quinta-feira, 9 de junho de 2016

Doutor Taborda, por favor: Recorra do Caso Odilaine Uglione


DOUTOR MARLON TABORDA, POR FAVOR, NOS INFORME SOBRE AS CONCLUSÕES DO INQUÉRITO QUE CONFIRMOU O SUICÍDIO DE ODILAINE UGLIONE 


Foto de arquivo pessoal

Em 15 de agosto de 2015, o Jornal Uirapuru veiculava a seguinte notícia:

"Em Registros médicos do dia da morte de Odilaine Uglione despertam dúvidas da Justiça".

Veja um trecho da matéria:


"O advogado da família de Odilaine, Marlon Taborda, explicou que a exumação é necessária para esclarecer as contradições criadas. Dentre as principais discrepâncias, o advogado cita as diferenças de laudo.
Quando ela deu entrada no hospital, boletim médico informou que Odilaine teria uma perfuração, ocasionada por projétil de arma de fogo, no ouvido esquerdo. 
Mais tarde, um médico legista atestou que ela apresentava perfuração em área conhecida como palatino, logo atrás da cavidade nasal, feita de baixo para cima. (?)
Esta contradição, bem como a análise da trajetória da bala, podem determinar em que ângulo o disparo foi dado e de que forma ocorreu.

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O Ministério Público de Três Passos já solicitou o arquivamento do processo de investigação sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, assassinado há dois anos em Três Passos, no Norte gaúcho, arquivamento este baseado no inquérito policial que concluiu como suicídio a causa de sua morte. Odilaine teria cometido suicídio em fevereiro de 2010, com um tiro na cabeça, dentro do consultório do médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo.
O pedido de arquivamento decorreu do Promotor Bruno Bonamente. Agora, a juíza Vivian Feliciano, da Primeira Vara Criminal da Comarca Três Passos decide se acolhe a orientação do Ministério Público.

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O inquérito sobre a morte de Odilaine Uglione, encerrado nessa quinta-feira (17), concluiu que a mãe do menino Bernardo cometeu suicídio por meio de disparo de arma de fogo, em fevereiro de 2010.
O delegado da 2ª Delegacia de Polícia de Santa Rosa, Marcelo Lech, responsável pela fase final do inquérito, afirmou que não foi verificado nenhum elemento que comprove a ocorrência de crime contra a vida.

Delegado Marcelo Mendes Lech:

-  “Nós buscamos identificar, no curso da investigação, se havia ocorrido homicídio ou suicídio. E, mesmo que tivesse ocorrido suicídio, [investigamos] se alguém poderia ter incentivado Odilaine a praticar tal suicídio.
Por toda a investigação realizada, buscando criteriosamente entender a rotina do casal, não se apurou nenhum elemento de convicção de que Leandro Boldrini ou qualquer outra pessoa tenha praticado de forma comissiva um ato que levasse à morte de Odilaine Uglione”. 
Ainda de acordo com o delegado, Odilaine possuía um histórico de tentativas de suicídio e havia tentado se suicidar três vezes.
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A investigação isentou Boldrini, o principal suspeito, de qualquer responsabilidade pela morte de Odilaine. No entanto, o inquérito de mais de 1,5 mil páginas demonstra o relacionamento conflituoso do casal e o descaso do médico nos cuidados da saúde mental da ex-mulher que, segundo testemunhas, sofria de distúrbios psicológicos.
Leandro Boldrini prestou depoimento sobre a morte de Odilaine Uglione há pouco mais de um mês e, à Polícia Civil, garantiu que ainda não havia deixado o consultório ao ouvir um tiro. O médico ainda disse desconhecer, até hoje, se a então esposa se dirigiu a sua clínica para matá-lo (e, em seguida, tirar a própria vida) ou se tinha como único objetivo cometer suicídio.
Odilaine chegou nervosa à clínica,disseram testemunhas, mas segundo Leandro Boldrini, eles começaram a conversar sobre amenidades e de repente ela se levantou da cadeira, de forma rápida e inesperada, e puxou uma arma, apontando para o interrogado, dizendo “então é assim, então vai ser isso”'. Quando percebeu que estava na linha de tiro, com uma arma de fogo, um revólver 38 apontado para si, o interrogado levantou-se se da cadeira de forma rápida e, quando estava entre o canto de sua mesa e a porta que dá acesso à sala de espera, escutou o estampido", diz trecho do depoimento.

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OBSERVAÇÃO: para a Polícia Leandro Boldrini afirmou desconhecer se Odilaine tinha ido à Clínica com intenção de matá-lo. No entanto, nas gravações apreendidas pela mesma Polícia, ele fala para Bernardo que Odilaine foi à clínica com a intenção de matá-lo e não conseguindo, ela se voltou contra si. Ele sabia até a quantidade de balas que a arma portava. Ele ainda confirmou que estava dentro da sala quando o disparo aconteceu. E foram as testemunhas que disseram que ela sofria de "distúrbios psicológicos".
A família sabia dessas tentativas de suicídio de Odilaine? Houve internamentos esporádicos por conta desses problemas? As autoridades verificaram se havia algum registro ambulatorial dessas tentativas, na época? Odilaine estava fazendo acompanhamento com algum psiquiatra ou psicólogo?  Estava tomando medicação controlada? Por acaso, durante as oitivas, esses profissionais foram ouvidos? Ou prevaleceu apenas o senso comum?
Durante todo esse tempo, Dona Jussara nunca relatou esse problema da filha. Por quê existia cromossomo masculino sob as unhas de Odilaine? Por quê Leandro Boldrini saiu do consultório gritando "suicídio", se, segundo ele, Odilaine tinha tentado matá-lo? Como foi feita a análise grafotécnica? A pessoa suspeita de escrever a suposta carta de suicídio, escreveu um texto, ditado pelo perito na sua frente, um em letra cursiva e outro em caixa alta, no mínimo em três folhas, frente e verso? Qual a explicação de não existir traços de pólvora na mão direita de Odilaine? 

"Mais tarde, um médico legista atestou que ela (Odilaine Uglione) apresentava perfuração em uma área conhecida como palatino logo atrás da cavidade nasal, feita de baixo para cima". (?).


Por favor, Doutor Marlon Taborda, o senhor que como advogado, tem acesso ao processo: se houver alguma dúvida, por menor que seja e se houver essa possibilidade, recorra da decisão de arquivamento do Caso de Odilaine Uglione!


JUSTIÇA PRA ODILAINE E BERNARDO UGLIONE BOLDRINI !