico Westphalen, Graciele respondeu simplesmente: "Comprei lá por que comprei".
19º - Graciele depois de ter matado e enterrado o menino Bernardo com a colaboração de Edelvânia e Evandro Wirganovicz, falava freneticamente com alguém no celular? Com quem seria?
20º - Por quê Leandro Boldrini se recusou a passar pelo detector de mentira da Polícia? Ele diz que era uma pessoa calma, controlada: pessoas nervosas é que podem provocar alguma alteração desfavorável na máquina, mesmo não sendo culpadas. E por quê Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz também se recusaram a passar pelo teste? Edelvânia wirganovicz disse estar colaborando com a justiça.
21º - Celestino Ambrósio Schimidt, médico amigo de Leandro, diz ter se surpreendido com a atitude do médico. Leandro Boldrini disse temer naquele dia que "ele" Bernardo estivesse morto, que tivessem escondido o cadáver, pois poderiam colocar no freezer ou enterrar e que hoje sumir com um corpo é muito fácil. Celestino disse que Leandro tinha conhecimento de que o menino não tinha fugido, afinal ele era medroso, tinha medo da noite.
22º - "Eu informei a madrasta que a gente tinha encontrado o corpo e ela foi extremamente fria, não demonstrou tristeza nenhuma. Fui falar com o pai e ele também não esboçou reação nenhuma. Diante da situação, o pai foi o mais frio" - Caroline Bamberg, delegada de Polícia.
23º - Em depoimento à Justiça, Edelvânia revela: -"Eles não aguentavam mais a convivência com o guri. Ele era muito agitado". Edelvânia cita o casal e não especificamente Graciele Ugulini.
24º Em nenhum momento do depoimento de Edelvânia à Polícia, ela fala sobre a receita de Midazolam ou de sua ida à clínica de Leandro Boldrini. Ela inclusive esteve em Três Passos e comprou a medicação acompanhada de Graciele numa farmácia local. Com receita assinada por Leandro Boldrini. Em depoimento ela diz que não usava drogas ou medicamento, por quê então Midazolam 15 mg? Ela poderia ter inocentado Leandro Boldrini e não o fez.
25° - Quando Bernardo desapareceu, seu pediatra José Roberto Sartor, também amigo de Leandro Boldrini declarou: "apagaram o guri". Relacionando o fato com a situação vivida pelo garoto e atribuindo-o ao pai e madrasta.
26º - Quando a Polícia pergunta a Graciele Ugulini o quanto ela ganha de salário ela diz não ter certeza, não ter renda fixa. Como um valor de R$ 90.000,00 iria sair do bolso de Leandro Boldrini sem ele ter conhecimento? Ele não diz se ela possuía conta pessoal, as contas existentes eram somente duas: uma dele pessoal e outra da clínica. O padrasto de Graciele Ugulini, Sérgio, diz que ela não possuía patrimônio próprio.
27º - Uma testemunha diz em depoimento à Justiça que Leandro Boldrini sabia que Bernardo seria levado a uma benzedeira e ele mesmo comunica o fato ao menino. Bernardo, de acordo com o pai, ainda teria que pedir desculpas a Graciele Ugulini. O menino concordou. Coleguinhas de classe de Bernardo citam o fato de que entre o menino e a madrasta existia um código de convivência, de não se falarem.
28º - Leandro Boldrini, pelo menos publicamente, nunca chorou ou se desesperou pela perda definitiva de seu único filho homem.
29º - Quando Leandro liga para uma rádio local, ele se refere a Bernardo friamente e somente como "O menino". Quase no final da ligação é que o locutor se apercebe de que "O menino" é seu filho.
30º - Leandro Boldrini ao ter conhecimento através de seu irmão, de que a Polícia iria realizar uma perícia em uma mancha detectada no banco traseiro da caminhonete de Graciele e que poderia ser sangue, ele comunica ao irmão, que Bernardo não havia retornado ao carro. Ele sabia que as mulheres tinham se utilizado do carro de Edelvânia para se deslocarem até o local da morte do menino. Ele sabia o tempo todo que o menino havia ido e ficado definitivamente em Frederico Westphalen. Não nega o fato ele também ser acusado de falsidade ideológica:comunicar o desaparecimento de Bernardo, quando ele sabia perfeitamente bem onde o menino se encontrava. Leandro também proibiu toda a família de falar sobre o assunto.
31º - De acordo com depoimento do padrasto de Graciele Ugulini, Sérgio Glauco da Silva Rolim de Moura à Justiça em 24/10/14, ele confirma a participação de Leandro Boldrini no assassinato do próprio filho Bernardo Uglione Boldrini. Houve toda uma estratégia inicial da defesa para que ele ficasse livre e a culpa recaísse toda sobre Graciele Ugulini. Ele solto, financiaria a defesa de Graciele.
32º - Leandro Boldrini é um homem frio, inteligente e determinado. Ele tentou engabelar a Justiça em muitos sentidos até no fato de que a Justiça acreditava inicialmente que ele não havia participado do crime. Achavam apenas que, quando ele soube do assassinato do filho, tivesse se recusado a denunciar a mulher. Diante de tamanha covardia e crueldade, o universo resolveu que deveria conspirar contra Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, em uma inadvertida compra de extintor de carro.
33º - Graciele Ugulini escreveu uma carta para a sua irmã Simone, inocentando Leandro Boldrini. Isso no início. Ela não escreveu para uma autoridade atestando a inculpabilidade dele, ela não chamou a imprensa para falar em defesa do companheiro, ela não quis passar pelo detector de mentira, assim como Edelvânia Wirganovicz, mas esta ainda defendeu o irmão publicamente. Graciele Ugulini escreveu uma carta de dentro da cadeia reclamando das condições do presídio, preocupada com ela própria, mas não com o marido. E a irmã de Graciele, de posse da carta nada fez em prol de Leandro Boldrini, muito provavelmente por não ter certeza da integridade do cunhado. Graciele ficou apenas surpresa quando soube que Leandro Boldrini continuava preso. Agora, depois do pedido de separação e do desamparo legal, é cada um por si.
34º - Leandro disse à sua secretária que apesar de Bernardo não ter sido localizado, a vida continuaria e já na semana seguinte iria atender seus clientes normalmente.
35º - Quando indagados a respeito do desaparecimento de Bernardo, Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, muito calmos, diziam que não iriam continuar a procura, pois isso agora era a função da Polícia.
36º - Após a ida de Bernardo ao Fórum local e Leandro Boldrini ser chamado para uma audiência, no qual ele compareceu acompanhado de uma advogada, a situação do menino só piorou. Começam as investidas de Graciele Ugulini, a madrasta, no intuito de arregimentar matadores para executar Bernardo. A principal testemunha de acusação no processo sobre a morte do garoto, ao saber que o menino tinha sido morto, se apresentou espontaneamente à Polícia e denunciou o casal: Leandro Boldrini estava a par da execução.
37º - "Há várias provas que levam a uma causa. É muito difícil chegar ao mentor dos fatos, e nós conseguimos. Os vídeos (apreendidos pela Polícia do celular de Leandro Boldrini), só vem corroborar o que todas as testemunhas disseram sobre o comportamento dele". - Caroline Bamberg, delegada de Polícia de Três Passos.
38º - Leandro Boldrini diz que Graciele foi dissimulada sobre a questão do desaparecimento de Bernardo e que não conhecia essa face dela. Depois de tudo o que ele expôs sobre Graciele nas entrevistas a respeito do relacionamento dela com Bernardo, dá pra acreditar que ele não sabia realmente o que havia acontecido com o menino?
39º - "Liguei duas vezes na segunda (07/04/14) e ele (Leandro Boldrini) estava dormindo (3 dias depois do desaparecimento de Bernardo). Não consegui me controlar, xinguei mesmo, e fui xingado. Ele me disse que ia me denunciar por calúnia. Eu disse: "tá todo mundo na rua atrás dele (Bernardo) e tu estás dormindo em casa?" - Ary Ribeiro, marido de Clarissa Oliveira, madrinha de Bernardo.
40º - Clarissa Oliveira revela que começou a se apavorar ao ouvir Leandro se referindo ao filho no Passado, como se ele já soubesse que Bernardo estava morto.
Disponível em:< zh.clicrbs.com.br>). Acesso: 15/01/15.
41º - Em 20/04/2014, Amélia Rebelato, mãe de Leandro Boldrini, em entrevista à Radio Gaúcha, falou por uma hora sobre o acontecido. Segundo ela, Leandro era inocente:
- "Eu sou inocente, mas você vai pagar. Vão lhe colocar numa caixinha." Disse ele, na época, olhando para Graciele que segurava a filha no colo. A mãe de Leandro relembra que o filho parecia abalado, em estado de choque e Graciele estava calma, diferente do habitual. Mas, perguntada pelo repórter se Leandro já sabia do que havia ocorrido com Bernardo ou se ele estava abalado com o desaparecimento do menino, Amélia disse não recordar.
Disponível em:<www.gaucha.clicrbs.com.br/noticia-aberta>. Acesso em 16/04/2015.
42º - Nenhum PAI fica impassível ante o desaparecimento de um filho. Esse PAI não acende charuto durante esse período não se encaminha para a delegacia e lá aparenta satisfação e muita frieza ao ser comunicado que o filho ainda não foi encontrado. Um PAI chora e se desespera pela perda de um filho e esse PAI ao sentir a demora do filho , não fala que a partir dali vai entregar a função para a Polícia que é o dever dela.
43º -Quem não deve não teme. A defesa de Leandro Boldrini tentou evitar que fosse realizada perícia na receita do Midazolam. Se Leandro Boldrini não era culpado, qual o motivo da cisma?
OBSERVAÇÃO: Em depoimento à Policia prestado em 22/04/14, Graciele Ugulini relata que após dar muitos remédios a Bernardo, o menino muito sonolento começou a babar, a respirar fortemente,
não tinha pulso. Isso me remete a um caso de execução acontecido nos Estados Unidos: Dennis Mc Guire foi condenado a morrer por uma injeção letal do benzodiazepínico Midazolam associado ao analgésico Hydromorphona, em uma combinação jamais utilizada anteriormente nos EUA. O condenado após receber a dose letal de medicamentos, começou a ofegar ruidosamente, em um processo de asfixia que durou não menos que dez minutos, até ele falecer, conforme revelou um jornalista que assistiu a efetivação da pena. Os advogados de defesa asseguraram que ele morreu de "falta de ar", constituindo assim uma "pena cruel e incomum", em um procedimento proibido pela Constituição Americana. Em tempos que a pena de morte é severamente questionada e completamente abolida em muitos países pelo mundo afora, Bernardo Uglione Boldrini foi executado em um país que não existe esse tipo de pena, como uma pessoa adulta, criminosa, de forma cruel e desumana e... sem nada dever!
(matéria completa disponível em: <www.correiobraziliente.com.br/app/noticia/mundo>)
17º - Leandro Boldrini impediu os parentes de dar entrevistas, falar sobre o assunto. Bernardo era uma criança extremamente podada. Nesse quesito, ele não se abria nem para a "Tia Ju", madrinha e avó. Por quê? Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, conforme testemunhas, falaram mais de uma vez: que se fulano ou ciclano falavam mal deles "a gente paga para matar". Tanto é verdade que ele que não poupou nem mesmo seus familiares.
18º - Geralmente reservados, o casal fez questão de alardear a compra da T.V. Indagada pelo cunhado Paulo Boldrini por que a comprou em Frederico Westphalen, Graciele respondeu simplesmente: "Comprei lá por que comprei".
19º - Graciele depois de ter matado e enterrado o menino Bernardo com a colaboração de Edelvânia e Evandro Wirganovicz, falava freneticamente com alguém no celular? Com quem seria?
20º - Por quê Leandro Boldrini se recusou a passar pelo detector de mentira da Polícia? Ele diz que era uma pessoa calma, controlada: pessoas nervosas é que podem provocar alguma alteração desfavorável na máquina, mesmo não sendo culpadas. E por quê Graciele Ugulini e Edelvânia Wirganovicz também se recusaram a passar pelo teste? Edelvânia wirganovicz disse estar colaborando com a justiça.
21º - Celestino Ambrósio Schimidt, médico amigo de Leandro, diz ter se surpreendido com a atitude do médico. Leandro Boldrini disse temer naquele dia que "ele" Bernardo estivesse morto, que tivessem escondido o cadáver, pois poderiam colocar no freezer ou enterrar e que hoje sumir com um corpo é muito fácil. Celestino disse que Leandro tinha conhecimento de que o menino não tinha fugido, afinal ele era medroso, tinha medo da noite.
22º - "Eu informei a madrasta que a gente tinha encontrado o corpo e ela foi extremamente fria, não demonstrou tristeza nenhuma. Fui falar com o pai e ele também não esboçou reação nenhuma. Diante da situação, o pai foi o mais frio" - Caroline Bamberg, delegada de Polícia.
23º - Em depoimento à Justiça, Edelvânia revela: -"Eles não aguentavam mais a convivência com o guri. Ele era muito agitado". Edelvânia cita o casal e não especificamente Graciele Ugulini.
24º Em nenhum momento do depoimento de Edelvânia à Polícia, ela fala sobre a receita de Midazolam ou de sua ida à clínica de Leandro Boldrini. Ela inclusive esteve em Três Passos e comprou a medicação acompanhada de Graciele numa farmácia local. Com receita assinada por Leandro Boldrini. Em depoimento ela diz que não usava drogas ou medicamento, por quê então Midazolam 15 mg? Ela poderia ter inocentado Leandro Boldrini e não o fez.
25° - Quando Bernardo desapareceu, seu pediatra José Roberto Sartor, também amigo de Leandro Boldrini declarou: "apagaram o guri". Relacionando o fato com a situação vivida pelo garoto e atribuindo-o ao pai e madrasta.
26º - Quando a Polícia pergunta a Graciele Ugulini o quanto ela ganha de salário ela diz não ter certeza, não ter renda fixa. Como um valor de R$ 90.000,00 iria sair do bolso de Leandro Boldrini sem ele ter conhecimento? Ele não diz se ela possuía conta pessoal, as contas existentes eram somente duas: uma dele pessoal e outra da clínica. O padrasto de Graciele Ugulini, Sérgio, diz que ela não possuía patrimônio próprio.
27º - Uma testemunha diz em depoimento à Justiça que Leandro Boldrini sabia que Bernardo seria levado a uma benzedeira e ele mesmo comunica o fato ao menino. Bernardo, de acordo com o pai, ainda teria que pedir desculpas a Graciele Ugulini. O menino concordou. Coleguinhas de classe de Bernardo citam o fato de que entre o menino e a madrasta existia um código de convivência, de não se falarem.
28º - Leandro Boldrini, pelo menos publicamente, nunca chorou ou se desesperou pela perda definitiva de seu único filho homem.
29º - Quando Leandro liga para uma rádio local, ele se refere a Bernardo friamente e somente como "O menino". Quase no final da ligação é que o locutor se apercebe de que "O menino" é seu filho.
30º - Leandro Boldrini ao ter conhecimento através de seu irmão, de que a Polícia iria realizar uma perícia em uma mancha detectada no banco traseiro da caminhonete de Graciele e que poderia ser sangue, ele comunica ao irmão, que Bernardo não havia retornado ao carro. Ele sabia que as mulheres tinham se utilizado do carro de Edelvânia para se deslocarem até o local da morte do menino. Ele sabia o tempo todo que o menino havia ido e ficado definitivamente em Frederico Westphalen. Não nega o fato ele também ser acusado de falsidade ideológica:comunicar o desaparecimento de Bernardo, quando ele sabia perfeitamente bem onde o menino se encontrava. Leandro também proibiu toda a família de falar sobre o assunto.
31º - De acordo com depoimento do padrasto de Graciele Ugulini, Sérgio Glauco da Silva Rolim de Moura à Justiça em 24/10/14, ele confirma a participação de Leandro Boldrini no assassinato do próprio filho Bernardo Uglione Boldrini. Houve toda uma estratégia inicial da defesa para que ele ficasse livre e a culpa recaísse toda sobre Graciele Ugulini. Ele solto, financiaria a defesa de Graciele.
32º - Leandro Boldrini é um homem frio, inteligente e determinado. Ele tentou engabelar a Justiça em muitos sentidos até no fato de que a Justiça acreditava inicialmente que ele não havia participado do crime. Achavam apenas que, quando ele soube do assassinato do filho, tivesse se recusado a denunciar a mulher. Diante de tamanha covardia e crueldade, o universo resolveu que deveria conspirar contra Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, em uma inadvertida compra de extintor de carro.
33º - Graciele Ugulini escreveu uma carta para a sua irmã Simone, inocentando Leandro Boldrini. Isso no início. Ela não escreveu para uma autoridade atestando a inculpabilidade dele, ela não chamou a imprensa para falar em defesa do companheiro, ela não quis passar pelo detector de mentira, assim como Edelvânia Wirganovicz, mas esta ainda defendeu o irmão publicamente. Graciele Ugulini escreveu uma carta de dentro da cadeia reclamando das condições do presídio, preocupada com ela própria, mas não com o marido. E a irmã de Graciele, de posse da carta nada fez em prol de Leandro Boldrini, muito provavelmente por não ter certeza da integridade do cunhado. Graciele ficou apenas surpresa quando soube que Leandro Boldrini continuava preso. Agora, depois do pedido de separação e do desamparo legal, é cada um por si.
34º - Leandro disse à sua secretária que apesar de Bernardo não ter sido localizado, a vida continuaria e já na semana seguinte iria atender seus clientes normalmente.
35º - Quando indagados a respeito do desaparecimento de Bernardo, Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, muito calmos, diziam que não iriam continuar a procura, pois isso agora era a função da Polícia.
36º - Após a ida de Bernardo ao Fórum local e Leandro Boldrini ser chamado para uma audiência, no qual ele compareceu acompanhado de uma advogada, a situação do menino só piorou. Começam as investidas de Graciele Ugulini, a madrasta, no intuito de arregimentar matadores para executar Bernardo. A principal testemunha de acusação no processo sobre a morte do garoto, ao saber que o menino tinha sido morto, se apresentou espontaneamente à Polícia e denunciou o casal: Leandro Boldrini estava a par da execução.
37º - "Há várias provas que levam a uma causa. É muito difícil chegar ao mentor dos fatos, e nós conseguimos. Os vídeos (apreendidos pela Polícia do celular de Leandro Boldrini), só vem corroborar o que todas as testemunhas disseram sobre o comportamento dele". - Caroline Bamberg, delegada de Polícia de Três Passos.
38º - Leandro Boldrini diz que Graciele foi dissimulada sobre a questão do desaparecimento de Bernardo e que não conhecia essa face dela. Depois de tudo o que ele expôs sobre Graciele nas entrevistas a respeito do relacionamento dela com Bernardo, dá pra acreditar que ele não sabia realmente o que havia acontecido com o menino?
39º - "Liguei duas vezes na segunda (07/04/14) e ele (Leandro Boldrini) estava dormindo (3 dias depois do desaparecimento de Bernardo). Não consegui me controlar, xinguei mesmo, e fui xingado. Ele me disse que ia me denunciar por calúnia. Eu disse: "tá todo mundo na rua atrás dele (Bernardo) e tu estás dormindo em casa?" - Ary Ribeiro, marido de Clarissa Oliveira, madrinha de Bernardo.
40º - Clarissa Oliveira revela que começou a se apavorar ao ouvir Leandro se referindo ao filho no Passado, como se ele já soubesse que Bernardo estava morto.
Disponível em:< zh.clicrbs.com.br>). Acesso: 15/01/15.
41º - Em 20/04/2014, Amélia Rebelato, mãe de Leandro Boldrini, em entrevista à Radio Gaúcha, falou por uma hora sobre o acontecido. Segundo ela, Leandro era inocente:
- "Eu sou inocente, mas você vai pagar. Vão lhe colocar numa caixinha." Disse ele, na época, olhando para Graciele que segurava a filha no colo. A mãe de Leandro relembra que o filho parecia abalado, em estado de choque e Graciele estava calma, diferente do habitual. Mas, perguntada pelo repórter se Leandro já sabia do que havia ocorrido com Bernardo ou se ele estava abalado com o desaparecimento do menino, Amélia disse não recordar.
Disponível em:<www.gaucha.clicrbs.com.br/noticia-aberta>. Acesso em 16/04/2015.
42º - Nenhum PAI fica impassível ante o desaparecimento de um filho. Esse PAI não acende charuto durante esse período não se encaminha para a delegacia e lá aparenta satisfação e muita frieza ao ser comunicado que o filho ainda não foi encontrado. Um PAI chora e se desespera pela perda de um filho e esse PAI ao sentir a demora do filho , não fala que a partir dali vai entregar a função para a Polícia que é o dever dela.
43º -Quem não deve não teme. A defesa de Leandro Boldrini tentou evitar que fosse realizada perícia na receita do Midazolam. Se Leandro Boldrini não era culpado, qual o motivo da cisma?
não tinha pulso. Isso me remete a um caso de execução acontecido nos Estados Unidos: Dennis Mc Guire foi condenado a morrer por uma injeção letal do benzodiazepínico Midazolam associado ao analgésico Hydromorphona, em uma combinação jamais utilizada anteriormente nos EUA. O condenado após receber a dose letal de medicamentos, começou a ofegar ruidosamente, em um processo de asfixia que durou não menos que dez minutos, até ele falecer, conforme revelou um jornalista que assistiu a efetivação da pena. Os advogados de defesa asseguraram que ele morreu de "falta de ar", constituindo assim uma "pena cruel e incomum", em um procedimento proibido pela Constituição Americana. Em tempos que a pena de morte é severamente questionada e completamente abolida em muitos países pelo mundo afora, Bernardo Uglione Boldrini foi executado em um país que não existe esse tipo de pena, como uma pessoa adulta, criminosa, de forma cruel e desumana e... sem nada dever!
(matéria completa disponível em: <www.correiobraziliente.com.br/app/noticia/mundo>)
Leandro Boldrini e Graciele Ugulini/Foto:G1
OBSERVAÇÃO: Todas as matérias são coletadas da imprensa na internet. As indagações feitas nunca são sobre suposições da mente do autor. Por isso, o cuidado em citar o nome da fonte.
Criação do blog: Junho de 2014. Passando em frente à T.V., vejo o rosto sorridente de Bernardo Uglione Boldrini com sua camisetinha preta. Paro e ouço a notícia: menino morto no Rio Grande do Sul. Escuto a notícia inteira, mas com quase três meses de atraso. E como que um carma, tudo me remetia a Bernardo: os livros, a televisão, as conversas. Por quê comigo, meu Deus? O que eu deveria fazer? É verdade que sempre fui tipo abelhudo, querendo cuidar de tudo, das pessoas, dos animais chegando até a criar passarinho caído do ninho, isso quando não era arrastado da porta de vizinhos por me envolver em problemas alheios. E então me apaixonei pela causa do Bê e de sua mãe Odilaine Uglione. E em julho de 2014, me ponho a escrever, as vezes varando madrugadas inteiras na compilação de notícias apuradas dos sites e tentando compreender o por quê dos acontecimentos. Teve uma vez que por medo excluí o blog, temendo represálias. Chorei muito. No dia seguinte reativei o blog e nunca mais parei. Até hoje nem sei porque escrevo. E uma tarefa por demais penosa, ficar continuamente revivendo emoções, às vezes me sinto muito cansado, seria muito mais cômodo deletar o blog, desligar o computador e descansar. Nunca mais ouvir falar do assunto. No entanto, uma força que não sei de onde vem e por qual motivo, me impele a continuar até que a justiça seja feita: por Bê, por Odilaine Uglione, por Jussara Uglione, por Juçara Petry, por todos que em Três Passos se envolveram na causa de Bernardo, apesar da perda irreparável. Não sabemos qual será a punição dos acusados, mas se condenados efetivamente, teremos ainda uma árdua luta pela frente: a cassação de seus direitos como médico, enfermeira e assistente social, infelizmente indignos do nome que carregam de salva-vidas. O casal Nardoni até hoje nega seu envolvimento na morte da menina Isabela, apesar de condenados a muitos anos de prisão. Confesso ser desanimador ouvir da possibilidade do médico sair impune, mas exatamente como o menino Bernardo, somos guerreiros, não vamos desistir nunca. Não somos pessoas vingativas, incapazes de perdoar. Queremos apenas e tão somente a VERDADE!
Não somos melhores. Nem piores. Somos iguais. Melhor é a nossa causa. (Thiago de Mello - in Poesia comprometida com a minha e a tua vida, 1975.)
CÓDIGO DE ÉTICA DA ENFERMAGEM - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS.
RESOLUÇÃO COFEN 311/2007
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O profissional de enfermagem atua na promoção, recuperação e reabilitação da saúde,
com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. O profissional da saúde participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos em todas as suas dimensões. O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integridade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
Proibição:
Art. 9º - Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais.
Artigo 121:
§ 3º - São consideradas infrações gravíssimas, as que provoquem morte, deformidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou ainda dano moral irremediável em qualquer pessoa.
Artigo 123 - São consideradas circunstâncias agravantes:
II - Causar danos irreparáveis.
III - Cometer infração dolosamente.
IV - cometer a infração por motivo fútil ou torpe.
V - Facilitar ou assegurar a execução , a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra infração.
VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima.
VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou função.
Artigo 118, da Lei nº 5.905 de 12 de julho de 1973 - Penalidades a serem impostas:
V - Cassação dos direitos ao exercício profissional.
§ 5º - A cassação consiste na perda do direito ao exercício da enfermagem e será divulgada nas publicações dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em Jornais de grande circulação.
Disponível em: <se.corens.portalcofen.gov.br/>. Acesso em 16/01/15.
Nossa!!!! Ao ler a criação do blog me arrepiei toda. Pois o mesmo aconteceu comigo. Sempre que via notícias da caso Bernardo eu desviava a atenção. Mas um dia andado na cidade que moro havia uma igreja com jornal cuja destaque era o caso Bernardo. Meu Deus, meu mundo mudo, mudou de cor, deforma de pensar, atitudes... Bernardo é minha motriz. Durmo pensando nele e acordo pensando nele. Estive deprimida, mas agora minhas forças pedem JUSTIÇA.
ResponderExcluirAssim como você também cúmulo tudo a respeito do Be. Realmente parece um Carmo, o Be nos chama. Isso tudo é, pra mim, muito doido. Mas meu deu fé, esperança e sentimento de justiça.