terça-feira, 9 de setembro de 2014

Se eu me calar, as pedras gritarão



Se Eu Me Calar, As Pedras Gritarão 
(Lucas19,40)

Bernardo Uglione Boldrini  / Reprodução  G1

O senhor passou essa mensagem para o Bernardo. E com a Graciele, como foi? Ela ficou brava com a situação, com Bernardo?
Ela disse assim: "Vamos instalar câmeras por toda a casa para ver realmente o que acontece aqui dentro, daí o Bernardo vai lá, fala tudo isso para a promotora e o juiz, aí eles vão saber realmente o que acontece, que eu mando o Bernardo estudar e ele não vai, que ele chega da escola e deixa a mochila aqui e não carrega para cima, eles vão conhecer realmente os fatos". O que eu recordo dela foi isso, vamos encher de câmera e depois mostrar para o Judiciário o que realmente acontece.
Vocês instalaram as câmeras?
Não, não. Ela disse: "Eles não sabem o que realmente acontece aqui dentro de casa e agora vem querer tomar atitudes". Fonte: Jornal Zero Hora, disponível  em: :zh.clicrbs.com.br/.../eu-vivo-um-pesadelo-acordado-diz-leandro-boldrini...Acesso em 09/09/2014
Leandro Boldrini, em entrevista ao Jornal Zero Hora, da Penitenciária de Charqueadas, diz que nunca realizou filmagens com seu filho Bernardo. As gravações recuperadas de seu celular desmentem essa versão. Os vídeos que ele apagou do seu celular, mostram cenas de profundo desamor e desrespeito por seu filho. Houve sim, abusos físicos, psicológicos e verbais infringidas a uma criança de apenas 11 anos de idade. Vê-se um homem frio, de gosto irracional e mórbido em ver o menino acuado, sem defesa, mostrando um facão que ele bem sabia não faria diferença alguma. Bernardo era um menino meigo e gentil e esses arroubos mostra uma vontade imensa de encontrar amor. Surpreende a forma de como Leandro dizia amar seu filho. Seria uma forma de coação, quereria ele enviar ao menino uma mensagem "eu sou mais forte, não adianta reclamar às autoridades" ou induzir Bernardo ao "suicídio", como aconteceu com Odilaine?

Hoje, 09/09/2014, no programa "A Tarde é Sua", da Sônia Abrão, Jorge Lordelo, diz que na época em que Odilaine, a mãe de Bernardo foi morta, Evandro Wirganovicz trabalhava no mesmo Hospital que o pai de Bernardo trabalhava.
Mera coincidência?

A sorte é que a Polícia fez um primoroso trabalho de investigação que levou os criminosos para trás das grades e este crime hediondo não ficará impune. Vamos confiar que a Justiça lhes dará uma correção tal que ficará nos anais da História do Direito no Brasil.

Estive analisando com cuidado a carta que Odilaine Uglione deixou por ocasião de seu suposto suicídio. Não se trata de culpar inocentes, nem estamos fazendo terrorismo. Sou uma pessoa leiga, não possuo conhecimentos técnicos, nem aparelhos de última geração para análise de documentos e nem formação na área da grafotécnica. De posse de um carta compilada da Internet e a olho nu e de algumas informações do livro "Manual de Grafoscopia" de Tito Lívio Ferreira Gomide e Lívio Gomide é que pude fazer as seguintes observações: 


Aspectos Objetivos

- As assinaturas originais são feitas geralmente num só movimento até 5 caracteres ou mesmo as letras juntas. Havendo espaçamento é sinal de fraude. A assinatura de Odilaine na carta possui vários espaços que a assinatura original do documento não tem.
- Um grande indício de que a assinatura é falsificada é quando ela é refeita, isso é um sinal claro de falsificação. Na carta, a assinatura de Odilaine apresenta os seguintes erros:Fizeram um "d" grande que depois foi diminuído com um "o" menor para imitar a assinatura original. Houve rasura na altura do "d" e uma perninha nesse "d" puxada para baixo imitando a assinatura de Odilaine.No sobrenome Uglione, a letra "U" foi escrita com três perninhas e para camuflar a terceira perninha, colocaram o "g" por cima. Na assinatura original do documento de identidade, a letra "U" tem apenas duas perninhas. Na assinatura do RG, Odilaine escreve a letra "L" fechada e na carta a assinatura contém a mesma letra aberta.

- As pessoas não escrevem uma carta inteira sem um único erro e depois erram na grafia do próprio nome. Vê-se claramente uma adulteração da assinatura.

- Modificar um pouco a assinatura é sinal de fraude. A pessoa não é um robô, ele não escreve exatamente como em cópias. Há ligeiras variações. Assinaturas um puco diferentes também podem ser falsificações para dar a impressão de que foi escrita pelo autor do documento (em período de estresse, as variações na grafia são comuns). A letra da carta está diferente da assinatura original.

- Assinaturas tremidas, feitas lentamente, são sinais de fraude. O contrário também pode acontecer, escritas ás pressas, sem muito cuidado, exatamente para dar a impressão de ser genuína.

- Mínimos gráficos: muito importantes. Na assinatura de Odilaine, esses mínimos gráficos existem como por exemplo, escrever o pingo dos "i", à direita da letra, não exatamente em cima.Na assinatura e no texto da carta, os pingos estão simetricamente em cima dos "i's".

- A perninha esquerda da letra "e" da odilaine é bem reta e na junção com  letra "n" quase forma um  "v" e a perninha da direita faz um arco para cima. Na assinatura da carta, essa junção faz uma grande curva.

- A grafia da letra "O" no documento da Odilaine está diferente. Como ele escreve o "d" com a perninha à esquerda, o "O", não tem como ser cortado, como ocorre na carta. além de que o "O" da Odilaine é desenhado reto e na carta ele é ligeiramente diagonal, caindo para a esquerda.

- A letra da Odilaine no documento de identidade parece ser grande. Ela deve ter feito essa assinatura possivelmente aos 18 anos. Ao 32 anos, com 14 anos de diferença, esta letra não mudou substancialmente, já que nas duas idades ela já era adulta. As mudanças na forma da escrita é por volta do início da adolescência e depois na idade senil.

10° - No início da carta, o nome Odilaine Uglione foi escrito bem diferente da assinatura na carta.

11° - No sobrenome Uglione da carta, a impressão que fica é que a terceira perninha do "U",  foi criada para imitar o "g"  do documento original, além de que o formato do "g" da carta é bem diferente do documento.

12° - Em "Eu, Odilaine Uglione, do início da carta, o "d" não tem a perninha característica do original e o "O" está cortado.

13º - Odilaine, sendo casada, não assinava o sobrenome Boldrini? É bem verdade que eles estavam em vias de separação, seria por isso?

14º - Odilaine não corta o "O" do seu nome. Para fazer o "O" inicial cortado do nome Odilaine, a pessoa precisaria estar em um estado mental tranquilo e quando ele é cortado, geralmente é para dar prosseguimento à palavra. Ou a pessoa já tem esse costume.

                                        Assinatura da carta atribuída a Odilaine Uglione/Reprodução


Carta atribuída a Odilaine Uglione/Reprodução

                                                     Aspectos Subjetivos

- Cartas longas geralmente envolvem pedido de perdão. Isso não acontece, apesar de Odilaine deixar pessoa muito amadas.

- Ela deixa um testamento a favor do marido, doando tudo para o maior causador do seu sofrimento. Sobre estes, geralmente, os suicidas deixam acusações.

- "Favor cuidar dos meus tão amados "animais". Ela  diria "animais"? Ela certamente teria dado nome aos cães. A citação dessa forma parece um tanto descompromissada, sendo "animais" para quando o envolvimento emocional não é tão grande. Geralmente consideramos os cães, como parte da família. 

- "Éramos muito pobres". Odilaine não era pobre, quando casou com Leandro Boldrini. O pai dela era detentor da única concessionária Chevrolet na região.

- Observe: dia 04/02/10, Leandro Boldrini diz que ama e admira Odilaine Uglione. Domingo, 06/02/10, ele pede a separação, por divergências em comum. 09/02/10, Odilaine escreve uma carta suicida e em 10/02/10, comete o suicídio. Conforme estatísticas, esse tipo de pensamento suicida, ou ocorre de um momento para outro ou decorre de um longo período de maturação. Odilaine, excepcionalmente não se enquadra nessas duas categorias. E pelo que consta das notícias, Odilaine Uglione não tinha histórico anterior de tentativas de suicídio.

- "Prefiro partir do que ver meu filho nas mãos de outras mulheres". Por quê mulheres? Graciele Ugulini era o pivô da separação. O próprio Bernardo sabia que o pai traía a mãe. E a própria Odilaine diz à mãe ter flagrado o marido. Nos últimos vídeos recuperados pela Polícia, Graciele prontamente defende o marido, quando Bernardo acusa o pai. Ela era parte do complô para acabar com a vida de Odilaine. Na noite do velório da pobre Odilaine, já naquela época, os dois, Leandro Boldrini e Graciele Ugulini foram a motel. Por quê Odilaine não cita Graciele na carta?  Graciele já era parte ativa na vida dela e de forma bem negativa. 

- Quem em seu juízo perfeito, vai deixar 1,5 milhão para o marido, abrir mão de uma pensão de R$ 8.000,00 em 2010. Divisão de bens é item muito importante num processo de separação, principalmente quando se trata da parte vulnerável do relacionamento. E principalmente: deixar o filho para a rival criar?

- Conforme disse o Doutor Marlon Taborda, advogado da mãe de Odilaine, ela não usava drogas, medicação controlada ou álcool. Arma de fogo normalmente é usada por homens e segundo a empregada na época, ela lhe confidenciou que queria morrer. Apesar dos suicidas falarem, seu tipo de mensagem é bem sutil, pegando desprevenidos seus próprios familiares.

- Carta com muitos floreios ( coraçõezinhos, exclamações desenhadas, três pontinhos). A cabeça da pessoa está a mil, angústia, culpa, conflito, mais que o corpo, sua psique está muito doente, não iria desenhar na carta. Via de regra, as cartas são lacônicas e curtas. 

10° - Por quê a rasura do "d" na carta, numa tentativa de correção? É incomum errar na assinatura.

11° - No processo n° 075/2.10.0002779-3, referente ao ocorrido, uma voz feminina ligou na delegacia, informando a compra da arma por Odilaine, o que induziria à ideia de suicídio. Por quê suicídio, não poderia ser homicídio? E por quê a Policia não investigou com maior critério essa ligação?
A pessoa, numa denúncia anônima não tem a obrigação de se identificar, mesmo para efeito de segurança, mas acredito que as perguntas deveriam ter sido melhor exauridas. Nunca, jamais alguém liga para a Polícia denunciando a venda clandestina de uma arma. Odilaine realmente comprou a arma? Quais as provas efetivas dessa compra?

12° - Odilaine tinha o gênio forte conforme informação de testemunhas, com esporros públicos ao marido. A carta dá a impressão de que nunca brigaram ou tiveram problemas até 06/02/10. É sabido que Graciele Ugilini já andava com Leandro naquela época.

13° - Em " Não precisas"mais" advogados/Já que isso é "+" importante". "Mais e +" na mesma frase como se estivesse lhe preocupando a gramática, em não repetir palavras. Quem vai se preocupar com isso numa hora difícil como essa? Gente, a mulher ia morrer!

14º - Por quê Leandro Boldrini apareceu no velório de Odilaine, vestindo jaqueta em tempo inadequado, acompanhado de seguranças e aparentando estar com medo das pessoas? A jaqueta seria para esconder possíveis arranhões de defesa de Odilaine? E por quê medo, se não tinha culpa do acontecido? Na época, o médico apresentava ferimentos (dorso da mão e antebraço) e não soube explicar onde se machucara. A família de Odilaine começa a suspeitar de algo terrivelmente errado. Para que as indagações não prejudicassem o desenvolvimento de Bernardo, elas caíram no esquecimento, reemergindo em abril de 2014, quando o menino foi assassinado pela madrasta em conivência como o próprio pai. 

15° -O Exame Pericial Realizado e Resultado relata que: o material recebido foi submetido à análise químico-resíduográfica para chumbo, tendo sido obtido resultado positivo no fragmento para a mão esquerda e negativo para a direita. Odilaine era destra e o próprio Leandro informa que a arma já era usada, pois a mulher a teria comprado na vila e não em loja para esse fim. Vários laboratórios já não realizam exame de resíduos de tiros nas mãos de atiradores ou suspeitos de atirar, alegando que o resultado desses exames não é totalmente confiável, devido aos seguintes fatos:

a) - Os resíduos de tiro encontrados na mão de uma pessoa indicam que essa mão pode ser sido contaminada pela projeção de resíduos do tiro por estar próxima da arma usada por outra pessoa para efetuar o disparo.

b) - A pessoa pode ter se contaminado com resíduos (em caso de agressão ou tentativa de suicídio) ao tentar retirar a arma das mãos de quem a está empunhando.

c) - O simples manuseio de uma arma que já produziu tiro, deixa resquícios na mão da pessoa, entre outros, daí o motivo da ausência ou presença de resíduos de tiros, não poder ser usado como único elemento de vinculação com o fato ocorrido, não devendo ser utilizada como diagnóstico diferencial entre suicídio e homicídio.

d) Tiros dados com revólveres deixam mais quantidade de resíduos que podem atingir a mão do que as pistolas. As regiões da mão mais atingidas são: região dorsal dos dedos polegar e indicador  e a palma da mão. (Referência: Balística Forense de Domingos Tocchetto).

e) Todas as alegações sobre seu suicídio são meras conjeturas, afinal, Odilaine teve acesso ao consultório pela porta dos fundos (a secretária diz que ela entrou pela porta principal) mas o certo é que ninguém sabe o que realmente aconteceu dentro da sala. Só o doutor Leandro Boldrini sabe realmente o que sucedeu. O fato de ter sido encontrado uma carta, não significa necessariamente  que ela tivesse a intenção de efetivar o suicídio. Há que, criteriosamente, avaliar os dois lados do caso. Só o lado de Odilaine foi investigado, só o lado de quem não pode se defender foi verificado, assim mesmo, o perito do caso se exime da constatação pura de suicídio. 

16° - Palavras do próprio Leandro Boldrini: - "ela olhou para mim e apontou a arma nos meus olhos. Pensei:pá, morri. Procurei me abaixar e saí pelo lugar que eu tinha entrado e realmente ouvi o estampido. Achei que tinha acertado em mim". (Fantástico/TV Globo). Observe o que  ele diz: " arma nos meus olhos". Ou ele não soube se expressar direito ou estava corpo a corpo com Odilaine. "Saí pelo lugar que eu tinha entrado".Existia seguramente outra porta no local: alguém entrou e saiu por ela? "Achei que tinha acertado em mim": Onde Leandro conseguiu as escoriações apresentadas na época, ninguém se preocupou em averiguar? Odilaine também apresentava dois pequenos hematomas arroxeados no antebraço direito, além dos vestígios de pólvora na mão esquerda. Estes ferimentos poderiam ter sido causados pela arma em questão só se esta estivesse com defeito, ou toda vez que uma pessoa atira, ela se fere? Alguém a teria segurado? Por se tratar de suicídio com pessoa presente, houve um exame pormenorizado das equimoses de Odilaine? Com certeza nenhum exame físico foi realizado no doutor Leandro Boldrini.

17° - Já para o Jornal Zero Hora, em entrevista de 07/06/14, Leandro Boldrini diz:" ela chegou e puxou a arma, não sei se balbuciou algumas palavras que não consegui entender, mirou nos meus olhos e disparou".  No vídeo apreendido pela Polícia, Leandro diz a Bernardo: - "ela foi lá na vila com o cara, comprou uma 38 para ir ao consultório com duas balas. O que ia acontecer comigo"?
Houve apenas um disparo, segundo testemunhas no local. Ela não chegou no local, ela já estava no consultório, ela (Odilaine) chegou nele. Se Odilaine disparou em Leandro, quem disparou em Odilaine? Como ele sabia que ela tinha ido na vila com "um cara", e que a arma possuía duas balas no tambor? Mortos não falam e apenas um estampido foi ouvido. 

18°- Por quê Odilaine foi escolher o consultório do marido em plena luz do dia, com tantas testemunhas no local, se ela tinha sua casa à disposição e nenhum entrave às suas pretensões de suicídio? E se ela ainda morava com Leandro? A mãe sabia que ela era depressiva e tomava remédio controlado? Em sua bolsa, foi encontrado uma cartela de medicamento controlado (calmante para dormir), inteira e a carta de despedida. Por quê? Depressão é a associação mais comum das doenças mentais, sendo responsável por cerca de 30% das mortes ocasionadas pela autodestruição relatadas em todo o mundo. Segundo entrevista com familiares, mas de 90% das pessoas que efetivamente obtiveram sucesso em suas tentativas, tinham alguma doença mental (fonte: super.abril.com.br). Alguém teria tentado forçar uma associação?

19º - Por quê uma arma de segunda mão, usada, não deixou resquícios na mão direita de Odilaine? Sim, por que se a arma foram comprada por ela, evidente que nesse dia fatídico, ela já devesse ter segurado ou revisado a arma algumas vezes. E ela era destra.

20º - Odilaine foi encontrada caída junto a porta de saída? Por quê, seria uma tentativa de fuga?

21º - No exame abaixo, a trajetória da bala, disparada pela mão esquerda de uma pessoa destra entra no lábio superior, passando pelo fundo do olho e saindo no centro da cabeça. Teoricamente, Odilaine não precisaria  "engolir" o cano da arma para efetuar o disparo? Sendo assim, o orifício de saída não deveria ser na nuca? Uma pessoa forçando a arma na cabeça de outra pessoa poderia ter esse padrão? Por quê apenas um perito assinou o laudo? 

22º - Por quê uma gase foi achada sobre o cabo do revólver? A arma foi periciada? Foram tomadas as impressões digitais na arma? Confere com as de Odilaine?

23º - Odilaine era uma pessoa de gênio forte, seria também uma pessoa impulsiva? Quando o marido chegou ao consultório, segundo consta, ela já estava com a arma e a carta na bolsa. Não seria a hora de tentar uma última cartada, tentar dialogar com o marido? Por quê em 3 dias, um gesto tresloucado, dispor da própria vida, deixando uma mãe doente e um filho incapaz, apenas pela pessoa que ela dizia amar, mas que lhe era infiel?  Ela não tinha histórico de tentativa de suicídio, apesar de haver "alardeado" o desejo de morrer. A carta seria um pedido de socorro? Alguém se aproveitou desse fato?


Foto: Reprodução


24º - Teria Odilaine escrito a carta sem no entanto querer levar a cabo suas intenções e alguém se aproveitado dessa fraqueza?

25º - Se não soubesse que é a carta de uma suicida, pensaria que é uma carta de uma pessoa que está querendo dar um novo rumo à sua vida e quer um tempo para a reflexão. Note que em nenhum momento a carta faz menção direta à morte. Quereria Odilaine dar mesmo fim à sua vida? A carta foi periciada, poderia haver outros indícios de adulteração no referido documento, digitais, por exemplo? Ou a carta é totalmente falsa, outra pessoa foi a autora?

26º - Em outro momento, de acordo com o próprio Boldrini, Odilaine estava sentada debaixo do condicionador e ao vê-lo, tirou a arma da bolsa com a mão direita. Por quê não existia vestígios de pólvora na sua mão direita?

Enfim, há uma gama de pressupostos aquém, indagações às quais nunca teremos respostas. Não quero aqui dizer que estou certo, mesmo porque não sou um especialista e  estou lidando apenas as com as informações repassadas pela imprensa, mas um bom grafotécnico na análise da carta, faria uma grande diferença.

Sejamos abelhudos, dedo-duros, alcaguetas. Alguns dirão: quem nunca pecou que atire a primeira pedra. Pecamos sim, mas que nos tornemos menos pecadores em não compactuarmos com o mal, aliando-nos aos assassinos em nosso silêncio.

OBSERVAÇÃO:  Perícia particular (Sewell Perícia Criminal Forense), contratada pela família de Odilaine Uglione aponta contradição: pelo estudo da trajetória da bala (que entrou pela boca da vítima, o disparo teria sido feito por outra pessoa, que não a vítima). O advogado da família de Odilaine disse em outubro de 2014 que iria recorrer  da negativa de reabertura do inquérito que apurou a morte dela, agora junto ao TJ. Após 4 meses dessa informação, não se teve mais notícia alguma sobre o assunto. 
Disponível em: <zh.clirbs/notícias/pericia-particular>, de 19/10/14.

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